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Date post: 31-Jan-2021
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    T R E S L A D A C . A MD O

    D O V T O R S E R A P H I C O

    s. BOA VENTVRAN a occa^iam etn que a wfigne, corno jlluiìre njnì-

    *verftdade de C o m b ra €tn corpo dcPreJ^tito no Collegio N o m do m tfm o SanÜo*

    P R E G O V O O P . M. Fr. PANTALEAM D O SA C R A M E N T O

    Religiozo de S, Francifco, da provincia de Portugal,& IcicordcThcologia cm o C onvciìto daPontc.

    O F F E R E C E Oo]ìUiàÌlrifsimo Senhor Luiz, de S c u ^ Tifpo C éffeP

    Um mor de Su4 Jlte^ 4 Iff do Jlu Ccnjeiho Cc»_ ~ I

    Com todas as Ucer^as necefsartas

    E M C O I M B R ' AN i officina de M anoel Diaz impiei lci da Vniucif idade A n n o de

    i M. D C . L X X ll I .

    /UNiVERS'DAD DE NAVARRA 4 b ib lio teca de humanidades

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  • A O I L L V S T R Í S S I M O S E ^ H O R

    L V ! Z T> E S O V Z ^ifpo Cappeliam M o r de Sua \

    do f m confelho

    E s t e {ermao, que prcguci n o P re ftitodo D o u to r Scraphico- S. Boavencura, ofFerego a- go raa Voila Iliuilriifimapela cilampa. Béicy, quehc ousadia, por fcr cm fy o iermao couza tao pe- quena; porcm os Piincepes, corno nao a tten d e m a o b feq u io s ,& fò fe pagao de ánim os, VoiTa lllunrif- iim a naó olharà pera alimita^am do q Ihe cftcrcgo,' fcnam pera o an im o com cjuc Ilio dedico, ¡Dcfpois dcfta dcfculpa, dcfcubro a conucniencia dcq affim f ìcam os o fcrm ao dctodo vcnturolo, Eu cm parte dciépcnhado: ficao fcrraao dctodo vcntiu*ozo,ipoys pera o affumpco tcuc a Boavcntura, & pera a p ro - tcc§a tc i i ia Vofla llluftriilimaj eu cm parte delépc- nhado^ pois athcqui o m uy to , q a V . Ulufitiifima delio era patente aalgùsj agora ferà a todos. E fpe ioq y< Illuftnffima aceitc c ftem cu dclcpcnho c o m a - quella benevolencia có q cuñu m a honrarme*, pera q a ff im n o patrocinio q cm V. Illuflnflima cófigo^ tcnhao deiculpa os dcfeitos q ncflc fc tm aó cn có trq D eos guarde a V IlIuilrilTima 5¿c.

    Husnilcic C a p p c l i à o de V . IIIuAriii ìma

    i>. V m deao do SacrmcntOt,

  • • J i

    •c

    .1;

  • F a g . I.

    ej^3 (s) € ^ 3 4 > e ^ 3b f ^ 3w> € v 5^»

    g w i fe c e r it i^ ^ d s c fíe r itih ic ma^nus w a i ì t u r

    M i t t h , j ,

    E a s l c t r a s , q u e v e n e r o n o s q u e m e o u v e i r ,

    f c as v i r t u d e s q u e r e f p c ì t o n o s q u e m e v e m ,

    o u fe e n c o t r a r a m p o r d i v i z a s , o u f c d i v i d i r á

    p o r c o n t r a r i a s , n e m o t h c m a q u e p r o p u z e -

    m o s d i f f e r a b c m o q u e d i g o , n e m o S a n d o »

    q u e f c f t e j a m o s d i f i e r a , q u e d i z i a r o o s b e m ; m a s c o m o a

    o i n t r o d u z i r e f l e S e r m a m , q i n t r o d u z o c 6 O b r a s d e v i r t u d e s E v a n g é l i c a s ; ¿ ¿ u t fc c c r t t j c o m l e t r a s d e n o t i c i a s f c i e n t i f i c a s -

    E t d 0cuerit, e n c e n t r o n o a f i u m p t O ; q u e h e S . B o a v e n t u r a

    l e t ras , & u i r t c d e s . c a n o n i z a d a s p o r h e r o y c a s , a c h o n o a u -

    d i t o i i o q h e e f l a V n i n e r f i d a d e v i r t u d e s , & l e t r a s , c e l e b r a

    d a s p o r i n í j g n e s , f i c a o i h e m a p e r a c ò S. B o a v e n t u r a , & p e r a

    c o m o a u d i t o r i o c o m o c u q u e r í a ; a i l ì m f ì c a r a h u m A o u .

    I t o p e r a c o r r . i g o c o r n o e u q u i f e r a . P o r e m f c a s a c f o e n s

    p u b l i c a s , a s n a m v i t a m o s i o g e i t a s a a l g u m t e m o r , n s m a s

    e r p e r a r a m o s d i g n a s d e a l g u m m e r e c i m e n t o . * q u e r c c e a r

    D a u i d o c o m f l i f t o d o g i g a n t e : N o n fo ^ u m f i c ìm e à tu > &

    n a m o c o r g r c f l ' o d o s l e o e n s : A p fn h e n à ib a m m eu tu iftiìlcru ? i

    f e s q o e a j u v e n i l o u z a d i a p e r a c o n as f e r a s o r e t i r o d e h u 39

    d e z e r t o a c f c o n d c í í e , & a r a d O n a l c a u t e l a p e r a c o c G i g a n - 55* 8̂.

    t e o p u b l i c o d e h u m a C i d a d e a a c I a m a i T e : D a u tà 4 (c em

    w ìH a . Q u e t e m m a i s q - v e n e r a r a m o d e f t i a e m f e u s b e m n a c i

    d o s c e c e o s » ^ a d m i r a r a j a ¿ l a n c i a c a s í? u s m a l í u d a d o s b r i o s .

    A 3 P o i f u g i r

  • Po rfüg ic eftes, que nam dizecn beiti com a regra de Rìinha Vida o Divino Francifco, co m a gloria de mcu habito o Seraphiai Boavencuca , com o norte de meu Eftii Jo o iucil fcoEo, ñ r A hum rafcunho da vida, na trcf- ladaqam da morte: que ie ho;e oa trelìadagam do meu D o u to r Seraphico parecía a morte devido aiTumpto, que le treflada de memoria cm memorì3, athe des pois de moE- co, he alcbranga de fua vida immemorauel o brigagam. Eu pregando quizera trefladar ncfte Sermam a vida de S. B o a ventura, c o m o elle cicreaendo trciladot) cm fy a vida de

    U tn p tì.S . Francifeo. Aif im o quis dizer a quelle feu grande ami-; o’j.£>.5o-go S. T ho m a s ( q u e o f o i grande) Smamus fan^um quìn

    lahom pro fm^o: efcreve hum Sanéto a vida de outro Sa- dü? Pois ou treilada em fy o que o óutro foy, ou treilada de f y o q a e o San£to he. E fera opertendermos qucr S* T h o m a s, que feja S. Boavencura hum treilado de S. Fran- ci lco; & ctefladado ho;e fielmente, queco eu fcja elle ho- jc o noifo Evangelho treiladado.

    Principes da tetra, Emonarchas do mundo conñituc Chrif lo a feus Dicipolos.* Epcra q ie nam dezacredicem na digaidade a que osfo be Ihes eniìna primeiro asobriga^o- cns em que os p5 è. Sois Sal 5c íois Lux, Ihe diz o Div in o raeflre.* eftls fai voseflìslu'è: ial para faborear aflictos, luz para guiar errados; q he contradizec o iuftre de voiTa gcandeza, teres titolos cm que fe publique a vofla vaidadcj & nam lugares em que fa-i âcs o que he voffa obriga^am;

    fe pelo q fizeres fores definidos, entamfeteis raelhor honrados; que fe as boas obras faíecn, que fe tcnha o titolo , ou O' nome fem queñam, titolo fem obras vira af?i' queftaiB ds nome, c h iu s ahscondl fapta montem

    pofitam

  • pofitam'. n.im p o d e e f c c n d e r f e a C i d s d e c o l l c c s d a f c b r c m o n t e , p c i q (ubir pera r t t i ia r , c r e c e r pera f t g i r , a vul-

    lar-pera e f c o n d c r , he afpi isr a G y g a m e d e í r r i d i d o í i i h o

    da terra, mas nam anhelar a b o m e m g e n e r c í o A t l a n t e d o

    C e o . I^eque acccáunt luccrnm \ t a c h a aceí a , pera q u e c c m o c u ñ o de d e i f j í e r c s e m vos» v e n h a e s a t e r a h o n r a d e illut-

    trar a o u tr e m j que p i e fu ad ir c e h um Prir^cipe, h u m p r e la d o ,

    hnti') D ü u i o r , que o Ingar d o g o u e r n o ; a l e d e d o m a g i f i r a - d o le f i íeram pera o d e í c a n c o da v ida, & n^m pera o n ; a o

    t r a t o da p e í í o i , he e i r o da i m a g i n á p m : eras aíT^m o fa-

    f e m t o m o o ímaLMiium, f c n d o qi 'C o q u e d e v i a m i rr s g in a r ,

    h e o q i i c x c m p oi t b i fele^;- e v e m a fcr, e n t e n d e r éq o e a g l o r i i da ü i g r u i s d c , c c m qi ;e c a d a h t m fe h o n r a ,

    c í l á na íatibf cá d u irübalho ccrt ' q cad- ht m íe d e f é p e n h a .

    A b i a o j i í t 'Odcs e ñh»v o ¿ c \

  • co c t io n an he para m ya ì, b jftam e delU o mcnos¡ porem

    c o n a he para vos, a vos toca ob íeruar o mais.

    F in a l menee, quám a ífia i fízcr.* ^ ife c e r ií: qaeíti a ílif« Cfifinar, é* docuerh: c ílc ( c o n c lu e j fe cham ará grande.- H k migms vocdjtur: S . Boaventu ra fez o que o Euangc- Iho d iz q fe fa ^ i, e n íÍ t io a o q o E v a n g e lio diz q u e fe ea -

    fíne , 5c logo entre os mayores Douto res ficou taro grade, q

    a htins fes que o fo ííem , a oucros cn fin o u co m o aviam de

    fer. N am efta a deñcu ldadc em alguem fe fazer Doutoc

    a íly , mas em en íiiiac a os o u tro s , fim , com o fe fa^am. T c n h o o Evange lho exp licado , & neftas vlsimas palavras tonhocam bem o fermáo introduGdo.-& conftará o feu dif-

    Cürfo das letras, que fe ham de enfinar, & das virtudes que

    fe ham de fafer. Se nam contentar, opregadot o fes- Fecetiu íc a g ra d a r ,D e o s o en íinou* Vocuerit, O que fuppofto po- decemos atcribuic fe u d e fe it o , quando fe finta a o d e f -

    cu ido da humana de ligencia , & agradecer feu fucceffo ,

    quádo fe log re , a o auxilio da diu ina gra^a. E íla in vo co , &

    e fpcro do fpirico S a n ilo per in terccíTam de M aria R a in h a ,

    ^ íe n h o ra noíTa. Aue M aría .

    fecerit, doctierit hicmagnus w c a b i t H T .

    O D V A S vefes grande S. Boaven tu ra , he aquem chama ho¡e o EvangcIIxo duas vefes grande: grande pelo que fes, fendo prelado: ^ tfe c e r it: grande pelo ,

    que eníxaou, fendo D on to ri Eídocuerií. Agrandeza de feu engenho , nao fe oppozá grandefa de fuá dignidade: vn ifo r-

    m em cate fc adunarao cm Sam Boaven tu ra o fp lendocdamícra.

  • damitra,eo va.Ior da fciencia, ò lugar da thyara,co olugar da 'noticia, que fe Chrifto vnio otitolo das letras, com acotoa dos Eipinhos col locandoos igualmcrìie fobrc fua cabeça:Seuptum fuper caput ejus: coYomm.de fpimsfipcr caput ejus\ioy pera q u e chegaflfcmos a encender, que qut m aiiudava por tT* hum Chtìfto crucificado, co oio S. Boaventura cfíudou,

    'labia vnir no mefmo lugar a mitra com o eiìudo,a thyara co a fcienciai nam dando melhor lugar às honrras q o coroava : Princepe da Igreja. que às letras que o appellidauam Frin- cepe do vniucrfo. E aiììm he que o veneroii R o m a c ò hum capelo, admirouo Pariz c o m huma borla: & fendo huma honra degrào da outra, hum degrào, nao cilàua maes alto S. Boaventura na cadeyra magiftral, que na fede Pontificia.Tarn grande era no mefmo lugar, que ncnhum lugar o fa- íia mayor. As dignidades grandes da Igre;a, grande o acha-; ram,pera dcfprefalas; as deficuldades grandes da T h e o l o - gia, grande o viram pera dcsfafeUs; as controuerfias grandes de Europa, grade o encôtrarâ pera cócluillas: as grandes o- btaS) que amuycos engrandecem, elle as fes grandes; as grandes virtudes a que poucos lobem, elle as cxecutou majores; as grandes letras, a que aiguns afpiram, cm ícus cñudos, elle asinfpirou grandes cm feus livres. Finalmê- te tam grande f o y S. Boaventura que fendo grandes os lugares, que ocupou, fafia mayores os lugares, que c c u - paua. Grande verdadeyra mente por todo, & em to do o- lugar. Efte pois fe ha de chamar grande: Híc wagnus: voca- hítuf cÇiCt que avulta em to do o lu gar, & nam aquclle, que em hum Í6 lugar avijJta.

    Grande h o m e m f o y Abraham pera huma efpada; Atfipuit „ gladííém: grande Ifac pera huma bençaro: Bmecìexìt: grande 2̂..

    B lacobA7. 24*

  • ,. 0̂ l3Cob pera huma luta : grande Saul pera hunnaprophecia.-j'^ifl/ h te r Pfophetas: grande lonaCas pera huma

    i 8 .^ . r . amifade: Cotjglcítfiai¿i ((lanim aIcnatha: 'pQ-Froy.n. i . ra huma ^ztzboW.pitŸHbnU Solomonis: cornudo cotejados c ô

    David cancos grandes & e lo g o David, & elles medidos c o m Dcos , por qi-iem toda agrandeza fc mede; aquelles grandes naôdavaoî à D eo? pelos péz, & David davalhe pelo co- t 3çi-n:p^irumfècuf9diimcûrmeum,0cq\ic defar tiveram eftes

    p.ii. grandes, que ficaraon àvifta de D a v i d , depois de bem medidos, bem pequeños. Lipom ano diiTe, que David fa ta

    Itponarn. , « i m i » •m crf- todos pobre, oc humilde, Plane vtr magnus ̂ pauper-

    ieri, tatem, & humilhatem á?mbaty dum tna)efiatem exercebat: grari- des palavras pera eonfafam de grandes? E naverdade, que fe fjs grandes a pobreía, 5c a hunii ldade,bem medidos c o m S. Bjaventura todos os Grandes, D o u c o rc s ,5c Prelados, fi- caiíi â fuá vifta bem pequeños; porque c h e g o u sgrandcfa de S. Boaventura a vnit aquclles dous in>pofliveis, d efec Princepe com pobrefa, & D o uto r c o m humildade: ?U m v it magmi á*c\ Mas eu tenho averiguado que fer David entre os Grandes o mayor, o a entre os mayores o Grande, fo y que os outtos cram Grandes ero ham fó lugar, t i le em to d >5. P.»fTem peíla memoria os lügares defua vida. Paftor, jfoldado,Generai, cortesa, perfeguido^Aulicò, val idoRey; 6c acharam que fo y Grande, quando paflor r>afunda, quanda füldado n a e fpa d a, quando General no baftam, quando C oite fam n o a c e y o , quando perfeguido no fofrimento, quádo aulieo ua harpa, quádo valido no Coníe lho,quá - do Rey no íeptro. Pois homem, que em to dos os lugares he grade, fe;a mayor, ^ os q fam grandes em hum fó Ingar: plané vlr magnas»Gi^ïiâc h o m ca i , & duas vezcs hoœem

    grande-

  • grande,* í/Í9ff2íí, & homo na tu s eft mea: ciiamon o Propheta a p f j . •. 8j,Chrifto; & devia de fcr pela excellencia, quelhe dà a efcri-o. 5.p t u r a a d v i i E i n d o q u e f e s , o q u e ¡ e n f i n o u ; C^cpit Icfus f a a r e , u

    t^docerej fes oque fe s ,c o m o grande prelado.-maram veprafíim: cnfinou o q eníinou, c o m o grande mcf-tre: ^^agifter viamDelmveritate doces: & fe tinhatr^os dito,que S. Boaventura trefladado lioje, era hum trcflado do E-vangelho, diremos, que copiado agora, he hura retrato deC h r i ñ o j porque fupponho que pelo J-'accre, emque Chriftofe cxcrc i to u em divinas obrasj & pello: Z>occre, c irque feo c u p o u emmilagcofas doutrinas íe ocopionjodocuenty deque S. Boaventura, divina, & milagrozamcntcfes oque cníinou. V o u a explicarme.

    O A n j o defte Seraphiffií S. T ho m a s quero diferj D o u - to t An g e l ic o deílc D o uto r Seraphico, lendo oseferiptos de S. Boaventura ( dos quaes fe dis nafua vida, q mais pa-i reciaoa divinamente infpirados, que hutranamcnte acqui- ridosj mítgís d ivm hu s m [p im a , quarn hu m m h m acquifi- pjg ta videbantuYí) levado daadmiragam quelhc caufava o claro fr.oftJc^, das poñillas, ofündo das materias, o e legante das palavras, 4. o ponderofo das fentengas, que c o m o R a y o de mayor ef- phera, cam devotamente cfcrevia, tam fotilmente d i l a v a , que illuñtando os que asl iam , abrafava os que astrata- vam; iegefjtes non folum ìlìumìmt, f e d hjflawítt: ( que af- fim fe diíTc dafua doutrina ) . Admirado ( c o m o d ig o) S. T hom as, prcguntou a S. Boaventura que livros tinha, q *"* Autores paíTava, que volumes corria? Q u e fuppoíio alcan- ^ava donde Ihe prócediam tantas virtudes, nao entendía donde llie manavam tantas letras? EíTa adrrjiracam foj já de certos Doutores nao de Leys, mas da Ley,Jque^vendo

    B2 nao

  • n a m tiaiia Chiitio U v r o s poc onde eííudaíTe 3nrombra'’ aô acodos fens ftudo .̂- hic liteM< (cit cum non dedif-cerit ̂ Cli ' itl » tantes Icuas, feiii ter livros? Sam Boaven* turafe n ter livtos tancas lecrasf A h c o m o cuido que he Sût) B jav^ntüta ĥ i n retrato de C h r i fk ! C h r i f t o diiie

    Joxn,-j, üvros eram feu eterqo Pay: ^ xcu m q u e an-,divi a Paire mtô mtA feci vohts. Sara Boaventura rcfpoa d eo 1 Sando Thomas, q os feus livres crâo aquel les, 5c cor- rcdD.hama coctina Ihe moitrou hum Chrifto Cnrcificado, A g o t a digo eu, q quem e n i în o u a S. T h o i u a s . o b c m q u c ^ (cttv co : Bene fcripfifti: diiTc a S. Boaventura c b e m que eniînou, Docuerh, & os qae vem,tiaeram ao mefmo Chrifto

    t- por meilre, & por livro fem hum ao outro fe ava’HCcjar no qucfouberam, levam mal, que os q os feguimos ,prefuma' «los ventaicm no fabcr. Ofaber bem fey,que nam vem pot herâqa, mas podc vir poc immïtaçam: immitcmos nos à quelles dousiguaes, & nenhu de nos ferà mayor: mas c o m o deviàmos da quellas noiTas primeyras regfas.fomos os primeyros que defcaminhamos nolfas doutrinas. Se o-

    .l u g a r 'aiîîm co m o he pata difcurfos, fora pera fentìmen- -tos, aecommodada era a occafiam pera nos fentirmosj mas v a m o i a o q S. Paulo aqui fentio. Dizia elle q o feu livro pera a predica era Ch rii lo ct\3ciñcüáo: pr êdicarntís Céf-ijìuy

    ^ ^ huc cTMÌfìxum'. eo mefmo Chrifto crucificado era ol ivro d e S . Boaventura pera a theologia. S. PauÌo fo y o mayoc pregadorq no mudo ouvç^ & t u d o t i roud o feu l ivro;qS, Boavétura na ouve no mùndo mayor theolo go, 6c tudo do feu livro tirava.-he vcrdade q Boaventura, & Paulo c feu livro foy no mudo hu fò, mas tambem he vcrdade que huin & outro foy hum fò norauncìo.

    D c f c i e f

  • Defeie) entéder, & cu yd o tcnho cntèdìdo aqucllediro latino,* Homo vnhts libri: o grande letrado he h c m c de hù fò l i V t o > & ailùn deve T er ,q n à o te n d o S.Boaventura maisque hu iivro io: th r jlù , ¿r hunc crucìfxù’. foy hcniem ta grande Utrado, q nam icy mais letrado homem. Grades homés v e mos no nuido, q nao tem hvros, grades livrarias incontra- mos no5,q nam iC* homés,& he a caufa,q a efias Jivrarias falta hü Chriíto homem, & à qnellei homés nao aflìrtc hü ho m g Chrifto.* o certo he q fé Chrifìo, né os hcmes ie aprovcità dos livros.né OS l ivtos apjcvci tào a os he més, O l i v i o n a m ha de/er outro, q o de S. Boa\étura, fc qucré achar boa ve- tura no livro, porq olivro niais bé aventurado (d e m o s c f t e ti tolo a hii hvro Divino ̂he aqut Ile,q rudo tras, & tudo te;& o livro do D outo r Seraphico, dis delle a Igreja, q tu d o té & tüdo xizz'.'Bcce iiberprofereiur m quo totu üúnttur. traz o pro- fundo pera a quelle q cópufcr füdas m ater ia s ,^ ? o claro pera a quelle q enfinar corréres àoutùn:iS:^ d&cuirrt.

    Aqui parece atirou o diícutío de S a h m á o , que no prolo g o dette livro» ou no p rce m io defta' obra, vend o em «fpirito a vniam do verbo ao homern, diíTe, que era afabe- doria defle livro Chrifto c o m o huma fonte, & c o m o hum poqo: hertofum puteus aqunrum :^ que conbinaqam, ar- ow/. 4. gue lufto Orgelicano, tem hum fabio com hum p0(¿0, & ». 15- c om huma fonte.? A fo n te nam communica a s s g o a s q u e fe Ihe aiuntam, o p c c o nam recoihe as que Ihe entram.^E defta forte nam fica fendo a fonte hum derretido prodigo ch'-iftal? O p c f o huma avarenta congelada prata.?Aíl im odifem os cultos: c o m o lo g o quiz Salamam que o feu fabio Doutor foííe fonte, 6c fofte p o g o , oppoftamente advertido, ou adveitidámcnte oppo ño j Vons p u kusi D ig o

    B 3 o qne

  • IO s H R M A M .

    o q u e me ocorre: lo g o d ir e y o que a outrem ocorre o Hum D outor fabio ha de fer p o ç o , & ha de fer fonte h a d e fer fonte que communique o que tras, ha de fer po ç o q u e t e c o l h a o q u e tem; decal force fe ha de aver na occnpaçam de feu of f ic io ,que manifeflando o q u e fabe, conferve o que entende, pera que de n o v o và Tempre en-

    nlias finando O que de n o v o fot Tempre defcobrindo. Nûft om- nU ejfundd ( difîa o T ü h o ) Fifetnpernovus vemam. Ifto me ocorre; o que o c o t t e o a Orgelicano, he ifto. SaiamamC diz efte Tea interpecre) compara a fabedoria de Chrifto à fô- te, p e lo q u e tem declara: ao poço pelo que temdep rof i i -da: Profmd4m B eïfm em U m cumpfèffîcmute conjun>cit.'^^o

    ^ fei que meihoi: fc diga a os fabios que aquí me ouvera: Qücra enfina, fenhores, ha de cet aelacefa de fonte, & aprofundidade de p o ç o , porque eniînar o que ninguem alcanna iffo nam he ter clarefa de fonte: enfinat o q u e ninguem eftima iffo nam he ter profundidade de poço: ha defer afua doutcina ta lq ue todos apercebam, t a l q a c todos aadmirem. Pe ra effe effeito leam olivro de S. Boa- ventura» que val o m e fm o que 1er na fonte, o u que tirar do p o ç o : d o p o ç o hum po ço de profundas letras, da fonte hu- mafontc de claras noticias: porq nefte liuro, he q S.Boaven- turadefcobrio, ôcaiuntou clareza, 5c profundidade: ProfââA Dei fapiemiam cutn perjpicmtate con\unxit.

    C o m cudo tcnhome prefuadido, que eniînar o defícul- tofo da profundidade, c o m o perceptivcl da clareza he o- brigaçam a que muyeos fogem, 5c he dom que fo g e amuy- tosj porque huns aifim Te efprayam na clareza, que patei'em fontes: outres affim fc fumergem na profundidade, que pa- reicm pocos, comque ficara as kt tas afogadas, & mais nào

    he

  • he em hum pogo delct ras. A ncnhum dcfìes chamara cu grande Doutor, nem o Evagelho Iho chama, a S. Boavéiura firn, porque he a fua doutrina clara, & )untamcntc profunda: pois c ò aclareza alumia, & c 6 aprcfundidade irflama;C m us à o M n a devotaf i p d a , ¿ r Scraphkii. n m ¡'cium ilìuminat, -yj

    fed eth m tnfiamat'. fezfe peraalumiar os cntendimcntos,6cyif^, cu veio que abraza os cora^oés; ahy coníifte a fuá protundi- dade, que fendo efpiculativa pera as noticias, he pratica pera as viitudes; he doutripa retratada pela de C h r i f l o , 6c trcflídada pela do Evangclho, que fornaando hum D o u t o t prefeito enñnalhe o m ctho d o da fua doutrina; íecem^é* dO'(uerit. T a l h a d e f c r adoutrina do pcrfeito Doutor, que ha de pareferque e n f i n a , & h a d c mofírar que obra: hafe de diftar pera que os entendimcntos fe alumiem, & hafe de eníinar pera que os cora^oés fe ahrazem: hafe de applaudir pela efpiculafam intel le f ì iva,& hafe de «enerar pela praxe virtuozaj e lo g o viráaprofí ididade d o wjifimaXi c ó c o rd a d o ' c ó o Vecmt^ & aclareza do lllumháty diíedo be c 6 o Decmrh»

    N o v a rhilofofia achcy em David tratar de prefuadir- nos, que ñas maós eñava o entcndimento: Pavit ( diz elle ) ̂ros ìnwtclU6ì'.htìs mAnuumfuarum: & na veidade bem lido cíie ChrinianiíIÍmo Philofofo em outro l i gar efcrc\ cr file, c] as r,. x, maOsíe fíferam pera otrabalho: Labm s marut m Juaft-w wmdHcahii'. iflo c o m o pe de fcir O cntendin-etc rss rr íC ií Seas maósfam o inflrumerto c c m que fe tr^balha, J.dc~ res mamum fíínrum, ccnrjc po de íer o errerdifr-f í »o < cn ^ fe enfina:/;^ mtcl(¿Íib»s mampm¡uarumi As msos fervirrm de entender, & de trabalharf O que grande trabafho me dà o chegaio a entender! c o t u d o cntcndamolo afíion: o E n

    tcndimento h e o p r e l p da cípicula^am a ende fe el laim-piimci

  • prime, as maos Tani a officina da praxc, aonde ella fé ex- crcita, & vili: David a erpìcalaiam, & apraxe, he delejac -que fc dem as maòs apraxe, & a efpicuU^am, que nam difem beai fabermuyco, & enfinat pouco, ou que v a i o mefiTio butti fabio là dentro no encendimento de grandes, Scfacnozas noticias, & qua fora cornado às maos nenhu- ma pratica de fcientia; que iÌTo nam he ter o entendimen- to nas maos, nem ter mao peca illuftrat entendimentos corno o Evangelho manda: fecetìi, ¿r dómente & S. Boa- ventura eniìna: 7//«w/»4ì,

    Bem c c ey o eu, quc :efta he amayor deficuldade daz letras, Ou dos Doutores, que as profeffam: enfínalas, 6c in- troduzilas: introduzilas fafcndo, cnfinalas dimando; riiais claro,introduzilas pelo caminho da virtude, enílnalas pel o caminho da fciencia., porque D outo r que tal obre íup- po em o Evangelho, que o natn ha de prefente, mas que o avcrá de futuro: H k mignus vocahitun fcrá, mas aínda nam he chamado grande Doutor o q aífim o fifer: fe- ccYÍt, 6c aíllcn o enfínar: por que aínda qa lg onscnfinem, c o m o fabem > nam íey fe fazem, c o m o enten- dem, nam fey fe a ¡uílatn o, entender eom o obra rl o dífcurfarcó o difcorrer; o períebec c ò ofalar. Eu nao duvL- d o do bé, q fe percebe; mas reparo no mal, q fc fai.?; & ea- tam notto, q fendo boa a efpeculagam, nao he aíGm apratí- ca: tomara eu a pratica melhor: prínfipalmente, que os fa- bios conhecem fe pe lo q praticáo, ou pelo qne falaó.- quere.vt cognofcamits te: & experimentado'tem omundo, que o diftintivo dos Doutores Francifcanos fo y Tempre entre nos praticas fans, lingoas incurruptas. A o noíTo D o u t o í S a n á o Aatonio pela i neo trup ía o dalíogoa, o c o n h e c e o

    tnwytos

  • muy tosannos depois de motto S. Boavcmura: 0 ntdîBâ', diiÎe o Scraphico Doutor, tendo a lingos de S. Aif- Conionas m a o s , & S . Boaventura cento, & fecenca Annos depois de enteirado, crefladandoo hoie à îgreja de S. Francifco Lugdunenfc pela lingoa incurrupta o c o n h c c e o o mundo todo: à e n U s lingua, in maio àvìiali jiatUt ^autcoloreàem im ta, yepertafrnt. Demaneira, q avendo em a xrm tu minha fagrada familia Doutores de eminente e fp icu laça ô ,/fj?. 0. todos eraò de excellente pratica; poiq n en h u a ì deixou de ter excellence lingoaj bem q a inda aiïim alguas nos te per- feguido,5c naò Ìeife nos perfeguem ainda hoje.- c o m tudo, cffa culpa temos nos perdoado cono o fi 'encio, nnas nunca c 5 a refao; que fe a nao tem peca a nofla ofenfa, c o m o à a- y e m o s deter peta a fuá dcículpa? Chrifto achoua nos,q fala- v a ó mal delle.' Ignofce iliis, quia, nefdm t quid faciunr. repaie/ os q de Chrif lo falaraó mal confta do texto, q craó fcribas Doucos, phariieos letrados, & siuytOi homes Doutores: &

    • he coufa be peta fécir, q o falas mal oos letrados', tcnha por defculpa a ignoraeia; %efcimí: naní defciilpo aííim os que f a la o m a ld o s fabios, masadvirto, q f c o f e u malfalac nam he muita ignoráeia, nao ig n o t o q he pouca aducttcncia^

    Diram, que nem todos os Doutores podem fer c o mo S. Boavcntura , emquem a efpiculacam era o mcf- m o c o m a pratica, nam degenerando ofeia perfeber entendido do fcu falac ajumado; aííim o digo cu tambem: porcm c o m o os fat>ios nam fabem tndo, moíire cada hum o q u e fabe: quem no pratico for mais efludiofo, a- junte no pratico O feii eíludo, & qucm no efpeculativo fot msis viílo, fintafe nâ efpeculacam o feu fruto: faça cada hu o q u e p o d e , Sc lo g o n a m averá qucixas contra o que cada

    C huoi

  • hum fas: ^ ifu e r h : nem fentimcnco contra o que cadgt' hum dis: docuerh,

    A o c e g o , quc o era de naeimento, ao aleijado, que ef- X pjjjjg mandou'Chcifto que foiTe ao facerdote: va-

    de oflenietepiceràoti: & Pedro que olhaiTe pera tWt'.Kefpi- ce in nos: V3oi comìgo; ao feu aleijado qucr Pedro, que fe execcite nos o Ihos: Re(pice. A o feu c c g o , quer C h r iñ o que fe exercite nos pés: vade. E a refam? N a o he cega né aleijada: o c e g ó tinha pes, mas nam tinha olhos: o aleijado linha olhos, mas nao tinha pés: o aleijado podiaver, mas nam podía andar.* o c e g ó podía andar, mas nao podía ver. Ah fy! Pois made Chrifto aquem pode andar, que ande; vade: aiande Pedro aquem pode ver, que v e j a . * q u e fafendo cada hura o q pode, nem Chrifto fe avia de quei- xar de que o c e g ó fomente andaíTe, nem Pedro fe avia de fentir de que o aleijado fomente viíTe. A efpiculacam, que a qui parefe confífte no ver, a pratica que a qui eña no andar, nam fe acham vnidas em hum fò, acháfe repartidas cm dous; q n§ tudo íe acha em todos, nem todos fam pera tudo. Pois que remedio? Q u e m tiver o íhos efpeculativos; veja por eflfes livros; Reffece: quem tiver pés praficos, ande por efles tomos: í^4¿;/í:&fafendo cada hum o q pode diremos, que fe encentra em todos repartido, o que fe a cha em S. Boaventura adunado, que he huma pratica divina: ^ fecerit: & huama efpeculaíam mais q humana.- fWí; & ficará cada hum por fua parte, tendo grande pacte no Evangclho, p o r q u e o chamará em toda aparte gra de: Hic m A gm s vocabitnt.

    Amuytos homens ou^o Eu chamar grandes, fem o fcrem ; a outros ninguem os chama, f e n d o , que o fam: Se

    a ve n d a

  • avendo grande dor, & /uño rentimcnco nos benemciitos de Ihc nam darem o nome que fc Ihes deve, & de o attribu“ irem a qué nam hc devido, preiuadimc de a ym pera lY'yno, q mclhor ficavam os grandes, que o eram, icm Iho chama- iena, que os chamados grandes, fedì oferent: porq nome que fe dà a quem o nam merece, he hum nonr.e que fe lh e chama. D e forte que vos chamaò hum nome com que vos afrontacs, quando vos dam o nome que nam mcteccis.

    A q u e l a lepofla, q o Bautifta d e u a o s Embajadores de Hieroiolyma, bem pòderada, maes pareceo queixa de fcnti- d o , q folüçâo de cófuitado.* porq levantando o Bautìfla a y o s . 'V o x fUmatisyXQ(^òàQO'.NonJum Ego Chrijltts: nam fou «ife q difeis. Ea onde atira eñe defabiimêto do Bautifta? A- onde caminha efta fuafeveridade? Por vétura chamarclhc Chrif to , erachamarélhe algu nome^ peta tóper em palaura^ mais parece defeza dapefloa-, q repofta da pregüra? Ah/ t>Bautifta co rn o era muyto entendido, no deferte em qef-

    ‘ tava, fabii os primores dosq na C o rte Viv iào, & os eftilos dos q e m as Vaiuetfidadcs fe creavam. Nas Vniveri ìdades, & nas Corics os mais pol ít icos, & os mais letrados em Ihes d i n J o hü n o ro e q n a rn mereccm, prefiiademic q he hu nome q l h e chamao: refpòdeiD em alta \ òs, q nam fam efles q itfem. N o n já ego. O Bautifta bem alcâçava q nao merecía o nome de Chrifto: pois c o i r ò querem q fe nào finta & fc nào de f>;nda, quádo ihe chamao hù nome. Mcfiìases tu) P.or cfte noÌTo difcotrer a muyta gente vemos no mudo afiôtâda: quero dizer arauyta gente fe chama nomes,

    ' p o r q a muyîa genre fe pôè nomes, q nâo tej q he o meim o Ú q chamar grade aquc o nao he, Saul metido agráde Pro- í pheta eca peca eftrauhar. Satdif^tcyprvph^tas.Abkìzo metido ' C 2 agrande

  • 1(5 S E R M A M .

    tî. a grande oppozltor era hú efcandalo: SoUchahat côrdavm* rim. O M o r d o m o d a Candacc metido agrande lente, era

    9». hunia lem faboria. Ìntellìgìs ne qnd / í^/j?,Eathc Pedro metido a g r a n d e archiceco era hutna ignorancia.* X êfd em qtitá diareti Refo lvome que fam afrontas os grandes nomes, nos que nam merecem, que os chamem grandes. A S. Boaventura, ( norte c] feguimos nefte difcurío) cha- m o u S. T ho m a s grande Sando* a Vniverí idade de Pariz grade Doutor.* o Papa Gregorio, grade colana da Igreia.* ÔCO E v á j e l h o e m trespalavcasochama tres vezes grande: g r a ie coluna> grande Doutor, grade Sáá:o.-i//V eahlíur. Nam faó as palavras maes de tres; cfte fy que he gra de eiti poucas palavras: Hic magms vocahitur. porque pera grade tenci o que hu grade ha de ter;:de grade a reahdade, ÔC de grade o refpeitoi que val o roefmo que fer grande aínda que Iho nam chamem: porque ifto he fer grande na realidades & ham de chamarlhe grande, fendoo, porque ifto he fec grande no tefpeito. D e forte que o verdadeiramente grande ha de felo no nem e , 6c na peffoa.

    DriTe David, Se ovçam c o m o o difl!e.‘ Magms w íud êa D eus, magnum in IsfAel nomen, €]tis: D eos he grande { d i s o Propheca R e y ) na reahdade, 6che grade no refpei- to: he grande no reípcito, porque todos Ihe dam o n e me de gxzüiáe: Magnum ^ome: he grande na realidade, por- q todos o veneram grande na peíÍoa.* Magms Deus: fem de pédcncia do nome he D eo s na peíToa grade, & c ó omerecí meto da peííoa, fe da a D cos hiá grade nome.- Magnum «tf- wf . O A n j o nam fe cocentou c ô d i z e c â Senhora, q o Ver-

    Lnr, r. v. fgy £?ilho íc chamatia grande: Focabitut F ilmD á

  • 'ver- mas tambe a certificou q feria grade efle feu Filho: H k eût magnus. A h q bcm sndou o An;‘o na repctiçam do mt>^ àoFocabitur. pera que nam ionhaiî'c a mal adormecida enveya.q o fer grade nefte Senhor era f o n o m e ^ Ihe davam p o tr t i p e i to d e q u c n i he.- Vouhitur. Ôc nam por merececi- méto de quem era.- Eftou por efìa lezam; & pot ella eOava o g ra n d e tantas vezes S. Boaventura, a quem a grâ- deza d o n o m e , & da peiToa, nâo tirou a fogeiçam Chiiftâ & humildadetel igioza; Biipo, Cardeal, & por hum, & o u tre t i tolo Princepe era S. Boaventura; & c o m tudo nas cozinhas da leligiam ocupava rnuyias vczes a a.itra, ôc aputpura.

    Quandt) eu encen tro a Chrif lo, po ndo de patte feus /odw.ijM. veftidos.- Depofuh •vefi'mtnta Jua\ pera lavar pès de barro:Cepíi lavare pedes Vefàpuhrum, & topo com S. Boaventura

    . largando íuas iníignias pera esfregar nos prates o barro, lavarnos pobres os pés, ajuí lome outra v e z í c o m o re

    trato de Chiif lo : & fe Chii f lo neíla ac^am diíTe que o fa- ; zia, conno grande Mefìre; & Senhoi: Vocatìs me m agjicr,¿r

    . , S. Boavétura em acçaô fcmelhâte ofas conno grade Setìhor, & grade Mefìre: Magnus vscahhnr. Eiîe exêplo do D o u to r Seraphico, nam o poiTo efperâr nos Doutores da Vniverildade total mete adequadoj mas he bê q o efpe- re de algûa maneyra parecido. Seja efle o parecer. S. Boa- vétura fedo hù grande D o uto r foube hôrar tato a S. Frâ-

    . ci fco, q julgou fuas cofinhss merecedoras das mytras& das . purpuras: nam quero t a t o 'dos Doutores, mas q u e r O ; q a o

    menos faybáo horrar a S- Frâcl fco em feus filhos, c o m o S. Boavftura foube, ainda á quelles q nam eram feus. F o y O cazo« 6c a cazo o digo. Deram ei33 Patiz a S. Boaventura

    C f i a cad c ira

  • acadcyra de Prima. Achavafe a cfte tempo na vniverfidade o D outo r Angelico por prcícn

  • D E s. B O A V E N T V R A ij,

    ' capa o celebremos gétil homé, q p o d c aparecer: Cf«. 3.»,/í?r(íj.-& A d a o f é vefì ido o iìntamos botné, fó pera feocul- tar. yihfcodnfe, S. Balli, de Seluija cntcdeo nefte cafo, q l o - feph inda q perderà a capa, noa perderà á virtudc; & q A- daò c ó a virtude perderà júntamete a capa.- Jefeph ( difie o S.D o u to r ) Pallium amìfit, non vifiutm , qttod ncn cem turin l/ ì - dam .Tüáo difle que diiTe, q fó era pera aparecer o virtiiofo,& pera vìver efcondido o fem \\ii\xàt‘: M fccndh7 :̂ q fe o vicio ocupara menos lugares, nao fe achara em tamos luga* res o vicio; mas c o m o o Orbe defte mundo politico^ fe ef- triba nos polos de errados di¿!ames> nos retrogados gyros de feu go verno encontramos ahum canto as virtudes, & t o pamos os vicios acada canto: roim politica^ peor d i f a m e , peíl imo governo; Nen equldem invidcot m m t magis: affim o dida ha muyto tempo primeiro, q n o s hum cortefaó Gét io.

    Mas lofeph^comlicen^a de S. Baíi lio ) nao perdeo a capa, porq a efctiptura dis q elle alargoür/Jí//¿?^ palito: Aó^o firn, eiTe fo y O q perdeo o vefì ido; p o rq a Igreia affirma que eWc o perdete: Stolam Ímmortaiitaíís, quam peràìdìtn. puvañ- catione primi Parentis.\ño\íQ o q eu andava bufcando, pera prova do q hia difédo: a capa que a larga fica be.-que a perde fica mal: de forte q de largar aperder vay quafi huma diflàcia infinita: vay o q vay da v irrud eao vicio; dagra^a à culpa; da innocecìa ao peccado; vay finalmente o q vay de hum Adaò, queperde; Petsiidìy ahum lofeph q larga.* Relicto,Largar acapa, que merecía lograr fabe lofeph mas nam afa- be perder: largar a cadeira q uem erec ia preiidir, fabe Sam Boaventura; mas nam a fabe perder; que fe quem perde h e ** o que v e m o s , quem larga he o q u e v i m o s , e m Io-

    temos o maxpr ho m e m quando larga acapa:n u i n,

    à

  • ms'erat cumeo.'tva S. Boaventura o mayor D o u t o r quando iarga a cadeira: hic magnus vACibítur,

    Mas fe htgarhum a cadeyra he loi jvor tam aplaudido*, corrío envejado era S. Boaventura, ferá pera envejar, óc aplaudir em os Doutores as cadeyras, qne Ihes vemos largar? N ao : que nao vi eu coufa em huma Vniverí ídade maes pera ertranhacíe, 5c veprehendcrfe, que largar cada- hum a fuá cadeyra. Trag o por exemple, fenhores> ledes a* cadcyca de S. Thomas, ou de outro qualquec Doucot? Por is nao larguéis as fuas cadeytas. Ditcis, que S. Boavcncuc^ largou afuaí 5c fafer o que S. Boaventura fes, & enfinar o que elle enfinou, he o q vos tenho perfuadido quafi huma hora ha nefte fetmaó: docueriv. affim parefe,que he; mas n a ó h e aífim, c o m o parefe. S. Boaventura, he verdade, que largou a fuá cadeyra, mas reteve a fuá dou- trina.- pois fenhores, fe letcs de algum D o u to r a cadeyra, nao larguéis a fuá doutrina; que ha grande difFerença entre hum, & outro largar; entre hum, óc outro reter. R e t e r à doutrina. 3c largar aeadeita, he hümtrabalho fem intece-í reflCjiíTo he o qne S. Roaventnr? fes; reter porem a cadey-: ra, 6c largar a doutrina, he hum intereíTe fem trabalho, 6c iíTo he o q u e e u n a o f e i íe agora fe fas. Pois fenhores, a- boa refam *doda ( co m o difem},¿’iííí eftá dicandoaque quem fufpira olacro, que finta a moleftia, 6c que quena anhela o intereíTe, que fe difponha ao trabalho, que ter a cadeyra peta a comer, 6c naó pera a enfinar, julgo, que

    10, qnem afly ativer, o mandemos abrir, 6c revolver a quelle ». 9‘ antigo livro do Apocalyfe , 6c achara nelle, que entergan-

    dofe ahum Doutor, que era Aguia, Ihe diííeram; eíTe Iii ̂ v r p ,D o u t o : duas pattes inclue, tam entre fy compoftas,

    que

  • q huma fem a outra parecerá mal, vnidas ambas pareccraò bem; ‘ vioha afcr o myfterio, que o li vro queria D c cs , que aquellc feu Doutor o Icfc: Accipe\ Se o c c w c k : ¿iivom per- maacira, que vniííe o proveíto de quem come, co m o tra- balho de quem le; a moleflia da 11930, co m o inrereíTc da mantenga; que cuidar efte, ou algúm outro Doutor, que h á d e levar o que fe come.- áevoia ̂ fem diñar o que fe le:Acctpti iíTo he querer confetvar o livro pera o fuííento, 5C nam fer o l i v i o p e r a otrabalhoj ou, que va! omefm o, ret e r à cadira por me nam faltar o lueto, & largar a douttini po r roe íivrar do enfado. E he bem fcnhores, que affim fcja, o que pera b e m n a ó o u v e r a nunca allimdefer.^

    Muyta graca a cho eu a Saúl queixarfc muyto de q dan- z. K̂ eg.t. dolhe D e o s a c o r o a d e Ifrael, Ih'e tiraíle antes de iempo a». coroa; aífim emendo eu os feniimentos em que rcmpia, as queyxas que formava, as cnvejas em que ardía, os odios emq fe abrafava contra David: porq c o m o efíe Ihe avia de fo c e d e rn a coroa aquí atiravam os odios, as envejas, as queixas,& os fcntimencos de S3ü\:y£gréferdat Saul(diíTc tíugiViC'

    W\i0úñ0) Sibí Juccedere w regio diademate David: valhame D é o s q quer, ou que cípera Saúl? Deramihe fetn oppofi^am a coroa? Syro: & co mque obrigaíjam Iha deram?C Ò nam falcar a fua obrTgácam: maes. E faltou alguroa hora Saul.í T a n t o falcou, que ainda agora falta; c o m o quer lo g o , que Ihe nao ticé a coroa a que fe obtigou, feelle tira a coroa a fua obrigagam? N am pode fer, que tenha Saúl coroa, fem a pe ng a m da coroa j nem hum D o u t c r a ca- deira fem a obriga(jam da cadeira: a coroa tem L e y p r o pria, que nella fe obferva; a cadeita materia propria, q nella fe cnGna; coroa a quem falta afua L e y he coroa, q pode

    D petdccfc

  • a s E R M A M .

    perderfe, cadeira a quem pode faltar à Tua matcfïa, he ca ̂d c ira q a e nam ouvera de daife.* huma porque imitará pre- maticas eftcanhas, outra, porque fcgirà doucfinas eftrâgey- ras. A doutrina de S. T hom as, que he? He tudo em hua palavra, hc Angelica: a da efcola media, que he? He tu do; h c o coraçam das efcolas, q cocno hc media trafemna no m e y o do coraçam: a doutrina de S c o to q h e i ’ A i n d a q u e V o s o quereis,nam quero que fe;a maes: bé q aínda que o namqqeiraes, nann quero que fe;a menos: & entam ou- Vi )à fercnocinar entre doutos, q os lentes de San£to T h o mas,5c de Sc oto , nam deixavam de diûar as iuasdoutri- nas maes, que pelo amor naturala que tìnham aos ou-

    < tros meftrcs: aífim o creyó: argumento porem contra osque aiïlm o dizem. A s outras doutrinas tendes natural amor? C o n c e d o que he bem tido: mas fc as outras tendes natural amor: â doutrina de S. T h o m a s ,5c Sco to , os q tiveres fuas cadeiras, nam podéis negar que tendes d evida obrigaçam, 5c huma obrigaçam devida, cu aquero explicar.

    A converfam do mundo nos premitivos annos da Igreja c o m e t e o a D e o s a d o ze Apoílo los, & a Sam Paulo, aínda que nam era dos d o z e . C o m tudo tenho advertido, que repartida efta glorioza obrigaçâm da fe, entre eñes primeyros pfofcíTorcs, 6c meftres della, á

    converfam que coube por forte a os doze , cha- j j . ma Chrifto pefca: Factam vos fieri pifcatores hominum\

    â converfam que por c fcolha v e y o a Sana Paulo, cha- > /ííi'íír. ma o mefmo Sam P iu lo batalha: Bonum c tn m m ceru- »»*•4./.* ^i: ÔC que tem a convcrfam d o mundo, pera fer batalha,

    qnarido S. Paulo a ío l ic ita , ¿c pefca» quaodo os doze aptocuramí

  • prOGuram? SeacóverÌTam do mudo et« todos era a mef- ma, q u à t o a o f i m d e feu intento, pera cj era diverfaj quant o a OS m eyo s de feu trabalho! Pauìo com huma hipada covertendo a golpes, os maes co m huma tede, convertendo a landos? A tede convidando os homens á a g o a , a efpada obrigandoos ao fangue ? S e ra , que c o m o os cooverCìdos, no fentido de Sant ìo Hylario, yinham pera o peito de Chrito: L a m a p m it. vt ho- *' mines recludemy nefle aberto Sagrado p e i t O j achava are- c4non 25. de a g os p e c a feus landos, & a efpada fangue pera feiss g o l pes.* E xìvit fifígííist & C r e y ó apìedade do dif- curfo; & vou a refponder a o meu intento . Ser em 5̂ . Sara Paulo a converfam domundo batalha: Bonum cerumen cenavi'. Se nos doze Difcipulos pcfea : factam vos fieri pifcatores homnimm: nam he outra coufa, a meu entender, mais quc enfinarcmnos cftes Divinos Meftres,¡que affim diftauam no mundo a materia de f é , c o m o cada hum delles tìnha por obriga^am : porque aqucl- Ics,em cujas maós achaaios redes, eniìnavam pefcando.* aquelle, cm cuja mao vemos efpada, enfinaua fcrindo; d onde em Paulo, quc tras na maò hua efpada, a fua dou- Crina por obrigacam, he batalha: cenawem nos doze q trazi- am nas maos redes, afua doutrina por o brìga9ào he pefca;Ìaciam vos fieri pijcatores homìnum'. q formar batalha c ò as xcdcs, & enfinar lanqos com a efpada, he faltará obriga- 9 a m : c o m q u e foccde, que ^metida a efpada na agoa nada pefca, & pofta em campo a rede, nada venfe. Adourl trina de Sanato Thomas, fe he rede, ainda aiiìm he doutrina Evangelica: a doutrina de Sco to , fe he efpada, a indaafl ìm he doutiina Apoflol ica: vejsm qual he? Se etta'

    T> 2 h e ì

  • he efpada, naô a façaô rede. & ie aquella he rede, nao a c ô - vertam emerpada: quefaltaram a huma obrigaçam de vida, per huma inclinaçam inordinada.

    As incUnaçoens da naturefa, fc fam maes forçofas,nam fam maes neceffarias, que as da obrigaçam; p o fq falcar a o que a naturefa ordenai pode fcc vircude, falcar ao que a obrigaçam pede fempre foj vicio; & dado que fem noca dealguma fenfura, poiTa a naturefa affeiçoada inclinarnos concra a o brigaçam dévida, devem os brios de huma obri- gaçaô refoiuca venfer os impulfos de huma nacurefa affe£tU' ofa. L à entrou Chrifto na horto a agonifar, & a pedir: & fendo as agonías grandes em quem roga, quanto mayoc

    x«f. i l fl. era a agonia, tato Chrifto maes rogaua: tn agowapro- 44* It îíts orabat: mas quem as penas ama» repete as caufas por

    padecer n:iaes penas. Neílas aff l icçoens, que padecía a alma, fe desfaíía c o m fuores o corpo: Yacíhs ejlfudof e\us, ú " qu¿imgut£ ¡angumis decutrenth intem m .SQCva cam divino, recondito m y í le r i o , pode cet lugar mortal difcurfo, o u hutí^ana Philofoña, a quelle fuor de Chri f l o , ouvera de fer 3goa, & nam ouvera de fer fangue: porque o fangue diffe Chcil lo, que o avia de verter; ejfmdeiuY: mas nam diiie, que o avìa de fuar; Se po r outra parte eftà> que o fuor do corpo affligido, he agoa> em q humas vefes navega, outra fe defafoga o feu trabalho: c o m o lo g o fuá Chri fto íangue, & nam fuá agoa; Î aá̂ us eji fadof tam qmm ĝ tdt fmgmnisf O h em Chrifto, o u podía fuar a naturefa, ou podía fuar a obrigaçam. Maes claro: Chrifto podía fuar, c o m o homem, 5c c o m o Redempcor.* fuando c o m o homem a via de fuar agoa; fuando porem c o m o

    ■̂ 0̂ . ledcmptor, avia de fuat fanguc: que co oj o í u o r d e feu . í , fangucí

  • fangue: he que ChriÎlo fo y redcmptct; Reâm î^î nos Dtus ïn fanguinetuo: & cntamfefuara c o m o h o m e agoa, feguia os ifnpulfos da natureza; fuando c o m o R edcm ptor Îangue>Îe- guia asleys da obrigaçam;6c^havëdo de fuar c o m o f u c u , dcixa de Îuar agoa, q a natureza pedia; & fua fâgue, q a obri- gacam manda va: fnBus ejifuàof eius ¿rc. Enfinâdonos o D iv in o Meftte, q fa ç a c a d a hüfua obrigaçana, m a sq Ihecufte Îuores de fâgue; Ôc q deixando as inelina^oês de hua netu- icza afeiçoada,figamos os diûames de huâ obrigaçâ dévida

    Digreifam fo y o que athe agora fis; & peroraçam fera o- que agora ù qo: ajáigrcííam nam teve outra caufa ma- cs q hum zelo muytas vefes conciderado; aperoraçam nam tcm outro mot ivo , m a â s q .hflm aff fÛ o muytas vefes re pe t id o > Sam Boavencurà> d i g o , aquem o Evangelho répété grande: Magnus. vocabUuU naœ fô a cchos dp füas virtudes, que o C e o aplaude fias obras^que fez: Fècerh\ mas a vofes de fuas letras, que o mundo aclama nas fciencias> q enfioou, ¿r àocuent, A eñe pois emprego a mayores cuidados, aífumptoa m^lhores difcurfos, ofFereco ñeñe d i a o que po(Îo de minha parte; ¿c o que d e v o da voiTa: da voi?a claro eflà que eÔou a d c v e r efta aíliñencia, tantas vefes merecida, como, difcrcta, eñe concurfo tantas vefes agradecido, c o m o honrado. Mas fe a igualdade he caufa d o amor ( c o m o füppcnho ) aonde ha virtudes que tato fe pa- recem? & letras tam parecidas, nem a aíliñencia a Sana Boaventura he novidade, nem o concurfo eñranhefa/ he amor, q o D outor 'Seraphico recompenfa com fer tam vof- fo, que por imitaçam do que alie fes cada hum de vos he

    \ feu, & por officio de que clic e n f í n o u n e n h u m de vos ' he de Oütrem. Da minha parte cñava o cíFereccilhe o qtse [ D 3 me

  • S E R M A M

    me pejo dcdicarlhe: efte fermao, quería eu foiTc feu, c o m ò o he ofeu autor; mas fetmaó que tara pequeño nome tem, corno o ha de fet de hum fanfto, q u e ta ò grande nome te- ve: tíicm ugnusvocAhiturÍ là nao offere^o pefo : janaó dedico, ro g o, a o meu auditorio o que elle fabe, ao meu Sam Boaventura o que elle pode: o que o auditorio fabe, he perdoac c o m o fabio: o que Sani Boaventura p o d e , he interceder corno fauiSto. O auditorio nam ha de falcar a me fazet efta gta^a: o fa n d o nam faltará a nos gran- gcar huma gloria. ^ 4 « » mthk & yoh h digmtuf Vm s ia ter Beus M im V m Spirtms f i n 6h s ,

    F I N j l S . D E O .

    Im r a iw i s ì t * ? i r g in » , & ? 5« p h ic o p K « s B t iE t a n c i f c o , ’

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