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S E R M A MT>o z5\^axim o Tfoutor da Igrejuy

SAM HIERONYMO.Pay dos Monges de Bellern.

pregou o V erendiffim o l^adre M eflre F r , Fernando de Sari'» to Jugußinhoyjeufilhoy (Padre da (Pro)^mc¡a na fua ^lìst'tàò,

Examinador dM tres Ordens Miütares,

O Anno de 1687- N o Convento de Sam Hleronymo do Matto^

T> E T ) I C J T> 0

A o M . R . Padre Frey M artinhoMartinianode Cafiro, R e lig io fo da mefiiiaOrdern, Prior aöual do Con­

vento de Santa Marina da C o fia , defpois de o ter fido do Convento Real de Val-Benifei-

tOj & do Convento de NoiTa Se­nhora da Pena.

I S B O A.gj^Officinade J O a m G A L R A M.

^om todas aslicm^^asmcejjarias, A n n o d e ió 8p.

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L

DEDICATOR I A.I 'N . D A ¿¡ue feme podia cenfur dr conjentir euque

fetmprmtjjem dgunsSerm oesm em ^m ojendo ó

primeiro daquefla M a x im a lu^ da Igreja N . T a *

d re Sao Hteronymo^Qemcuja Jolemnidade tcnho

pregado tantas Ve fes nos Conventos da O rdem , que

Jó em ^eUemforadquatro) fa^ta-m eJuípender ¿t

refolu^ao dedar a^^í<^mpa algum deUes^^ temor de entender que j>a~

rafer efcritor d e í o u V o r e s , ^ preregatiVa^ , deViaJer quemfojje

m aisdotado de e h q u e n c ia m u i t o relevante no ej^irito av ijiade

taofubítmeaffiimpto jouaomenos que eranecejjario irpousoapoucoy

enfayando nos m enonslufeíypara moflrar em publico as qualidades

de tanta jh 'ta dejculpa que en dey nodifcurfo^quetiVs

com y . !?. M , TieVerendo quando me fe-^ ofaVor defer men ouYmte

nejle Se rm ao; & como eu Vt nos attendees defle a aceita^ao^com que &

approVoUypor eufer fóhum relator do que py égara aVo-^deDeosem

o B ap t ij ia , explicara a Im ^ a do Esp irito Santo em a Igreja Ca * tholicaj que fata l V o ^ ^ ^ tal Lnguapodembem expender osjem me^

yitos^entendt que era obriga^aójoy^oja ojferecetío^^ dedicaUo a

A f. 3^. teto particular filhojeu '^porquecom afua acettacao tiVeJfem

^enos que cenjurar os leytores da minhapouca fufficiencta aporque j a

aejcolhay que f i^ d a pejfoa d e F - ^^jos frocedi-

mmtos^

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mìntosy & ^limaotemt<tntBconhécmentonOrdem,qiie(¡ttnJtf e m ì- Cíih.'irhum Triorado ^ochamaóparaüütWy ^ os ¡ens merecimentQS adjuntos^com os dotes herdados por naiurefa^daqueík Cao íUujlre pay oejlao cf?amamío a mayores dignidades aporque quemcom tantos pro* gri¡J]os cómela nMprimeiríU, certopenhor he de que realce mais nás mayores^ como enjtnava Cbrijlo: Quia inpauca fuiftifidelis/u- p ram ultateco n íih m m ^ a fjlm o e jp e ra o mettajfeSio Veryparé créditos da mmha ^ Itgtm ^ ^ para gloria da lÜuJlre fam ilia de V , ÍP. Af. %. cuja religíofa Vida^proFpere q C q com muitos does ífe g r a ^ a ^ ^ f c l i c i d a d e s y ^ c * ”

De V . P. M . R .M uito affeyfoado Am igo, IrmáojSc fervo

F t ey Fernando de SafUo Ànguflìnhi,

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S ic luceát lux yejira cordini hcminihiUi ut y i-

deant opera yejlra bona.

S. M a t t h e u s n o c a p . s-

X P E R I E N C I A he a- chada, & certa P h ilofo- phia,que quando ascau>

_____ fas fani fum m am enteex-Cclljvas, obrSo effeitos contrarios, p o iq u e osexceiTosdefcompoem as proporqoffs ñas roedianias.com que renáofeguem as íemelhan^as. Em o t e x t o a o prefente Evangellio, fe OQvem os títu los , com que Chrifto a feu s Difcipulos, & a l g r e ja a os feusD outores, & V aroés A p ofto- Jicos intimou a obriga^áocle Pré- gad ores»& Mcftres Evanj^elicos* que edi6cando com o exem plo ñas obras, admirafíero com a luz do fa- b ern a doutrina, & com e f ía o b í i - ga^So. Ihes cnlinua tambem o h o - notifico do preipio nagrandefatio off ic io ,poique Ihesinculcaafua ie* melhan^a, fendo certo que Chrifto edificou S a n t o , & admirou Sabio para importancia dos hopnés,C'ff//í Jc f tu fa íe re , t'7 áocerr.

Que faü f a i , & que fao luz Ihes diz o Setihor, & que íáo ccrrioCi- dade pofta fc b ie o a lto do monte, & lucerna ace fa n§oefcondiíla ,mas nianifefta eni a cafa , aonde devem lufir, er.ftnardo com a dotiti ina , & dando exeir.plo com as obras , & «Ilim lufiLdo >& eilificaDflO) fertm

chamado? graneles em o K e y n n do C e o ; neftas pala v ras do texro ,r? a - chSo os fundamentos, p'-ra mo'-a- lizar as acijoés heroicas dos q'.:e fu- rS o lu fes .é í D outoresnalgre ja Ca- tholica ; & eftas m efm as, be certo que podiáo fervir de motivos para dcfcrever, & moralifar as obras,6c doutrina de meu Padre S. H ie ro - nymo : porein aínda que iia fuá vi­da fe ve ja o q le vénos mais, edifi­cando Santo , & admirando Sabio: tambera coniideroque chegou nel­le a ta to exce lío o obi a r , & o luf¡r, q íen áové nos mais,o qi’.e fe confi­derà em hú Hieronyrooiaondeinti- ro que os fundamentos por onde fe e x p l icS o asexccUencÍAS de ti>dos» fani curtos m otivos, para declarar os prodigios de táo rara vi[tude> üc importante fabedoria.

Sal, faó chamados todos os Dou» t 0 f e 5 , 0 u f e enrer.da pela fabedo­ria, fegurdo o que fe mandava,que renhü facnficio fe fileile fem o fai,& e xp licá o muitos fem o lai da fa- h Q Ú c , i \ a : ü i " t f a l e fe i n ­tenda pelas o b ra s co m o e x p l ic a S. D .V i- D ionyíio : P riu /fa l,qu ám iux-,f>nút nyfta, vttay quáni áetirirn m a s e m h ü ,&outru fentidü.de tal maneira deve- lucs coU idefar a ra fáo fai : eoi

A CìCD

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^ SermaôlïîeaPâdieS.Hieronymocomoem rem.SloosDoutoresCidadefitaa-mina, ovi para mellior declarar, c o ­m o em fa le iro , de f)ue os mais de- vem participar,para faborearem as iguarias dos royftcrios, ou do e x - em plod asviitu des. H um adas cir. can lìancias , pede o o r n a to , & a c e y o d e l iù a m efa , h e t e r n o r a e • y o h u n ifa l i i ro .p a ra OS convidados«farem do fa),importante ao gofto d asigaarias ,fegund o o g e n io p a r - tiCQÌar de cada hü ; a fabedoria Di­vina edificou h u raa ca fa , efta b e a I g r e j a , & n e l la p o z m e fa , & cha- mou con v iJad o s ; elìa mefa era a dos m yfter ios ,nos convidados ie comprebendem todos os fílhos da Ig re ja , quem houvcr de goftar m y- fterios com o gofto de cs perceber, ou imitar vida de myfterio para o g ofto de agradar a D e o s , ha de t o ­rnar o fai,do faleiro deH ieronym o: p o r q u e alUm darà gofto ao conh e- e im ento d o s m y f t e r io s ,& te r 4 fa- b o r na fua imita^ao em a preferva- c à o do i vicios, & exerc ic io das vir- t ' j d e s ; & fendo o f a l tornado com p ro p o r^ a o , he fabor para o gofto; aff im cornofe em hum fó p ra to de bua iguaria fe lanzar todo hú fa le ì- ro .offenderia o f a b o r » c o m o logo na iguaria» & prato de hfi Serm ao, cjue o c c u p a búa b o ra de tem po , fe pòde (1 far de ta to fai, que por mui­t o nSo offenda o gofto dos ouvin- te s ,& v e n h a pelo exceflb a o b r a r e ffe ito contrario: or ejlù fa i.

SSolu fesos D ou to re s , Ì^ot efiU Ìuìt\ t o d o s experim entào, que a ìuz he condi^ào, fem aqual os o lbos nSo vetn OS o b j e t o s , porem fe he cxceftiva.cega; todos os Doutores, Patriarcas, & VaroCs A poftolicos fà o lufes , mas Hieroiw rao he tara grade lu2 ,& tà o exceffi va, oae pa­ra fe conaprehender o que he por ]u2 ,cega mais do q ue alumeia, por­gue os o lhosdoentendim ento hu- CQaoo fào limitados,para apecctra«

d a em o a l t o d o m o n t e ,e m q fe d e­c lara o oiB cio de ^régador,tbbre o a l to do pulpito,enfinando a o s fe u s ouvintes,& aiTim corno aCidade no a l to domina, & dà leys aos (eus Ci- dadoes, & aos do feu term o,& dif- Crito, aflìm o Prégador A p ofto lico deve dar docuroècos c o m -o e x e m - p l o j& d o u t r i n a a o s feusouvintei, para aproyeitarem no carainhode Deos, & huma Cidade.bera a pòde com prehender a v if ta , & o difcur* fo ; f e explicarm os a meu Padre S. H ieronym o pela com paraçâo de Cidade poftano a lto ,he hù mappa, que comprehende bum mundo;por que a toda a I g r e ja , que abraça o u n iv erfo , foi Prégador no a l t o e f * ty lo da fua d ou trina , & na impor­tancia do feu faber ; & hum mundo reduzido a hua C id ad e , mais c o n ­funde, do que ie percebe . H e cada h a dos D outores da Ig re ja lucerna acefa ,que nào e fte ja efcondida pa- ra te fp la n d e c e ra o s q e f tá c n a c a f a : T Jtiu ceat o m tib u t, qu i in dom ofu n t,I f to he no d if t r i to , q incumbe a c a ­da qual por difpofiçoês da provi­dencia,com o aosA poftolos às P ro ­vincias , que Ihes cahirâo em diftri- b u içS o ; M eu Padre S . H ieronym o fo i lucerna de luz tS o g ran d e , que a fua caia , aonde alumiou, foi a t e ­da a Ig re ja C a th o l ic a , que occu pa j à partes das q u a tto pai tes do m u - d o ;& o que para os outros he cafa , para feu diftrito, para H ieronym o he o univerfo, porque fem efta luz, andava a verdade da E fcrittura c o ­m ò em fom bras, ou pela malici^ dos h e re je s , ou por Ihes faltar hum H ieron ym o ,que adeclaraffe:/»»«- pttw id it S aerts S c tip tu r if üoB crem Oriti m ixim um . Cham So-fe ultimamente D . grandes os D o u to re s , & lufes da tro»^ Ig re ja , mas nos termos da grandefa cabem muitos grandes: •

& cùtre eilcs bem po««» v c t

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de 5 . H te w iy m .í e r bös m a y o re s , outros menores oam erm a grandcfa ; porem o e x - ce íib de grande cm hú Hieronymo,D io adrnitte igualdades, nem com - p ara ço fsd em a is a m e n o s ,p o rq u e (juando os mais todos fam grandes, meu Padre S. H ieronym o he m axi' m o, & e ñ a grandefa luperlativahe rncommunicavel, näo admittemais q u e h ö : agrandefa de Oeos exp li- c a - íe por oftim o m «xim o, & náo fe communica a creatura n en h Q a,& f 6 porgraça , & participaçâo a reP» peito das mais l u f e s , conced e-fe a hú H ieronym o DoBorem máximum.Donde venho a cócluir, que os fun­damentos , que à i o t e x t o para as prerogativas dos maisferem ce le ­bradas,& repetidas,faó curtos m o ­tivos para os portentos, & admira* ç o ê s de bö H ieronym o; he Tal, mas c o m o e m faleiro»que p o rm u ito e m húaiguaria offende, 6c näo fab o- rea , he luz,qup por excefiiva cega, h e Cidade, mas com o bum mundo, que em baraza , & fe nSo com pre- h e n d e , be lu cern a , que a c a fa , em que resplandece, he todo o univer- f o , porque be a toda a ig r e ja , he grande, mas de tal forte he a fuá g ra n d e fa ,q u e fó tem exe m p lo n a grandefade Déos, que Ihecom m u- n ic a a im ita ç â o p o r g r a ç a , porque h e m áxim o,& fe das outra# lufes fe p bdeprégar pela p ro p o r^ S o ,q u e íiaentre a c a u f a , ¿ c osefle itosnos m otiTO sdoEvangelbo,com as e x . cellencias do lufir, & obrar ; de hu H ieronym o as maravilhas por par­te d o e x ce ífo fazem emn)udecer,& c í l e s fá o o s e f fe i to s contrarios, que eu dizia, que obravSo as caufas fú- m am enteexcclhvas da f u a l u z , &«lasobras, pois fazem emmodecer

excefi'os do que delle fe póde fallar ; pore fe elteseffcTtosde em» m udecerfe experimentáo ñas v o - fe.-, & lingoas dos bornes, à viftade u n ca lu z D a d o o tr in a , & tanto te f -

de v ité

cuL

plandor ñas o b r a s , f e ja b o j é a v o E Divina a que pregue, & a lingua do E fp ir i to S a n to a q u e e x p é d a , & en f ó o q u e com limitada fufficlencia repita ; & por a Hngua do Efpirito Santo,que he a Igre ja CatboUca,5c por a voz Divina, que foi o B ap tif- t a , f e ou g áoo s prodigios de bum H ieronym o no lufir, o: obrar : í í c lu teat lux veJlrafUt v/deatit e /cra v i f - Ira.

F .m o liv ro antiquinimo da v iJa de meu Padre S. Ilieronynio fe ef- creve,que afViftindo S.Cirilo, B ifpo ^ de A lexan d ria , na Igre ja ás M a t i- n a s d a fe í la danatividade d o B a p ' t i f t a , depois de acabadas, ficára o Santo Biípo em contempia^áo m e­ditando nos prodigios da gra^a , cd que a mSo de Dees cnnobrecéra O leu P ie c u r fo r , & to d o tranfporta- do neña confidera^So, vio entrar pela Ig re ja bum acompanbamento de varofs em dous coros,cada qual mais refplandecente que o 8 o l , & no rem ate dous de mais autorida- de, Oí qoaes fette veíeslufiáom ais que os primeiros, & profeguindo todos até a Cappella m ayor,c o l lo - c á rS o a o s lados do Altar m urdaas cad eiras , e m q u e fe aíTentáráo os dous varocs maisdignos,ficando os mais em pé, & le d eclaráráo ao Sa­t o B : fp o ,fe r b ü o B a p tif ta ,& ou tro S .H iero n y m o ,o q u a !co n -e 9 o u a fa - zerhO Serm áo d asexcellcnciasd o Divino Precurfor, & prégou Cumo hQ S. H ieronym o E logo que aca - b ou o máximo D o u to r , o B ap ti f ta diíTe que era tambem raf5o ,q ' e e l ­le diiiefiè o quanto foi refplande­cente luz na Igre ja Cat’i o ! i c a , f e u com paobeiio H ieronym o, & c r o a o B aptiña neftes termos.

Efte meu copanheiro na g!oria»o fo i no mundo, & r á o o s f e u s e fcr it- toshfla luz verdadeira(nSo p o re f * fe n c ia , mas por participacáo ) que «».tinguioastrevas de todos os e r -

A A IOS»

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i r S ar o s , 3Tijme?.ndo com orefp landor <*3 fna D o u tr in a ,aosque andavào a>;c e g a rra fé.OH por ijinorancia,ou p o r n ìa I ic ia ;e i l e to i f u n te d e agoa <ie fabed oria , que extinguió a fede a todos OS fequiofos do lume da verdade etn as b fc ji tturas . N cfte Hicu com panheiro fe reprefeotou aquella arvore táo a l ta , que ch e - gava da terra a o C e o , c u j o tronco en d 'ia o mando, cujas ramas occii- paváo o ambito do ar,cu josfruttos fufientavào aves do Geo, & brutos da terra,cntendendol'e pelas aves os fiéis. Se pelos brutos osinfieis: foi no m'indo habitador d e h á de- le r to , com o eo, náo com endo car­ne, nem bébendovinho, fen S oco m húa afpera abftinenciá > foi Virgera nam aispura caftid^de, com o eu, te v e efpi ito de P ro fe c ía , & fo^ D on to r da verdade ; cu he certo q padecí o M a r ty r io no g o lp e , que m e c o r to u a cab era pela tyrannia de H erod es, & por Ihe enfinar a verd ad e, porém roi efle M artyrio tranlitorio , em quanto durou o golpe ; H ieronym o f e o n á o p a d e - c e o ás violencias da e fp a d a , pade- c e o M artyrio continuo aos golpes da penitencia, com que crucificava o feu corpo com C hcifto ,& ñas pa­ciencias , com que foportou injuri­as,& tettemunhos na h o n ra , que os here jes ihe levantáiáo;eu fuy man­dada de Déos para trazer osinfieis à fe Divina, efte foi mandado da providencia foberana para trafer tantos herejes ao conhecim entoda verdade,& ignorantes á luz das E f- critíuras ; eu tciqney hüa v t z cora as m^osem meu Senhor n o b a p ti f - mo do Jord áo, efte o to co u rauitas vefcs dignamente no Altar, para o receber dentro d e r i ,6 í com o teve tantas circur.ftanciasiguaes ao meu nierecimentojpor ifib L)eo3 Ihe dea igual gloria por premio comigO) tíc ditco ulO) defappar^ceú a viíaój Se

m a odefpertoa do extafi Sao CiriMo, 8c nosm anifeftouo que a voz Divina difiera de meu Padre b. Hierony* m o.

E xpenda agora a lingua do Efpí - rito Santo, que he a Igre ja Catholi- ca ,e fte portento de meu Padre Sao Hieronym o no lufir,& obrar, aílifn no que manda crer aos h o m és , c o ­m o no que admitte, que os Padres digáü de Hieronyimo,para que ve­jam os ñas diíferen^as dos outrus Santos os e x ce s o s de hú H ierany- mo, & c o m o a fuá luz refplandece co m o f u á , & I'ó á fu a luz íe podem ve ra s fuas obras : S ic ¡uccatlux vef» í f í , ut videjHt oper» oejirs .

Emdüus Concilios dos mais ce ­lebres, quehou ve na ígre ja ,fe inti­mou a o mundo a importancia da luz de Hieronymo para a Chriñan* dade poreftas palavrasbem m yfte- ^ riofas ; Qupd HisrmymMf utvntoj'um rcprobavn hoc Mcclejtsttot* aiimitiity ^ qucd ap^rohavit Hiersnyntiit y Mc- d e fi» approbat, C?s d a r a í , C? taHqu»m ¿cripturam aHte»1ic»tn jid e ltbu f erem denaumpropontt. Quem nSoadmirSi & 'quem náo fe RÍlombra ! a Igre ja principiou em Chrifto, & o s A p o f - to los , 6c neHes,& delles fe foi c o n ­tinuando por todas as lufes D ou to- res,& var o^s A poftolicos,& todos os fiéis,6f efta Igre ja alliftida d oE f- p ir i to S a n to h a d e a p p r o v a r ,& a- dorar o q a p p r o v a h ú H ieronym o; q fe ja Chrifto o oráculo ,que adora a Igre ja no que enfina, he rafáo, & obriga^So : mas de pois de Chrifto quando íé duvide na intelligencia dos t e x t o s , o que diz hü H ierony. mo ha de fer com o o r á c u lo , que a Ig re ja approve, adm itía ,& adore? grande luz ; dahi vieráo algús, c o ­m o diz hú E xp o fitor , acham arlhe:

C hrijií,^organum S piritu t ¿V - 8 i , 6c por iflb a Igre ja ihe canta no feu dia: Scinullam te etlirn urlH cifil- i iu f ja u ft iHumirtat omnem him inem,

¿.ra

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de 5 . FJìeyónjmo.

C e h J a itìjudit in pro~

E r a por psrticipaqao o entendi- mento de Chi ifto,& por communi- ca^So dagraqa orgào d oE fp ir i to S a n to , faifca ciaquella luz verds- d.’ irs», qne adora a I g r e ja , que he Cb; ifto ; pois corno fr.ifca daquella ! ’j z adora o q u e d i a a , & approva H ieronym o Mandoulhe S Dama- fo q u e cradufifie o te fta m en to no- v o d e G r e ^ o e m latim ,fendo bum- tno Pontifice ca b era da Jg ie ja , fa­cen d o deile ar'ùicroda verdadeira in tf lligécia do te x to , com o o m ef- tuo Santo diz : Not-Kwe/»«/ me f a c e n ( o p f cxvetere^'^ poft exem plaria b e n - ftu rartim tctoorhs d ijp ji fa q u f/i qu i- d jm a r b iu r fe J e a m Ü Juiz arbitro n ào eftà ligado às leys , maisque às d i Tua p ru d frn cia ,& rafào ;& os ju i- 2CS das leys fao obrigados a adm it. t i r o a rb itr io , & determina^ào do J iiiz a rb itro , & he tal o fa b e r , & o entendiinento de hu Hieronymo, q a f u a r a f à o , & o feuentendiraento b a d e fer o q u e declare a verdade d o iivro das leys ! f i m , porque he: JÀe>*fChriJìi,^ 0r¿an u m ópiriíu f S à -

nSo ha o feu entendiraento de d i fe r , nem a fua rafào diftar fe n io o q primeiro difie ,& eniinou Chrif- t o n o s E v a n g e lh o s ;& fe if to h e o q pertence a roeu Padre S. H ieron y - m o por parte de luz: S ic lu cea t , {¡c . V e ja m o s o co m o a d m itte a Igre ja o que canonifa por parte das obras, ut videant opera v e j n .

A so brasno s Santos fSo as virtu­des,& iào o amor, com que corref- pondem à gra^a; deft«s,como alle­g a 0 mefmo E x p o l i i o r , fe chega a diier o q ueeu nSo fei explicar: rornymi virtM tef1»nlHtapene à tommu* n'hus d ijla n l , quMHtutnfdrmé vtrtus À *'tìo O v ic io , & a virtude fào tam c5trarios, que nao pòde haver ma­y o r oppofi^ào , porque baftahum minimo de vicio paradeftruir hum to d o devirtude:Éo»« ex mtegr» cmu- P i ntàinm ex

palavra , podem osen-tender as mais virtudes em todos-.ÒC aiVundiiferem corno o vicio da vir- tu.de ! cu o que c h e g o a e n té d e r h e , que as virtudes nos mais por dìnii- nucas.à vifta das de Hieronymo, fic porexccllìvasas de Hieronym o,v5 a 1er com o vicio nad im inu içâo ,cô- parandoas ás de Hieronymo pela ventagero , c cm que vem a d i l e r o niífnio Padre fallandodeftas virtu­des na vida de hü H ieronym o ; deócn it » d/viMÍf h tc n t itubuíus erat t í i í to f fy m uf , u i üaHSiffima eju/ visa dieipojjet ¿aeré ücriptutay^Jlvange^ ^*/«,Era tal a fua vida,que fe podía difer que eraa mefma Kfcr ittura ,& Evágelho . A vida de Cbvifto foi hu Evangelho v iv o ,^ a mefma E fcr i t - tura ras leys ; Non venifolverelegem^

fed adimp/ere ; & tal imicaçâo de Chrifto foi hú H ieronym o, que ad ­mitía a Ig re ja que fe chame E váge- Iho vivo? mas que muito que aÜimi foíTe no obrar quero aíhm foi no lu- zir;que aUim fofle no obt&ï-.Sao&if» fim tiejH ivn it d u ip e p e i tv an g eliu n ii quem allim foi no luzir: Mí«/ CArr- y?/, £5 organum Spiritüs 5««¿í/jpor if- fo a fua luz a refpeito dos mais, luz co m o fua em iémelhanças da de Chrifto,& fó à fua luz fe podem ver asfuas obras: S ie luc tA i iux v.'Jii4¡kt

op$ra vfjlrs.Se atégora forSo hüas maximas

co m o geraesas rep etiço es .q u ed e* d a re i do que diz a voz Divina em o fiaptifta, t i a lingoa do E fp iiito S*. em a Igre ja , do refplandor da fabe- doiia , & do e x f pío ñas virtudes de meu P . S .H ieronym o, agora o u ça - mos a m e lm a lg re ja C a th o h ca ,e x - pendellas com mais efpecialidade tío que refere da fua vida no dia de feutranfito , & n o q n o sd á av e rd e - pois de moi to na fua imagé,& quet que conheçamos nos feus milagres, em que nos mc'ftra fer fó a fu a \\í z cuffiofua a re fp e i to d á s oiáisluzes

i pars

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(y S e r r n mp a r t id p s d a î , & c o m o f ô ¿ ífualuz c u jo e n te n d im e n to fo l tS o elevadofe podem ver as fa as obras,& ja que te v e p o r g ra n d e fa o fer máximo, & dos mais Doutores grandes fe fafem grandes fei inoés, permitafe que ef- te fe ja maxim ona diira^áo do te m ­p o , iá que tem t í o bós oradores na vo z de D5os,& na lingua d oE fp ir i- t o S a n to , que eu no repetir fó per- g untareyno que admirar, para in* ferir o q fe deve c o n h c c e r , do p o r ­ten to da fantidade,& luzimento de meu Padre S. Hieronymo,

N o diade h o je Ihe ctnta a Igre ja C atholica ñas defpedidas da terra p a r a o C e o , que foi hua lo ce rn a d e luz táo refp la n d ecen te , q co l lo ca - da fobie o candieiro das mais lufes, fó com a (ua luz fe via o lume da fé: íu c e rn a m te jla iu it Ü eurJuper c a J s - hb)u>» E c d e f ií t /u it , u i i» ium inetito litmtn viJereinut f i á e i , Cí J e J jjlen Jo i e eperuíttfuorum Jarem u tg loríam O eo: queni pode duvidar q efte candiei­r o da Igre ja fáo os Varoffs.que edi­ficando Santos, admiráo Sabios? £

quefen§ocontei>tou em difcorrer por outra e fp h era .fen âon oM yfte- r iod aSantiíf im aTrindad e, «Separa nos deixar roaisdocum 6tosem ou­tra« materias da fé, Ihe fufpendeo o inefmo D e o s o a¿to de continuar,& jenetrar tá o foberano myfterio, & lú S.Auguñinho,luz tá o relevante

daquelle candieiro, recorría a huni H ieronym o ñas difiiculdades dos textos,aonde náo a lcâçava os my fr te r io s : illum D tvut %^ugujíinuf d e h f i f S ifficiüim it óer ip tu r^ tA mefnift cabeça dalgre ja ,q deve dar os orá­culos da fé , primeiro confultava ahú Ü KroviyniO 'JH untD awa/u/ Pon» li fex , c o m o fe fo r a e n ie n d im é to d eChrifto: Me«/ C h n p . l o g o bem diz a Igre ja C a t h o l ic a , que lo c ó a fuá luz vemos o lume da t é , ainda quá- do aílifta o candieiro das maislufes, que as mais dependern, & partici- pSo defta tá o grande U z'.üuptr cS» de¡*brn w, ut in iu m m e tuo.

Q uanto aofegu nd o ponto pare-n e f te c a fo d jz :q u e ló c o m o lu m e d e . c e que podemos collegir d o q n o s H ierot jym o vemos o lame da fé? a f f i r m a a I g r e j a ,

grande prodigiola? outras lufes de- l íe candieiro náo alumeao tam b?: í^ot e fiiíJu x . H e c e r t o , mas quando fe fala na luz de hú Hieronymo ain­da á vifia das mais lufes he táo grá- d e ,q u e fó com ella vemos a impor­tancia da fé. Duas confidera^oésfaz a minh a rafáo neíle cafo , fe ja a pri* ineiraq as mais lufes para lufir pa-

fe o ccu ltá o as mais lufes , ou cm ce rto m odo deixáo de o fer á vifta da luz de hú H ieron ym o , & pelo exceíTo da luz de H ieronym o, náo avultáo a so u tra sp e la diminui^áo r a fuá prefenga. Quando o E váge- lifta amado defcreveo a gera$áo e* terna do V erb o ,p ara depoisexpli- car a téporal nasentranhas da V ir-

r e c e q i ie d e v é de participar da luz gcmMaria,deu primeiro noticias o»de hú H ieronym o: fegunda q á v if- vo z daquelle V e rb o ; fu i t h^mota d a lu z d e h ú H ie r o n y m o to d a s a s J u t à D e o :8 í co tn o o m e fm o V erb omais fe occu U áo ,porq ue cedem no era a fo n te d e t e d a a \\izt ügofu mlufimento'.quatito ao primeiro pon- /mx,& por luz o havia de explicar oto , am efm a Igre ja o declara na fuá niefmo Evangelifta, quSdo fa l lad oled a com claro exeraplo;quem fo y Baptifta d i z , qoe náo era luz : No»m ay o r luz daquelle candieiro ; r r t t i t íc lu x : q u ed ife is , Evangelift«p e r eaiaáiliibrutn E cclffi< t, q aquella A gu ia?0 B a p ti f ta n á o h e luz.le no*A gaia intelligente,aquelle porten- affirmai? que por e lle devemos to -to d a g r a ç a em admirar Sabii),& e - dos crer com o a vo z daquellediScsE S a n to p ra e u S . Auguftinho, no V e ib o ? V iom aetcreá eren t

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deS.H teronym ù* 7C om v o fco faço o argumento beraniadaqiielle M onat qu ad aslu -

de exem plo : v 6 s ,& o s maisApofto- los nào fois lufesí/'oí t f i t lu x Comn lo g o difeis, q o 13aptifta fen- d o hû prodigio da g raça ,& primei- ro Frégador ds peniiencia , nâo he laz?a ra fà o h e ,porque naquella o c - cafiâo in tentava oD ifc ipulo am a­do craferoshom ês ao conhecim ê- to da verdadeira luz por eíTencia,q era o Filho de Déos, & à vifta defta lu z n á o a v u l ta ,n e m a p p a r e e e o u ­tra luz, porque com e lla fe vé tudo o q u e fe p 6 d e ,& devever:No«ír<fí iü f lu X y fc Ju t teJlimoHium p erh ih re t d e íumine.

Q a e r a Igre j a honrar,& explicar e í la luz máxima, co l lo c a a H ie r o ­nym o fobre o candieiro das outras lufes,q fá o o s V a ro é s Apoftolicos, & D o u to re s , advertir^do que Í6 có a l u z de H ieronym o h e q u e vemos o lume da fé; U"» i» ¡umine luo lumen videremusfidei;o^Ta9.\í^\Ta fá o lu> fes,mas á vifta defta lu z ,nâo avulca o feu lufimento, ou a participagáo da doutrina defta luz ; co m o fe dif­féra: eftando a luz de hú H ierony- m o,de quem todos dependem para a intelUgencia das Efcritturas:i¿'«/» ¿ h u f t/1uguji/nufyillurn D am afus fS - tifeXy ttoH eraMt iS ihccf;r¡3 iO porque O nao f e já o , mas porque á'vifta de tanta luz nSo avu tá o > « r i t Iumine tuo. E porque a luz de H ieronym o he fó com o fuá por maxima a r e f - pe ito dos mais,& nenhuma com o a de H ieronym o,yîr ¡ueeat lux vejlrê . Pergunto eu agora co m to d o o ref» p e ito de filho obediente á mefma I g r e ja ; fe v é e m a luz d e H ie ro n y - w o e f te exceíTo pela dependencia dos feus eícrittos,& doutrina rwi e x - p licaçâo da verdade da Efcrittura, porque Ihe chama lucerna fobre o eandieiro? parece que mais p roprio Ih e e r a o n o r o e de Sol» quando os mais tiveíTem a ra fáo deeftrellas à Vifta de f e a refplandoriella be a fo -

fe s , que na lúa prefen5a cedem t o ­das, & nenhQaavuita j & coro mais propriedade diíTera: üoiem le J la iu it Ü eu / fu p e r can dehéru m . Se Com a fuá luz chegamos a ver o lume da fénaalfiftencia das oiitras: t J/ /«/;<- m i»eruo?A meu ver c 5 grande m yf- terioUie chama lucerna, para m e- Ihor declarar a vem agem ,& fingu- laridade do feu lufimento; vejam os a rafaó.

Sendo hü o R e y n o d o Ceo para a noíTa efperan9a,tambem ha ou tro Rekyno do Ceo para o n o f lo m ere- cimento,aquelli; he a g loria .qu eef- peraniüs, efte he a Ig re ja Catholi gor^ ca , em cu jo gremio vivemos:C tthrui» Í c c le j la defígnatur : Inten- to u o Evangelifta S. jo a o declarar­nos a luz, que refplandecia iiaquel* l e R e y n o , & naqiielle C e o , difie que nao neceflitava de luz de Sol, nem da L u aiN o» egei Sole^tiet^ue L u - n a : Porque a fuá claridade era c o ­m o de pedra pceciofa; OHetfJn m h i clarnatsut D¿r/, £? lumen eju tfin tileié^p id ip retio fo E c o n c lu e difendo que a luz,que nelle refplandecia,era de lucerna,& e ñ a he o Cordeiro : t i# - c e m a e ju /e j l t/íg»M//Grande royfte- rio! náoneceífica de Sol.ne de Lúa,& te m a c la r id a d e ,& fem elhSgade húa pedra precio fa, o refpládor h e a lucerna,que he o Cbrdeiro?E qué era efte Cordeiro, íenSo o Filho d e Déos, o mefmo Déos, & hjz por e f - fenciai’ & aflim fe e xp lica a luz da- quelle R ey n o do Ceo.

H av end od e fallar a Igre ja Ca» tho lica no refplandor da luz de H i­eronym o ñeñe C eo militante, pri- meiro o intitula pedra»& depois lu ­cerna '.O lapiíinelyte deCerti, qu i D ei digito ta S u f omnigettiffciStianim fiu^Qibuf m j i a í ! Chamalhe primeiro pedra do deferto , d eq u e ro an à rS o copiofas a g o is de fabedoria, co m o tinha ditto a v o z Divina, 6c de pois o

ickü*

do»

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s S s m iointicuìa lu cern a , q com ella vemos o lume da f é , quando eftá fo b re o candieiro dasoutraslu íeá ,em pre- fenga dos mais que refplandecé- r i o r a b i o s ; à c notemos que a cada hü dos D outores,que compoem e t­te c a n i ie ir o , fe applicào as pala* vrasde S imào.filhode OniasSacer-

Sccìef'. (Jote: Q »»fifielìa matuiiHa^quaf! luna pìena^is qttaftfoleffulrtnr yfis tjle re~ fu^ fttm tempio D ei. E ie a cada bum dos mais concede a Ig re ja a raiao de Sol, Lua, & Eftrella da manhaa, quando falla na luz de Hierony- ino nelle C eo militante explica o feu refplàdor á imica5áo do R e y - no do C eo triunfante . H e H ie -ronym o em quanto lu z , com o pe- dra precîofa, & aonde eflá a fuá luz, náo fe neceífita de Sol, nem de Lúa, que IfTo fao as outras lufes; t^et Sote., ttíque Luna^ porque com a f j a luz vemos i ie f te C co da Igre ja co .n o com lacerna, que he a luz do C eo triump’iante, & i6 com ella á viíl 1 das mais i'cvc o lume da té ,por que para a intelligécia dosm yíteri- ostodo?,air jda que ceníiáo raiaó de fo i, ou Itia.a participa; iHur» ü iv u ttylugufltnHr^iüwn Ü Jtna fus Poní i f lx :p or iíTolhe chama lucerna , & nao Sol: L u cern am teflatu it Oeuf^'^Sc.

P arece que efta rafáo fe fatisfaz a o appellido de lucerna ,náoexpli- c a d e todo a du vida, porque o E vá- gelilla diz, q na<]oel!e K e y n o a luz he lucerna, & a lu c e m a he o C o r - diiiro : L ucrrna v u t e(i feD éos he a fonte de toda a luz da gloria , com o ihe dà a femelhança, & appellido de Cordeiro? Será a re fa o , porqfalla d aqu ella lu z ,por­que o que fe havia de commanicar, ^ conceder a os predeílinados, 6c que para eftes veré o lume da g lo ­ria narnelleR eyno ,prim eiro aqUvl la lu2 Divina fe havia de fa z e rC o r- deiro na paciencia dos tormentos, & affon:as^ Se allim n( s dcclarar os

M yftertos da R e d e m p 9a o , comO Cordeiro tomando a fuá femelhan- ^ a , & dalli fe nos havia d e fe g u ir o ver o lume da gloria no K eyno do Ceo.

N o meímo livro do Apocalyp- fe vio S Jo á o a Mageftade Divina em hi3 trono,& hum Cordeiro. que aíTiftia com o m o r t o , & que cftava hú livro fechado a fette fe l lo s , fem quehouveíTequem oab riI íe ,& c o - m o o E v a n g e li l la t in h a fido Secre­tario dos íntimos fegtedosdo p ey- to de Chrifto.ver o l ivro ,& n& o a l ­canzar os M yfter ios, o fez trocar a virtaem pranco, & nelle fentimen- to ch orofo fl^ham ^ o confolouhuni dos Anciáos,que afiiftiáo ao tro n o ,& Ihe difle: qnehavia j á qné abriíle o livro, que aqoelle Cordeiro quaíi m orto o havia de abrir» m asnSo fó com o Cordeiro , porém q havia de te r circunílarcias de Leáo , com o Cordeiro : t^ cc ep it lih ru m Jc á ex tra

Jcd t’-nliíy £í eúm iperuijfct^ & COmo l e á o havia de apparecer com o li­vro aberCO : Ucee vicit Leo ds 7 nbit "^udnaperire Íibrum. Ette l ivroem fentidoniais l iteral era a Sagrada Efcrittura, v r lh o ,& novo teR am é- to ,8 c quem o havia de desbrochar, & abrir fenáo C hiií lo paciéte C o i- deirona fuá vindaaoniundo, & na fuá P a y x á o ,& M o rte , & padecen- do com o Cordeiro : T anquamHus cotam londentefc cbtnu\efcet 8c havia de triunfar com o L e io a l fm i da mefma m oite , que padecía, c o ­mo do it'ierno : O i-u'i'r, m orfuf tuus ero in jc r r ’- , & com os torn^entos, m o r te , & triunfo ac- c iaron profe(Í3S,comprio promef- ffisdo teftamento velho , eniinoa M yfterios importante.« á falvacáo d o sh o m és , que fe havia de lograr coai o luirc d ’. g loria; U por iflo a luz daq^’elle l ie y n o t i i im fan tefe explica por lucerna, que he o C o r - d eiro ,& quaC luoito , & e ü e abre o

UHemí.e?6.

Uvto

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deS.H ìerdnym o. 9Iivro p a d e c< !n d o ,& o acaba d ea* l ie re je s , p o rqn e c? re p re h frd ia cG

Aia verdadeira dcutrina;q tS o anti- g o h e o perfeguir a bù Hieronymo de villa tà o benemerita nos oilios de D e o s , com tcüemunhos de fuf- peicofo na f é , quando elle a enllna- va: & quem padeceo tanto, & coru canta paciencia , bem fe pòde repu­tar por Cordeiro corno m orto,/<;«• fen U a vox^'iSc. ^/ignuintaMquiimoc* cijunt.

T e v e m a is aquclìe Cordeiro Dì* vino Chrifto,ralbes de l e à o .e m pa» decendodeftruir o mefmo inferno, declarando daquelle livro o myftc- r»o,de que a vittoria do A ra orco n - fifte mais no que fe fofre morrendo, do q no que fe fé ie matando : Msr-

J ms iuu t eto,i"firney & com a pacien­cia de C o rd eiro , veyo a coiil'eguir valor de Leáo contra a m o r te , 6c c u lp a , & inferno. Aquellesquatro animaes que tirav5o pelacarro^-a, qiie vio E z e q u ie l , nào fó fìguravàoOS quatro Evangeliftas, m.-\s tambe fymbolizavSo os quatro D oucoies da I g r e ja , conforme algu« Expoli* tore5:noHoniem fe entendia S.Gre­gorio , (]ueefcieveo os moraes,para a vida humana fe ajoftar c o a s leys Divinas;noVitalo S Ambroíi»',q e l - creveo dos Sacram entos , & do Sa­cerd ocio ; na Aguia S Auguíliiiiu», c u jo enteadimento fe remoiuou até a Santillima Trindavie ; & no Le3o meu Padre 8. Hier(>nymo.aqiiem a Ig re ja chama martello do« hereje?, que com esem p lo de Cordeiro, c o ­m o moi to na \ ida,& com a coiiíVá- cia, & valor em refutar, tv coiiven* c e ro s e cro s d a n-alicialinmana, vé- ceo , 6c ti iúfou do infern.il odio dos

brir triunfando com o LeSo.Correndo os tempos,depois de a-

b er to fe havia de verefte I jv ro , c o ­mo fechad oem partes,oa na verda­deira intelligencia para osmefm os fie isou pela maliciados h e re je s , q v ic iáráo^ostextos, porviciarem as vidas,& quem ha de abrir efte livro, no que tem fechado para declarar a verdade aos fiéis,& para convencer aos herejes, refutando os leus erros, fenáo hú H ieronym o,luz do Ceo da Ig re ja Militante i l a ex^ontndir ¿ í - <rtt ó tr ip tt ir if y DoBoretn máximum. Pois fe ja nomeado da melma Ig re ­ja com o a luz do C eo triunfante, 8c no appellido de iucerna;&fe aquel­la lu ce rn a ,d á o lu m e á g lo r ia ,co m o Cordeiro quafi m orto,q aflim ha de abrir o livro, & com o Leáo , vejao# fe em hum Hieronymo tambem cir- cunftancias de Cordeiro quafi m or­t o na vida, & de Leáo na generofi* d ade ,& valor em abiir efte Iivio,ou explicar o qeftava fechad o;exerc i- t e Hieronymo piimeirohuma vida tá o morta no deferto, & hú a morte tá o viva , que parega mais m orto , q VÍV0.& q fó vive pa¡ a padecer mor­te nos fentidos, morte ao mundo,& ás o p e ra ^ o ís d e vivenie ; & fó vivo ñas oper=^oés de morrer mortifica­do na vida com Chrillo ; ou^amos a o m e ím o S a n to o q u e diz vivendo: Senìperiìl» v cx i» aurihuf m tix fsn tt:

Ju ig ite moi tuiy teniTe n J Ju J ic iu m . A vozdaquella trombec«) he c e i t o , q nenhom homem vivo a h a de ouvir, porq <juando f o a r , )á todoeeftaráO in o i to ? ;& a voz, que f6 hau de c u - vir o s m o r to s ,a ouve Hieronym o quando vìvo?(ji:e he ifto? fenáo que a fua vi J a era búa morte ao mundo»

mortuu/.s T e v e a.< r«foés de Cor dei,o n gol{^e-, que ft^fieo às piopt usci'So» da fua penitencia, na paciencia cotnt,ne fopcirtou inju» l i s s ^ teftemuili. sfa]! '..?; aréem «liijicitai da f é , ihc iuiputáiáo os

inimigosd4 fé, & da verdade;& e f- ta h e a caula mai.' verdad^!' a , p r r - que atradic^áo o pinta feinpre com acom panhia d o L e á o ,a í I im co m o nasarmasde A rg 'if t iühoa Aguia.

A g o r a iremos entédendo a rafaó da Igreja,cham ar á luz deHieror.v- m o luz de lucerna, r.áo de fol; ponj

B ocfte

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IO Sermaof ie i le C e o m ìl i tn n te ì ia - fe d e expH- c5o prodigiofaÌu7.buasfombras;&*ca r a luz verdadeira ,<] difl'e o B a p - tif ta ,por fem elbâçasdalü zdaqnel* le Ceo triunfante : Lucer»am te f ì a - tiiit D eu tf^ c . L ucerna eju f^ ^ c. E f e aquella luz Divina tinha o fer C o r* d ei io corno m o r t o , & fer LeSo nas feme^hançaspelos effeitos, p ar» a - brir o l iv ro dos M y fter io sd aF é .em primeifo principio, quando efte li- vro fc vè de algu modo fechad o,ou -pela injuria do tem po > ou pela m a­licia infernal,qnem o havia de abrir, d e u a ero tudo imitar aquella pri- mcira lu ce rn a , h a Hieronymo, que o ha de fazer c laro com a iu aexp li- c a ç l o : M eni CbriJityOrgMMHm S p ir ifü t ¿>ân9i. T e n h a rafoés de Cordeiro t\M3Ì\ m o r t o i f t m p e r fila vox y8c cir- cunftancias de L e à o , com apacien- cìa, triunfando das injurias ,& do in­ferno dos h e r e je s , com a doutrina, Hteretfcorut» malleuix & por ifibnef- te C co fe chama lucerna,& nSo fo i, nem lua ; porque nefte Ceo coro h i H ieronym o, no»egetJo!e, nequeìuna, E m d u as palivras confirma a m ef- nia Ii»re ja e f te difcurfo,no que can­ta a Hieronymo : Namiièrwn^ quem àigHUr eji aperire y exp lu aretudigne^ Çÿ illustrare meruifii R e p a ie ra fia palavra literal do c o -lil-ieçSo entáo o e xce í lo defta luz, q re i 'p lan decenoR cy no M ili tan te ,á fe rae lhan çad alu z do R e y n o triun­fante , & que a refpeito das maishe ff') com o fuá ; porque nenhúa com o a de Hieronymo>/f/«íí4//ftx vtjlra , ut in ¡umitte tuo^

F, fe a minhaduvida fez liña reve- tente peí gunta à Igre ja .porque Ihe cham(Hi \ucerna,& nâo io l ;p a raa f- f im v irm o s e m o conhecimento do exceíTo d e f ta la z , que por grande cega a noíla rudefu, & i*ó a mefma I g ie ja a podiaexplicar .Com a m ef- ma leverencia farey hú reparo , fai- lando com a Providencia Divina, & funí^afií aminha adiDiraçfio para o r e p a r o , eni ver que peimitcio neiÍ4

no refplandor de H ieronym o huma nuvem. Em h ü a h o ra fe vio o m áxi­m o D outor fatigado no anim o, 8c em barazado noentendim ento,para concordar a raíz de hü te x to da £ f - crittura com as verfoés,& 1iteral;8c n§o podendo vencer a difficuldade, fufpendeo a fa d ig a , & tom ou para a l iv io , & recrey o hu m C icero em as mSos, para fe entreter com o feu e ñ y ío tá o eloquente, quSdo de im- pro v ifo fo i arrebatado a o tribunal Divino,& proftrado diante de Chri­f to , o q u a lco m o Ju izIhe pergnntouquSera : K yidtrtbu n alJu d icitperíra~ ftoL ad hor,'^ interrrgatutde eód ition efi^ c.A o que O Santo re fp o n d eo .q eraC h rif - tá o , & o Ju iz Ihe difTe, que mentia: hdentifíffC iceroniarfU í » 0« ChriFii^ flH«/.-Pedio o Santo pcrdSo da fuá culpa, ro g á rá o o s Anjosaíliftentes por e l le ,& promettendo a emenda, foi a^outado primeiro , & depois p e rd o a d o ;& d o 3 a 9 o u te 8 Ih e f icá - ráo os v e rg o ís ,& finaes dolorofns, co m o o mefmo Santo confeíTa; t o ­mando por teftemunha o melmo T r ib u n a l , em que fe vio ; efte foi o fu c ce d b .& o que me admira,he ver, que permita a Providencia Divina efta íom bra em tanta luz;fe era, c o ­mo era, culpa lerh ü C ice ro ,p o rq u e fendo H ieronym o *. M e»/ C b n jh , Sí erganum S pirn üs SanHi, fe embara­zaría intelligencia do lugar, para q a fadiga, & o em barazo Ihe fe já o o cc a ü á o d a culpaeru 1er p o r T u l io í Com o Ihe fufpende a providencia o dar no fetido do te x to , fc nos olhos deDeos.aond« tudo he p re v if to jh e era prefente a c u lp a , que fe Ihe h a ­via de feguir ? nao foi iito hüa fom - bra, em tá o grande luz f n a o h e h ü a n-avemem tanto re fp lendorínáohe paraadmirar eftefucceíTo , & para re p a r a r n o c a fo ? m as jaq u ev em o» e m o t iv o do re p aro , vejamos em hü exem plo a folu^áo.

Ü bed cceo Pedro à voz de Clii>f-to Á

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de s . Hieronymo, i *<0 quando o cliamoa ; V e m ie p 4 '«ì» fé teve o d e f e i to , doncie veyo a ferd eixou, & feguio coiti tanta fé, c o ­m o depoii confeffou ao mefmo S e - nhor, quando Iheproteftou h u c o - rUecimenco de Fillio de D eosiT« ss C hffjìu fJr'iliu f D e iF ’tvii promecelhe Chrifto de o f a z e r na terra cabera da Ig re ja , com huns poderes com o divinos. E m h ú a occaf iáo b lazon a- va Sao P e d ro , que pela nicfma fé, que lliet inha,m orreria p o rc i le : ¿ i cportuerit me mori iecum , 6 í o Senhor Ihe diz que o ha de negar tres vefes, & e íla profecía de Chrifto foi como a v ¡ fo ,p a r a que fenáo fiaíTe fenáo em Deos, & nao commettclTe o de­l i r o , com tudo chegou a h o r a , & »egou Pedro a ftu Meftre : Wo« «e-9t hominem. M e u D eo s , fe Pedro ha de fer Pontífice m áxim o, & com os volfos poderes cab era da Igreja , & d a f é ;p o r q n e o deixais na occafiáo fó coni a (utffciencia, & Ihc nao a f- fiftiscom a efficacia , para que nSo falte a efla fé, donde ha de fer cabe*

Til>i J a h c J a v : f .$ e m húadas ra* Í o í s a meu ver;portjue vendo osho - mésem S. Pedro tantas cjrcunftan- <;ias de lu b ñ itu to d e C li i i f to ,fe n á o equivocaíTem no conhecimento de V ed rò , & co nhecef iem pelas fom­bras do defeito ,q u e era Pedro ho-^ n iem , & n á o era Chrifto Filho de Deos Chrifto era Pontífice : Habe» n u f (^ontificem, q u ifen tíra v it C^elof^ P ed ro era Pontifice;Chrifto era Pe- dra: F etr0 erat CbníÍMt, Pedi o era Pedra: E ifu p e r h ie petram\C[)ri~ fto e ra P allar ; tigo fum P ajl‘>r honuty P ed ro era Paftor ; f t fc e ovet r,uM. Chiifto tinha os poderes do Padie cm as rolos : ?ater d t i i t omn:a in ma- "Ut. Pedro tinha os poderes figura-

chaves , que tem na-niáos; ^ od cu r,:qn g i¡gtx,crtf , quodcum que Jc iv e i i f , t< com o iiavia tantas c ircú- liancias de fernollianiía.náv) le equi- voq'.íem ts homés com P ed io» ^ Chri l j ; vej4o q n ep ecco u Pedro, & chorou a iüa cu lp a , ói ua mcfaia

cab e 9a , & o que lograva era por difpcnfa^áo da gra^a , & náo por naturefa,, para fenáo engañaremos h o m fs .

Com o D eosem todas as qnalida-d e s ,& attributes efíenciahneiite he M á x im o , o h e tambem na fabedo» ria; e lle t itulo de M a x im o n o faber fe havia de dar a l l ie r o n y ra o nelie C e o militante , üo&orem M áxim um , H e o Filho de Deos l u z , de que t o ­dos participáo, & à vifta da luz Di­vina, nenhüa apparece por com pa- ra^áo : i^ on eratiü e lux- E ra H ie r o - nymo h ú a lu z , com aqual víamos o lume da fé,aínda eftando as mais no cand ie iro , & defta a participaváo asoutraslufes: lüum D ivus tm ur. Era Chrifto luz de lucerna, 6c com eíT a lu zfe náo necell icadaluz de fo !,n5mdelua,¿ ,«fc ;r«íi f/«/;era Hieronym o luz de lucerna: Lueer-, n a m te fis tu it D í « / , & c o m e f t a , f e náo necefllta de outras lu fe s , com o f o l , & c o m o l u a , p o i s c o m e l l a v s - m o s o lume da fé, utinlH m inetuy, a - quella luz Divina em lucerna era Cordeiro,8r e raL eáo para alumear, • b r i n i l o l iv r o ;e m H ieronym o fe haviáo de ver rafoés de Cordeiro* & d e X-eío para e x p l i c a r ,& illuf<» trar o mefmo livro: t*aTt librum yqui dignus tjl H a v iá o d e Ihechamar: M ent Chnp,';^organum ffH iíS an S i,p s]3 im p oitan c ía d ofeu faber na Igre ja Catholica ; náo fe e - quivoqué os homéá; & tenháo a hü Hieronym o por luz Divina, fenfio participada; v e jáo que he M axim a lu z , mas que teve fombras de hu­mana , & q u i n a o dardo na intelli- genciad ehú l e x c o ,c o m m e t te o n o Riefmo faber, hü erro d ; !er por Ci­cero , & permitta a Providencia Di­vina fufpendírr o co n c i ir fo na ditH» culdade, paia que v e já o os homSs, que fe H ieronym o he tá o grande luz,que teve fombra com o human«, & Dáo era loz Divina, aíüni a n ie f -

h i. ma

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î 2 S em aoi n i difFerônçî que vay de Pedro a ChrÜ to, h? a que vay d é H ierony- IDO à )uz Divina.

Ainda temos mais que re parar no fuccefla ,em fer dada a co n h ece re f- ta (ombra peladiffe iêça em o C e o , que p u d c ra cà n a te rra te r o c a f t ig o r a culpa da l içao de Cicero: porem ftìndo arrebatado ao Ceo,fo i com o adveit irnosq do m efm o C eo havia d e v ir o c o n h e c im c to d a diffeiêça; porque osentendimentoshumanos p crf i .n âo poderiâodiftinguir eftas grandcfas de l u z , por limitados na comprehenfaô. De muicos com Sa­t o Atarîafio he a o p in i lo ,que quan­do D eoscreou o S o l , & a L ua , pa­iera eftes doüs corpos celeftes em a terra , & depois no quarto dia os c o l lo c o a em o quarto C eo ao Sol,& em o primeiro i Lua;as primeiras p a lav tas ,q u e o te x to diz a cerca deftes dous planetas,he chamarlhes grandes, fem differença : ï e c i t ü eu t du» lum inaria m tgn a , & depois ja os diílingue: Lum inare majut^ lum inare mirtut, E híía dai rafoSs h e , porque <)uandoforáo creados na te rra , ti- ohào tal grandefa, que ospl^^os hu­manos, náo podiSo comj,'.¿/á^nacr o tamanho de cada hum para os diñinguir , & por iíTo eráo com o iguae8,£.«w/»-íW<» >»/»¿«/i,mas depois de collocados na fuá esfera, que era neíTes C eos, já de lá fe dava a conhe- cer a mayoria do 8o l ,& a minorida- de da Lúa. Em hú, & outro C eo he Déos por eíTencialuz m ax im a, & o feu entender, & faber incom prchc- f j v e l , & c o m o Hieronymo no Ceo da Igre ja militante era luz maxima, D o& onm com tanta ven-tagemá'í lufesgrandes, m agñutv». eabnury náo podem osdifcurfos dif­tinguir a differença ; do C e o doj* vi- rá o conhecimento. & fe nos dará a perceber,que Déos h cju m in are r,ia~ jut^ deque procede to d o o lufir, & de lá veremos, que H ieronym o he, ìumittareiìtiHu/f^QT<\\ì^ tz 'is o d c -

fe ito p o rp e rm ifs so jp a ra q n e fe n a o equlvocaiiera vendo tanta lu z , que refpUndsce co m o fiia, de q as mais p a rt ic ip io na exp licaçâo da verda- de da E fcri ttu ra , & nenhúa com o a de H ieronym o: S ictu eeétlu xvejita^ ut in lum inetuo lum e» v id etctn u ijiJti, t í Je jp len dare offerum tuirurriy^e. ut videan tf fSc,

Sufpenda-fe a penna,& callem a j vozes humanas,oportento de virtu­des de hú H ieronym o,à vifta do que diz a voz Divina da fuá penitencia, p u r e fa ,& m a r ty r io ,n o s golpes de je jQs,difciplinas, vigilias,¿i: fofrimé* t o de injurias ; & lo diiborramos o q jn oftra a Igreja,para expender o o - brar de hú H ieronym o,& do leu a* m o r n o a í t o d o feu m ayor mereci- m ento,em as fuas Im agés. E f ty lo h e da Igre ja Catholica mandar,& con* fentír q fe p intf as Images dosSátos, CÔ as iniìgniasmaisdecorofasdofeu m e r i to , ou do feu premio ; a S. P e ­dro com as chaves; a S .Paulo com a e fp a d a , a S. Lourenço com a sg re - Ihas, & a meu Padre S , H ieronym o co m h u Chriftocrucificado emhQa das m l o s , Se com outra fer in d o , òc abrindo o peito com huma pedra, fcmpre delpido, corno dandu-nos a entenderna Tua nudeia,que reçu pe­rón a gala da innocencia, que A d áo perdeo pela culpa , & que fó erte veftido bafta ah ù H ie ro n y m o , que tanto fedefpiodos afTeilos inficio- n a d o s d o p e c c a d o ,p o r fe v c f t ir d o am or,com que amava aC hi ifto def- pido em bua Cruz,qoe f e o via mor­to em huma imagem infenlìvel, Ihe parecia vivo no padecer ; & com o o meditava na Cruz ainda morren- do de amores pelos h o m é s , rompía o peito a golpes cotn liúapedra . O M y fte r io , que nos declara e fta in - f igniadecorofaens H ieron y m o , he que com o tinha na confideraçâo a Chrifto efpirando ría Cruz; lembra* ▼a-lhe, que naquelles últimos aíen- tosdifeodo, C9nfummatHm eji,['e TiC-

gO’-l

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de S . H ìerg o a 0 veo do T e m p io em d.ias par- t e s , & com o Hieronymo era tem« pio vivo de D¿os, corno diz S .Leu- reiKjo Jtiiliniano : tx a jjìd u a medita^ tiene Hiironymui f» d u t eJlTem plnm i i e i . Se 0 tempio m o r to , rafgou o veo na morte de C hrif to , rompa H ieronym o o veo deile t e m p io , a- briodo o p e ito , que era tempio vì­v o , que fe dentro fe abrafava em a. tno r , defora fe devia rafgar c o dor; D o h r tfl f:cu t t^ m or.

Tam bem na oco íf iá o da morte de Chrifto na Cruz, f i quebràrSo as pedras humas com as outrai : ?etrit

J c i f a /«»» ;e ^ aH ie ro n y m o h ü a m v - fìerio^a pedra do deferto , donde nafcèrSo agoas de fabedoria. corno diiTe a voz de Deos no Baptifta , & expend co a l^^rcjn'.OÌtpit ine/ite J e -

J e r t i y qu i O ei digito ttQur^ ^ c . Kra Cbriftopedraferida ag o lp es \?er- cuffìt h ifpetram y gem ina per cujriQÌi%~ num C rucis Jìgnìfient Se a Pedra Chrifto, na morte fe vè ferida, a pe­dra Hieronym o nSo ie veja inteira,& com a pedra , que fignìfica Chrif­to ,fe rompa aqueìle peito exterior, para que le ve jao pedras racionaes partidas de dor na morte de Chrif­t o ; Chrifto morrendo na Cruz por H iero n y m o , H ieronym o morren* d o de amores por C hrif to ; depnjs de Chrifto m orto,Ihe d èrSohu a 15' padano peito, de que fahio fangue,& agoa: t ' j f i t ' / i * ^ « ^ , a g o a ,& fangue d eM y fte r io s , ^ Sacra­mentos nafcidos daquella fonte.co» uio em profecía o diil'e Ifaias : f ic iis aquM i»gau d io d t f ontihuf Saì^ f i t e i f . E depois o e xp licáráo os ^adres: D s ìt iere C brifJi exierunt

Aquella era juntamente •goade fabedoria: taqu ^ ftp iem iie

f a fg gni fangue.Sr agoa doC h ii f to jfe d à o acon h ecer

Wyiterìos,8c Sacramentos aoa fieis; <]uem depois havia defubftituir ao niefmo Senhor no acc la ra rM y fte - u o i d a f è , & Sacramsiitcs; era ra-

'onymo. 1 3f á o ,que o fubflituifTe'na? c írcu nñá- cias; vejafì'e em hum Hieronym o a- g o a , & fangue do p eico , agoa nos rio<! de lagrymas dos o lhos, cu ja fonte verdadeira das lagrymas h e o c o r a ç â o , & fangue d o p e i t o a g o l - pcsdasm aosde leu aaior .

S e j à n â o f ü i o ro m p erH iero n y - mo o peito com aquella pedra,para dar a con h ecer o veidadeiro amor a Chrifto crucificado, & correfpon- d ern o modo que podia hu^ c re a ­tura a feu Creador. Defcreveo C e ­lio Rodiginio o amor perfeito no geroglifico de hu varao, & nào m e ­nino, corno o m undoo p in ta ,& e iu tre outras citcunft.*ncias com que o explica ; he hija, ter o peito aber­ro , vendo-fe o coraçâo , com a letra que diz ; , que o a m o r ha de ter nas palavras, & nas obras exteriores o m e f m o ,q u e n u c o r a - çâ o : & o q fe fente no c o r a ç â o , fe h a d e ver nasacçoff$;eiTa feria a ra­fáo, porque a Providencia Divina confen íioque húa lança re fgafleo peito deChrifto depoisde m o rto ,& he de advertir, quedalançada nao fe diz que fe r io , fenáo que abrió a fs r id ad o p e ito : lâ H c eâ ia iu fe ju s a -

porque eftava ja ferido o c o ­raçâo no amor: Vulnerajiicor mcum^ & com o era verdadeiro o amor c o ­mo Divino, & perfeito c o m o d e Chrifto, ve ja-fe de fó ía o q he den­t r o no co ra çâo , in tu s , ^ f ì r i t , o a- mor deH ieronym • era perfeito a - m o ra Chrifto crucificado, n oq u e podia hú coraçâo humano,& fe era p e r fe i to ,& Ih e t in h a fe r id o o c o ra - çâo,abra H ieronym o o peito, para que fe veja a ferida d o a m o r ,& ap- pareça de fóra a ferida de dentro» /«»«/, Çÿ/jr// ; tudo ift o nos dà a en­tender a lingua d o E fp iú to Santo, que he a Igre ja ;naimat>emde H ie- ronym o,& fóqu em alíin iexpendeo o feu lufimento : L u cfrn a'n tt Hatuit V eu t, podia dar a conhecer o feu a_- n o r , O'J asíuas obras,que he u in e ú

B )

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I ij. S ê m d orao'. E t J:JpJeH doiâ0/:erufKfuorutn da- fliçSo ; & 0 Di^bo fefoícotYJ granreffíUf gloiía>n Dea., ut videJ*it oper-x vefirahna. E i e i(lo pertence á fuá v id a , o qiie iníiiiiia a Ig re ja na fuá irnageni ; vejaoios no que nos ap­prova, & adinicce dos feus iiiüaqres depois de m o r to , & o que obráráo as lúas fombrasnas meóiias imagés.

Poucos annos de pois da morte de i»Cü Padre 8am H ieron y m o, entre inuitos milagres, que D eosobrou por e l l e , fuccedeo:que hüa Religt- o fa lua.ei a muito devota do Sanco,& tinha hú quadro com al úa iroa- gem, a <jue dedicava os impulfos da fii-T. devu»;á j ;erae íV a Religiofí* d o ­tada da natu! efa com gi á !e ferm o- fura^maí muito mais bella pelos do­te« da gi'a :^; vioa hú mancebo no- bre,í5c abrafddoem amor profano,a fo lic itou delordenad >, a R elig iofa armada da gra^a, deíprefoii as fuas diligencias,éc d^fefperado o man­ce b o com osdefprefos, fe v a le u d e bum feit icr jro para confeguir com diligCcias dia'joíicas, o que nao po- d e c o m a s h .i in m a s ; mandou o í e i - t jce iro hú Demonio a te n ta r a ferva de Déos V & querendo cntrarlhe na ce lia o efpirito mali-j-io, náo pode paü'ar da porta pa.a dentro; porque IhOimpidiaai.nAgem de meu Pau^e S . Hieronymo.ííí aíTim fe to rn o u .S : lUu conta ao fe iáce iro .E fte Ihe dif- l e mil injurias, convocou os.mais dem onios, que ta.ubem reprehen- d ¿ráoaq u elIe d i cobarde, & fe p f - fe re ceo outro m aito iirtrepido, que e lle partia logo a facilitar a R elig i- of«i& cheq.^ndo à porta da oella,fe v io p re fo d i fortes cadeias,iSc a to r­mentado m aisqae no proprio infer­n o , 8c dava gritos no 4^rmitorio contra a imagem dé H i-ro n y m p , q aifini o atormenta va ; as R eliaiofas cu iv iáoci vofes, St b r a d o S '^ v iáooel 'p ir ico ,& ju n ta scorn C .u z , f e fo r á o à c e l la , aon ie q je r ia e n ­trar , & tilcfáu orazáoá .im ig em do Santo > que aslivíííirc a t -

des alaridos, & chegando ao feiti ceiro , lh e d e u ta n to s g o )p e s ,q u e o deixou ás portas da morte, oqual fe converteo a D éo s , por intercefsSo de H ie re n y m o , c i i jo nome invo- c o u , & o mancebo fabendo o c a fo , íe fez M o n g e , & foiinfigne era vir- tude.

Grande myfterio fe póde admirar nofucceflb ,em verq húa imagé pin­tada deH ieronymoitenha tantas e f- ficacias,q aprifione diabos,¿^ cover­ta peccadores;hûa pintura fáo fora- bras,as fombras faó privaçâo deluz; o q fa z é osoutros Santos,qfáo lufes d o m u n d o , h c co n v e ite r peccado» r e s , & afugentardemonios dosho-* raés, fendo v ivos,& a fom bra d e h á H ie r o n y m o e m h ú retra to te o s e f * feitos de luz viva? graiide aíTombro, foi em S.Pedro curar enfermos cora a fo m bra , mas era do feu corpo vi*% vo, & d i fuá p re fen ça , & cura va a- chaqucsd os co rp o s , masa fombra em pintura, ter asetíicacias d e l u r paracurarachaquQS ñas almas,iíTo f6 fe concede a hú H ieronym o,pa- ïa e m tu d o fe r fe m e lh a n ç a maxima da verdadóira luz. Q oiz o Profeta

y e x pli caco os a luz Divina, pelo modo que apodia pe iceb er o e n - tendim entohiimano;& pelas e x p e ­riencias, q cá tem osd a luz do mun­do. D ií Í 'c iq fccá tinhamo^ na terra d ia ,& noite; lu z ,& trcvaf;quc lá na gloria,aífim refpládccia a n o i te ,co ­mo dia , & aflim e r á o as t rcv a s , c o ­mo a luziNox ftctit d iet iSum wáhítur, f íc u t Xcnehrictjus , ita Ç5 ¡umcH eju t, Aífim quiz o benhor, que o a fem e- Ihaíie a luz de H ieronym o neíle Ceo da Igre ja Militare, 6í que a fuá l;iz em fombras obi aüé o que as ou­tra.« em luz : ¡>iclucc»i lux vrjlrj \ft* cui tenebrie ejut^ ita Eÿ ¡ums' eju t-

Em o u tra o c c a f iá o ,e f ta n d o h ú aImaí’ em do Santo,de vulto;em o a l­tar de búa Igre ja !á m Palelli^a.en»ti:0u h ú fa e re je ,c u j0sdagaias,0í e r -

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de s , H ìèrònym k 1 5fOsn*î-?nto o t în h a conv encid o ,«^ t in ,n o q u a le f lJ v iv o > p a ra tro n e fa -cond Jnadoem vida, é< vendo q nâo eftava ptiToa algûa na I g re ja , levou d ae lp a d a , & deu hua e ilocad n na garganta da Imagé do Santo, difen­do: ja que te náo pude matar cm vi­vo , agora o faço ; mas q fej a depois de moteo na tua Imagem; íuccedeo ficar daqui a eípada prela na gar­ganta, aonde d s u o g o l p e , & a m á o do delinquente unida aop unho da cfpada, íem que pudeíTe tirar o fer ■ ro,nem defapegar a m áo ;& da Im a­g é com cçou a correr Tangue da fe­n d a até o altar,& do altar por o pa­vimento da Igreja:deixem o8 do mi- l a g r e o q to c a axDdelinquente, nas priCocs da m i o à e fp a d a ,a té q veyo a ju f t iç a ,& o quc!mái-5o:& repare­mos no prodigio de lahir fangue de hua I.nagc de v u lto ,qoe ou feria hú le n l ìo ,OÜ hua p c d ra .B a f to u á Im a ­g é ter o nome de H iero n y m o , para ter fangue,q dar emdefenra daver- clade,& em amor de Chrirto, nào he Diuito que quem teve na vida as cir- cunftancias de m orto ,com o cordei- fO Cirnper iì!a v ox , ^ c . em o q pade­c e o por amor de Chrifto ; de pois de m orto fe ja corno v iv o , para ainda m orrer de amores por C h rif to , ain­da em hjias fombras.q he a Imagero; tem vida para ofTerecer, porq tem fangue q derramar; fe a vida e ftán o fangue, fe as fombras affom bráoem dar luz; com o as lufes vivas,as fom­bras admiráo ñas obras em morrer por Chrifto,quádo vivo morre,y>w- f e r lUa ^»»quando m orto vive para derramar í^ngoe; grande araor,ma- lavllhofasobrasl

O Amor de Chrifto para com o» h o m c jn á o fe contentou com dar o fatigue,gj a vida ; mas depois de dar • vidi,6c o fangue;quádo Ibed eráo aîançada,ainda de« fingue:Cíi'w vi»derunt tum t»ni moriu 5, txivit Jjnguir^ & CO grande fuyft-rio fe nos adver- te, que dalli fahiráo os facramétos,

coaip*ehcnde o daEucaxii-

té o fiin do múilo poi nòs,nas repre- fentaçoês;por iíTo teve fangue,por- q ainda o feu amor tem vida, tgodor^ niio^tS cor mettm vigiJat^ afiim corref» ponde nas obras.q fáo amor,hú H i- eronym o a Chrifto, en. quanto vivo m o rr ia , & dava o fangue a golpes por feu amor, de pois de m orto ain­da parece q tem v id a, & tem amor no co ra ç â o para dar o fangue, em q eftá a Vida;Cjf¿> dormioy^ cor meum v i­g ila i, porq fe na rafáo de lufir,teve a fem elhSçadaluz D ivinacm as tom - bras, ftcu t tencbree ejus^ ita ÿ hune» c-

na rafáo do obrar feaíTemelhe cora a mefma íuz Divina em ter Tan­gue,& vida, quedar ñas fombras de m o rto ,Se l'epuitado.

T o d o s eftes documentos pode­mos tirar no q n osd eu ae n te n d e ra voz de D eosem o B a p t i f ta , ¿ n o t j nos declarou a lingua do £Tpii ito 8. na Ig re ja C atholicaem o luíir,ác o - brar de Hieronymo; aífim na fua vi« da,com o na Tua m orte ; & ainda pa­rece q a meTma Igre ja quiz acclarar mais a fua luz ,& asfuas obras n a h e - rança,q depois fe experimentou em íe u s6 lh o sn o lu f ir ,& o b r a r á im i ta - ç& o d eta l P a y ; f o i Hieronym o h a com o ju iz arbitro na d e c la ra ç to da verdade dos textos fagrados,& re« formador dos vicios,queou do tem** p o , o u d a malicia, fe achaváo ñas £ .fc r i t tu ra s :C o m o tem p o ,Ó c com a malicia human? adjunta a íragili- dade, fe viciáráo na obíervancia al- gús te x to s de Inftitutos, & C o n f t i - tu içocs de algúas Ordens de R e i i - g io fo s , & a mefma Igre ja C atho li ­ca ,& havendo debulcar arbitros, cj regulaflem pela prudencia a guarda dos textos antigos, ót reforroafleni averdade dos ioftitutos dos feus Sa­tos inftituidores ; cham oo muitas veíesaos filhosde H ieronym o, co » m o fe nelles vira herdada aquella luz de feu P ay .& q u e r .á o feh a v iá o dó d» vcfdadc ^'rimeira das

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6m efm asRegraí.Irto f? vio poralgús íú m os Poiicitices, com o c o n t a das Coronicas,aondtf fe allega o com o, & (¡liando, & as<í f o r á o , ^ os Bre­ves; & í’e o lufir he o f iber .ik a v e r ­dadeira fc iencii he ter por n o r te« E fcrittu ra Sagrada ;di<;a huma das niais infignes Univerfidades em le» tras,para qtiéinftituhio o Sereniíli- m o R e y O. SebalUáo de prodigiofa rtiemoria, 6c para quem cccou hiía pai t icu U rca d íira de l i ç a o , & enfi­no da Efcntttira , fenáo pira aquel­lo filho de Hienm ytno, q canto her.- dovi da fuá incclÜgenclana explica- ç S o d o s Proferas,aqnel!edigo;Krey K e ico r i ' in to , Weí7í>í-í/ í-.& fe o prin­cipio da prop.ied,-\de foi para elle» e iap a rr jd ep c is fe continn.ir nos fi­llio» de Hieronymo fnccelVíVOs;qne í c entáo m oftiáráo por ham ildeí, naqueües tempos q t'ugiSo das h o n ­ran, ainda ásq dá o ¡nerecim cnto, q

0sc»ra0 'd e D outorcçno tépo» eue fedif:)er.fou;difTa a meffnaUni* Veriuiide le teveKites nos iilliosdc H ieronym o para effa, óc outras ca- dciras:<kle na femeîhança das obras fe herda o amor para com I)eo«,& a fantii-id j , !« » f e avida, q nos defer­io s f i fe r5o ,& continiiáo os feus M ò ges.&verdad-'iros: tilhos nos inltitü- toí'; nas outras ReHr^ioés Cüntáo-!e os Martyre«,os C onfilìo tes , Ponfi-

ScmdOHieronym o no feu tom o , ^ impri­mió era Ita lia ,& dos q ForSo fu cce- dendo, forSo Caes as vidas, q nao fe con tSo 08de vida fanta, & inculpa- ve),pelos nonies,cótáo-fe ii o^claii- ftros por fantos,em q os enterráráo , pelos prodigios,<j nelles fe viráo, & ie pód? lerna erudita hirtoria,&fin- g o lare fty lo do P. M . Fr. Jo fep h d e Siguen^a; Claufti os Santos Ihe cha- m áiá o os fieis, qna primitiva Igre ja a voz do povo com as experiencias da v id a ,« milagres eráo muita par« te d a c a n o n iz a ^ á o d o s fS to s .D e 'to - dos os lugares quafi em q Chrifto af- l ift io fez tacita ,ouexprefla mcn^So o Profeta I fa tas , pore quando ch e - goti ¿ fepultura^difle q era g lo r io fa : k ter iiJg p u lcb rS e;M/¿loriofut»y quem fantificou o fepnlcro, q era hua pou ca de te r ra , aindaq virgem, m to r Je terM^Sc hüa pedra,airda q nova, fe- ti5o o fantiflimo C orpo de Chtiílo defunto,& qué fsntificounasdeno- mina^o6saque1'esclaurtros,q defde en táo , & fempre fe ch a m ár lo fan- to?, lenáo os Monges, q os occupñ- lá o defuntüS pelos muiros,que le a - chàrào incorruptos depois de mui« toí* annos: Ko« S arS u m tuü v i- dere corrupiio»^ert E a? obras fáo as q fantificáo verdadeiramenre herda- d.isnosfilho9V' l*<l' ‘ ‘ ‘Ji3> ^ em plo de tal Pay

y eu aloriol o Padre,& luz m sxi-feg’j l r ,^ ' d fixar o e x e m p 'o d e feus m ada Igre ja C a rb ó lic a , (k táo iin- Pays, & fundadores: de bu H iero- ^ ular , q as vcflasfombra?, on Ima- nymo qu.-»:ido !'e falla , por filhos M ai‘tyre»concáo-fc Conventos in» te irosde Monges, & Krefrasnadel- trvjiqáo, <í os Gentíos Hleráo na ter« r a ,8 f nasvidasdosqoehabitaváo a P a left im , q a penasefcapon h ú :E u . febioCramonenfe,dig 'n Monge de fenom ear pelasletras,c<cerpírito,6^ alg'ls outios.em quv" fe conrinuou o M'onacato.que -lunc^ fe fut pandeo, co m o conáar\ de 1). Jo á o Baptit^a Crtífcencio» M iUnez M onge de S.

L A U S

gésa lu m eáo fiei-^japrifionáo d em o­nios, & tem vida para morrer de a- mor por Chrifto pois tem fangne , q d d re m d e fe n fa d a fé , quem deixará de vosrer re tra tad o , nSo fó para « vifta dos olhos,fenáo na'idea«,par.i que Ihe fejais amparo contra as ten- taçoës do Demonio, & ajuda para a CODvetfáodos p eccad o s ,q u e he o caminho d eco n fe rv a r ,& adquirir.-» g ra ç a , par? com eUa ir gozar com vofco da gloria: <yíJqti»u/,

D E o.

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