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FRANCE Marcelo Rebelo de Sousa é o novo Presidente da ... · Política 03 lusojornal.com le 27...

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GRATUIT Fr FRANCE Edition O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa Edition nº 249 | Série II, du 27 janvier 2015 Hebdomadaire Franco-Portugais DR Elisabeth Oliveira é a Presidente da ALMA Marcelo Rebelo de Sousa é o novo Presidente da República ‘Concierges’ de Paris criam associação 07 Uma petição está a circular para pedir o afastamento do Embaixador de Portugal em França, considerado “distante” da Comunidade 08 03 PUB Empresas. O Portugal Business Club de Lyon escolheu um novo Presidente, Gil Martins, e vai organizar mais uma Assem- bleia Geral. 10 Livros. O livro “Quand vous lirez ces mots...” de Cristina Branco, foi apresen- tado na semana passada na livraria do editor “Lanore”. 12 Governo. O Secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, considerou “bastante positiva” a sua primeira viagem oficial a França. 06 Astros. Frédéric Gringault, é lusodescen- dente, originário dos Açores. Para além de ser gerente de uma agência bancária é um apaixonado por astronomia. 15 Saiba como votaram os Portugueses de França lusojornal.com PUB
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G R A T U I T

FrF R A N C EEdition

O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa

Edition nº 249 | Série II, du 27 janvier 2015 Hebdomadaire Franco-Portugais

DR

Elisabeth Oliveira é a Presidente da ALMA

Marcelo Rebelo de Sousa é onovo Presidente da República

‘Concierges’ de Pariscriam associação

07Uma petição está a circular parapedir o afastamento do Embaixadorde Portugal em França, considerado“distante” da Comunidade

08

03

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Empresas. O Portugal Business Clubde Lyon escolheu um novo Presidente, GilMartins, e vai organizar mais uma Assem-bleia Geral.

10

Livros. O livro “Quand vous lirez cesmots...” de Cristina Branco, foi apresen-tado na semana passada na livraria doeditor “Lanore”.

12

Governo. O Secretário de Estado dasComunidades, José Luís Carneiro,considerou “bastante positiva” a suaprimeira viagem oficial a França.

06

Astros. Frédéric Gringault, é lusodescen-dente, originário dos Açores. Para além deser gerente de uma agência bancária é umapaixonado por astronomia.

15

Saiba como votaram os Portugueses de França

lusojornal.com

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02 Opinião

Palavra ao leitor

Almeida Santos:Grande admiração,muito respeito euma anedota

Só conheci pessoalmente AlmeidaSantos quando fui pela primeiravez eleito membro da ComissãoNacional do Partido Socialista,que ele então presidia. Conheciaporém o seu percurso de homempolítico de envergadura excepcio-nal, grande admiração! Muito res-peito pela maneira afavelmentefirme como conduzia as reuniõesda Comissão Nacional, assem-bleia normalmente hostil à disci-plina em trabalho de grupo.E por fim um episódio burlescoque jamais esquecerei. Tendo eua intenção de me exprimir emnome da Secção de Paris, levei aoPresidente Almeida Santos um pa-pelinho com o meu nome (mal)escrito em cima do joelho.Quando chegou a minha vez, fuichamado: “Dou agora a palavra àcamarada Amália Pinto”! Percebique Aurélio tinha virado Amália elá fui, causando bastante surpresana mesa e na assistência. Pedidesculpa pela caligrafia do ditopapelinho e disse que, não sendonem Amália Pinto nem Aurélio Ro-drigues, podiam ficar descansa-dos pois não cantaria nenhumfado. A assistência riu, eu falei enesse dia fui o único a ter sido ou-vido em silêncio...Nesse dia fiquei alegre, hoje estoutriste.

le 27 janvier 2016

Sobre a votação dos eurodeputados doBloco de Esquerda no Parlamento Europeu

Nuno Gomes GarciaEscritor

[email protected]

Crónica de opinião

Acerca do artigo no anterior númerodo LusoJornal com o título de “Cris-tina Semblano desmente NunoGomes Garcia” - que tem como panode fundo uma diferente interpretaçãosobre a votação no Parlamento Euro-peu (Resolução RC-B7-0169/2011,de 10/03/2011), cuja ata é pública- presto-me a comentar o seguinte:

1) O Bloco de Esquerda - embora,hoje, lhe custe assumir o erro entãocometido e recorra a contorcionismosretóricos para tentar negar as evidên-cias - legitimou com os votos dosseus eurodeputados os ataques queconduziram à atual catástrofe naLíbia e ao agravamento do terrorismo.Não será escrevendo artigos que os-cilam entre o encarniçado e o pueril(“Porque mentes tu, Edgar?”, publi-cado no site oficial do Bloco de Es-querda) que se lavará a cumplicidadedo Bloco de Esquerda na situaçãolíbia.Pretendo, portanto, provar que tantoeu (mencionado no título do tal ar-tigo) como Edgar Silva dissemos averdade.

2) A Resolução apresentada emmarço de 2011, na sequência dachamada “Primavera Árabe”, foi vo-tada favoravelmente pelos eurodepu-tados do Bloco de Esquerda que,assim, além de validarem, ao lado daDireita mais reacionária e dos falcõesda guerra, uma ingerência nos assun-tos internos de um Estado soberano,tornaram possível e legitimaram, no-meadamente graças ao parágrafo 10ºda Resolução, a destruição da Líbia,tornando-a, hoje, num país sem Es-tado, de feições tribais, um antro deterroristas que usam esse territóriocomo base de treino e de difusão devalores morais e civilizacionais dig-nos da Pré-História.Esse parágrafo 10º defendia a instau-ração de um “espaço de exclusãoaérea” que, basta conhecer umpouco a História das últimas déca-das, tem sempre antecedido a agres-são militar. A Resolução quecontinha esse famigerado parágrafo10º foi votada favoravelmente peloBloco de Esquerda, abrindo-se,dessa maneira, as portas à agressãoe ao caos. O Bloco de Esquerda, se-jamos claros e honestos, foi, talvez

por credulidade excessiva, coniventecom essa agressão.Ao votar favoravelmente a Resolução,o Bloco de Esquerda consagrou, tam-bém, o parágrafo 10º, pois este éparte integrante do documento. Sere não ser, concomitantemente, é im-possível. Votar a favor, dizendo de-pois que se queria votar contra éprofundamente infantil.A ditadura de Kadhafi, que cerceavaa liberdade do povo líbio, isso é in-dubitável, foi, então, substituída peloinferno, conduzindo os líbios ao re-trocesso civilizacional, à morte ou àtriste condição de refugiado menos-prezado e diabolizado pela maioriadas sociedades europeias. Lem-bremo-nos que apesar da ditadura, aLíbia mantinha dos mais elevadosIDH (Índice de Desenvolvimento Hu-mano) da região.A Líbia juntou-se, assim, ao Iraque eà Síria, países intrinsecamente ricos,com enorme abundância de petróleo,mas cujos ataques perpetrados pelaspotências ocidentais, com o apoioparlamentar do Bloco de Esquerda,PS, PSD e CDS-PP, voltaram a des-viar essas riquezas dos respetivospovos, que vivem na miséria, para ascontas bancárias dos acionistas dasgrandes corporações capitalistas oci-dentais. Ao roubo cometido pelo di-tador seguiu-se o saque levado a

cabo pelas corporações estrangeiras.

3) Apesar do erro cometido, continuoa acreditar na boa-fé dos eurodepu-tados do Bloco de Esquerda, pois, dizagora o partido, a sua verdadeira in-tenção seria a de arrancar Kadhafi dopoder perpétuo, impossibilitando-ode massacrar o seu próprio povo.Partilho com o Bloco de Esquerda aluta contra os poderes ditatoriais,mas não partilho a mesma ingenui-dade, mormente ao nível da geopolí-tica.Era por demais evidente para quemestuda a História do Norte de Áfricae do Médio Oriente que não existianenhuma organização política líbiacapaz de executar uma transição daditadura para a Democracia.Era por demais evidente que a Líbia,tal como o Iraque e a Síria, iria cairnas mãos dos mesmos fanáticos queenviam assassinos e bombistas paraatacar as populações inocentes quevivem nas cidades europeias. Namesma medida que os governantesocidentais que elegemos enviamaviões de guerra para destruir o modode vida - e demasiadas vezes as pró-prias existências - das populaçõesinocentes dos países muçulmanos daregião.Os destrutivos ataques militares oci-dentais são a melhor gasolina para

incendiar o ódio no seio das popula-ções líbias, iraquianas ou sírias efazer crescer o número de jovens mu-çulmanos dispostos a explodirem-se,levando consigo milhares de vidasinocentes, seja em Paris, em Bagdadou em Istambul. O desespero, a po-breza e a miséria provocados pelasagressões militares externas são oscombustíveis que metem as fábricasde fazer terroristas a funcionar.

4) Houve, no momento dessa votaçãode março de 2011, eurodeputadosde outros partidos, como os do PCP,que votaram contra essa Resolução,mantendo-se coerentes do princípioao fim. O Bloco de Esquerda, comoé seu timbre, vogou ao sabor dos ven-tos demagógicos e mediáticos, vo-tando contra, primeiro, e a favor,depois, num caso de puro bipola-rismo político e opinativo ao melhorestilo de Marcelo Rebelo de Sousa.Os eurodeputados do PCP não o fize-ram porque souberam efetuar umaleitura histórica da realidade, perce-bendo que viria aí algo muito pior doque a ditadura de Kadhafi caso aagressão militar externa/ocidental sesubstituísse à diplomacia no sentidode encontrar uma transição pacíficaque pusesse fim à ditadura.A ideia de que as bombas e a guerrapoderão fazer nascer (um certo tipode) Democracia por entre as ruínas ea terra queimada é perigosa e fran-camente imbecil, mas que está, in-felizmente, bem de acordo com ahegemonia do pensamento único,neoconservador e, por vezes, proto-fascista, que cresce pela Europa fora(basta pensar, por entre muitos ou-tros casos, na Hungria e na Polónia)e a (nos) arrasta para a decadência.A Democracia verdadeira e dura-doura, é sabido, nasce da vontadedos próprios povos (cuja luta poderáser auxiliada de várias formas pacifi-cas) e não da agressiva ingerência ex-terna. Os eurodeputados do Bloco deEsquerda deveriam ter percebidoisso, evitando cavalgar a onda da di-reita e da extrema-direita, dando oseu aval à intolerável agressão. Asvistas curtas que os bloquistas de-monstraram contribuíram, portanto,para a expansão do terrorismo globale da guerra. Tal constatação, emboratriste, é inegável.

LusoJornal. Le seul hebdomadaire franco-portugais d’information | Édité par: CCIFP Editions SAS, une société d’édition de la Chambre de commerce et d’industrie franco-portugaise. N°siret: 52538833600014 | Represéntée par: Carlos Vinhas Pereira | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, Angélique David-Quinton, AntónioMarrucho, Clara Teixeira, Cindy Peixoto (Strasbourg), Conceição Martins, Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Eric Mendes, Gracianne Bancon, Henri de Carvalho, InêsVaz (Nantes), Jean-Luc Gonneau (Fado), Joaquim Pereira, Jorge Campos (Lyon), José Manuel dos Santos, José Paiva (Orléans), Manuel André (Albi) , Manuel Martins, Manueldo Nascimento, Marco Martins, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Nathalie de Oliveira, Nuno Gomes Garcia, Padre Carlos Caetano, Patricia Valette Bas, Ricardo Vieira,Rui Ribeiro Barata (Strasbourg), Susana Alexandre | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilité de leurs écrits | Agence de presse: Lusa | Photos: AntónioBorga, Luís Gonçalves, Mário Cantarinha | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | LusoJornal. 7 avenue de la porte de Vanves,75014 Paris. Tel.: 01.79.35.10.10. | Distribution gratuite | 10.000 exemplaires | Dépôt légal: janvier 2016 | ISSN 2109-0173 | [email protected] | lusojornal.com

Por Aurélio Pinto

Esclarecimento de Cristina Semblano“Na edição da semana passada o LusoJornal atribuiu a Cristina Semblano, um comunicado do Bloco de esquerda de França enviado à redacção sobre as obser-vações feitas pelo candidato Edgar Silva e o seu mandatário Nuno Gomes Garcia, ao voto de Marisa Matias relativo à intervenção militar na Líbia.Sem pôr em causa o conteúdo do comunicado, quero esclarecer que as afirmações nele contidas emanam do Bloco de Esquerda França que cita o dirigente blo-quista José Gusmão, e não de Cristina Semblano, como se pode ler no jornal”.

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03Política

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le 27 janvier 2016

Portugueses de França também elegeram Marcelo

Dos 59.275 Portugueses recensea-dos em França, apenas 1.716 sedescolaram aos 10 pontos de votopara elegerem, no fim de semanapassado, o Presidente da Repú-blica portuguesa.Tal como em Portugal, também emFrança ganhou o candidato Mar-celo Rebelo de Sousa, com 914votos. Não foi maioria absoluta,como aconteceu em Portugal, masficou à frente de todos os outroscandidatos em todas as mesas devoto em França. Todas, menosuma: Tours!Em Portugal, tendo obtido 52%dos votos expressos, acabou por sereleito logo à primeira volta - comoele sempre disse - Presidente daRepública Portuguesa e vai tomarposse em princípios de marco,substituindo Aníbal Cavaco Silvaque passou 10 anos em Belém.Em França, Marcelo Rebelo deSousa obteve pois 914 votos con-tra 454 de Sampaio da Nóvoa.Aliás Sampaio da Nóvoa foi o únicoCandidato que fez com que Mar-celo não ganhasse em todos os

postos consulares em França. Comefeito, na mesa de voto que estavaa funcionar no Consulado Honorá-rio de Portugal em Tours, o Profes-sor Marcelo obteve 10 votos,enquanto o Professor Sampaio daNóvoa obteve 15. Só 33 eleitoresdecidiram votar neste posto consu-lar, que vai ficar na história por sero único, em França, que não deuvitória ao novo Presidente. Tam-bém em Bordeaux, Marcelo ficou àfrente de Sampaio da Nóvoa porapenas um voto!Porém, com quase 1.000 votantes,as eleições decidem-se no mega-Consulado de Paris. Segue-se Or-léans (144 votos), Clerm-ont-Ferrand (118), Bordeaux(115), Strasbourg (114), Lyon(104) e Toulouse (91 votos). EmTours votaram 33 eleitores, emMarseille votaram 31 e em Ajacciovotaram apenas 15 eleitores. Osmembros da mesa de voto estive-ram dois dias de permanência paraapenas 15 votos, sabendo quemuitos foram certamente os pró-prios membros da mesa e repre-sentantes dos candidatos.A terceira candidata mais votada

em França foi Marisa Matias, aCandidata apoiada pelo Bloco deEsquerda. Foi a surpresa, ao ficaracima dos votos de Edgar Silva, oCandidato apoiado pelo Partido Co-munista português. Marisa Matiasteve a sua votação concentrada so-bretudo em Paris (99 votos), emClermont-Ferrand (13 votos) e emStrasbourg (13 votos).O Candidato menos votado emFrança foi Jorge Sequeira, que ob-teve apenas 8 votos em todo opaís, 5 dos quais em Paris. Cân-dido Ferreira também só teve 11votos, 4 dos quais em Paris.No total da votação em França,houve apenas 18 votos brancos e 4votos nulos, quase todos em Cler-mont-Ferrand.

A abstençãoO falso debate que surge quasesempre depois de uma eleição re-fere-se à alegada elevada taxa deabstenção no voto dos Emigrantes.No entanto, este é um problemaque tem de ser considerado comalgum cuidado.Se em Portugal a taxa de absten-ção ultrapassou os 50% para uma

população que tem as mesas devoto a poucos metros de casa,como considerar exagerado oscerca de 95% de abstenção nogeral do voto dos Emigrantes? UmEmigrante residente em Perpignan,onde a Comunidade portuguesa énumerosa, teria de percorrer cercade 400 quilómetros - ida e volta -para poder votar em Toulouse.José Araújo mora nos arredores deNantes. Interrogado pelo LusoJor-nal confirmou que não votou nes-tas eleições presidenciais.“Primeiro pensei que recebia ovoto em casa, como recebi da úl-tima vez” disse ao LusoJornal.“Mas depois disseram-me quetinha de ir votar no Consulado deParis. Claro que não fui. Quem vaide Nantes até Paris para votar?”perguntou. No entanto, se tivessefeito esta viagem para Paris, nãopodia votar porque os eleitores deNantes tinham de ir votar ao Con-sulado Honorário de Portugal emOrléans. “Voltaram a mudar?” per-guntou ao LusoJornal.Maria Azevedo mora em Annecy.Também não votou. “Não passapela cabeça de ninguém ter de ir

de carro ou de transportes até Lyonpara votar. Demora-se várias horas.Conhece muita gente que vá?”disse ao LusoJornal. “À minhavolta não conheço ninguém quefaça isso”.Considerar que a Abstenção é de-masiado alta nas Comunidades épois desconhecer estas realidades.Não se conhecem estudos sobreesta matéria, mas podemos deixara pergunta: a abstenção nos Emi-grantes é verdadeiramente maiordo que a Portuguesa? Se integrar-mos o fator “distância até à mesade voto”, provavelmente será atésuperior.Mas há razões para esperar. O novoSecretário de Estado das Comuni-dades Portuguesas, José Luís Car-neiro, confirmou que o VotoEletrónico está no programa do Go-verno, contrariando as opiniões an-teriores do Deputado Paulo Pisco.E José Luís Carneiro afirmou tam-bém que por enquanto, quer ver asmesas de voto desdobradas, paratermos mesas de voto em mais ci-dades francesas.Há tanto tempo que estamos à es-pera...

Abstenção não é tão elevada quanto parece

Por Carlos Pereira

RESULTADOS DAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS 2016

Votação no Consulado de Portugal em ParisLusoJornal / Mário Cantarinha

Votação no Consulado de Portugal em LyonDR

Mesa de voto no Vice-Consulado de ToulouseLusoJornal / Manuel André

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04 Política

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emsíntese

Marcelo promete ser “um Presidentelivre e isento”

Marcelo Rebelo de Sousa prometeuser um Presidente da República “livree isento” que servirá “todos os Portu-gueses por igual” e, embora sau-dando os seus antecessores, dissequerer ter o seu “próprio estilo”.“Não há vencidos nestas eleiçõespresidenciais. Há Portuguesas e Por-tugueses sem exceções nem discri-minações. E eu serei a partir de agorao Presidente de todas as Portuguesase de todos os Portugueses, porque aConstituição o consagra e porque aminha consciência o dita”, declarou.No seu discurso de vitória, no átrio daFaculdade de Direito de Lisboa, Mar-celo Rebelo de Sousa saudou os seusoponentes, o atual e os anterioresChefes de Estado e “os grupos de ci-dadãos, movimentos e partidos” -PSD, CDS-PP e PPM - que o apoia-ram ou recomendaram o voto na sua“candidatura independente”, masreiterou que esses apoios não o con-dicionam. “Digo hoje o que sempredisse ao longo da minha campanhaeleitoral. Agradeço a decisão que to-maram e sublinho o modo comosouberam entender o objetivo quesempre tracei numa candidatura in-dependente: ser um Presidente livree isento, cujo único compromissoque assume é servir todos os Portu-gueses por igual, sem discrimina-ções nem distinções”, afirmou.Antes, Marcelo Rebelo de Sousacumprimentou o Presidente da Re-pública cessante, Cavaco Silva, bemcomo os anteriores Presidentes daRepública, nomeando-os: “RamalhoEanes, Mário Soares e Jorge Sam-paio”.Depois, acrescentou: “Não abdicareide seguir o meu próprio estilo e deagir de acordo as minhas convicções,mas nunca deixarei de reiterar o res-peito que tenho pelos meus anteces-sores na chefia do Estado e noexercício da superior magistratura danação”.O ex-comentador televisivo dirigiutambém “um cumprimento muitoafetuoso e especial” aos outros can-didatos nesta eleição presidencial,reafirmando que nunca os conside-rou adversários.

Lusa / Mário Cruz

Marcelo Rebelo de Sousa, o professor-comentador que chegou a BelémMarcelo Rebelo de Sousa, 67 anos,foi eleito no domingo passado oquinto Presidente da República por-tuguesa após o 25 de Abril de 1974.De acordo com os dados divulgadospela Secretaria-geral do Ministério daAdministração Interna - Administra-ção Eleitoral, Marcelo obteve 52%dos votos, e vai suceder a Aníbal Ca-vaco Silva.Aluno brilhante, professor catedrático,comentador televisivo, político, Mar-celo Rebelo de Sousa chega a Chefede Estado, quase 20 anos depois deter liderado o PSD.Marcelo Rebelo de Sousa anunciouem Celorico de Basto, terra da suaavó Joaquina, a 9 de outubro, a suacandidatura à Presidência da Repú-blica por considerar ter de pagar aopaís o que dele recebeu e por ter odesprendimento exigido de quemnão precisa de “lugares, promoçõese popularidades”.Celorico de Basto, no distrito deBraga, foi também o local escolhidopara encerrar a campanha eleitoral efoi onde Marcelo exerceu o direito devoto. “Cumprirei o meu dever moralde pagar a Portugal o que Portugal medeu. Serei candidato à Presidência daRepública de Portugal”, afirmou a 9de outubro, dizendo que de outromodo “sentiria o remorso de ter fa-lhado por omissão”, disse no discursode anúncio da candidatura.Com dois filhos e cinco netos, Mar-celo Rebelo de Sousa nasceu em Lis-boa a 12 de dezembro de 1948, filhode um médico e de uma assistentesocial. A primeira escola que frequen-tou foi o Lar da Criança, para onde en-trou com apenas ano e meio e tevecomo colega o cirurgião Alfredo Bar-roso. Dali, Marcelo saiu para o LiceuPedro Nunes, onde foi o melhoraluno. Já na Faculdade de Direito deLisboa continuou o percurso de alunobrilhante, terminando o curso com 19valores.Mas, ao contrário de muitos outros,não foi na faculdade que teve o pri-meiro contacto com a política. Mar-celo Rebelo de Sousa nasceu ecresceu no meio dela e conviveudesde cedo com a família do então

Primeiro-Ministro do Estado Novo,Marcello Caetano, devido ao envolvi-mento político do pai, Baltazar Rebelode Sousa, que foi Ministro das Corpo-rações e do Ultramar.O seu percurso no PSD também co-meçou cedo. Militante desde 1974,ficou responsável pela implementa-ção do então PPD no sul do país.Vinte anos depois, em 1996, no pós-cavaquismo, chegou à liderança dopartido, cargo que ocupou durantetrês anos, saindo depois do fracassoda tentativa de reeditar a Aliança De-mocrática, com Paulo Portas no CDS-PP.A sua ascensão à presidência doPSD ficou para sempre marcada poruma frase que até hoje ‘persegue’Marcelo Rebelo de Sousa. Poucotempo antes do Congresso de SantaMaria da Feira, quando questionadose algum dia seria candidato à lide-rança do partido, o ‘professor’ foi pe-rentório: “Nem que Cristo desça àterra”.Antes, em 1989, o agora eleito Presi-dente disputou as suas primeiras elei-ções como número um da lista doPSD e do CDS-PP à Câmara de Lis-boa. É nessa campanha eleitoral queprotagonizou um episódio até hoje re-

cordado. Confrontado com algumafalta de notoriedade, Marcelo decidefazer alguma coisa de diferente e mer-gulha no Tejo em frente às câmarasde televisão para mostrar como o rioestava poluído. O gesto deu que falar,mas nem por isso lhe valeu a vitória.Mas, além da liderança do partido eda experiência autárquica, não só emLisboa, como em Cascais e Celoricode Basto, os ‘corredores do poder’ sãobem conhecidos de Marcelo Rebelode Sousa que foi Deputado à Assem-bleia Constituinte, Secretário de Es-tado da Presidência do Conselho deMinistros do VIII Governo Constitucio-nal, Vice-Presidente do Partido Popu-lar Europeu entre 1997 e 1999 emembro do Conselho de Estado háquase 10 anos.Profissionalmente, além da longa car-reira como professor catedrático, nãosó na Faculdade de Direito de Lisboa,mas também na Universidade Cató-lica, Marcelo Rebelo de Sousa passoutambém pelo Expresso, nos temposiniciais do semanário fundado pelomilitante número um do PSD, Fran-cisco Pinto Balsemão.Dessa altura vem também outro epi-sódio caricato, quando foi publicadana secção ‘Gente’ do semanário, no

meio de um texto, uma frase da auto-ria de Marcelo fora de qualquer con-texto: “O Balsemão é ‘lelé’ da cuca”.Mais tarde, a relação entre os doisvolta a sofrer novo abalo, quando Mar-celo estava à frente do Expresso e Bal-semão liderava o Governo, com osmais duros ataques ao executivo asurgirem precisamente naquele se-manário.Paulo Portas foi outros dos alvos das‘brincadeiras’ de Marcelo, quando oatual líder do CDS-PP dirigia o sema-nário Independente. À saída de umareunião com o então Presidente daRepública Mário Soares, Marcelo terácontado a Paulo Portas que tinha sidoservida uma ‘vichyssoise’, uma infor-mação que posteriormente se veio aconfirmar ser falsa e que, anos maistarde, começou a ser usada comoexemplo de que Marcelo seria umapessoa pouco fiável.Essa é, aliás, uma das críticas maisrepetidas à sua personalidade, apar de ser uma pessoa instável edemasiado imprevisível.Simultaneamente todos o reconhe-cem como uma pessoa de grandeinteligência, simpático, divertido,emotivo e um verdadeiro estrategapolítico.

Ganhou as eleições presidenciais à primeira volta

O Presidente que quer comemorar o 10 de Junho nas Comunidades

Marcelo Rebelo de Sousa esteve emParis no fim do mês de novembro, jádepois de ter anunciado a sua candi-datura a Presidente da Repúiblica.Veio a convite de José Gomes de Sá,Diretor da LusoPress, para o lança-mento do livro com 10 histórias de 10Portugueses de sucesso, para o qualescreveu o prefácio.O então candidato presidencial dissena altura que “apesar de não haveruma família que não tenha alguém aviver fora do território de Portugal”, nodia-a-dia as pessoas não reconhecem“a importância dessas Portuguesas edesses Portugueses fundamentais

para o peso que Portugal tem nomundo”.“Nós somos a grande pátria quesomos porque temos milhões de Por-tugueses que estão fora do territóriode Portugal e que estão a contribuirpara aquilo que é a nossa força nomundo e muitas vezes quem vive ládentro não tem essa noção”, reforçou.Na altura respondeu às perguntas doLusoJornal e deixou promessas quevoltamos a publicar.

O que vai mudar se for eleito Presi-dente da República, no que diz res-peito às Comunidades portuguesas?Penso que muitas coisas que os ante-riores Presidentes fizeram é positivo.

Mas é preciso ir mais longe, ir maisvezes e estar mais tempo com as Co-munidades. Eu entendo que faz sen-tido haver visitas às Comunidadesmesmo não havendo visitas de Es-tado. Em segundo lugar transportarfestejos como o 10 de Junho para asComunidades, festejando-o por exem-plo fora de Portugal, o 10 de Junhotanto pertence aos que lá estão dentrocomo aos que estão fora. E depoispermanentemente, sem me substituirao Governo, porque é o Governo quemgoverna, servir de ponte como vozpara muitas questões, necessidades equeixas das Comunidades com o Go-verno para ultrapassar burocracias, àsvezes para desbloquear certos proble-

mas.

O Presidente atual nomeou, no pri-meiro mandato, um assessor para asquestões relacionadas com as Comu-nidades, é algo que está a pensarfazer também?Acho que, independentemente dehaver alguém em permanência queacompanhe em termos administrati-vos os problemas das Comunidades,o Presidente tem que receber os re-presentantes das Comunidades, masisso eu defendo em geral. Recebermais vezes os Conselheiros das Comu-nidades, por exemplo. Não é só irmais vezes vê-los, mas também rece-ber mais vezes.

Por Carlos Pereira

le 27 janvier 2016

Lusa / Mário Cruz

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06 Comunidade

emsíntese

Portuguesa recebeMedalha da cidade atribuída pelo Maire de Chatelle-sur-Loing

O Cônsul honorário de Portugalem Orléans, José de Paiva, assis-tiu à cerimónia protocolar de votosapresentados pelo Maire de Cha-lette-sur-Loing, Franck Demau-mont, à população, a que igual-mente assistiram Frédéric Néraud,vice-Presidente do Conselho de-partamental, Cécile Manceau,Conselheira departamental e mui-tos Portugueses, entre eles, Gre-gory David, Presidente do grupofolclórico Ronda Típica da seçãocultural da Association des Portu-gais du Gatinais.O Maire agradeceu a presença detodos quantos enchiam por completoo Gymnase Paul-Edouard onde se de-senrolou a cerimónia e, na sua alocu-ção, fez um balanço do que, nas suaspalavras, foi o “ano terrível” de 2015,a todos os níveis, atentados, aumentode refugiados, do desemprego, pro-blemas no acolhimento de novos emi-grantes, de ordem política, de inépciana atividade do trabalho, de fraco de-senvolvimento económico, ou aindado papel dos políticos e sindicatos. Foitambém a oportunidade para desen-volver o plano de atividades propostopara 2006 na sua Comuna, formali-zando assim os votos para um anomelhor para todos, numa luta pela fra-ternidade, igualdade e tolerância noespírito do 11 de Janeiro.No final da sua intervenção, o MaireFranck Demaumont honrou algunsjovens que, por razões diversas, sedistinguiram ao longo do ano e, entreeles, Elodie Torres, de nacionalidadeportuguesa que sofre de uma doençarara, chamada Endometriose, cujosproblemas, por vezes paralisantes,não a impedem todavia de se investirfortemente no meio associativo local,tendo-lhe atribuido a Medalha da Ci-dade.

lusojornal.com

Secretário de Estado das Comunidades faz“balanço muito positivo” da visita a França

O Secretário de Estado das Comuni-dades Portuguesas fez um “balançomuito positivo” da visita que efetuouna semana passada a França, desta-cando as garantias conseguidas noensino do português em França e nacolaboração das autarquias com a ad-ministração portuguesa.“Tivemos uma grande abertura paraas questões relacionadas com o en-sino da língua portuguesa no estran-geiro. Em Clermont-Ferrand tivemos agarantia definitiva de que o portuguêscontinuará a ser ensinado a partir desetembro deste ano”, disse José LuísCarneiro à Lusa.O governante afirmou ter obtido “a ga-rantia das autarquias francesas parasensibilizar as autoridades políticasem França para a importância da in-serção, cada vez maior, do portuguêsna estrutura curricular oficial do sis-tema de ensino francês”.Por outro lado, José Luís Carneiro su-blinhou ter sentido a “abertura de vá-rios autarcas e eleitos portugueses emParis, em Lyon e em Bordeaux” parauma “colaboração com a Secretariade Estado das Comunidades Portu-guesas destinada a desenvolver aten-dimento público e apoio aos atoseleitorais”.Durante a visita a França, que come-çou no domingo na semana passada,o Secretário de Estado verificou “umadegradação ao nível da falta de recur-

sos humanos e da falta de meios” nospostos consulares, sublinhando que“só o grande empenho dos Consula-dos, esse esforço extraordinário quetem vindo a ser feito ao longo dos úl-timos três, quatro anos, é que tempermitido ultrapassar uma situaçãoque piorou do ponto de vista dos re-cursos humanos e das condições, nal-guns casos até materiais e logísticas”.“Eu queria aproveitar para reconhecero esforço extraordinário dos nossosCônsules e dos funcionários dos Con-sulados que têm feito das tripas cora-ção para conseguirem garantir níveisde atendimento com qualidade e quedignifiquem o Estado português. Efazem-no com menos recursos parauma maior procura”, declarou, lem-brando os “novos fluxos de emigran-

tes que procuraram muitos serviçosconsulares” ao longo dos últimosanos.Questionado quanto às medidas quetenciona implementar para combatera falta de meios nos Consulados, JoséLuís Carneiro respondeu que há “duasexperiências que têm que ser aprofun-dadas, nomeadamente a experiênciadas Permanências consulares e a ex-periência das Antenas consulares quedevem ser não apenas consolidadas,como reforçadas”.“Além disso vemos com muito bonsolhos esta disponibilidade de muitasautarquias - que pudemos contactarnestes últimos dias - para também po-derem auxiliar os nossos serviços con-sulares e garantir atendimento públicoem matérias que sejam de maior sim-

plicidade”, continuou, acrescentandoque o objetivo é “aproximar algumasrespostas da administração portu-guesa aos cidadãos que vivem nessasautarquias”.Ao último dia da visita oficial que olevou a Paris, Lyon e Bordeaux, o Se-cretário de Estado lembrou que assu-miu “o compromisso de adotar umapolítica de proximidade proativa, fa-zendo das Comunidades portuguesasuma porta giratória entre Portugal e omundo e entre o mundo e Portugalem todos os domínios, desde o social,ao cultural e linguístico, até ao empre-sarial, económico e político”.

José Luís Carneiro

Por Carina Branco, Lusa

“Assises” da língua portuguesa e espanholaem Saint Etienne

As professoras Rosa Maria Frejanville,Andreia Silva e Gilles del Vecchio, daUniversidade Jean Monnet, em SaintEtienne, organizaram na semana pas-sada as «Assises des langues portu-gaise et espagnole», com o apoio daUniversidade Sorbonne Nouvelle, doIntituto Camões e de vários parceirosempresariais como por exemplo Ex-pendo, Miliesimes & Gourmandises,Gama Informatique, Portugal BusinessClub, Amour de Café, entre outros, no-meadamente o LusoJornal.Durante três dias - nos dias 20, 21 e22 de janeiro - vários eventos tiveramlugar, destacando-se a presença do Se-cretário de Estado José Luís Carneiro,assim como da Cônsul Geral de Portu-gal em Lyon, Maria de Fátima Mendes.No dia 20 tiveram lugar vários concer-tos, onde atuaram Michel Costa, ZéPraia de Portugal e Gerson Fonseca deCabo Verde, assim como uma demons-tração de Capoeira com os Malungosdo Brasil.Na quinta-feira, dia 21, Paulo Pisco,Deputado pelo círculo eleitoral da Eu-ropa e Joam Evams Pim do Observató-rio da língua portuguesa e daAcademia de Galice participaram namesa redonda onde a lusofonia e a his-panofonia estiveram em destaque, eonde também tomaram a palavra o Se-cretário de Estado das Comunidades

portuguesas e a Cônsul Maria de Fá-tima Mendes.José Luís Carneiro frisou com insistên-cia durante a sua intervenção, os valo-res da lusofonia enquanto “língua dapaz, da investigação, da cultura e daciência”. Referindo que a língua por-tuguesa “é uma língua de afetos, dediálogo, de cooperação e da paz inter-nacional”, “uma das línguas do huma-nismo e do diálogo intercultural desdeos primórdios da Nação portuguesa.Sendo a terceira língua mais falada noexterior da União Europeia e a primeirano hemisfério sul”.O Secretário de Estado garantiu que “oGoverno português em geral e o Minis-tério dos Negócios Estrangeiros emparticular” querem trabalhar para queo português seja “uma língua de ciên-

cia/investigação e cultura, uma línguada inovação empresarial e da criativi-dade mundial, uma língua do diálogoe da cooperação entre os países daCPLP e destes com outros espaços re-gionais, como seja o Mercosul, a Co-munidade dos Estados da ÁfricaOcidental (CEDEAO), a Comunidadepara o Desenvolvimento da África Aus-tral (SADC), a Comunidade Islâmica ea Commonwealth (Moçambique) e aComunidade dos Estados da Ásia(Timor)”.José Luís Carneiro enalteceu tambémo português como língua “das novasgerações cosmopolitas que desejam edefendem os valores da igualdade, dafraternidade e dos direitos humanos esociais fundamentais”. E acrescentouque “a língua portuguesa, que integrou

o contributo helénico, latino, cristão,medieval, árabe, humanista, modernoe contemporâneo, nas artes, na cul-tura, na ciência, na inovação técnica eno aperfeiçoamento democrático econstitucional, é a língua do futuro.Será tanto mais valia quanto seja capazde ser do quotidiano, do mundo daspaixões, do construtor civil, do enge-nheiro, do arquiteto, do investigador, doempresário, enfim, do entendimento edo diálogo civilizacional”. Por isso, estaé a “razão pela qual entendemos serimportante defender que a língua por-tuguesa integre a estrutura curriculardo sistema de ensino francês e estejadisponível para todos os que a queremaprender desde o pré-escolar ao ensinosuperior”.No terceiro dia do evento esteve tam-bém presente o Deputado Carlos Gon-çalves, também eleito pelo círculoeleitoral da Europa, que presidiu amesa redonda com o tema “Os espa-ços da língua portuguesa e espanhola,e as suas convergências e divergên-cias”, que teve como oradores MariaTeresa Linoda, da Universidade Novade Lisboa, Helene Fretel da Univerdi-dade de Bourgogne e Alexandra Oddoda Universidade de Paris X.Foram três dias em cheio, onde os alu-nos da Universidade Jean Monet e opúblico em geral, puderam partilharum universo linguístico e cultural demuito valor.

Por Jorge Campos

le 27 janvier 2016

Receção em LyonA Cônsul geral de Portugal em Lyon,Maria de Fátima Mendes, organizouuma receção no Salão nobre do Con-sulado geral, onde José Luís Carneirofoi acolhido por empresários, ban-queiros, dirigentes associativos,membros da Interpol, e outros mem-bros da Comunidade portuguesa.Cerca de meia centena de pessoassaudaram e escutaram o Secretariode Estado que lhes foi apresentadopela Cônsul Geral, acompanhadapelo Vice Cônsul Sabino Pereira epelo Conselheiro das ComunidadesManuel Cardia Lima, com o qual po-deram trocar impressões.

José Luís Carneiro em LyonLusoJornal / Jorge Campos

Todas as semanas, estamos ao seu lado

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07Comunidade

lusojornal.com

Conselheiro das Comunidades lança petição apedir substituição do Embaixador de Portugal

O Conselheiro das Comunidades por-tuguesas Rui Ribeiro Barata lançou nasemana passada uma petição onlinea pedir a substituição do Embaixadorde Portugal em França, José FilipeMoraes Cabral, na sequência da polé-mica em torno de Tony Carreira.Sob o título “Exigimos a substituiçãodo atual Embaixador de Portugal emFrança, queremos um Embaixadorque dê importância aos cidadãos por-tugueses”, a petição apela aos Portu-gueses que “não se identificam comeste tipo de representação” a “exigira mudança do Embaixador de Portu-gal em França”.“Este abaixo-assinado surge não só noseguimento dos acontecimentos e de-clarações proferidas pelo Embaixadorde Portugal em França nos últimosdias em relação ao Tony Carreira”, co-meça por referir o documento, conti-nuando: “Temos o direito de exigiruma representação mais ativa, menosdesigual e mais próxima para com ede todos os Portugueses, em solofrancês”.A petição indica que “o que está emcausa não é o facto de a Embaixadade Portugal não querer acolher o ar-tista Tony Carreira”, mas “a formacomo o representante máximo de Por-tugal e dos Portugueses em solo fran-cês atuou e agiu para com o cidadãonacional Tony Carreira”.Em entrevista à Lusa, Rui Barata jus-tificou que o que o fez avançar com apetição foi o facto de “o cidadão TonyCarreira declarar que se sentiu rejei-tado pela Embaixada”, argumentandoque “não é normal rejeitar-se um ci-dadão português”.Em causa está a recusa do Embaixa-

dor em acolher na Embaixada a ceri-mónia de condecoração de Tony Car-reira por parte do Governo francês.“As pessoas quando ouviram a notíciaficaram um bocado surpreendidas, euincluído. Depois percebemos que háregras internacionais que dizem que acondecoração não podia ser recebidana Embaixada de Portugal e as pes-soas podem compreender. Mas o quemais me preocupa é a forma comotrataram o cidadão Tony Carreira”,afirmou, lamentando que, em entre-vista à TSF, o Embaixador tenha dito

que “o caso não teve importância”.A polémica em torno da recusa daEmbaixada de Portugal em Paris emacolher a cerimónia de atribuição dograu de Cavaleiro da Ordem das Artese das Letras a Tony Carreira foi apenasuma das razões que moveram o Con-selheiro das Comunidades portugue-sas da área consular de Strasbourg.“Isto acaba por ser um corolário de si-tuações, ou seja, há vários aconteci-mentos que fazem com que osPortugueses possam e tenham legiti-midade para questionar o tipo de re-

presentação que está a ser feitopelo atual Embaixador de Portugalem França”, disse, criticando o ale-gado distanciamento de Moraes Ca-bral da Comunidade. “Temos asensação que está a ser um Embai-xador não presente no terreno, ouseja, os Portugueses não conhecemo Embaixador. Aqui em Strasbourg,o Embaixador veio cá no ano pas-sado, certo, mas se perguntar à maio-ria dos Portugueses residentes nestaárea consular - com mais de 70 milPortugueses - poucos saberão qual éo nome e quem é o Embaixador dePortugal em França”, afirmou.Por outro lado, Rui Barata apontouuma manifestação dos lesados doBES em que “um conjunto de pes-soas pediu para ter uma audiênciacom o Embaixador e o Embaixadornão as recebeu”.“Há todo um tipo de situações quenos faz acreditar que - no país domundo que concentra a maior Comu-nidade portuguesa fora de Portugal -precisamos de um Embaixador queseja próximo da Comunidade”, con-cluiu.A petição foi colocada na internet eencontra-se disponível na página:http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT79751A 15 de janeiro, quando recebeu acondecoração, Tony Carreira escreveuna sua conta Facebook (com mais de700 mil seguidores): “Quando tomeiconhecimento desta condecoração,pedi se seria possível entregarem-mea medalha na Embaixada de Portugalem Paris (a Embaixada do meu país),pedido recusado pelo Sr. Embaixadorde Portugal em Paris. Tive pena, fiqueitriste, mas não mexe em nada com omeu orgulho em ser português”.

Conselheiro Rui Barata foi eleito em Strasbourg

Por Carina Branco, Lusa

Emigrantes reagem com indignação à polémica em torno de Tony Carreira

Portugueses residentes em Françaestão a manifestar indignação com arecusa da Embaixada de Portugal emParis em acolher a cerimónia de atri-buição do grau de Cavaleiro daOrdem das Artes e das Letras ao can-tor Tony Carreira.Paulo Marques, Conselheiro das Co-munidades portuguesas, disse à Lusaque “a Comunidade está bastantechocada” mas “não está admiradaporque há alguns anos que a Embai-xada de Portugal em Paris desapare-ceu do mapa das Comunidades”,criticou. “A Comunidade está bas-tante chocada porque sente que Por-tugal solicita o apoio das Comuni-dades portuguesas, solicita o enviode remessas, solicita o investimentodos Portugueses, mas verifica-se queainda há muitos ‘a prioris’ com estaComunidade e com a cultura e asartes”, declarou.O Conselheiro eleito pela área consu-lar de Paris lamentou, também, “aopinião do Ministro dos Negócios Es-trangeiros que acha que os fãs do

Tony Carreira dariam um estudo so-ciológico”.“Essa mensagem de desprezo égrave e o Ministro dos Negócios Es-trangeiros deveria era pedir descul-pas pelo que disse porque demonstraclaramente um afastamento desteGoverno com as suas Comunidades”,declarou o também autarca de Aul-nay-sous-Bois, na região de Paris.Raul Lopes, outro Conselheiro dasComunidades portuguesas eleito pelaárea consular de Paris, disse à Lusaque também lhe chegaram “ecos deindignação de Portugueses relativa-mente ao facto de a Embaixada nãoter permitido que a condecoraçãofosse entregue lá”, mas “pessoal-mente” diz não ver “razão para tantoalarido”.“É um facto que há gente muito in-dignada. Agora, a minha opinião pes-soal é que, sendo o Estado francês aatribuir a condecoração, não percebopor que é que a cerimónia haveria derealizar-se nas instalações do Estadoportuguês na Embaixada em Paris.Julgo que quem atribui a condecora-ção deveria arranjar um espaço digno

para o fazer”, declarou.Raul Lopes confirmou que “está ahaver uma grande celeuma no Face-book e a maior parte das opiniões éa favor da pretensão do Tony Carreirae contra a posição do Embaixador”,sublinhando que a atribuição damesma condecoração à fadista Mísiana Embaixada de Portugal, em2004, suscita interrogações sobre aexistência de “dois pesos e duas me-didas”.Umbelina Trovão, em França hámais de 40 anos, esteve precisa-mente na cerimónia de entrega dograu de Cavaleiro da Ordem dasArtes e das Letras a Mísia na Em-baixada de Portugal, em 2004, econsidera que houve “dois pesos eduas medidas”.“Foi na Embaixada portuguesa, es-tava o senhor Mário Soares, o Em-baixador António Monteiro e aMísia cantou depois de ter sidocondecorada pelo Ministro da Cul-tura francês. Eu não compreendi apolémica. Falam de protocolos,dizem que quando são os Francesesque condecoram tem de ser na Em-

baixada francesa ou no Ministério doInterior, mas é uma polémica estú-pida porque eu lembro-me perfeita-mente da cerimónia”, disse à LusaUmbelina Trovão.A emigrante oriunda do Alentejo sa-lientou que nem é “uma fã do TonyCarreira, apesar de gostar das primei-ras canções”, mas sublinhou que “seestivesse no lugar dele” e se lhe ofe-recessem uma medalha “tambémgostaria que fosse na Embaixada dePortugal”.Luísa Semedo, Conselheira das Co-munidades eleita pela área consularde Paris, disse à Lusa que teve so-bretudo ecos sobre se Tony Carreiramereceria a condecoração, mas de-clarou que “a maioria concorda quejá que um português pediu para sercondecorado na Embaixada, foi penaterem-lhe fechado as portas”.“Simbolicamente, acho muito durofechar as portas a um cidadão portu-guês e percebo que isso seja malacolhido. Mas também percebo quehaja um protocolo, acho que faz maissentido receber uma medalha fran-cesa em território francês”, afirmou.

Por Carina Branco, Lusa

Quem são os senhorios queentregam a declaração mo-delo 44 e em que prazo?

Resposta:

Os senhorios que estão obrigados aentregar a declaração modelo 44 sãoos que estão dispensados de emitirrecibos de renda eletrónicos, de-vendo fazê-lo até final de janeiro.Embora a maior parte dos senhoriosemitam os recibos de renda por viaeletrónica, estão dispensados destaformalidade os que tenham rendi-mentos de rendas anuais inferiores a838,44 euros (duas vezes o IAS) ouque tenham idade superior a 65anos.Os senhorios que continuem a pas-sar recibos em papel - por estaremdispensados de o fazer eletronica-mente - têm no entanto a obrigaçãode entregar à Autoridade Tributária eAduaneira (AT) o modelo 44, neladiscriminando os rendimentos de ca-tegoria F do ano anterior.A comunicação da declaração Mo-delo 44 pode ser feita de duas for-mas, ou seja:- Em suporte de papel (podendo osenhorio fazer a entrega em qualquerserviço de Finanças ou nas Lojas doCidadão) ou;- Através do Portal das Finanças(acedendo ao sítio www.portaldas-financas.gov.pt, e de seguida a“Serviços Tributários” seguido de“Cidadãos”, “Entregar”, “Declara-ções”, “Obrigações acessórias” e“Modelo 44”).Nos quadros 1, 2, 3 e 4 deve ser co-locado o código do serviço de Finan-ças da área do domicílio fiscal, onúmero de identificação fiscal, o anodo recebimento das rendas e se é aprimeira declaração ou uma de subs-tituição. No quadro 5, deve colocarinformação relativa ao imóvel arren-dado. O quadro 6 é preenchido casose trate de um subarrendamento, noquadro 7 coloca-se a identificação dosenhorio ou do seu representantelegal e do TOC e o quadro 8 é preen-chido pelos Serviços de Finanças.

Rita RibeiroJuristaRua Principal, nº 150Granja2425-013 Monte RealInfos: +351.926.300.365Infos: +33 (0)6.12.601.427

Rubrica jurídica

Rui Ribeiro Barata, Conselheiro das ComunidadesDR

le 27 janvier 2016

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08 Destaque

lusojornal.com

Associação ALMA vai ser apresentada esta semana

No próximo sábado, dia 30 de janeiro,na Pastelaria Canelas, em Pierrefitte-sur-Seine, vai ser apresentada formal-mente a ALMA, “Association desGardiens d’Immeuble à Paris”, cujaPresidente é Elisabeth Oliveira. Nessanoite, para além dos dirigentes funda-dores, a associação vai apresentar tam-bém a sua missão, os objetivos e asprimeiras ações.Esta é a primeira associação criada emParis para juntar porteiros - não apenasportugueses - do setor privado. “Não setrata de uma associação só para Por-tugueses, longe disso” explica a Presi-dente ao LusoJornal. Mas os númerosnão enganam. Segundo os fundadoresda ALMA, dos cerca de 15.000 portei-ros que trabalham em Paris, uns10.000 estão no privado e, desses,cerca de 60% serão Portugueses.A ideia surgiu durante a campanhaeleitoral para as últimas eleições mu-nicipais. “Por iniciativa de HermanoSanches Ruivo, Anne Hidalgo organi-zou uma reunião com porteiros e foi aíque constatámos a ausência de umaassociação” explica Elisabeth Oliveira.E as carências são muitas. “Há muitagente que necessita de ajuda e os sin-dicatos só ajudam quem for sindicali-zado e tiver pago a cota de 230 euros”.

Elisabeth Oliveira ficou entusiasmadacom a ideia de criar uma associaçãopara prestar ajuda a quem necessite.Aceitou o desafio de lançar a ALMA,criou uma página Facebook, a ideia co-meçou a interessar outros porteiros eos primeiros pedidos de ajuda come-

çaram a chegar. “A Convenção Coletivaé muito vaga, não é clara em muitospontos, por isso surgem sempre muitasdúvidas” explica a Presidente funda-dora. “Depois há o facto do nosso es-paço de trabalho ser também a nossacasa. Os limites entre vida privada e

vida profissional não são sempre clarose os conflitos surgem com frequência”.Mas o posicionamento da associaçãosurge como “conciliador” em oposiçãoàs estruturas sindicais. “Sinto que oSindicato está mais interessado emlevar as pessoas para o combate, paraa resolução dos conflitos em tribunaise esse não é propriamente o nosso ca-minho. Tentamos ajudar as pessoaspara que sejam evitados os conclitos”.Por isso a associação pretende “iden-tificar os problemas mais frequentes eas respetivas soluções”.“A ideia de criar um Guia prático paraos porteiros tinha sido evocada na reu-nião durante a campanha eleitoral,assim como o Dia dos Porteiros naMairie de Paris”. O “Dia dos porteiros”teve lugar no sábado passado, “mascomo o Guia não surgiu, essa é umadas nossas primeiras atividades. Vamosfaze-lo nós. O Banque BCP é um dosnossos patrocinadores para este projetoe esperamos ter muitos mais” confirmaElisabeth Oliveira que já garante par-cerias com uma advogada, com umapsicóloga e com uma coach. “É impor-tante ajudarmos as pessoas a reagiremface à pressão, face a proprietários ouinquilinos que pensam que nós esta-mos ali para fazer tudo o que eles que-rem”. A simples ajuda para escrevercorreios administrativos pode ser uma

ação muito apreciada. “No público, osporteiros têm uma hierarquia. Eles têmos responsáveis acima deles e por issosentem-se menos sós do que nós. Nósestamos por vezes sosinhos face aosproblemas” confessa Elisabeth Oli-veira.No jantar do próximo sábado vão estaros quatro dirigentes fundadores daALMA: Elisabeth Oliveira (Presidente),Vítor Borges (Tesoureiro), Jessica daPonte (Secretária) e Anne Ferreira (res-ponsável pela comunicação). Na pri-meira iniciativa da associação estavamcerca de 50 pessoas. Desta vez espe-ram ter 150 num jantar em que nãoparticipam apenas porteiros, mas tam-bém os principais parceiros da associa-ção. Os dirigentes contam com apresença anunciada do Conselheiro deParis, Hermano Sanches Ruivo, doCônsul Geral de Portugal, AntónioMoniz, e de representantes de muitasoutras instituições. A apresentação vaiestar a cargo do jornalista da rádio Alfa,Ricardo José e haverá animação musi-cal com o artista Hugo Manuel.Este será também a oportunidade parafazer o balanço do concurso de Deco-ração de Natal, ao qual o LusoJornalesteve associado, e de lançar maisideias para dinamizar a profissão.

[email protected]

“Association des Gardiens d’Immeuble à Paris”

Por Carlos Pereira

le 27 janvier 2016

Cerimónia na Mairie de Paris agradeceu aos Porteirosque socorreram vítimas dos atentados

Margarida, José, Manuela e Natáliasão quatro dos sete “anjos da guarda”que receberam no sábado passado aMedalha de Bronze da Cidade de Parispor terem ajudado a socorrer as vítimasdo ataque ao Bataclan, a 13 de no-vembro de 2015.Neste dia de homenagem aos portei-ros de Paris, no salão nobre do Hôtelde Ville na capital francesa, a Mairede Paris, Anne Hidalgo, agradeceuaos “anjos da guarda” que são os“embaixadores de Paris” e que “vêmdo mundo inteiro, havendo uma his-tória ainda mais forte com Portugal eEspanha”.De modo geral, Anne Hidalgo insistiuque os porteiros da capital são os “he-róis”, os “anjos de Paris” e “as estrelasdo dia-a-dia”, sublinhando que a me-dalha atribuída às sete pessoas queajudaram as vítimas dos atentados “épara dizer obrigada”.“Termos os porteiros foi uma sortepara toda a gente. Vocês estavam lá,nós estávamos estupefactos e impo-tentes, mas vocês acolheram as víti-mas e abriram-lhes os braços porqueelas choravam e estavam feridas.Vocês foram os primeiros a abrir-lhesas portas e a prestar os primeiros so-corros. Estas imagens fazem parteda nossa história parisiense. Foi in-crível a humanidade que vocês tive-ram. Obrigada por tudo”, discursoua autarca de Paris.“O objetivo é fazer uma homenagemmuito sentida a sete porteiros que, àvolta do Bataclan e do Hyper Cachertiveram uma ação de solidariedade e

correram riscos fisicamente”, decla-rou à Lusa Hermano Sanches Ruivo,vereador de Paris e mentor da ideia,sublinhando que defendeu “pessoal-mente os três nomes portugueses”.Ainda que não gostem do título de“heróis”, Margarida dos Santos Sousa,Manuela Gonçalves, José Gonçalves eNatália Teixeira Syed mostraram umaltruísmo e um sangue frio na noitedos atentados que permitiu salvarvidas quando abriram as portas dosseus prédios às vítimas do Bataclan.Margarida dos Santos Sousa, de 57anos, não hesitou em abrir as portas decasa e do prédio aos sobreviventes doataque que matou 90 pessoas, mesmotendo consciência do risco de haveralgum terrorista no meio das dezenasde pessoas que entraram no prédio.“Quando as coisas chegam à frentedos nossos olhos, por vezes não temos

tempo de pensar. Naquele momentonão pensei. Eu vi tanta gente aflita,aleijada, com sangue a correr por elesabaixo (...) Nós tínhamos que fazerqualquer coisa e ajudar essas pessoas(...) Acabei por perguntar às pessoasse eram todas do Bataclan, começá-mos a ter cuidado, mas depois comotínhamos a polícia à porta a tomarconta do prédio, já não tivemos maispreocupação”, disse à Lusa.A portuguesa de Ermesinde, que vivehá 35 anos em França e há 28 nobairro do Bataclan, acolheu sobrevi-ventes na sua casa até por volta dascinco da manhã, incluindo uma jovemferida por balas que recebeu os primei-ros socorros no seu sofá. Hoje, o dia é,ainda assim, de festa.O casal José e Manuela Gonçalvestambém passou a noite do 13 de no-vembro a receber dezenas de vítimas

do Bataclan no pátio do seu prédio eajudou a prestar os primeiros socorrosa uma jovem grávida de dois mesesque acolheu no seu apartamento. “Elaestava lá sentadinha, estive a confortá-la, dei-lhe água, umas bolachinhasporque ela estava de bebé. Fiqueimuito chocada de vê-la assim muitocalminha, não chorava, a pôr as mãosnos cabelos porque tinha os cabelosqueimados, as meias rotas, não tinhatelemóvel (...). Tinha recebido tiros,balas nas pernas, tinha as perninhascheias de sangue mas não gritava, nãogemia”, contou à Lusa Manuela, de50 ano, natural de Fafe.José e Manuela moram há 26 anos nobairro do Bataclan, e, nessa noite, emvez de ficarem entrincheirados dentrode casa ao abrigo do que se passava láfora, preferiram estar na linha da frentepara ajudar quem precisava. “Sabe

como é, temos um coração, somos hu-manos, mas a primeira coisa que mechocou mais e me obrigou a fazer omaior esforço possível foi ver esses jo-vens todos da idade dos meus filhos”,contou José Gonçalves, de 48 anos eque nasceu na Maia.Na mesma rua, Natália TeixeiraSyed, lusodescendente, e o maridoGabriel, paquistanês, também abri-ram as portas do pátio do prédioonde vivem para acolher as vítimas.Depois de receber a medalha debronze, Natália teve dificuldade emconter as lágrimas em declarações àLusa. “Nem posso explicar como mesinto”, disse Natália com a voz en-trecortada pela emoção, admitindoque, como disse Anne Hidalgo, são“mais ou menos” anjos da guarda eheróis, mas que habitualmente estão“mais na sombra” e agora estão“mais na luz”.“Os barulhos, os sons, as pessoas achegarem a casa feridas” foi o quemais marcou a lusodescendente, cató-lica, casada há 20 anos com um pa-quistanês muçulmano.Além das medalhas entregues aos “he-róis” de 13 de novembro, quase 600porteiros - entre os quais cerca de umacentena de portugueses - foram agra-ciados com o diploma de “porteiro dacidade de Paris”.A Maire de Paris agradeceu ainda aoConselheiro de Paris franco-portuguêsHermano Sanches Ruivo “com quemimaginou a iniciativa”, tendo o Conse-lheiro contado à Lusa que a homena-gem vai repetir-se todos os anos e quevai ser criado o “Dia dos direitos e dosdeveres dos porteiros”.

Por Carina Branco, Lusa

Margarida dos Santos Sousa, Hermano Sanches Ruivo, Natália Teixeira Syed, Gabriel Syed, Manuela Gonçalves e José GonçalvesLusa / Carina Branco

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09Empresas

emsíntese

Rencontre d’entrepreneurschez Portologia

La Chambre de commerce et de l’in-dustrie franco-portugaise (CCIFP) or-ganise, le jeudi 28 janvier, à partir de18h30, la rencontre mensuelle desmembres - Convívio & Copos - le der-nier jeudi de chaque mois.Cette fois-ci, la rencontre aura lieu chezPortologia, 42 rue Chapon, à Paris 3.«Nous sommes certains qu’il vous ar-rive parfois de sortir du travail et vouloirtout simplement décompresser autourd’un verre, discuter sans thème préé-tablis, avant de rentrer chez vous» ditl’invitation de la CCIFP à ses membres.«Tous les derniers jeudis du mois, dansdes lieux différents, la possibilité de ren-contres informelles entre chefs d’entre-prises membres, après le travail, pourun moment de convivialité autour d’unverre et ainsi se retrouver plus souventet renforcer les liens entre membres.

La Banque BCP offre le conseil en Banque Privée à ses meilleurs clients

La Banque BCP, banque du groupeBPCE (Banque Populaire - Caissed’Epargne) a officialisé le 20 janvierdernier son partenariat avec laBanque Privée de son principal ac-tionnaire, la Caisse d’Epargne Ile-de-France. Elle offrait déjà le servicede conseil en Gestion Privée à sesmeilleurs clients, avec ce partena-riat elle étend son offre de servicesaux clients éligibles à la Gestion deFortune.Dans un environnement économique

et fiscal complexe, optimiser la ges-tion de son patrimoine, préparer latransmission à ses enfants ou lacession de son entreprise, mériteles conseils des meilleurs spécia-listes.Les banquiers privés et les ingé-nieurs patrimoniaux de la BanquePrivée se mettent à disposition desclients de la Banque BCP. «Avec lesEchanges Automatiques d’Informa-tions entre les administrations fis-cales de 50 premiers pays signa-

taires, la gestion du patrimoine in-ternational de nos clients nécessiteune approche globale et personnali-sée» souligne Thierry Alvado, mem-bre du Directoire de la Banque BCP.«Nous disposons désormais d’un ni-veau d’expertise que nos principauxconcurrents n’ont pas».Michel Bourgeois, Directeur de laBanque Privée complète: «Nous ap-portons une qualité de service et deconseil de très haut niveau. Noussommes disponibles pour nos clients

car chaque banquier privé gère aumaximum 80 clients. Enfin, notreoffre est unique car composée desmeilleurs produits du marché».Cette année, la Banque BCP célèbreses 15 ans d’existence. «Quinze an-nées au cours desquelles elle a suévoluer pour répondre aux besoinsde ses clients et les accompagnerdans la réalisation de leurs projetsen France comme au Portugal» ditune note de la Direction de commu-nication envoyée aux rédactions.

Offre de services aux clients éligibles à la Gestion de Fortune

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Thierry Alvado avec Michel BourgeoisBanque BCP

le 27 janvier 2016

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10 Empresas

emsíntese

Agence BCPChampigny-Coeuilly célèbre2016 avec sesclients

Jean-Philippe Diehl, Président du Di-rectoire de la Banque BCP, a invité, levendredi 15 janvier, une centaine declients dans les locaux de l’agence deChampigny-Coeuilly, récemment ré-novée, pour partager un momentconvivial autour des saveurs du Por-tugal.Parmi les invités, certains sont arrivésen France dans les années 60/70 etplus précisément à Champigny-sur-Marne, lieu d’ancrage pour la majoritédes immigrés portugais. Beaucoupont conservé leurs comptes dans lapremière agence bancaire qui les ontguidés dans leur nouvelle vie. Au-jourd’hui, ils continuent à faireconfiance à la Banque BCP et recom-mandent ses services auprès de leurentourage: «cette banque nous a tou-jours accompagné. Elle nous a aidésà grandir et à nous construire. On aamené naturellement nos enfantsquand ils sont rentrés dans la vie ac-tive et nos amis ou famille qui ontémigré en France, comme nous!»,nous confiait un client sexagénaire.Cette année, la Banque BCP célèbreses 15 ans d’existence. Quinze an-nées au cours desquelles elle a suévoluer et se transformer tout enconservant ses différences par rap-port à ses concurrents. Jean-PhilippeDiehl attache d’ailleurs une «grandeimportance» à ce «lien affinitaire» etexplique que «à une époque où lestechnologies et l’appropriation du di-gital par les clients vont très vite, laBanque BCP est soucieuse de conti-nuer à offrir à ses clients le meilleurde l’humain mais aussi du digital enproposant le bon conseil, par le boncanal et au bon moment».

Remessas subiram 18,02%em novembroAs remessas dos emigrantes subiram18,02% em novembro de 2015 emrelação a idêntico mês de 2014, au-mentando de 237,77 para 280,55milhões de euros, indica o BoletimEstatístico do Banco de Portugal(BdP).Os emigrantes que residem emFrança enviaram 83,8 milhões deeuros para Portugal, mais 30,31% doque em novembro de 2014, se-guindo-se a Suíça (69,27 ME -7,73%) e o Reino Unido (24,65 ME -52,82%).

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Gil Martins é o novo Presidente do PBC

Na quinta-feira passada, dia 21 dejaneiro, o Portugal Business Club(PBC) de Lyon organizou o seu jantarde apresentação de votos de “BomAno Novo” para todos os seus ade-rentes e amigos. O restaurante ICEO,da cidade de Lyon, acolheu na suasala de jantar, onde também se rea-lizam conferências, os membros etoda a Direção do PBC recentementeeleita.Gil Martins é o novo Presidente doPortugal Business Club, escolhidopela Direção no decorrer de uma As-sembleia geral em dezembro pas-sado e tomou posse no dia 1 dejaneiro deste ano. Para além de GilMartins, a Direção integra tambémCesário Pereira, Tesoureiro e JacintoTorres Guimarães, Secretário, assimcomo Cláudio Pinto, Paulo Pereira,Manuel da Rocha e Sofia Gex quesão consultantes, “e que têm algu-mas comissões na comunicação e naorganização do PBC” explicou GilMartins ao LusoJornal.O Portugal Busines Club de Lyontem como objetivos, a criação deeventos onde os seus aderentes pos-sam partilhar todo o tipo de informa-ções. Nestes encontros, todas asprofissões podem estar presentes,representadas por empresários outambém simples pessoas singulares.“Não haverá concorrência entre osaderentes, todos terão os seus obje-tivos e finalidades. Aqui o fazer co-nhecimento, e toda a troca deinformações, tem que no final serpositivo para todos, onde se cria uma

rede de possibilidades para que vá-rios projetos de negócios se possamconcretizar”.As condições para ser aderente noPBC “não têm nada de especial”, oPortugal Business Club “estáaberto a todos, e a todas as profis-sões, assim como às pessoas singu-lares”. As quotas são de 150 eurosanuais para as pessoas singulares ede 300 euros para as empresas. Asfrequências dos encontros doseventos são mensais.Os almoços são organizados todas as

segundas sextas-feiras de cada mês.No dia 12 de fevereiro o PBC vai or-ganizar mais uma Assembleia geralno Hotel Reine Astrid, a primeira de2016, “para apresentarmos aos nos-sos aderentes o programa do ano,apresentação das contas de 2015 epara aprovar a minha eleição à Pre-sidência, assim como as datas dospróximos eventos, e também os nos-sos objetivos decididos pela Direçãopara o ano 2016” explica Gil Mar-tins ao LusoJornal. “Haverá novida-des que nesta data serão divulgados

certamente. Posso dizer que esteano festejaremos o décimo aniversa-rio, e queremos dar uma maior visi-bilidade ao nível da região e daFrança”.O Portugal Busines Club existe tam-bém em St Etienne e em Tours, ofi-cialmente. Em Paris também foiinaugurado um PBC, aliás ampla-mente divulgado pelo LusoJornal,mas ficou sem expressão. Em Lyon,o Portugal Business Club tem cercade 40 aderentes, mas conta comcerca de 300 simpatizantes do Club.

Portugal Business Club de Lyon

Por Jorge Campos

Churrasco Transmontano em Brive la Gaillarde

No passado dia 18 de janeiro, a chur-rasqueira mais pitoresca e tradicionalde Brive-la-Gaillarde fez 2 anos deexistência: a Churrasco Transmon-tano.Gerida por Nuno Francisco ReisLopes, esta típica “casa portuguesa”,tornou-se local de paragem obrigató-ria para todos os Portugueses da re-gião que pretendem degustar overdadeiro churrasco português. Comvasta experiência na área, NunoLopes, já desde cedo em Portugal tra-balhou no ramo da restauração, cercade 5 anos como padeiro, depois emi-grou para o Luxemburgo onde teve oseu próprio restaurante/pizaria e deseguida veio para França. Após umapequena passagem pela zona de

Paris, instalou-se na bonita cidade deBrive-la-Gaillarde, onde tem feito su-cesso junto da Comunidade portu-

guesa, bem como das gentes france-sas que segundo o próprio, preferemo verdadeiro churrasco.

Aberta de terça-feira a domingo, das10h00 às 14h00 e das 18h00 às23h00, e situada na avenue PierreSemard, esta churrasqueira encontra-se numa das principais artérias deacesso a Brive-la-Gaillarde, comzonas circundantes de estaciona-mento para que possam com todo oconforto e comodidade dirigir-se amesma a fim de levantar as enco-mendas que previamente poderão serefetuadas por telefone.O Nuno Lopes e sua esposa, donosdesta tradicional churrasqueira portu-guesa, pretendem que todos os seusclientes, principalmente a Comuni-dade portuguesa, sintam um bocadi-nho de Portugal quando entram“porta adentro”, de forma a que o seupais esteja todos os dias presente nosseus corações.

Por André Jorge Leite

Construção do novo “call center” da Alticeem Vieira do MinhoO concurso público para a construçãodo segundo “call center” do grupofrancês Altice em Vieira do Minho con-tou com 28 propostas, cujos valoresvariam entre um e 1,4 milhões deeuros, segundo o Presidente da Câ-mara.António Cardoso disse à Lusa que, se

tudo correr bem, a empreitada poderáser adjudicada em fevereiro e o novo“call center” deverá gerar entre 300 e400 postos de trabalho.Vai nascer na antiga escola primária deVieira do Minho, que para o efeito so-frerá obras de reparação e ampliação.“Em princípio, será um ‘call center’ da

PT”, acrescentou o Presidente. O mu-nicípio assume o investimento dasobras, sendo que depois o grupo Alticepagará uma renda pela utilização doedifício.Em maio de 2015, abriu em Vieira doMinho um primeiro “call center” daAltice, onde, segundo António Car-

doso, trabalham atualmente 105 pes-soas, “número que poderá crescer até160”. A Altice é a empresa francesaque comprou a PT Portugal. ArmandoPereira, natural da freguesia de Gui-lhofrei, Vieira do Minho é um dos qua-tro sócios fundadores da Altice,detendo 30% da empresa.

Elementos da Direção do PBC de LyonLusoJornal / Jorge Campos

le 27 janvier 2016

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Empresas 11

Quase uma centena de empresas portuguesas na feiraMaison & Objet em Paris

Noventa e duas empresas portuguesasmarcaram presença na feira de mobi-liário e decoração Maison & Objet, noParque de Exposições Paris-Nord Vil-lepinte, nos arredores da capital fran-cesa, de 22 a 26 de janeiro, de acordocom a AICEP.“Com 92 empresas portuguesas pre-sentes nesta edição da feira Maison &Objet, a representação portuguesa con-tinua a um nível de representatividademuito elevado”, segundo o comuni-cado da delegação em Paris da Agên-cia para o Investimento e ComércioExterno de Portugal (AICEP), queacrescenta que Portugal está no sétimolugar no ‘ranking’ de países com maisempresas participantes. De acordocom o mesmo documento, trata-se de“uma das maiores feiras profissionaisinternacionais do setor dadecoração/mobiliário”, reunindo “cercade 110 mil visitantes em cinco dias deexposição para 3.345 expositores pre-sentes, dos quais 53% são internacio-nais”.A Associação Portuguesa das Indús-trias de Mobiliário e Afins (APIMA) pro-move empresas na Maison & Objet há“mais de uma dezena de anos”, tendovindo a aumentar o número de marcasque representa na feira e levando nestaedição “cerca de 50 empresas”, “umrecorde absoluto”, disse Gualter Mor-

gado, gestor de projeto da associação,à Lusa.“Nos últimos três anos, as exportaçõesportuguesas no mobiliário cresceram13% ao ano. Ou seja, em valores per-centuais manteve-se o mesmo nível, sóque como a base é maior houve umaumento significativo das exportaçõesportuguesas que já ultrapassaram 1,4mil milhões de euros de exportaçõesanuais para todo o mundo. Esta é umadas feiras que é responsável por uma

das maiores fatias dessa quota de ex-portação”, declarou Gualter Morgado.O representante da APIMA acrescen-tou que “o mercado francês é o pri-meiro mercado de destino dasexportações portuguesas” e que “omobiliário português de segmentomédio já tem uma quota de quase50% do mercado francês”, subli-nhando que, “se há alguns anos até seescondia a origem do produto, nestemomento é condição quase obrigatória

a demonstração dessa origem porqueela significa qualidade de produto e de‘design’”, concluiu.A Associação Selectiva Moda - consti-tuída pela Associação Têxtil e Vestuáriode Portugal (ATP) e pela AssociaçãoNacional da Indústria de Lanifício -também tem vindo a promover “há vá-rios anos” a participação de empresá-rios nacionais na Maison & Objet,afirmou Sofia Botelho, Diretora execu-tiva da ATP, à Lusa.

“O objetivo da participação é o mer-cado internacional. Graças ao númerode visitantes e à diversidade de paísesque a feira tem, trata-se de uma plata-forma importante e tem contribuídopara o aumento das exportações”, ex-plicou Sofia Botelho, acrescentandoque a Selectiva Moda apoiou 12 em-presas nesta feira parisiense que“lança as tendências da decoração anível internacional”.A Associação dos Industriais Portugue-ses de Iluminação (AIPI) também par-ticipa na Maison & Objet “há mais dedez anos” porque se trata de “uma fer-ramenta essencial para as empresas dosetor”, disse à Lusa Ricardo Sebastião,Diretor executivo da AIPI, que, nestaedição, ajuda a promover nove empre-sas na feira.“A feira Maison & Objet é um mer-cado já consolidado, é talvez o pri-meiro ou segundo mercado dasnossas indústrias em termos de expor-tação. As feiras continuam a ser aprincipal ferramenta de comunicaçãoe o principal instrumento de vendaporque é aí que se consegue falar caraa cara com o cliente e obter novosclientes”, continuou Ricardo Sebas-tião.O Diretor executivo da AIPI sublinhouainda que “o mercado francês é umdos principais mercados” e que asempresas partem com “elevadas ex-pectativas”.

7° lugar no ‘ranking’ de países com mais empresas participantes

Por Carina Branco, Lusa

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LusoJornal / Carlos Pereira (arquivo)

le 27 janvier 2016

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12 Cultura

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Ópera “Dialoguedes Carmélites”,de Poulenc, emLisboa

A estreia, em fevereiro, da ópera “Dia-logue des Carmélites”, de FrancisPoulenc, no Teatro Nacional de S.Carlos (TNSC), em Lisboa, dá o motea um programa de “atividades com-plementares”, que foi apresentado nasemana passada.Entre as atividades que antecedem aestreia, no dia 3 de fevereiro, no palcolírico lisboeta, destaque para a pri-meira exibição na Cinemateca Portu-guesa, em Lisboa, no dia 27 dejaneiro, da produção franco-italiana“O diálogo das carmelitas” (1960), dePhilippe Agostini e de Raymond Leo-pold Bruckberger, com com JeanneMoreau, Alida Valli, Madeleine Re-naud, Pierre Brasseur e Jean-LouisBarrault, entre outros.Segundo o Instituto Franco-Portu-guês (IFP), o filme levou 12 anos paraser rodado. George Bernanos escre-veu os diálogos do filme em 1948, apedido dos realizadores, “inspiradono romance de Gertrud von Le Fort,‘Die Letzte am Schafott’, de 1931,mas, à época, o projeto não suscitouinteresse por parte de nenhum pro-dutor, pelo que poderia não ter vin-gado, não fosse o caso de oencenador Jacques Hébertot se terdecidido a levá-lo à cena em 1952”.Mais tarde, o compositor FrancisPoulenc recuperou o texto de Berna-nos sob forma de ópera, que estreouno Alla Scala, em Milão, em janeiro1957, com um libreto do dramaturgoitaliano Flavio Testi, e, em junho domesmo ano, o drama subiu à cenana Ópera de Paris, com um libretoem francês de sua autoria. “Foi o su-cesso da ópera que finalmente per-mitiu a Agostini e Bruckbergerrodarem o filme doze anos maistarde”, afimra o IFP.Hoje, na Embaixada da França emLisboa, a Santos-o-Velho, a musicó-loga Sylviane Falcinelli apresenta apalestra “Francis Poulenc atento à li-teratura francesa”, e o musicólogoPaulo Ferreira de Castro fala sobre “Adupla face de Francis Poulenc”.A ópera, em três atos e 12 quadros,decorre durante o chamado "períodode terror" que se seguiu à RevoluçãoFrancesa, em 1789, e parte de umfacto verídico, a morte na guilhotina,na Place du Trône (atual Place de laNation), em Paris, de 16 freiras car-melitas, que, em 1906, foram beatifi-cadas pelo papa Pio X.

Cristina Branco apresentou o seu primeiro livro

Cristina Branco - a não confundir coma fadista do mesmo nome - apresen-tou na quinta-feira da semana pas-sada, em Paris, o seu primeiro livro“Quand vous lirez ces mots...” éditadopelas edições Lanore. Aliás, a apre-sentação teve lugar na sede da edi-tora, na rue Vaugirard, em Paris 6.A autora estudou no Liceu de Barce-los e fez uma formação em teatroantes de vir para França, e em Parisfrequentou os cursos de Direito daSorbonne.Sempre se apresentou como uma “fo-tógrafa de rua”. Realizou uma pri-meira exposição de fotografia em2011, “Photo de rue - la mémoire desmurs” em Paris e “anima” uma ru-brica foto-poética todas as semanasnas páginas do LusoJornal “Um olharpoético sobre Paris”. Aliás é colabo-radora do LusoJornal desde há váriosanos.Mas desta vez surpreendeu! Sur-preendeu com um livro onde a prosapasseia de braço dado com a poesia,um livro com uma escrita íntima -muito íntima por vezes - deixandotransparecer uma mulher apaixonada.Ternamente apaixonada, se é queestas coisas ainda se dizem no séculoXXI. Surpreendeu com uma escritaprofunda, interrogando-se em perma-nência sobre o amor, a sua existência(ou não), as suas origens, as suas cau-sas, as suas consequências, as suasinfluências também,...“Quand vous lirez ces mots... ” é umaconversa a dois, mas escrita na pri-meira pessoa. De leitura simples, aautora leva-nos até às respostas (e aossilêncios) de um interlocutor omnipre-sente, que temos vontade de conhe-cer a cada página. A narradora trata-opor “você”, talvez por charme, talvezpara levar os leitores para mais longena imaginação, ou para “despistar”.“Podemos viajar no interior dos corpose dos corações, alimentarmo-nos depalavras, tão bem descritas, vindas do

mais profundo dos seres” disse AliceMachado, Diretora da Coleção, na ses-são de apresentação.E foi isso que Cristina Branco fez:deu-nos a mão e levou-nos para umasérie de viagens até ao encontro da es-tranha personagem que lhe cativoucompletamente o coração, que ali-mentou nela a chama do sonho e queacabou por se afastar, levando comele certezas, incertezas e sonhos queacabamos por não saber se continuameternamente, ou se desaparecem e se

transformam. Alice Machado faloumesmo de “desamor”!“A Cristina não tem medo de se des-pir, de nos transmitir, no fio das pala-vras, este ‘jogo’ do amor que podeferir, apaziguar, arranhar, gritar entredois suspiros de entrega, à procura deum beijo que ela deseja eterno” ex-plica Alice Machado.“A primeira pergunta que me fazem ése este livro é autobiográfico. A res-posta é... sim e não. Um pouco dosdois, ou talvez nada” afirma Cristina

Branco. “A escrita é sempre autobio-gráfica. Se não o vivemos, se não ovimos, há algo nas nossas vidas quenos leva a imaginar”.Mas é esta interrogação que o livrotem o mérito de provocar. Horácio Er-nesto, no prefácio aborda exatamenteeste tema: Quem nos lê? Para quemescrevemos? E é isso mesmo a es-crita. Quem a lê, acrescenta a suaparte de imaginação, os seus sonhos,as suas vivências. E depois quer saberquem é este “você” a quem a autorafala com tanto carinho, a quem se en-trega, a quem abre o coração, comquem passeia de braço dado nas ber-mas do Sena, a quem desenha cora-ções com os dedos, em silêncio,...que nos faz voltar as páginas devaga-rinho, para não distrair a narradora.Por isso Cristina Branco considera queesta não é apenas a sua história, “masa nossa história”.Uma última nota vai para as cartas deamor! Ainda há cartas de amor? Hoje,no mundo da “comunicação global” edigital, Cristina Branco surpreende-nos a escrever cartas. Ao ponto de nossurpreendermos nós mesmos, a leressas cartas! Num mundo em quecada vez mais o amor é “bruto”, podeaté ser “superficial” - entre aspas por-que a autora diz que o amor não sedescreve, “o amor é” - Cristina Brancovem com cartas de amor, ternas, sua-ves, lindas - porque não dize-lo assim?Mesmo se por vezes é injusta - palavrade homem que é injusta. “Posso estarinjusta, mas penso que os homensmedem mais o amor do que as mu-lheres, mas isto é a minha visão femi-nista da questão, posso exagerar maspenso que as mulheres se dão maisno amor do que os homens e quepodem saltar do trapézio sem rede,enquanto os homens quando saltamde um galho para o outro, só largamo galho quando agarram o outro”.“Leiam estas palavras como bementenderem, mas não fiquem indi-ferentes” diz a autora. Pois não,acrescentamos nós!

“Quand vous lirez ces mots...”

Por Carlos Pereira

Abriram as inscrições para a Secção Portuguesado Liceu Internacional de Saint-Germain-en-Laye

A Secção Portuguesa do Liceu Inter-nacional de Saint-Germain-en-Laye(78) abriu as inscrições para o ano le-tivo 2016-2017, até 11 de março.No que diz respeito ao ensino pré-es-colar e primário, duas modalidadessão possíveis: como alunos internos -os que frequentam a escolaridadefrancesa e internacional no Liceu In-ternacional ou na Escola Normandie-Niémen - ou como alunos externos -aqueles que frequentam a escola Pri-mária ou Maternelle do seu setor deresidência e se deslocam para asaulas da Secção durante uma manhãou uma tarde por semana.Todos os candidatos deverão subme-ter-se a testes de língua portuguesa noLiceu Internacional. Para os alunos decolégio e liceu os testes terão lugar nosábado 9 de abril, às 9h00, e para osalunos do Primário e da Sixième, no

dia 23 de março, às 14h00. Quantoao CP, a informação será dada poste-riormente, assim como a data doexame.Para a inscrição de um aluno na Sec-ção Portuguesa do Liceu Internacionalé necessário apresentar os seguintesdocumentos: o formulário de inscriçãopreenchido e assinado; escrever umacarta ao Diretor da Secção Portuguesareferindo as circunstâncias e razõesque fundamentam o pedido de inscri-ção, explicitando os motivos pessoais,de escolarização ou de orientação quejustificam o pedido, nomeadamenteno plano linguístico e em relação aosestudos já realizados. São precisasigualmente duas fotocópias dos bole-tins trimestrais dos 2 últimos anos le-tivos (2013-2014, 2014-2015) eainda do ano em curso (2015-2016)do 1° e do 2° trimestres.Quanto aos alunos de Maternelle senão tiverem boletins, devem solicitar

uma apreciação escrita ao respetivoprofessor. Para entrada no Primário(exceto em CP) e em Sixième, os paisdevem enviar fotocópia dos boletinsinformativos do curso de português,caso o aluno o tenha frequentado. De-verá também enviar um documentode identidade do aluno, e o certidãode nascimento ou Livret de Famille,assim como um documento de iden-tificação do pai e da mãe. Duas foto-grafias recentes com nome e o anoescritos por trás. Finalmente poderácompletar o dossier com documenta-ção sobre a escola que o aluno fre-quenta atualmente, sobre os cursosde português seguidos, diplomas oucertificados que tenha obtido, e outrasinformações sobre atividades pratica-das (desporto, teatro, música, etc).No que diz respeito à comparticipaçãofinanceira para o tratamento do dos-sier é de 50 euros por aluno e 60euros para 2 irmãos. Para o bom fun-

cionamento da Secção, as famíliasdos alunos são vivamente convidadasa aderir à Associação de Pais e Alunosda Secção Portuguesa. O montante dequotização anual é de 155 euros poraluno, 235 euros por dois alunos. Aquota permite assumir encargos como secretariado, apoiar visitas de es-tudo e atividades culturais.Recordamos que a Secção Internacio-nal é um dispositivo de ensino de ex-celência que engloba a totalidade docurrículo de ensino francês e ainda oestudo da Língua e Literatura Portu-guesas e a História, lecionadas emPortuguês. A Secção Portuguesaconta atualmente 421 alunos que fre-quentam o campus do Liceu Interna-cional e os pólos Pierre et Marie-Curiee Normandie-Niémen, na cidade deLe Pecq (78).

Infos: 01.34.51.53.57www.lycee-international.com

Por Clara Teixeira

le 27 janvier 2016

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Cultura

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2016: C’est reparti pour leCoin du Fado

Le ‘Coin du fado’ organise, le vendredi5 février, à 21h00, aux Affiches, 7place Saint Michel, près de la Seine,au Quartier Latin, une soirée fado in-titulée: «2016, c’est reparti pour leCoin du Fado». C’est dans le Club, lasuperbe cave aménagée des Affi-ches, que se tiendra la soirée, selonune formule «café-concert».Présentés par Jean-Luc Gonneau(qui chantera un peu aussi), leschanteuses et chanteurs bénéficie-ront d’un groupe de musiciens dugenre dream team: Filipe de Sousa àla guitare portugaise, virtuose et grandimprovisateur, Nuno Estevens à laguitare classique, accompagnateurhors pairs, Nella Selvagia aux percus-sions (pimentées) et Philippe Leiba àla contrebasse, vibrante. Et peut-êtred’autres musiciens, comme il arrivesouvent…Les voix? Conceição Guadalupe, biensur, sourire et émotion garantis, JoãoRufino évidemment, fadiste engagécertes, mais joyeux, Daniela, le prin-temps ambulant, la jeune Anna Mar-tins, entre rêve et réalité. D’autresencore, probablement, et certaine-ment Thibaut Deguillaume, un étu-diant (français) de l’Académie dufado qui a promis une interprétationdu fado tropical, écrit et composé parle grand Chico Buarque (Carioca) etpeut-être encore João Heitor pour unfado de Coimbra à sa façon. Commetoujours, des fados qu’on n’entendpas ailleurs, un programme qui évo-lue chaque fois, avec des sourires,souvent, des émotions, beaucoup, etl’amitié, toujours.

Les AffichesL’Espace Saint-Michel7 place Saint-MichelMétro et RER Saint MichelRéservation obligatoire:06.22.98.60.41

LJ / Mário Cantarinha

Exposition de Julião Sarmento à Paris

Jusqu’au 17 avril, la Fondation Ca-louste Gulbenkian à Paris accueillel’exposition de Julião Sarmento, «Lachose même, the real thing» dans lecadre du Printemps Portugais. L’expo-sition propose au visiteur un pano-rama de l’œuvre de Julião Sarmento,figure de proue de l’art contemporainportugais dont la carrière fut d’embléeinternationale.Sont exposées 25 œuvres réaliséesentre 1973 et 2013 sous différentesformes: peinture, vidéo, photographie,sculptures ou encore installations.L’artiste portugais a intitulé son expo-sition «La chose, même», qu’il dit êtrel’image et l’idée de la femme, «figureobsessive, personnage récurrent, filrouge qui structure toute mon œuvremultiforme et à travers laquelle se dé-clinent les mécanismes du désir».Tout au long de sa carrière, ce désirs’est manifesté comme le carburantde l’œuvre.L’exposition met en scène différentesœuvres, créées à des moments diffé-rents, mais qui ont toutes ce dénomi-

nateur commun: l’intérêt pour l’artistede saisir l’objet du désir. Le Commis-saire de l’exposition, Ami Barak,avoue que c’est lui qui a choisi demettre en scène les œuvres exposées,qui décrit l’artiste portugais commeétant «l’artiste du désir qui réunit tousles ingrédients nécessaires pour sé-duire l’homme. Ici le thème est lafemme sans aucun doute et sa sen-

sualité». De son côté Julião Sarmentodit être satisfait avec le choix du cu-rateur. «Je ne suis pas intervenu des-sus, je lui ai fait confiance, on auraitpu faire des centaines d’expositionsdifférentes et même sans aucunefemme»!L’œuvre suggestive de Julião Sar-mento interroge les thèmes de la re-présentation et particulièrement ceux

du désir et de ses mécanismes. Lespectateur devient à fortiori voyeurd’une vision contingente, hypothé-tique et se laisse aisément déconte-nancer par les propos implicites del’artiste.Au fil des années, Julião Sarmento adéveloppé une œuvre protéiforme, re-courant tour à tour à la photographie,au dessin, à a sculpture, la vidéo oula performance, tout en maintenantun lien étroit avec le texte, qu’il incor-pore et assemble en fragments à sesœuvres. Son travail est marqué par laprésence iconique de la femme, égé-rie subtile et motif récurrent énigma-tique qui jalonne ses propositions.L’artiste ne compte plus le nombre deses œuvres dans les différentes collec-tions internationales, notammentdans le Centre Pompidou à Paris.Cet événement culturel met à l’hon-neur la scène artistique portugaise àParis au printemps prochain. Il est or-ganisé conjointement par la FondationCalouste Gulbenkian à Paris, le Jeu dePaume, la RMN-Grand Palais, la Citéde l’Architecture & du Patrimoine etle Théâtre de la Ville.

Dans le cadre du Printemps culturel portugais

Par Clara Teixeira

L’urbanisme sous le fascisme à Lisboa

Jusqu'au 5 février, à la Maison desRelations Internationales NelsonMandela, une exposition intitulée«L’urbanisme sous le fascisme - Am-biguïtés, contradictions et réus-sites», suivie d’une conférence sur lethème «L’empreinte de l’État fas-ciste dans la Lisbonne actuelle»,sera proposée au public.L’émergence de ce projet communentre l’ENSAM/IGOT de l’Universitéde Lisboa et Casa Amadis, associa-tion culturelle lusophone, a pour ob-jectif de faire découvrir l’architecturedu Portugal et plus précisément,celle de la ville aux sept collines,marquée par l’histoire du pays, liéeà son dictateur António de OliveiraSalazar.L’initiateur de ce concept et égale-ment Président de l’association, TitoLívio Santos Motta, se livre au Luso-Jornal: «Améliorer l’image du Portu-

gal trop réductrice à mon goût, fairedécouvrir la richesse et la diversitéde la Lusophonie, promouvoir sa cul-ture trop méconnue, tels sont lesmoteurs de mon existence...».Car Lisboa, comme le souligne TitoLívio Santos, ville pionnière en ma-tière d’urbanisme, vit aujourd’hui enfonction des grandes lignes urbanis-tiques établies sous ce régime coer-citif au cours duquel une politiqued’œuvres publiques à large échelle,

vit le jour, alliant le béton, le monu-mental, et l’inspiration tradition-nelle. Pour exemple, le Musée desArts Populaires de Belém ou biences hauts immeubles de la Praça doAreeiro dont les toits en tuiles rougesrappellent l’habitat typique.Alors, me direz-vous, comment la ca-pitale, durant cette même période,a-t-elle évolué vers un urbanismemoderne, pensé, résolument avant-gardiste? Par quel biais, voire quels

subterfuges, les architectes ont-ilsréussi à s’imposer face à la dicta-ture, en faisant naître des quartiersmodernes où il fait bon vivre, degrandes vérandas, ou bien encoredes maisons sur pilotis? Tel est le casdu quartier nouveau du Parque dasNações au nord de la ville qui a ac-cueilli l’exposition universelle de1998, et dont les grandes allées pié-tonnes offrent un lieu de promenadeapprécié au bord du Tage.En résumé, un vaste programme enperspective, riche en découvertes eten questionnements, susceptibled’intéresser les étudiants en archi-tecture comme les néophytes... Etpourquoi pas, à l’issue de cette ré-flexion imagée, élargir le débat enétablissant un parallèle avec la villede Montpellier, qui impulse et sti-mule l’innovation architecturale de-puis bientôt trois décennies sanspour cela renier les empreintes d’unpassé «bourgeois»?

Exposition et conférence à Montpellier

Par Patricia Valette Bas

Livre d’Ana Hatherly traduit en françaisLa première traduction vers le françaisdu seul roman d’Ana Hatherly est dés-ormais disponible! “O Mestre”, adonné lieu à “Le Roi de pierre”, dansune traduction de Catherine Dumas.«Le Roi de pierre est une rencontreamoureuse sans cesse différée entreun Maître et sa Disciple, telle une pour-suite dans un jardin baroque. Aux dé-tours des allées et des bosquets, lesdeux personnages jouent à cache-cache sur des parcours rituels et sym-boliques. L’ultime rencontre a lieu aufond de la grotte, lieu emblématiquedes recoins de l’âme humaine, sansque l’on parvienne à savoir qui est levainqueur. On pense ici à l’esthétiquenéobaroque, mais également au non-

sens moderne de par l’usage d’une iro-nie déstabilisante qui pointe le vide etl’absurdité de notre condition.Entre langage poétique et dramaturgiesdialoguées, cette nouvelle, devenue unclassique de la littérature portugaisecontemporaine, enchaîne, parfois avecinsolence, les citations détournées etles allusions aux figures classiques dela pensée.Ana Hatherly (Porto 1929 - Lisboa2015), artiste et universitaire à l’œuvremultiple, est reconnue comme la plusgrande spécialiste de la littérature ba-roque du Portugal. «Le Roi de pierre»est édité pour la première fois en fran-çais dans une traduction de CatherineDumas (Anne Rideau Éditions).

le 27 janvier 2016

LusoJornal / Patricia Valette Bas

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14 Cultura

emsíntese

Katia Guerreiroem França

A fadista Katia Guerreiro atua estaquarta-feira no Centro Carré Belle-Feuille, em Boulogne-Billancourt, nosarredores de Paris, e no dia seguinteno Centro Cultural Le Rocher de Pal-mer, em Cenon, nos arredores deBordeaux.A criadora de “Segredos” terminaesta mini digressão no dia 30, naÓpera de Lyon, segundo um comu-nicado da produtora Uau.Katia Guerreiro, que editou em de-zembro de 2014 o álbum “Até aoFim”, é acompanhada pelos músicosPedro de Castro e Luís Guerreiro, naguitarra portuguesa, João Veiga, naviola, e Francisco Gaspar, na violabaixo.

Conférence«Communiquerl’Europe aujourd’hui»

La Maison du Portugal André de Gou-veia, le Chaire Lindley Cintra de l’uni-versité de Nanterre, le lectorat dePortugais de l’Université de Paris8/Saint-Denis, organisent une confé-rence «Communiquer l’Europe au-jourd’hui», par Rebecca Abecassis etJoão Nuno Assunção, journalistes dela SIC/Televisão Portugal, qui aura lieuà la Délégation de la Fondation Ca-louste Gulbenkian à Paris (39 boule-vard de la Tour Maubourg, à Paris 7),le jeudi 28 janvier, à 18h30, en par-tenariat avec l’institut Camões.«Communiquer l’Europe au XXIèmesiècle représente un énorme défipour les médias. Les citoyens sont deplus en plus attentifs et exigeants. Lesthèmes comme la crise migratoire, lechômage jeune et la sécurité de l’Eu-rope correspondent aux préoccupa-tions majeures des européensaujourd’hui» peut-on lire dans la pré-sentation de la conférence. «Commu-niquer l’Europe au XXIème sièclereprésente un énorme défi pour lesmédias. Les citoyens sont de plus enplus attentifs et exigeants. Les thèmescomme la crise migratoire, le chô-mage jeune et la sécurité de l’Europecorrespondent aux préoccupationsmajeures des européens aujourd’hui.Mais est-ce vraiment possible d’expli-quer l’Union européenne et l’utilitédes institutions de l’Europe? La ré-ponse est oui».

lusojornal.com

Obra de Miguel Gomes no Museu de Marseille

O Museu das Civilizações da Europae do Mediterrâneo (MuCEM), de Mar-seille, fez, desde sexta-feira da se-mana passada, uma “maratona dosfilmes de Miguel Gomes”, disse àLusa a responsável pela programaçãode cinema, Geneviève Houssay.“Podemos dizer que é uma maratonados filmes de Miguel Gomes. A ideiasurgiu porque queria mostrar os últi-mos três filmes da trilogia ‘As Mil eUma Noites’, no mesmo dia, comouma obra completa, visto que elesforam lançados em França em mo-mentos separados, no verão. Quisaproveitar a celebridade incontestávelconquistada em Cannes, em 2015,para mostrar os primeiros trabalhos epropor aos espetadores um olharsobre toda a obra” do realizador, ex-plicou a programadora.A retrospetiva, que se realizou du-

rante o fim de semana, até domingo,intitulou-se “Um olhar de cineastasobre o Portugal contemporâneo” e oobjetivo é “atravessar a obra e o Por-tugal de Miguel Gomes” através daexibição das longas e curtas-metra-gens do realizador, naquela que foi “aprimeira retrospetiva” que o museu,aberto em 2013, dedica a um reali-zador. “Para mim, era importantepensar o Portugal contemporâneoatravés dos filmes e da maneira comoele trabalhou com os jornalistas. Natrilogia ‘As Mil e Uma Noites’ vemosque o realizador se concentra numPortugal contemporâneo que é muitopouco evocado em França, porquetodos os discursos de crise econó-mica estão focalizados na Grécia ePortugal é, um pouco, o esquecido daHistória”, continuou Geneviève Hous-say.A retrospetiva começou com umamesa redonda, na sexta-feira à tarde,

na presença de Miguel Gomes, doprodutor Luís Urbano e dos jornalistasJoão de Almeida Dias e Laurent Ri-goulet, seguindo-se a exibição dacurta-metragem “Entretanto” (1999)e da primeira longa-metragem, “Acara que mereces” (2004).No sábado foram exibidas as ‘curtas’“Kalkitos” (2002), “Inventário deNatal” (2000), “Dança de um mi-nuto depois de um golo de ouro naliga dos mestres” (2004), “Cânticodas Criaturas” (2006), “Redenção”(2013) e “Trinta e Um” (2001),assim como as longas-metragens“Aquele Querido Mês de Agosto”(2008) e “Tabu” (2012).O último dia da retrospetiva, do-mingo, foi dedicado inteiramente àtrilogia “As Mil e Uma Noites”, coma exibição dos filmes “O Inquieto”,“O Desolado” e “O Encantado”.O programa da retrospetiva apresen-tou Miguel Gomes como um realiza-

dor que “explora uma nova escrita ci-nematográfica, de uma inventividadeincrível”, criando filmes que “espe-lham o presente, sendo ao mesmotempo oníricos e terrivelmente realis-tas”.“A questão das retrospetivas é inte-ressante para perceber a evolução dotrabalho de um realizador, mesmoque pareça menos impressionante aretrospetiva de um realizador que tra-balha há 15 anos do que outro quetrabalhe há 40 anos”, acrescentouGeneviève Houssay.A programadora falou, também, da“relação do cineasta com Marseille”,a cidade onde foi rodada uma partede “As Mil e Uma Noites”, que “mos-trou todas as longas-metragens deMiguel Gomes em ante-estreia” e que“revelou Miguel Gomes em França,através do Festival Internacional doDocumentário de Marseille, nos últi-mos dez anos”.

Museu das Civilizações da Europa e do Mediterrâneo (MuCEM)

Por Carina Branco, Lusa

Lura et Elida Almeida en concert à ParisLes Capverdiennes Lura et Elida Al-meida seront en concert le 4 février, à20h30, à l’Alhambra (Paris 10), dansle cadre du Festival Au Fil des Voix.Sur un tempo vif et intense, Lura portetoujours en elle les pleurs silencieuxde chants très anciens, les secrets dubatuque et la prière des rebelles. Son

dernier album, «Herança», s’inscrittout naturellement dans la discogra-phie de Lura après «Di Korpu kuAlma» (2004), «M’Bem di Fora»(2006) et «Eclipse» (2009), et la pa-renthèse «Best of» (2010) où elle in-terprète notamment «Moda Bô» enduo avec Cesária Évora. Fruit d’un re-

tour continuel à ses racines, ce nouvelopus nous plonge dans ce qui faitl’identité profonde de la chanteuse.Lura pénètre ici dans les coins les plussublimes et sacrés du batuque et dufunaná, ces rythmes typiquement cap-verdiens qu’elle porte vers l’universel.A 22 ans, Elida Almeida conjure le

sort d’une enfance difficile dans unalbum lumineux baigné de mélodiesfolk, teintées des rythmes de l’île deSantiago (batuque, funana oumorna…) et soutenues par les arran-gements délicats du guitariste HernaniAlmeida qui l’accompagne égalementsur scène.

David Dany lembra Almeida SantosO cantor franco-português David Dany,radicado em Toulouse, prestou home-nagem a Almeida Santos que faleceuna semana passada, “um grandehomem da política portuguesa, funda-dor do Partido Socialista”, que o ar-tista conheceu pessoalmente.“Foi um grande homem, grande escri-tor e um grande artista de fado. En-contrei-o várias vezes na sua casa deTrás-os-Montes, em Lagoaça, ondesempre falávamos da minha carreiraartística em França e também dos vá-rios livros que ele escrevia” contaDavid Dany ao LusoJornal. “Lembro-me de uma vez onde ele me disse:

‘vou escrever este livro porque tenhoque dizer aos Portugueses porque tivede tomar várias posições que vão aoencontro do que não quero’. Tinhasempre a vontade de ser honesto paracom o povo e de melhorar a vida dosPortugueses. Lembro-me também delhe ter pedido, quando o Governo que-ria encerrar o Consulado de Portugalem Toulouse, de nos dar apoio.Quando lutámos pela primeira vezcontra este enceramento, ele disse-meque ía tentar fazer qualquer coisa,mas não podia prometer-me nada”.David Dany conta ainda um outro en-contro em Lagoaça, onde AlmeidaSantos “à volta de um aperitivo co-migo”, foi buscar um CD de Fados

gravado com a sua voz, intitulado‘Coimbra no outono da voz’. “Ele as-sinou a capa e disse-me: ‘David, nãosou um grande cantor, mas isto é oque eu gosto - para além da vida po-lítica - é cantar o Fado’”. E AlmeidaSantos teria acrescentado que “fizeste CD para oferecer especialmenteaos meus amigos”. “Foi para mimuma honra ter recebido este álbum,um orgulho profundo de amizade.Não tive palavras no momento por terrecebido das suas mãos esta prenda,este momento ficará gravado no meucoração para a minha vida inteira e,de vez em quando, escuto este CD eparece que o estou a ouvir falar e lem-bro-me destes vários momentos onde

falávamos” disse ao LusoJornal.“Confesso que era um grande homemda literatura também, escreveu mui-tos livros, hoje estou um pouco tristeporque posso dizer que a política per-deu um grande Homem. Não vouconfessar aqui as minhas opiniõespolíticas, mas posso dizer quequando nos falávamos, não havianem Direita, nem Esquerda. Éramossó duas pessoas à volta de uma mesa,a falar da vida no estrangeiro e a daralgumas ideias”.O artista deixa um “Adeus amigo” eacrescenta que “foi um prazer e umahonra”, ter conhecido Almeida San-tos. Por isso apresentou “os meussentimentos à família”.

Por Maria Teixeira

le 27 janvier 2016

Lusa / Estela Silva

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Descoberta 15

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Astronomia: a Paixão das Estrelas

Raros são os moradores de Paris oude outras grandes cidades que costu-mam contemplar o céu noturno. Osafazeres do dia a dia e, sobretudo, apoluição luminosa urbana impedem-nos de apreciar com um mínimo deconforto as maravilhas do firma-mento. Porém, mesmo na região pa-risiense, há quem se dedique commuita paixão às atividades astronómi-cas.Assim acontece no clube “Le Teles-cope”, em Ivry, onde dezenas deapaixonados se reunem habitual-mente nas noites de sexta-feira pararealizarem conferências científicas.Quando o tempo o permite, instalamtelescópios no terraço, situado numsétimo andar, de onde observam osastros. E, aos sábados, partem bemagasalhados para zonas escuras daregião da Îlle-de-France, levando lu-netas e computadores para poderemefetuar prolongadas observações sema interferência da poluição luminosa.Foi em Ivry que encontrámos FrédéricGringault, 39 anos, um lusodescen-dente de família açoriana que é o Te-soureiro desta associação. Disse-nosque tinha apenas seis anos de idadequando surgiu a paixão pelos astros,com as primeiras lições na escolasobre a formação da Terra. Ele jun-tava então todo o dinheiro que podiapara comprar a revista Ciel et Espace.

Mas só adquiriu um telescópio quan-do terminou os estudos e recebeu oprimeiro ordenado. Confessou que aastronomia “é uma paixão que custaalgum dinheiro, pelo que é mais fácilfazer parte de um clube e utilizar ma-terial emprestado que seja conve-niente”. Frizou ainda que se devemevitar os telescópios vendidos naslojas de brinquedos, “para não surgi-rem desilusões” e que “são precisospelo menos 500 euros para se adqui-rir o primeiro material que nos permi-tirá fazer as primeiras exploraçõescelestes em boas condições”.Frédéric Gringault, que é atualmentediretor de uma agência bancária nosarredores de Paris, acrescentou que“os astrónomos amadores começampela Lua - muito fácil de observarmas com coisas magníficas quepodem ser descobertas - vindo em se-guida os planetas tais como Vénus,Marte e Saturno, enquanto que o Solexige equipamentos especiais por serde observação perigosa quando seutiliza um simples telescópio sem fil-tros especiais que protejam a vista”.E, depois do sistema solar, temos ochamado céu profundo: as estrelas,as nebulosas e as galáxias que podemser fotografadas através de lunetasequipadas com mecanismos queacompanham o movimento celeste.As imagens são habitualmente es-pantosas, revelando inúmeros porme-nores dos astros mais distantes.

O clube de Ivry reúne cerca de trêsdezenas de sócios, muitos dos quaissão verdadeiros especialistas de as-trofotografia, uma atividade que exigeum pouco mais de prática e de mate-rial. Frédéric Gringault explicou queé necessário utilizar câmaras de pre-cisão para fotografar os objetos celes-tes mais distantes, entre os quais asgaláxias. Mas para a Lua e para osplanetas mais visíveis como Júpiter eSaturno, basta acopolar ao telescópiouma máquina fotográfica digital ouuma webcam. As imagens podem de-pois ser processadas, em casa, comos computadores pessoais.Há atualmente na França cerca de oi-tocentos clubes que reunem mais detrinta mil astrónomos amadores ati-vos, muitos dos quais na província.Em tempo de férias, os sócios do Te-lescope costumam ir observar os as-tros a partir das regiões meridionaisdo país, onde as condições meteoro-lógicas são habitualmente mais favo-ráveis. Há também alguns que já sedeslocaram à Namíbia, ao Chile e àIlha da Reunião, para observarem mi-nuciosamente o céu austral.Frédéric Gringault aprendeu rudimen-tos de português com a sua avó ma-terna Lídia Tavares, em Vila Franca doCampo, na Ilha de São Miguel. Ele játeve a ocasião de levar um telescópiopara os Açores e efetuar aí algumasobservações, tendo também assistidoa uma impressionante “chuva de es-

trelas”, ou mais exatamente queda demeteoritos em linguagem científica.Revelou-nos que, para um astrónomo,o clima do arquipélago costuma serfavorável em agosto, quando se formao célebre anticiclone, mas que épouco interessante nos outros mesesdo ano devido às perturbações meteo-rológicas, como aconteceu recente-mente com o furacão Alex.Frédéric tenciona continuar a estudaras coisas do céu e, proximamente,com a colaboração de astrofísicosprofissionais, vai participar num pro-jeto com o Observatório de Paris ecom o Museu de História Natural. Oobjetivo é o de localizar os meteoritosque caem na Terra para depois seremdevidamente analisados em laborató-rios, no âmbito de um programa queprevê uma colaboração direta entreastrónomos amadores e profissionais.Estes últimos indicam as coordena-das das zonas onde poderão caír aspedras celestes para que estas pos-sam ser recuperadas no terreno pelosamadores equipados com GPS. Onosso interlocutor explicou que asanálises dos meteoritos que caem naterra permitem obter informações im-portantes sobre a formação do sis-tema solar, a um preço mínimo,comparado com os custos verdadei-ramente astronómicos das missõesdas sondas que são enviadas para oespaço pela agência americana NASAe pela congénere europeia ESA.

Frédéric Gringault, lusodescendente, originário dos Açores

Por António Garcia

Frédéric Gringault no terraço do clube Le Telescope em IvryAntónio Garcia

Satuno visto de IvryFrédéric Gringault

“Éthique et esthétique de l’ironie chez JoséRodrigues Miguéis”, deGeorges da Costa

Avec lapublica-tion touter écen te( j anv ie r2016) decet ou-vrage, lesÉd i t on sPétra élar-g i s s e n tleur ex-ploration

dans le monde lusophone. “Éthiqueet esthétique de l’ironie chez José Ro-drigues Miguéis”, de Georges daCosta, est une adaptation de sa thèsede doctorat en Études lusophonessoutenue en juin 2010 à l’Universitéde la Sorbonne Nouvelle. Dans lapréface de ce livre, intitulée fort jus-tement «Une invitation à la lecture»,le professeur et écrivain Onésimo Al-meida souligne que cette étude estriche en nouveautés: «D’abord par lefait de paraître en France, où jusqu’iciMiguéis n’avait pas encore obtenutoute l’attention qu’il méritait. Ensuiteparce que ce thème est complète-ment original dans la bibliographiepassive de Miguéis. Enfin, une troi-sième nouveauté: son auteur provientnon pas du champ littéraire mais decelui des sciences, apportant à la cri-tique littéraire migueisienne un styleexemplairement différent, puisqu’ilutilise un discours dépouillé de toutjargon académique».José Rodrigues Miguéis (1901-1980)quitte le Portugal de Salazar en 1935et passe la plus grande partie de savie en exil aux États-Unis. Si, d’uncôté, les préoccupations éthiques dumilitant politique imprègnent forte-ment des récits où l’ironie classiqueet satirique est un instrument privilé-gié, de l’autre, l’écrivain met réguliè-rement en scène ses doutes etquestionnements usant d’une autreironie, romantique et/ou moderne. Laprésence de ces deux ironies contra-dictoires apparaît ainsi comme lesdeux faces littéraires d’un mêmedrame identitaire, celui de l’écrivainexilé.Maître de conférences en Langue, lit-térature et civilisation portugaises àl’Université de Caen-Normandie de-puis 2012, Georges da Costa a été,pendant près de vingt ans, ensei-gnant de mathématiques et sciencesphysiques dans le secondaire. Mem-bre de deux groupes de rechercheuniversitaire, il est également le co-fondateur de l’association Autres Bré-sils (www.autresbresils.net).

Um livro por semana

DominiqueStoenesco

Un livre par semaine

le 27 janvier 2016

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16 Associações

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emsíntese

Associação deVaux-en-Velinoferece aperitivoà Comunidade

Foi com grande entusiasmo que nopassado dia 17 de janeiro, a Associa-ção Portuguesa, Cultural e RecreativaEstrelas do Minho de Vaux-en-Velin(69), nos arredores de Lyon, iniciou oseu calendário de atividades com umaperitivo oferecido à Comunidadeportuguesa.Ao longo do dia entraram nesta asso-ciação dezenas de Portugueses queaproveitaram a ocasião para reencon-trar conterrâneos e partilhar históriasde vida.Esta associação comemora 19 anosde existência, fruto do esforço e dedi-cação da sua Direção, que desde há15 anos tem como Presidente Ma-nuel Rocha Martins.O plano festivo para 2016 já está ela-borado e promete momentos demuito convívio e diversão. Frequentareste espaço associativo é recordarPortugal e confraternizar “à boa ma-neira portuguesa”.

Assembleia GeralOrdinária da Academia do Bacalhau deParis

O próximo Jantar da Academia doBacalhau de Paris terá lugar naquinta-feira, dia 18 de fevereiro, nasede SMA Império, em Paris 15. Maseste jantar vai ter a particularidade deser antecedido, às 19h00, por umaAssembleia Geral Ordinária.Durante a Assembleia Ordinária vãoser apresentadas as contas de 2015,assim como o Relatório de atividades.Seguidamente, e cumprindo os esta-tutos daquela instituição, vão ser elei-tos os membros do Conselho fiscalpara o próximo mandato.

Por Paula Martins

Festa portuguesa em Saint-Alban

A Association Sportive Franco-Portu-gaise Saint-Alban, na região de Tou-louse (Haute-Garonne) foi fundada emoutubro de 2015. O seu Presidente éMartinho Carneiro, natural de Crasto,concelho de Ponte da Barca e emFrança há 18 anos. Da direção fazemainda parte Ricardo Coelho, CélineCarneiro e Céline Lamboulet.A associação organizou a sua primeirafesta no passado sábado, dia 16 de ja-neiro. A festa, que decorreu na sala defestas de Saint-Alban contou com apresença de Nya Mar, e com a anima-ção do duo Toni e Sónia. A plateia quetambém teve oportunidade de jantardurante a festa era composta por cercade metade de comunidade francesa emetade comunidade portuguesa.O Presidente afirmou que “tem comoobjetivo formar uma equipa de futebolportuguesa para poder disputar oCampeonato regional de futebol”. Parajá a associação possui uma parceriacom o Saint-Alban Aucamville Foot-ball Club, que lhes permite a utilizaçãodos terrenos da prática da modalidade.

Na festa do passado dia 16 de janeiroestiveram 380 pessoas. A Sala de fes-tas de Saint-Alban lotou para a pri-meira organização da associação.Martinho Carneiro adianta aliás que“tivemos que deixar de aceitar reser-vas há já alguns dias. Houve cerca de

150 pessoas que não conseguiramlugar. O que nos deixa antever que opróximo evento possa ter ainda maissucesso”.Para este sucesso e nas palavras doPresidente contribuiu a Marie deSaint-Alban, que emprestou a sala de

festas, a quem agradece o apoio. Agra-dece também à rádio Canal Sud quemuito contribuiu para a divulgação dafesta.A organização agradece a todos os queestiveram presentes e tornaram a festaum sucesso.

Nos arredores de Toulouse

Por Vítor Oliveira

Joaquim Monteiro é o novo Presidente daAcademia do Bacalhau de RouenA Academia do Bacalhau de Rouen,realizou no passado dia 16 de janeiroas suas primeiras eleições para os Cor-pos gerentes.Num jantar “de Amizade e Portugali-dade” no restaurante La Bertelière,em Rouen - onde foram muito bemacolhidos pelo gerente português Aní-bal Silva – foi também organizada aAssembleia Geral.A Academia de Rouen, desde a suacriação, foi presidida pelo “Compa-dre” José Stuart, mas conforme os es-tatutos internos, de dois em dois anosé “obrigatório” eleger novos Corpos

gerentes.O “Compadre” Joaquim Monteiro,que acompanha esta Academia desdea sua criação, foi eleito Presidente porunanimidade para os anos 2016 e2017.Joaquim Monteiro, como novo Presi-dente, felicitou o José Stuart “pelo de-sempenho durante o seu mandato” eanunciou que vai “dar continuidadeaos trabalhos já iniciados, assim comodar vida a novos projetos sempre den-tro dos pilares fundamentais das Aca-demias: a Amizade, a Portugalidade ea Solidariedade”.

Chanter «As Janeiras» à Bourges

Qui a dit que les Portugais sont desgens taciturnes, nostalgiques et mé-lancoliques?Et les clichés ne manquent pas…Bon c’est vrai! Ils ne sont pas organi-sés comme les Suisses, ils n’ont pasla rigueur des Allemands, la ponctua-lité des Britanniques, la méticulositédes Français, l’orgueil des Espa-gnols… quoique…Les Portugais parlent fort, ils sontbourrés de défauts, mais ils ont ducœur…Un soir, sur un coin de bar du CentreFranco-Portugais de Bourges, deux outrois membres du groupe «Zés Prei-ras» se sont promis que cette année -foi de Portugais - ils feraient revivreune tradition ancestrale. Celle d’allerchanter «As Janeiras».Les Portugais sont comme ça!Lorsqu’ils pensent, ils n’agissent paset lorsqu’ils agissent, ils ne pensentpas! Et c’était parti pour un mois demarathon.

C’est sûr! Il n’y a vraiment qu’un Por-tugais pour avoir l’idée de sortir dechez lui, le soir, à l’heure où tout lemonde est devant sa télé, déambulerdans la rue avec un accordéon, uneguitare, un triangle, prendre une voi-ture et rouler 30 km pour aller à larencontre de compatriotes dans le but

de leur souhaiter la bonne année enchanson.Ils ont donc décidé d’interpréter, desairs de chansons traditionnellesconnus sur lesquelles ils ont adaptédes paroles toutes simples qui fontl’éloge à l’enfant Jésus, à quelquessaints et bien sûr aux personnes qui

ouvrent chaleureusement leur porteau groupe de musiciens-chanteurs.Et bingo!… le challenge était relevé!La preuve en était, lorsque arrivéschez les gens, ils ont vu les souriresaffichés… les mains sur le cœur… lesyeux humides. Et les superbes tablesde rois!Les Portugais sont comme ça! Richesou un peu moins riches, ils savent re-cevoir.Et maintenant, le groupe en était sûr!Être Portugais, c’est bien plus qu’ap-partenir à une Communauté… c’estavant tout une manière d’être. Et qu’ilvaut bien mieux oublier les sujets dediscorde qui par orgueil nous sépa-rent. Lorsque du sang portugais nouscoule dans les veines, le simple faitd’évoquer le Portugal suffit pour ren-forcer nos liens.Après cette conclusion, il est tempsmaintenant de changer l’intitulé decet article.Finalement, «le Portugais n’est passeulement un mélancolique, c’est unmélancolique heureux».

Par Hélène Amoroso

Centre franco-portugais

le 27 janvier 2016

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Associações

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Nova Direção naAmicale de Viroflay

No sábado passado, dia 23 de janeiro,realizou-se na Sala Camões, a sede daassociação Amicale Culturelle Franco-Portugaise Intercommunale de Viro-flay, a sua a Assembleia Geral anual.Na fotografia está o novo Conselho deAdministração eleito, com 18 mem-bros. Na Direção estão Helena Neves(Presidente), Manuel Rocha (Vice-Presidente), Idalina Peixoto (Secretá-ria), Sofia Figueiras (Vice-Secretária),Parcídio Peixoto (Tesoureiro), JoséNeves (Vice-Tesoureiro).A nova Direção convida todos os Por-tugueses e não só, a passar uma tardede convívio aos domingos, das 15h00às 20h00, na sede da associação, naSala Camões, 73 avenue du GénéralLeclerc, em Viroflay (78).Infos: 01.30.24.28.46.

Jornadas PortasAbertas na EcoleNationale de Commerce

Vai ter lugar no próximo sábado, dia 30de janeiro, entre as 10 e as 17 horas,mais uma Jornada Portas Abertas daEscola Nacional de Comércio de Paris.“O nosso estabelecimento proporcionaa formação de certos exames de BTSe para todos o português pode ser es-colhido, em língua obrigatória ou facul-tativa” explica ao LusoJornal oprofessor Luís da Silva. “Quem nãotem aulas de português no estabeleci-mento escolar não vai poder apresen-tar o português nos exames comolíngua obrigatória, se o diploma prepa-rado tiver exames de língua obrigatóriaem CCF (Contrôle en cours de forma-tion). Com efeito vários BTS têm agoraexames em CCF (Contrôle en cours deformation) e quem não tiver aulas nãovai poder apresentar pontualmente oportuguês nos exames finais. A nãoser que esteja numa escola privadasem contrato com o Estado e nessecaso pode escolher a língua de exameque quiser”.Luís da Silva explica que “o nosso es-tabelecimento permite que os alunostenham aulas de português para pre-pararem o BTS em boas condições”.

ENC, 70 boulevard Bessières, à Paris 17http://enc-bessieres.org/2012/index.php

Brunoy capitale de la promotion de la langue et de la culture portugaiseDe nombreux, très nombreux parentsd’élèves de portugais, des associationsétaient au rendez-vous de l’associationAmitié Franco-Portugaise du Vald’Yerres et de la Coordination des col-lectivités portugaises de France (CCPF)pour participer à la Conférence sur lesenjeux de l’enseignement du portugais,pour la remise des diplômes des élèveset pour la présentation d’un projet duséjour linguistique. Cet événement aété animé par Marie Hélène Euvrard,chargée de mission à la CCPF.Venus de Boissy Saint Léger, Boussy StAntoine, Brunoy, Chennevières-sur-Marne, Chevreuse, Choisy-sur-Marne,Corbeil, Chilly-Mazarin, Epinay-sous-Sé-nart, Forges les Bains, Les Molières, Ma-rolles-en-Brie, Menevilles-sur-Marne,Moissy-Cramayel, Montgeron, Ormes-son, Orsay, Paris Quincy-sous-Sénart, Li-meil-Brevannes, Roissy-en-Brie, SaintMaurice, Sucy-en-Brie, Varennes, Jar-cy, Vigneux, Villescresnes, Wissous,Yerres,… ils ont apprécié de mieuxconnaître les enjeux de l’apprentissagedu portugais grâce à l’intervention dela Coordinatrice de l’enseignement duportugais en France, Adelaide Cristó-vão, qui a rappelé avec force etconviction que 245.052 millions depersonnes à travers le monde (donnéesde l’ONU en 2015) le portugais est lalangue la plus parlée dans l’hémi-sphère Sud, la 3ème langue euro-péenne la plus parlée dans le mondeet selon une étude du British Council,le portugais est une des 6 langues lesplus utilisées dans le monde des af-

faires (anglais, russe, chinois, portu-gais, espagnol, arabe).Le portugais occupe la 3eme place deslangues utilisées à des fins culturelles,éducatives et diplomatiques (aprèsl’espagnol et l’arabe).La Coordinatrice a attiré aussi l’atten-tion sur les enjeux de répondre à l’en-quête qui doit être distribuée auprès detous les élèves dès à présent dans lesécoles.Elle a invité les parents d’élèves aconfirmer cette inscription auprès duprofesseur, ou autrement, s’adresserdirectement à l’Institut Camões.Seule une inscription définitive parti-cipe à la détermination du nombre des

professeurs de portugais mis à dispo-sition pour la rentrée 2016.Après ce brillant exposé, un échanges’est instauré avec les 170 participantsqui souvent demandent un réel soutienpour développer le portugais dans leurville, une meilleure communication dela part de l’Education Nationale.L’assemblée a reposé également laquestion de l’importance de la conti-nuité avec le collège et le lycée.

Les diplômés sur scèneLa cinquantaine d’élèves qui a passéavec succès l’examen de certificationen portugais à l’honneur. Les élèves ap-pelés par la Coordinatrice de l’ensei-

gnement auprès de l’Ambassade duPortugal se sont vus remettre leurs di-plômes par Bruno Gallier, Maire deBrunoy, Vice Président de la Culture dela Communauté d’agglomération duVal d’Yerres, et par Sylvie Carillon,Maire de Montgeron et Conseillère ré-gionale.Fiers de leur diplôme ils ont chantépour le grand plaisir des présents, «LesConquistadors».

Le séjour linguistiqueUn autre temps fort de cette réunionpour la promotion de la langue portu-gaise a été la présentation du séjourd’immersion linguistique, du 16 au 23avril, à Quinta da Escola, dans le ParcNaturel de Serra d’Aire e Candeeiros,près de Fátima. Catarina et Helena,responsables au sein de cette école,sont venues spécialement du Portugalpour présenter ce projet.L’enthousiasme des parents et desélèves est unanime. Plus d’une tren-taine de préinscriptions a eu lieu sa-medi dernier.Une aventure fantastique d’expériencede groupe, dans un cadre d’exceptionet une merveilleuse opportunité pourdévelopper les compétences linguis-tiques des élèves. La banque CaixaGeral de Depósitos a déjà fait savoirqu’elle soutient cette initiative.Les porteurs du projet sont repartis, en-chantés par la qualité d’accueil de ceprojet rêvé, qui se concrétise.Pour plus de renseignements, MarieHélène Euvrard: 06.86.08.26.20.

Remise de diplômes aux enfants qui apprennent le portugais

Ousmane Kanté: «J’ai envie de grandir avec le club»

Revenu cet hiver après une expé-rience avec à l’US Créteil/Lusitanos enDH puis Aubervilliers en CFA, le dé-fenseur Ousmane Kanté espère conti-nuer à jouer la montée dès cettesaison avec l’US Lusitanos. Un renfortde poids pour Saint-Maur.

Etes-vous content de revenir à l’USLusitanos de Saint-Maur cet hiver?Forcément, je suis content. J’avaisdéjà passé deux belles saisons au clubet je suis ravi de revenir terminer cettesaison dans un club que je connaisbien.

Un an et demi après avoir quitté leclub, qu’est-ce que cela fait de le re-trouver en CFA 2?Ça n’a pas tellement changé (sourire).Il y a encore pas mal de joueurs queje connais. L’intégration n’est pas unproblème. Ça va bien se passer. Enplus, j’ai déjà eu l’occasion de recroi-ser pas mal de joueurs ces derniersmois. Sur le terrain, j’étais en CFA, j’aigouté au plus haut niveau amateur. Jene pense pas que ça va me dépayser.C’est juste l’intégration au collectif quiva devoir se faire rapidement.

Avec l’arrivée de Carlos Secretário etl’ambition actuelle des Lusitanos, es-pérez-vous réussir ce pari de la mon-tée dès cette année?J’ai envie de m’intégrer dans le projetet de grandir avec le club. Le club achangé de dimension et j’espère qu’ilcontinuera encore de le faire dans lesannées à venir.

A votre époque, sentiez-vous que leclub pouvait changer autant en deuxsaisons?Il y a toujours eu ce projet d’aller del’avant aux Lusitanos. Même en DSR

et DH, on avait une équipe pour joueren CFA/CFA 2 sans problème. On atoujours eu l’ambition d’aller chercherle plus haut niveau.

Le fait d’être à 3 points du leader, leLOSC B, vous permet-il de croire àune belle 2ème partie de saison?Il y a tout pour réussir. C’est biend’être une équipe compétitive, qui neprend pas énormément de buts. Jevais tout faire pour m’intégrer le plusrapidement possible, pour aiderl’équipe. Je veux continuer sur cettemême dynamique.

Lors de votre première partie de sai-son, vous étiez en CFA, à Aubervil-liers. Avez-vous hésité avant derevenir?J’ai forcément pesé le pour et lecontre. J’étais dans un bon Cham-pionnat. Je suis surtout revenu auxLusitanos pour moi-même. C’est unchoix personnel. C’est aussi un choixde cœur. C’est un club que j’apprécieet qui m’apprécie aussi. Tout étaitréuni pour que je revienne. Surtoutquand je vois l’accueil que l’on m’aréservé à mon retour. L’ambiance esttoujours aussi bonne. Le discours dustaff m’a aussi séduit.

Pensez-vous avoir progressé aprèsvos expériences à Créteil/Lusitanos etAubervilliers?J’ai envie d’apporter tout ce que j’aiappris quand je n’étais plus à Saint-Maur. J’ai envie de faire encore gran-dir le club.

Qu’attendez-vous de votre nouvel en-traîneur, Carlos Secretário?J’espère qu’il va me faire grandir entant que joueur. J’espère qu’il vam’apporter son expérience du hautniveau. Maintenant, il n’y a plus qu’àse mettre au travail car la saison estloin d’être terminée.

US Lusitanos de Saint Maur

Par Eric Mendes

le 27 janvier 2016

Ousmane Kanté (en blanc) est de retour!Lusitanos de Saint Maur / EM

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18 Desporto

lusojornal.com

emsíntese

Ténis de Mesa:Marcos Freitasapurou-se na Ligados Campeões

A equipa francesa do AS Pontoise-Cergy TT, que conta no seu plantelcom o português Marcos Freitas, ven-ceu a segunda mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeoes frente aosgermânicos do Borussia Düsseldorfpor 3-1. Nesse encontro, MarcosFreitas venceu no único encontro querealizou. Recordamos que na pri-meira mão, os Franceses também ti-nham vencido por 3-2.O Chartres ASTT, que conta no seuplantel com o português João Mon-teiro, foi eliminado da prova. O clubefrancês venceu por 3-2 mas tinhaperdido na primeira mão por 3-1frente aos suecos do Eslovs Ai Bord-tennis.Nas meias-finais, o AS Pontoise-Cergy TT vai defrontar os russos doTTC Fakel Gazprom, clube que jávenceu por três vezes a Liga dosCampeões, em 2012, 2013 e 2015.Um encontro que não será nada fácilpara a equipa francesa e para MarcosFreitas. No entanto ainda temos deacrescentar que o AS Pontoise-CergyTT também já venceu a Liga dosCampeões em 2014.

Ténis de Mesa: Fu Yu eliminada na Liga dos Campeões Feminina

O Metz TT perdeu a oportunidade dechegar às meias-finais da Liga dosCampeões na vertente femininafrente ao Linz AG Froschberg da Áus-tria. O clube francês venceu fora por3-2 e perdeu em casa também por 3-2, sendo eliminado por causa da di-ferença particular no total dos pontos.De notar que a portuguesa Fu Yu,que pertence ao Metz TT, venceu oúnico encontro que disputou na se-gunda mão, enquanto na primeiramão tinha vencido o primeiro masperdido o segundo. Fu Yu ocupaatualmente o nono lugar europeu e o30° lugar mundial em termos indivi-duais. É de longe a melhor atleta por-tuguesa no Ténis de Mesa.

Por Marco Martins

Um Paris Saint-Germain esmagador

Num jogo a contar para a 22ª jornadado Campeonato francês de futebol, oParis Saint-Germain arrasou por 5-1 oAngers, que ocupava o terceiro lugarna Ligue 1. De notar que dos cincogolos, um foi da autoria do avançadobrasileiro Lucas Moura e dois foramapontados pelo avançado argentinoque passou pelo Benfica, Ángel DiMaría, sendo que os últimos doisgolos foram apontados pelo avançadosueco Zlatan Ibrahimovic e pelo de-fesa holandês Grégory van Der Wiel.No fim do encontro, o LusoJornalfalou com dois jogadores brasileirosdo PSG, Lucas Moura e Thiago Motta.

Lucas Moura, avançado do Paris Saint-Germain

Foi uma vitória expressiva?Lucas Moura: Sim foi um grande en-contro, estou muito contente tantopela vitória como pela exibição que fi-zemos. Reencontrámos o nosso jogo,o nosso padrão de jogo, porque nosoutros encontros não jogámos comodevíamos, mas continuámos a vencer.Acho que temos é de manter o nossonível e procurar aumentar. Realizámosum grande jogo contra uma grandeequipa, a equipa do Angers, a sur-presa do Campeonato, com grandesjogadores e muito bem montada quetrabalha muito bem. Este jogo foi es-pecial para os adeptos e para nós tam-bém.

Podia-se esperar um pouco mais doAngers, que ocupava o terceiro lugar?

Quando se olha apenas para o resul-tado, podemos pensar que o jogo foimuito fácil, mas acho que fomos nósque tornámos o jogo fácil. Aliás atéencontrámos algumas dificuldadesmas conseguimos superá-las. Nós co-nhecemos as nossas qualidades e sa-bemos a força que temos em casa nonosso estádio.

O Lucas realizou um bom encontro eaté marcou um golo…É o que tenho de fazer a cada jogo.Tenho sempre que provar que possoser titular e ficar no onze inicial daequipa. Quero ajudar que seja comum golo ou com uma assistência oucom um apoio defensivo. Tenho sem-pre que provar o meu valor porque oque você fez ontem já não serve mais.

Quem pode parar o Paris Saint-Ger-main?Acho que nenhum equipa é imbatível,não existe nenhum equipa imbatívelno mundo! Mas se continuarmosneste nível, vamos sem dúvida conti-nuar a vencer os encontros. O nossopapel é vencer todas as equipas.

Esta quarta-feira o PSG pode apurar-se para a final da Taça da Liga?É uma prova importante. Acho que,com a equipa que temos, podemos edevemos tentar vencer todas as provasque estamos a disputar. Um jogocomo este na Taça da Liga pode sem-pre servir para haver uma certa rota-ção na equipa e dar oportunidadesaos jogadores que atuam menos.Vamos jogar para vencer porque anossa equipa tem a ambição de ven-

cer todas as provas.

Thiago Motta, médio italo-brasileiro do PSG

Uma vitória fácil, 5-1, frente ao An-gers?Thiago Motta: Fizemos um grandejogo frente a uma equipa que tem de-monstrado neste Campeonato que sedefende muito bem e que contra-ataca bem. Uma equipa que venceufrente ao Lyon e frente ao Marseille,então acho que fizemos um bom tra-balho.

No jogo em Angers, foi um empatesem golos, o que mudou?Dominámos o jogo, conseguimosimpor o nosso modelo de jogo e privi-legiámos o bom futebol. Foi o queconseguimos fazer e por isso o resul-tado está à vista.

Ninguém pode parar o PSG?O mérito é da equipa. A nossa equipaestá a trabalhar muito bem. Os joga-dores estão concentrados e compro-metidos com que a gente precisa ecom os objetivos da equipa. Vai haveroutros momentos em que os jogos vãoser difíceis e a equipa tem de estarpreparada para isso. Mas acredito quenós, estamos sobretudo a fazer bemo nosso trabalho e vamos ver o que vaiacontecer até ao fim da temporada.

Qual é a diferença entre este PSG eaquele clube do ano passado que tevemais dificuldades para vencer o Cam-peonato?Passou um ano e o entendimento

entre os jogadores é melhor. Conhe-cemo-nos melhor dentro do campo.Estamos concentrados a 100% e amotivação também é a mesma, isso éimportante.

Os anos passam e o Thiago é cadavez mais importante na equipa…Eu aproveito as minhas qualidadesmas também aproveito as qualidadesdos meus colegas de equipa. Nessecontexto fico mais forte e ajuda-me,porque sem esta equipa eu não serianada. Tenho consciência disso, pro-curo ser inteligente, e aproveitar as si-tuações de jogo. Os meus colegas deequipa são de alto nível, de alta qua-lidade e isso favorece o meu jogotambém.

Quarta-feira, jogo decisivo para che-gar à final da Taça da Liga…É um jogo decisivo e não podemos fa-lhar. Vamos estar concentrados parafazer um grande jogo e chegar à final.

O Paris Saint-Germain defronta estaquarta-feira o Toulouse na meia-finalda Taça da Liga. Quanto ao Campeo-nato, os Parisienses vão defrontar oSaint-Étienne.Lembramos que o PSG lidera a tabelaclassificativa com 60 pontos, mais21 que o Mónaco, clube treinadopelo Português Leonardo Jardim eque venceu no passado fim de se-mana por 4-0 o Toulouse com trêsgolos “lusos” de Bernardo Silva,Fábio Coentrão e Hélder Costa. Denotar por fim que no último lugar dopódio, encontramos o Nice com 36pontos.

Ligue 1

Por Marco Martins

le 27 janvier 2016

Lucas Moura (PSG) em açãoAntónio Borga

Thiago Motta (PSG) em açãoAntónio Borga

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20 Desporto

emsíntese

Karaté: Dois lusodescendentescom medalhas debronze

No passado fim de semana decor-reu o Open de Paris de karaté noGinásio Coubertin. Uma modali-dade na qual vários lusodescen-dentes defendem as cores daSeleção Francesa. Dois atletasdestacaram-se, Andréa Brito eLogan da Costa.A jovem Andréa Brito arrecadou aMedalha de Bronze na categoriade -55 kg após ter vencido a turcaTosun Busra na luta pelo terceirolugar. De referir aliás que a franco-portuguesa perdeu nas meias-fi-nais contra a atleta que venceu aprova nessa categoria, a espa-nhola Cristina Ferrer Garcia.Andréa Brito não arrecadou a suaprimeira Medalha ao nível interna-cional visto que em 2013, foi Cam-peã da Europa em juniores.Quanto à vertente masculina,Logan da Costa arrecadou tam-bém uma Medalha de Bronze nacategoria de -75 kg. Na luta peloterceiro lugar, Logan da Costa der-rotou um outro francês, Marc-Ale-xis Rouret. De notar igualmenteque nas meias-finais, o franco-por-tuguês foi derrotado pelo norte-americano Thomas Scott quevenceu a prova.De notar igualmente que o irmãode Logan, Jessie da Costa foi eli-minado na segunda ronda na ca-tegoria de -84 kg. O terceiro irmãona família Da Costa, Steven, ficouigualmente pelo caminho, ele quejá se sagrou três vezes Campeãoda Europa em juniores.

Por Marco Martins

Selecionador Fernando Santos visitou Marcoussis

O Selecionador português de futebolrevelou na semana passada que o localonde a Seleção vai estagiar em Françaestá reservado até 11 de julho, paraPortugal jogar a final do Euro2016 epoder fazer a festa no dia seguinte.“Vamos jogar a final em Paris e a re-serva está feita até aí. Acreditamosque vamos ficar até ao dia 10 de julho,ou melhor, até dia 11, porque só queroir embora nessa altura para poder fazera festa”, disse Fernando Santos, emdeclarações publicadas pela Federa-ção Portuguesa de Futebol (FPF), queatestam o grau de confiança com queencara a participação da equipa das‘quinas’ na fase final do Euro2016.Sobre as condições do complexo detreinos da Federação Francesa de Râ-guebi, onde a Seleção irá estagiar, a30 quilómetros de Paris, na localidadede Marcoussis, Fernando Santos des-

tacou as excelentes condições queaquela infraestrutura dispõe.A FPF fez uma primeira visita ao com-plexo em fevereiro do ano passado econfirmou que reunia todas as condi-ções para albergar a Seleção lusa,tanto mais sabendo que é o mesmoque acolhe as Seleções de râguebi deFrança, desporto que rivaliza com o fu-tebol. “É a terceira vez que aqui esta-mos, porque há sempre algunsdetalhes que é preciso afinar, masposso garantir que tem todas as con-dições para um estágio de uma equipaque vem ao Euro2016 com um obje-tivo claro, que é o de alcançar o êxito”,reforçou Fernando Santos, apesar dereconhecer que os estágios “não ga-nham competições”.O Selecionador luso tem a noção exatade que “são os jogadores que ganhamos jogos e os títulos”, mas sublinha a

“influência positiva” que um local deestágio pode ter, desde que corres-ponda àquilo que se pretende, que é“ter excelentes condições de trabalhoe de recuperação, que são muito im-portantes, tendo em função da suces-são de jogos. “Vai ser mais recuperardo que trabalhar em termos do treinoe, nesse aspeto, dispomos também deexcelentes condições. Além disso, éum sítio agradável, com espaçoaberto no exterior, que permite queos jogadores possam circular fora doespaço físico do hotel”, disse Fer-nando Santos, para quem a “tranqui-lidade e privacidade” também sãovalores a preservar num estágio deuma Seleção numa fase final de umagrande competição.O Selecionador português destacou aimportância da privacidade, sobretudoquando se tem “o melhor jogador do

mundo” e quando a competição serealiza em França, onde vivem cente-nas de milhares de emigrantes portu-gueses, cujo apoio Fernando Santospretende capitalizar. “Queremos esseapoio, queremos que estejam con-nosco e tudo faremos para lhes daruma alegria, mas com tão pouco es-paço entre jogos também é importanteque haja algum retiro, alguma sereni-dade. Não queremos privar ninguémda Seleção, pelo contrário, mas aspessoas têm de compreender que hámomentos em que a equipa técnica ejogadores vão precisar dessa privaci-dade”, explicou o Selecionador.A fase final do Europeu decorrerá emFrança, entre 10 de junho e 10 dejulho, numa competição em que Po-trugal ficou integrado no grupo F, jun-tamente com Islândia, Hungria eÁustria.

Selecionador Português esteve em França

L’USCL n’y arrive toujours pas

Après une belle prestation face à Lens,les Cristoliens ont rechuté, vendredi der-nier, sur la pelouse de Metz. La zonerouge est désormais à 1 point…Injustement rejoints, dans les dernièressecondes, la semaine dernière par Lens,les Cristoliens espéraient confirmer cesoir-là sur la pelouse d’un autre grand dufootball français. Candidat à la montée

en Ligue 1, le FC Metz restait, quant àlui, sur une prestation décevante face àValenciennes.Malgré la domination messine en pre-mière période, ce sont bien les Cristo-liens qui rentrent aux vestiaires avec unbut d’avance, sur une réalisation heu-reuse d’Andriatsima (40 min). C’est le10ème but du goléador malgache cettesaison.Mais les espoirs franciliens seront de

courte durée. Au retour des vestiaires,Benkamenga, fraichement débarquédans l’Est, se charge de remettre les Gre-nats dans le sens de la marche.Bonne pioche pour le FC Metz, puisquele Camerounais signe un doublé à l’en-trée des dix dernières minutes et offre lavictoire à ses nouvelles couleurs.Avec une interminable série de 11matchs sans victoire, l’USCL flirte logi-quement avec la zone rouge. L’état d’ur-

gence n’est pas prêt d’être levé dans leVal-de-Marne puisque Créteil/Lusitanosne compte qu’un point d’avance sur lepremier relégable...De leur côté, Philippe Hinschberger etles Messins grimpent provisoirement surle podium.Vendredi prochain, les Cristoliens aurontune nouvelle fois fort à faire, cette fois àdomicile, face à Dijon, actuel 2ème deLigue 2.

Ligue 2

Por Joël Gomes

le 27 janvier 2016

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Fernando Santos em MarcoussisLusa / Diogo Pinto

Delegação da FPF no Complexo de treinos da FF RâguebiLusa / Diogo Pinto

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O esquiador Andrea Bugnone, luso-descendente, que reside na Suíça,mas treina em França, primeiroatleta português a participar nosJogos Olímpicos da Juventude (JOJ),entre 12 e 21 de fevereiro, em Lille-hammer, vai à Noruega com o obje-tivo de ficar entre os 25 primeirosclassificados.Andrea Bugnone, de 16 anos, vaicompetir nas provas de slalom, sla-lom gigante, slalom sombinado esuper-G. “O meu objetivo é ficar nos25 primeiros em cada corrida”, disseo atleta, em declarações à Lusa, em-bora sublinhe estar entre os maisnovos participantes da competição elembre que uma lesão quase o im-pedia de se conseguir qualificar.O esquiador sublinhou ainda que “osJOJ significam realizar um sonho”,mas que ainda temeu não o poderconcretizar devido a uma lesão nas

costas, que o impediu de treinar atésetembro.Pensar em medalhas, para já, “écomplicado”, mas o atleta promete“continuar a treinar até lá para me-lhorar ao máximo”.Também em declarações à Lusa,Pedro Farromba, Chefe de missão,não promete medalhas, mas disseesperar que o atleta português seclassifique na “metade superior databela e possa olhar com expectativapara os lugares acima”.“É razoável esperar que o Andrea váter uma prestação muito meritória. Éum excelente atleta e estamos con-vencidos de que vai desempenhar opapel de representar Portugal aomais alto nível”, realçou o Chefe daMissão Olímpica a Lillehammer.Esta vai ser a segunda edição dosJOJ, depois de em Insbruck, na Áus-tria, não terem participado atletas

portugueses. Segundo o tambémPresidente da Federação de Despor-tos de Inverno de Portugal, a compe-tição é “uma antecâmara” do quevão ser os principais desportistas nospróximos anos das modalidades pra-ticadas na neve. “É expectável queestejam em Lillehammer os próxi-mos representantes nos Jogos Olím-picos de Inverno e nas provasinternacionais”, salienta Pedro Far-romba.Andrea Bugnone foi o primeiro atletaportuguês a conquistar medalhas emprovas internacionais de desportosde Inverno, em 2012, quando aindacompetia na categoria de infantes,no Troféu Borrufa, em Andorra.Bugnone nasceu em Genebra, naSuíça, cidade onde vive, é filho depai italiano e mãe portuguesa, Martade Mello, e neto do já falecido em-presário Jorge de Mello, do grupo

José de Mello, detentor dos Hospi-tais CUF, e do Grupo Nutrinveste.Foi considerado em 2012 o melhoratleta jovem pela Federação de Des-portos de Inverno de Portugal econta com vários resultados de re-levo no seu currículo, como o sétimo

lugar em super-G no Europeu desub-16 em 2014, em Val d’Isère, o15º em super-G no Mundial de sub-14, em Topolino, em 2012, o ter-ceiro em super-G e o quinto emslalom nos Campeonatos de Françade sub-14, em 2012.

lusojornal.com

21Desporto

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Le Sporting Club de Paris avec le cœur

Ce qui était une finale de Coupe na-tionale en 2015 entre le Sporting Clubde Paris et Garges Djibson était au-jourd’hui une opposition entre le 2èmeet le 3ème de la phase régulière duChampionnat de France de futsal. Uneopposition entre deux prétendants auxPlayoffs et à la succession du KB Uni-ted.Et comme souvent dans les chocs dehaut niveau, la mise en route est déli-cate. Les deux équipes se jaugent etsemblent se craindre. Les actions sontlà mais la conclusion est brouillonne.Jusqu'au coup de pétard de Teixeiraqui, sur un corner, ouvre le score ennettoyant la lucarne d’un Karouni sansréaction. La partie se débride et c’est

Garges qui prend le jeu à son compte,c’est Garges qui a les meilleures op-portunités et qui naturellement revientau score avant de prendre l’ascendant

et de rejoindre la mi-temps fort d’unavantage de deux buts (1-3).Les Parisiens restent peu de tempsdans les vestiaires et reviennent sur le

parquet avec un autre état d’esprit etune motivation différente. Les mots ducoach adjoint Samir Gassama présentsur le banc à la place de Rodolphe

Lopes, exceptionnellement absent,portent leurs fruits.Pupa relance les siens avant queTeixeira nettoye pour la deuxième foisde l’après midi la lucarne de Karounisur une magnifique coup franc. LesSportingmen n’ont pas laissé le tempsà leur adversaire de reprendre leurmain mise sur le jeu. Chaulet secharge de creuser un écart définitif enréalisant un triplé avec notamment unbijou de lob depuis la ligne médianeface à l’ancien portier parisien.Mais la partie n’est pas finie, Gargesrecolle au score et se montre dange-reux en frappant sur les poteaux et ensollicitant les mains fermes de DjamelHaroun. Le Sporting Club de Paris ales actions pour clore la partie maisNgala se montre inefficace à trois re-prises.Le Sporting Club de Paris s’impose fi-nalement sur le score de 8 buts à 5 enmontrant deux visages différents maisa eu la force de conviction pour revenirà la marque et de prendre le large auxmoments idoines de la partie.

Futsal / Championnat national

Par Julien Milhavet

Representante luso nos Jogos Olímpicos da Juventudeambiciona 25 primeiros lugares

le 27 janvier 2016

Sporting Club de Paris Futsal

Andrea Bugnone (arquivo)

Sporting Club de Paris 8-5 Garges Djibson

Buteurs du Sporting: Chaulet x3,Teixeira x2, Gasmi, Pupa et Khired-dine

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Jusqu’au 5 février Exposition «Le potentiel économique de lalangue portugaise» dans le cadre des Assisesdes langues portugaise et espagnole. A la Bi-bliothèque universitaire, Université ClaudeMonet, à Saint Etienne (42).

Du 26 janvier au 5 février «Lisbonne: l’urbanisme sous le fascisme.Ambiguïtés, contradictions et réussites».Projet commun de l’Université de Lis-bonne et de Casa Amadis. Maison des Re-lations Internationales Nelson Mandela, àMontpellier (34).

Du 4 au 27 février Exposition “Toiles sculptées figuratives”du lusodescendant Rodolphe Bouquillard.Galerie de Thorigny, 1 place de Thorigny,à Paris 3. Infos: 01.42.76.95.61.

Du 17 au 28 février «Carnets ex-situ», exposition de pein-tures, dessins et collages de Susana Ma-chado. Galerie Le Génie de la Bastille,126 rue Charonne, à Paris 11. Tous-les-jours, de 10h00 à 20h00. Infos: 06.84.31.40.38.

Jusqu’au 17 avril Exposition “Le Plan Flexible”, de LeonorAntunes, en collaboration avec l’Ambas-sade du Portugal en France, Centre cultu-rel Camões à Paris. Dans la Nef Centraledu CAPC - Musée d’art contemporain deBordeaux, 7 rue Ferrère, à Bordeaux (33).

Jusqu’au 17 avril «La chose, même - the real thing». Expo-sition de l’œuvre de Julião Sarmento, fi-gure de proue de l’art contemporainportugais. Fondation Calouste Gulbenkian- Délégation en France, 39 boulevard dela Tour Maubourg, à Paris 7.

Du 9 février au 22 mai Exposition “Corpus” de Helena Almeida,l’une des plus grandes artistes contempo-raines portugaises. Jeu de Paume, 1 placede la Concorde, à Paris 8.

Le jeudi 28 janvier, 18h30 «Communiquer l’Europe aujourd’hui», parles journalistes Rebecca Abecassis et JoãoNuno Assunção (SIC). Fondation CalousteGulbenkian - Délégation de France, 39boulevard de la Tour Maubourg, à Paris 7.

Le vendredi 29 janvier, 19h00 Rencontre littéraire avec l’écrivaine etjournaliste brésilienne Márcia Bechara.Entrée gratuite, réservation obligatoire.Institut Culturel Alter’Brasilis, 2 rue de Tu-renne, à Paris 4. Infos: 09.84.25.56.06.

Le 30 janvier “Aladin” avec Lionel Cecílio dans le rôleprincipal, mise en scène de JP Daguerre.Théâtre du Palais Royal, 38 rue de Mont-pensier, à Paris 1.

Le samedi 6 février “Aladin” avec Lionel Cecílio dans le rôleprincipal, mise en scène de JP Daguerre.Au Théâtre de Douai, 1 rue de la Comédie,à Douai (59). Infos: 03.27.88.87.75.

Le samedi 20 février“Aladin” avec Lionel Cecílio dans le rôleprincipal, mise en scène de JP Daguerre.A Propriano, Corse (20).

Le mercredi 27 janvier, 20h30 Katia Guerreiro, accompagnée de PedroCastro (guitarra), Luís Guerreiro (guitarra),João Veiga et Francisco Gaspar. Carré Bel-lefeuille, à Boulogne-Billancourt (92).

Le mercredi 27 janvier, 20h00 Soirée Fado Vadio avec Cela do Carmo,accompagnée par Filipe de Sousa (gui-tarra) et Nuno Estevens (viola), organiséepar Les Amis du Lusofolie’s, Coin duFado, l’Académie du Fado et l’AssociationGaivota. Au LusoFolie’s, 57 avenue Dau-mesnil, à Paris 12.

Le jeudi 28 janvier, 20h30 Katia Guerreiro, accompagnée de PedroCastro (guitarra), Luís Guerreiro (guitarra),João Veiga et Francisco Gaspar. Centreculturel Le Rocher de Palmer, à Cenon(33).

Le vendredi 29 janvier, 21h00 «Le fado dans l’âme» avec Célia do Carmoaccompagnée par Filipe de Sousa etDiogo Arsénio (guitare) et Vítor do Carmo(viola) pour un spectacle intimiste orga-nisé par l’Académie de Fado. Théâtre enbord d’ô, 25 quai de la marne, à Thorigny-sur-Seine (77). Infos: 01.72.84.82.03.

Le samedi 30 janvier, 19h30 Soirée Fado avec Tereza Carvalho, ac-compagnée par Casimiro Silva et LinoRibeiro, suivie de bal, organisée par l’As-sociation Mogadouro no Coração, avecdîner. Salle des Fêtes, place de la Libé-ration, à Groslay (95). Infos: 06.50.11.32.01.

Le samedi 30 janvier, 20h30 Katia Guerreiro, accompagnée de PedroCastro (guitarra), Luís Guerreiro (guitarra),João Veiga et Francisco Gaspar, à l’Opérade Lyon, à Lyon (69).

Le vendredi 5 février, 21h30 Soirée Fado de Paris, avec Manuel Mi-randa, Eugénia Maria, Carlos Neto, Lizzie,Adriano Dias et Conceição Sarmento, ac-compagnés par Manuel Miranda, José Ro-drigues, Flaviano Ramos et Tony Correia.Organisée par Radio Alfa (émission SóFado). Salle Vasco da Gama, 1 rue Vascoda Gama, à Valenton (94). Infos: 01.45.10.98.60.

Le vendredi 5 février, 21h30 Soirée “Tous les Fados du monde oupresque…” organisée par Jean-Luc Gon-neau (qui chantera aussi), avec Concei-ção Guadalupe, João Rufino, Daniela,Anna Martins, Thibaut Deguillaume,João Heitor,… accompagnés par Filipede Sousa, Nuno Estevens, Nella Selvagiaet Philippe Leiba. Aux Affiches, 7 placeSaint-Michel, à Paris 05. Infos: 06.22.98.60.41.

Le samedi 6 février, 20h00 Soirée Fado avec Conceição Guadalupe etArminda Baixo, accompagnées par LinoRibeiro (guitarra) et Pompeu Gomes(Viola). Restaurant Vila Nova, 53 rueMaurice Sarraut, à Tourcoing (59). Infos: 03.20.25.02.80.

Le samedi 6 février, 20h30 22ème Grande Soirée du Fado avecAdriana Moreira, Tony Reis, MargaridaMoreira et Margarida Rocha, accompa-gnés par Artur Caldeira et Daniel Paredes(tous du vennant du Portugal), organiséepar l’Association d’Amitié Franco-Portu-gaise Nemourienne. Salle des Fêtes, àNemours (77). Infos: 06.26.33.93.07.

Le vendredi 19 février, 20h30 Concert d’Anna Moura à l’Olympia deParis. Infos: 08.92.68.33.68.

Le samedi 27 février, 19h30 Soirée fado avec dîner, avec Sousa Santos,Isa de Castro et Arminda Baixo, accompa-gnés par Vítor do Carmo et Lino Ribeiro.Organisée par l’Amicale des Travailleurssans Frontières. Salle Gavroche, 35 ruedes Barentins, à Bezons (95). Infos: 01.39.81.80.33.

Les 29 et 30 janvier Concert du duo Aurélie et Vérioca (musiquebrésilienne). La Capitainerie, à Jôze (63).

Le dimanche 7 février «Stabat Mater» de Pergolesi, par la so-prano Jacinta Almeida et aussi SalmaSadak (mezzo-soprano) et Quatuor àcordes «Les Amies de Cuivres», à Sucy-en-Brie (94).

Le samedi 13 février, 20h30 Concert de Mariana Ramos au New Mor-ning, 7-9 rue des Petites Ecuries, à Paris10. Infos: 01.45.23.51.41.

Le dimanche 14 février «Stabat Mater» de Pergolesi, par la so-prano Jacinta Almeida et aussi SalmaSadak (mezzo-soprano) et Quatuor àcordes «Les Amies de Cuivres», à Chen-nevières (94).

Le dimanche 31 janvier, 15h00 Spectacle de José Malhoa et bal animépar le groupe Energya, organisé par l’As-sociation Portugaise Intercommunale deSainte Genneviève-des-Bois. Salle GérardPhilipe, rue Marc Sangnier, à Sainte-Gen-neviève-des-Bois (91). Infos: 06.03.70.64.73.

Le samedi 6 février, 20h00 Dîner dansant animé par José Cunha, or-ganisé par le Centre Pastoral Portugais.Salle Jean Vilar n°2, 9 boulevard Héloïse,à Argenteuil (95). Infos: 06.72.26.23.44.

Le samedi 6 février, 19h30 Dîner dansant animé par Nelo & Cláudio,organisé par l’Amicale Socio-CulturelleFranco-Portugaise de Clayes-sous-Bois.Espace Michel Petrucciani, rond point desDroits de l’Homme et du Citoyen, àVillepreux (78). Infos: 01.30.56.03.02.

Le samedi 6 février, 19h30 Soirée Carnaval animée par Lusibanda,avec repas «Cochon Grillé». A 17h00, dé-filé déguisé dans les rues de Rugles avecla fanfarre portugaise «Amigos da Borga».Organisé par l’Association Danças e Tradi-ções Portuguesas, à Rugles (27). Infos: 07.70.44.86.46.

Le samedi 6 février, 21h00 Bal solidaire pour aider les jeunes Pedro etGino dont les parents sont morts dans unincendie, organisé par l’association ARCOP.Dîner à partir de 19h30. Salle des Congrès,rue du 8 mai 1945, à Nanterre (92).

Le samedi 13 février, 20h30 Bal déguisé de Carnaval, sur le thème dela Saint Valentin, avec le chanteur ManuelCampos et Dj Nini, organisé par l’Associa-tion Portugal du Nord au Sud. Salle desFêtes Le Palladium, 37 rue de Piscop, àSaint-Brice-sous-Forêt (95).

Le samedi 13 février, 19h30 Dîner dansant - soirée de solidarité au pro-fit des Pompiers de Mogadouro, pourl’achat d’une nouvelle voiture-ambulance,animé par Tereza Carvalho, Laura Mendes,Carlos Pires, Christophe, Bat2pé et Je-remy, organisé par l’association Moga-douro no Coração. Salle Roger Donnet, rueFerdinand Berthoud, à Groslay (95). Infos: 06.50.11.32.01.

22 Tempo Livre

lusojornal.com

Surpresa e novidade

O Evangelho do próximo domingoestá na sequência do episódio que aliturgia da semana passada nosapresentou: Jesus foi a Nazaré, en-trou na sinagoga, leu um texto deIsaías e “actualizou-o”, aplicando asi próprio o anúncio messiânico doprofeta: «cumpriu-se hoje mesmoesta passagem da Escritura que aca-bais de ouvir». O Evangelho desta se-mana apresenta a reacção dosouvintes às palavras de Jesus.Depois de um breve momento deadmiração e surpresa, o entusiasmodos habitantes de Nazaré “arrefece”rapidamente. Inicialmente a mensa-gem arrebatou-os, mas um olharatento à identidade do mensageirofoi suficiente para que tudo desvane-cesse: «Não é este o filho de José?».Todos conheciam Jesus! Viram-nocrescer, conhecem a sua mãe e tal-vez até tenham nas próprias casasalgumas mobílias feitas por Ele. Étudo demasiado banal. Não é possí-vel que Ele seja o Messias...Os nazarenos olhavam para Jesuscom presunção, seguros de já co-nhecer tudo sobre Ele e portanto,eram incapazes de abrir o própriocoração à novidade de Deus. Pelocontrário, em Cafarnaum, ondeJesus chegou como um “estran-geiro”, os habitantes conseguiramreconhecer a Sua identidade divina.Tal como para admirar um quadro,não podemos encostar demasiado onariz à tela, por vezes, se queremoscolher a verdadeira imagem de al-guém, somos obrigados a dar doispassos para trás. A distância nemsempre é sinónimo de indiferença ourepúdio: pode exprimir também aconsciência de não conhecer tudosobre o outro, tornando-se, nessecaso, condição fundamental paraum coração que deseja manter-sesempre aberto à novidade do Evan-gelho.

P. Carlos Caetanopadrecarloscaetano.blogspot.com

Sugestão de missa em português:

Sanctuaire de Notre-Dame de Fátima-Marie-Médiatrice48 bis boulevard Sérurier75019 ParisSábado às 19h00 e Domingo às 11h00

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Page 23: FRANCE Marcelo Rebelo de Sousa é o novo Presidente da ... · Política 03 lusojornal.com le 27 janvier 2016 Portugueses de França também elegeram Marcelo Dos 59.275 Portugueses

23Tempo livre

Le samedi 13 février, 19h30 Dîner-dansant animé par Laurence de Oli-veira, organisé par l’association Portugalem Festa. Parc des Sports, boulevard Du-cher, à St. Ouen l’Aumône (95). Infos: 01.34.21.85.59.

Le samedi 13 février, 19h00 Repas de la Saint Valentin, organisé parl’association Cantares, avec animationmusicale par EPA Évènement. Au 12 bou-levard du Mont d’Est, à Noisy-le-Grand(93).

Le dimanche 14 février, 12h00 Repas dansant de la Saint Valentin,animé par Carlos Pires, organisé parl’association Tradições do Alto e Baixo

Minho de Montlhery. Salle des Fêtes,boulevard Mouchy, à Montlhery (91).Infos: 06.13.72.34.25.

Le samedi 20 février, 21h00 «Sons do Minho», Concertinas et Des-garradas, pour la première fois enFrance, organisé par l’Amicale Franco-Portugaise de Clamart. Salle des Fêtes,place Jules Hunebelle, à Clamart (92). Infos: 06.22.41.19.23.

Le samedi 12 mars, 19h30 13ème Anniversaire de l’émission deradio Bom Dia Portugal, avec Céline,Luís Manuel, David Garcia, Julião,Christophe et Kris Kitinho. Bal avec legroupe Os Nova Onda et présentation

de Carlos Tavares. Dîner. Salle GeorgesBrassens, à Villeneuve-Saint-Germain(02). Infos: 06.84.78.28.53.

Le samedi 30 janvier, 21h30 Soirée Rusgas organisée par l’AssociationFolklorique Jeunesse Portugaise de Paris7, avec la participation des groupes OsEmigrantes de Ponte de Lima d’Arcueil,Barco à Vela de Paris 11, Aldeias do Vezde Rosny-sous-Bois, Estrelas de Portugalde Montfermeil, Ceifeiras do Minho deChelles et Juventude Portuguesa de Paris7. Salle C3B, 54 rue Emeriau, à Paris 15.Entrée gratuite. Infos: 01.45.54.06.11.

Le dimanche 7 février, 14h00 Folklore avec les groupes La Joie de Vivrede Maisons-Alfort, Aldeias de Portugal deFontenay-sous-Bois, Cantares de Noisy-le-Grand et le Groupe de Concertinas Conver-gência, organisé par l’associationConvergência. Ecole Diderot II, 19 avenueWalwein, à Montreuil (93). Entrée libre.

Le dimanche 7 février, 14h00 Festival de folklore avec les groupes Casados Arcos de Paris, Flor do Lima de Vil-liers-le-Bel, Aldeias do Minho de Malakoff,Estrelas de Portugal de Cergy-Pontoise,Alegres do Minho de Paris 13 et Arcop deNanterre, organisé par l’association Arcop.Salle des Congrès, rue du 8 mai 1945, àNanterre (92).

Le dimanche 21 février Festival avec 5 groupes de folklore, organisépar l’Amicale Franco-Portugaise de Clamart.Salle des Fêtes, place Jules Hunebelle, à Cla-mart (92). Infos: 06.22.41.19.23.

Du 29 au 31 janvier 18ème Salon des Viens et du Terroir avec 40exposants, dont des exposants portugais.Théâtre de la Garenne, 22 avenue de Verdun1916, à La Garenne-Colombes (92). Levendredi de 17h00 à 20h00, le samedi de10h00 à 20h00 et le dimanche de 10h00 à19h00.

Du 22 au 26 février Stage d’initiation à la langue portugaise pourenfants de 4 à 11 ans, de 10h00 à 11h30,à Taverny (95).

Le mercredi 27 janvier, 10h30 Documentaire sur le Brésil: L’Etat rural duCeará - Des rodéos étranges, des célèbresdentellières, des magnifiques bateaux tradi-tionnels et un important sanctuaire religieuxde ce petit Etat du Nord-Est (25 min), surArte TV.

Le mercredi 27 janvier, 10h55 Documentaire sur le Brésil: L’Etat rural duCeará (suite de la précédente émission) (25min), sur Arte TV.

Le mercredi 27 janvier, 15h40 Documentaire sur la Guinée-Bissau: L’archi-pel des Bijagos. La pharmacopée tradition-nelle dans l’île de Carache. La réserve debiosphère à l’île d’Orango et sa petite radio lo-cale. Le Fanado, rite initiatique sur l’île de Ca-ravella (55 min), sur France 5.

Le jeudi 28 janvier, 10h15 Documentaire sur le nord du Portugal: Vuesaériennes entre Bragance, Guimarães,Viana do Castelo, Porto et Almeida. Les fo-rêts de chênes liège, les aires protégées, leschâteaux et monuments historiques (30min), sur France 5.

Le jeudi 28 janvier, 11h05 Documentaire sur le Brésil - Ses Favelas &Samba. 1,5 millions de Cariocas vivent dansprès de 800 favelas de l’agglomération deRio. Développement de leur organisation so-ciale et talents exprimés lors du Carnaval (24min), sur Arte TV.

Le jeudi 28 janvier, 23h55 Film français de 95 min: «Rio, sexe et (unpeu de) tragi-comédie». Un ambassadeur desUSA au Brésil se cache dans une des favelasles plus dangereuses de Rio de Janeiro. Unesociologue française s’installe dans la méga-pole pour réaliser une étude sur l’exploitationdes femmes de ménage. Une chirurgienneesthétique débarque dans l’espoir d’offrir dessoins aux plus démunis. Le désir de justicesociale de ces 3 philanthropes s’émousse àl’épreuve du quotidien, sur Arte TV.

Le mercredi 3 février, 10h15 Documentaire sur le Portugal: Vues d’en hautle long du Tage. De son embouchure à Elvas(30 min), sur France 5.

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