+ All Categories
Home > Documents > f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a...

f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a...

Date post: 22-Aug-2020
Category:
Upload: others
View: 1 times
Download: 0 times
Share this document with a friend
30
w f è ^ fc 1 .. M i
Transcript
Page 1: f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina logo. na criaçam do primeiro homem. Entrega Déos a Adam o fenhorio

wfè fc1

..• Mi

Page 2: f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina logo. na criaçam do primeiro homem. Entrega Déos a Adam o fenhorio

/t , -

'U'--'*■8?.: " i»i/

V

.A

X

Page 3: f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina logo. na criaçam do primeiro homem. Entrega Déos a Adam o fenhorio

S E R M AD O

D I A D E C I N Z A ;Que prègou

O P. AN TO N IO DE SA A DACompanhiade lefu, & Frega­

dor deS, Mageftade, na Capella Real,

E M C O I M B R A ,

Com todits as Ucen^ss mceffurUs.Na Officina de R O D R IG O DE CARVALHO COUTINHO

Iroprefllbt da Umvetiidade) Anno

Page 4: f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina logo. na criaçam do primeiro homem. Entrega Déos a Adam o fenhorio

y ..

iY.o o

•Ä.

>1 3 2A

i;og'í)íq anOAG AA'¿ aCi O l/IO TM A M O

• f ^ y > , Î J ! o Í ? b £ ¡ r l ñ £ c j f n o 3

£ n , ! ) b ß i b o i , M ' . 2 3 b i c i ú ’

, Î £ 3 > i ß i i s c i ß D

■ '?>.£ Í: .' 'f.-

t w w

• • u . r . ' • v-< n

^ - : r r - J O D c h i a ..-?!a .. o r M 'n n o ; :. :- ;e i . , . .-ImWnv.. /= loil.-.c].-.;)

Page 5: f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina logo. na criaçam do primeiro homem. Entrega Déos a Adam o fenhorio

Conyfrtirmni ad me in tota corde veslro, lòel. 3.

TSLolite th id m fire yohis thejauros. tem> Matth. 8.

Memento 1>omo, quia puláis e s è» tn [>ulverem reverterìs,Genef, 5.

M ELH O R da^teria, &-mclhor doC eo temos hoje. cuidadoiamcnte eniprnhadona trod-inCja den< (tas v id a s ,muito Alto, & m uitoP*.dcioio 8.^5 , ÓcSc- nhornoiio ; eftàem pcnhadoD .os, (ftàcrr pcnhado Chriftóyeftàcmpenhada algfe iafctnptnhado Dio%

pr^indo anoffoscora^oens hum « reioltiw:cotivct<^aó dos* f rros. da. culpa para os acertos da gra^a: Conv€rtim'uH ad me in foto cor* d eve flro : Em pcnhadoChrifto, perfuadindo a noflai. vontadcs hu ^iincrofo dcfàpegodosbcns datcrrap tllo s bensdoC cp i N o. kte /^¿/rf»n/irí.*£írípcnhada ultitnarmcntc 4lg:neU intimando á nutra m cm o.ia defènganosvdoquciomos agora, 3cdoq avenios de fcr depoi> ; Memento hom i quiapulvis es ò ' in fu h e re m re- yerterìs,

Dc/todoi'ftc.taócalificado cmpenho fe cociclué.naó fomente a im portancia^randede lioft'a rcdü^aó, renaó taGrbv’m a id ea vcrdadàradc ncÌTa petiitcncia.- Para hum a alma ‘er, com a di. ve, penitente, ha de drtfazcr com o arrepcndimcnio o qi»e it z com aco lpa : a culpa conforme enfìnaó 0 % T h cc logos, he hi á averiad de O cos, 5cfhumajC0rvmfaóàt*creatucaii, oarreftcndi* m en topcnocon tn riohax le icrhuàavcrra5 'dapcrc«turas, & ^üá convctiaòa D cos de forte quc ic para avct almas pcccadoras, ha

A apartar

Page 6: f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina logo. na criaçam do primeiro homem. Entrega Déos a Adam o fenhorio

2t . - , . apartardcDiO%5ccotivcrEC4àsÈreànj'rai, para aver alojas per- fàtaìiientc arrependidas, ha de aver apartar das crcaruras,, 5c , co ivertera Oj-u v! a convcrfad i D jos rem oJ'cm íüas palavra«: Cofi^erttmm (làmf'. A averCaó^dascfeatirraitcnfíOsnaipalavcas •• d : Chniìo:. Nohte the/àttrtfare yobis h terra: Porcnti he tao dif- ificulto o jcabar corti n o 'c j eüidverfao, & cfta cionverfad ,' quc fobrc a pedic D jo s 5c (obrc a p^dÌr,Chrjfto, & quera a pudeta pcdi^^-á.-híaI:s^nostóíi^W A''rjl¿ótí q^Vera? Hcttflfàthjreod.;rnos comrazqens a re^ itn , para nos pprfqadlr a voritade a h u i ^erfèiU jiei^ittiì'cìa pownai'tfxbrra ò tncihor doC coi & Chriflo, aü razocrr?, ou jíbr^uésdeíra penitencia nos aponta o m elhordárcrraalgreU: M:msr^to homo y é^c, homem pello que es, L^mb'atc de oiívirnoGhrifto 4. hbOrreCeí*r a o muod(^^ NoUte thefAltrif ir f \ i» t9yrAú'^liomtrcic^\xzh9 de ícr, lembrae©’- dcoiH)ir/a Déos, & i'eduzirtea fuagra^a: Con^ertimini ad Hilas razoens pfoporei coín.todo o dcfengano árazam paca qué cllafe rchda, ^aY on ta4 j.fcpc‘rfuada: Aífiíli com voíía gra<ja a voíTomiioiílro, cternaarbitro doontado^ hoiefc algum dr», poiíic minhas palavraSi animaijuinbas vobcs, inflamai mcus af- fc£to?y & m ovd aos qgfc m e ouveni.

Q ^em cuidaraq'jealgreianoioiCGirpalíc com lembran^aS' da torraa m em oria, qnaodoGhriaoprctende.ique lancctn<>í dá' voatade o a»ttoc da ferra, parece qu íH os aviao mandar cíqiicccc Ijaraqasd.'ixTÍTcmo^ de, amar 5 O cfquccimcnto he morte da aífei^aó, q 'jem queram arlem brafe, quem fe eíqucce naG qucc aaíar, pois ícChfiftom atidaque aborregamos y com o, exorca a Ig r? ji íq le nos lem i> cem osporqae íe he ncceíTario cíiyaccec para n i >aoiir> aquí he necedariolcmbrar para eíqueccr ; Lem- bramfcos hom ens 5c amaó m uitoaonnm do, porque o naócoí» nhv'cem, 3c nao cooh«cem os horneas o q u e he o m undo, por* quenadare lem bram doq4efaó |'lem brem fede íy que logo (e cfquscerad do m uo io ; da fáltai que temos do conhecimcnto p toprionaíceo cnganocom que pcocedemos tío amor aiheo;

O ho-

Page 7: f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina logo. na criaçam do primeiro homem. Entrega Déos a Adam o fenhorio

t>aCw a. jO bomem lîc atnclhor d i lodas a? crratnras coiporacs, pois como fera polTivcl que ic cnganc corn o m undo.,.ÍC defenganan'.catnfigo:? Attenta pois a. Igreja a conicg;uir de nos a dcftftima das cnuias da terra , que aconltlha ho’h: a noiïâs vcntadcs Chnfto , nos tràs à mtrincria a terra de nofl'o fer..para qâc avirta do que ionîos poiïamos inferir o q u í hc-omundo^M Ícícp amamos para ignoradu^ dcí^'rcailo por conKcdcJo. . . .

') Memento ìfom o^uiafuhis es 3 Icmbratc hom cm porque hcs.pò) aiÛ dizaos Monarcas lïiai^ fobcranos^ aíTi diz áos vaHa- los mais humildes; nenhuS diâinçao faz de homcnf, taó bomem, & ta9) po chaîna aos que reiíiaQ> com oaosqu t ferveip J i por­que nifto que (oca ao fcr , rao ha differenza nem aínda do Cc- prroao cacado, tudohccinza com mais ou menos prcck)zo dis- farce; hum R ey de cinza cubetta de purpura, hotri paftor he cin- za cubcna;dç^iay<alj fó a vaidadedos ucDpos pode intioduzic de- nguald¿des,tias aípparcncias da p om parla reaUdadedoíer naoha fortuna que poflfa emmcndar as dcfiguaidades da naturcza.

SoDhava lo íepho V iforcinadodoEgipto, & íon(iava affi: Putâbam n$ì ligare mamp.tt¡$s in agro y ò* quafi tonfttrgere nipulummeàm: Imaginava .cu^ dis lo feph , que chavamos no campo cnfcistando as pavcâs , & que fe levantava , & punba e m p é o m eufcixe, 3c que os voiTos poftos á roda eom dem onf- traçaroderevertentesoadoravâo: naô vi eu fonho mais verda- deiro que eñe ; . as paveas de lozeph c(iav|Q adoradas, as paveas de feusirmaós adoravaô,mas tu d o eraô paveas ; o feh ccd e }o- Teph cftflva levantado,os feixes de feusirmáos eftavaô abatidos, mas tudo era fcixe , havia differenza na fortuna , mas nam havia cxccíTo na naturcza , de feixe a feixe , & de paveas a paveas ícfazinoos obfequios, & naftas igualdades fonhadas do cáp.afc moíiravaó a lofeph as felicidades futuras do Paço, Verfe* ha daquia tempos lofeph colocado no trono, veráa feuslrsiaas proílrados diante de fy por terra, mas enccnda lofeph que pa(Ta

c o Paço,

Page 8: f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina logo. na criaçam do primeiro homem. Entrega Déos a Adam o fenhorio

n o P a ç o ,o qucpalfava no cam po, & q o c humas paucasadoraó outras i baftaráo ío l io p a ra o p o rm a isa i to , mas n áob añáraó as adora^oens de to d o o Egipto para o d iftin¿u itdo ícr dos que o adoraó.

lofephs adorados , nao vos defvanc^a a altura : a terra que cfta no cum e dos montes náo he m clhor na fubftancia, do que a o u ­tra que eftàna profundidadc dos vallesy p o r mais que vos fubli- maúe a f o r t e ,q u a n d o Q)uitofoiscerraiobremonte} Dâovos en* gane a hum ildade em que vedes a outros, & a grandeza em que vos vcdcSavos, porque nem os outros por humildes tem mais d e te r rà , iKOi vos por grandes tendes de terra menos: dríengano he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina lo g o . na criaçam do primeiro hom em .

Entrega Déos a Adam o fenhorio do m undo : B o m in m im f i f c ^ u s m a r i s , á" v o U ti l ib u s c d l i : E no mc ínro tem po ihecn- com enda a cultura do paraifo : ■pofuit eu m in p ¿ tr a d i fo u t o p e r a r e - t u r : n a m h a hoieextrem os'mais díftanies, que Principe^ & lavra- dor, 5c naohavia coufa entáo mais eículad^, que o cxerctcioda iavoura, p a rq u e o paraifo acabava de ( ¿ h it cabalmente perf no das r a á o s d e D e o s , pois para qu -era fazer fem ncct'íTiddd." I*í- v rad o r , a quem tinha fcito Principe, oti para que f o i f í z a Princi­pe a quem havia de fazer Lavrádor ? Porque, importava m uito quefofle ambas as coufas Adao: criavafe Adam para p rrg rn i to r dos hom ens todos,entreeftes hayia de haver dwlpois a’guns m ui­to prezados de grandes, outroí^ m uito dcíprczidos de pequeños, pois fcja A dáo no m efm o tcm p o Lavrador, & Principe, para qac en tend ió os v indouros, qneíaóigualnr.ente filho^de A d l o o ^ q viveín noPa^o , & o s q u e trabàïhâo n o c a m p o : foi defgraçad i fobetba humana, náo haver mais que hutn A d ao j quando m uito podertíod izeró^g randes , queelles íaó filhoí d * A dam co m o P rinc ip e ,& que os Outros faÓ filhos de Adaó cóm o Lavrador,po- rèm nao pódem negar que faó todos filhos do m efm o AdS* .

Sáoos homens co m o OS rios: os rios todos tem por fon teomar,

Page 9: f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina logo. na criaçam do primeiro homem. Entrega Déos a Adam o fenhorio

Dà çinar,huns com ocucfodas agoaspeidem de todo ofabor d o ia l, Oüttos por mais terra que cocraôfem prclcvâo falobrcs as agoas, huns là vào broiar nos montes m uito ruidoTos» & muito d a te s , outroscâm anâo nos valles m uito calado'-, & muito tur- vo ‘‘ ;c*fte hontim eradeiconhccido aborto de h iu tofca pcnha, & ho ienâo ha campanha pata tnargem de k-u caudalofo fundo; aqucUe hoiche deiptezo da menor hetva, & era hontem tenor do m ayortronco: iftom cfm o fuccede nos homcns, todos tt-m pot origcm a terra, huns com o curio dos tempos vem a parecer o que nâoforaôjoutros por mais que os tempos corrao , feropre o qucfo raô parecemj hunsvivcm muito refpeitados nos eûmes da foberânia, outres andaô muito inveiccidos pellos baixos da pobreza, eñe como Saulf cabía ontem em huma cabana j ¿cho je he pouco Palacio para fuá valdade o m undo; aquelle com o Na- bucoaíTifte hoje entre feras no cam po,& era hontem aflbmbro de Monarchas em Babilonia : mas entre toda efta variedad?, aíTi co­m o nos ríos, oucorraó doces, ou falgados, ou brotem claros, outurvos, ou fe)am grandes, ou pequeños, rudo he agoa do mar, da m efm a maneira nos homens, ou paíTem a fer mais,ou nao paf> íem do feu menos, ou fejam illuArcs, ou hum ildes, ou habitem Palacios, oucabanas,tudo he terra, tudo cinza, tu d o p ó : M e- mentéy ¿>c.

Daqui íe dcixa agora entender a multa razaó com que a Igreia nosexortailem brança da té trad e noíTo fer, q uan d o Chriño intenta, que deponham osdocoraçaô os cuidados da terra, por­que feohom em , creatura,em cu jaform açaôderdeam ad ao en - genho, & delde o engenho ao cuidado fe occupou todo Déos-, fe o h o m em , para que trabalhaóluzidam eote os C eo s, que por elle voa o Sol, por elle corre a Lúa, por elle nao fofegap os plane­tas, por elle inftucm os Aftros; feohom em , eoa cujo óbrequlofe cançaô os Elementos, pois o fogo por obedecerlhe atado a hum lenho íe confume, o ar, por aíTiñir a íua rcfpiraçaô, cfpira, a agoa, pocfcrvira fuascom odidades, fearraíU , ¿C fe de ípcnha ,aterra ,

pot

Page 10: f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina logo. na criaçam do primeiro homem. Entrega Déos a Adam o fenhorio

por attender a fua recreaçaô, & íüüentOj fcTompc cm tìorcf, & fc dei'entraiiha cm frutos, il* oihom om , ic cfíá creatura tflôiuigulaï* mente privilegiada, nam he oíais ¿que hum potco^lc barro., -qu© icraó as outras? que icrâoasdcm ais couíasdon:^UDdo, le a m c- llïo rh ecila? Nam ha duvida que para conciiiir o p o u co valor das coulas do m undo, bacava coniìdcralas por cooiparaçam á nona vileza, porem vivemos tam enganados com c ile , ..que nam querodeixar efta vcrdadc jjendcncede hüáconfequen!Ciajdiícor*íi ratwos bccvcmencc por ellas, & veremos a dclcftima que merc- cem.

Que faó as grandezas de m ayor nome no m undo, fenaó gran­dezas de nome? A David Icmbra Deof o beneficio da monaichia; a que o levantara, 3cdizaíÍÍ; a ad ­verte que te fizhum grande n o m e, pois dar hum R eynooao he mais que dar hum nem e? Fazcr a David grande Principe, nana ecaraa isquefazera David h u m arm e grande, A li vereis con:)^ nao faó mais>quc nome ar grandazas mayores do m undoj adjf*-; tinçâo toda que havia entre David M onarcha, & David pañor, era hum nome, David fem nom e era David pa íío r, David com nome, eraD avidM onarcha,ainda nam diflebem , Davjd com nome grande era David M onarcha, David com rrycnos pomtv era David paílorj paraChciftofazer de hnríi peícador P^n{iíkr, que cuidáis qucfez? mudoulhe on om e: Beatuses S'mon ifT ues PttruSy’C^fttper.hAncpetram edificabv Bcslefíam Cha-m ou Pedco, quem fe chamava-Simáo^ 5c paro paiTar da rc¿(c k Min tra, náoonve m iftfcrmaisque paíTar dc^Sirr.áo a Pcdro'j )ulgai agora fe ha mais qucTiomenasm^geftadcs da terra , pois .entre a barca de Simao, & a.Cadeira de P ed io , nam havia m ais diffe­renza, quc fcr Pedro, c u ier S im aa

Que h ea gioriajjfenáohum deix ir de fes? Entre Eíias Pro- phcta viv<^ 3c MoyíesiProphcta m o rto , appareceo Chrifto no Thai>or, porque entre a vida, & amorte, entre o fer, & nao fer, fe alterna aeflc mundo toda a g loria. Que faó as honras, fcnaôap-

pacatofas

Page 11: f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina logo. na criaçam do primeiro homem. Entrega Déos a Adam o fenhorio

Oíí^íí. 7parátofás tranioyM da fortuna, que na roda de fuá inconOar.cia fe Urvanta hoje^ pode dcíf^cnh^a mcfibáa; para coiprcgopticnciro do rayo fca^èactitrc.asarvorc^cC cdro^paradefpìqucccrtodas tempcftade&íeapartada terfa o m ótctaoaicnc dos Tronos Rc,aiSi lobiraó Qiagc0olaG)?ntefob!Cfafios paraoahir ínfatnonteprccipi*, tados, V alerianocm bücativciio ,Cc((Íó.cm hiiá/ogcira, Dioni^ fio CíTi huá cícola, lugurta c«n catccr«*, V itc liacn i h tm c a - dafali^o, :Bfljazeto cm huá gaiola, di Aureliano rtn hüpunhal.

Que he a privan^a, íctíaó luz dc.E flrd la í Ojxiciori^Sol.quc a* iílu flra, clTc tDcímo dentro en** pOAícashoratSjócCljplaj hojc t^aisi com óA m an) fa iíc rfc ido im e z a R ea l d cA ílt iu o , ác.a mt-nhia! apparccerii» prczo infam cdehutiiaforca. vi .

Que faó os dci'pachos, ícnaó b t t r ÍÍm dctpatrccin-iido 'j.^ lhu nam de ben^tíicrítos? ou.;avtis;’de.|'rcfendiTapr¡reado-ao-,£¿v;or alhcp, ou naó vos b í dt; vakr om crtc ina ío ta-^op/ iííi le an im alcham ado para íua luzontc varicdadc St.dío¡^dizSjUft m ío , quc& zrndod᧠paredesatrin o para fohv,habita no& Pala­cios dos Mooarchas^;*í/r/p wanihus Cr r»pratwt 'mì<intÌH hm . ditoio «n io u ll a Agoia occirpaíá.oaito'doíiciün ficiosftiaisíobcnboí|.f9a^lidtodj2o a icrecrjA / iia gcii«rofidade o pedff , pQcctiiqiie o S tflio an im al fcm ajia^l'dicguc a .icg r3ro potlo mais fupcriordos Palacio ? Com opodí'fubir a Unt.i aítu* ra. fe naó v p a l, pocqop.fe náo voa arthna(r: mamaus 0 ÍütMK.: :E mais lheimporti3 0 :atiin^o ,quclhppcdcraó Íoiporíarjes Too^'H agu iacom todas ftía^az3S^tharfchaT(;trontada í ín í^ j f e p í^ í ' , ! & oStcliofiado no íeu arrimo, verfehaups mclhorí*5<:iifpi;5c;íqi^ quizer alfcaríe m w ie, aínda q voc menof,procütedrrin>arff;fniisi

Q u e /a o Oí poftos, fenao.fvbi^as;, c»ik>5.<Íegt?0Piiíc-<veqí:fpn:á í^ncda^^ Q u a n d o <;)dpTi’=oiii(>qfferf‘Ceoai- dignifdftdff RTiaÍi5i¿Zí4 íi5 a Chrifto: tgo emnÍA ttí>(ddbot, Jogo mr» tco .^civí íí í Via de cabjr.aioelhjdo diantc delW: fisAdcn^ adortM.'trk m f{ fj e cahir naq ha líVanta^nO wQdo^c«fto/ps,alto$.a q /$ ttó(&ppdef!«hc

B diar.te

Page 12: f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina logo. na criaçam do primeiro homem. Entrega Déos a Adam o fenhorio

diante do privado , havoíí d;cxahir4iartte*doS‘Mmiftrc«, ácq iian« do prcteniv-is avcntaiacvo; a o u iro s aHdiU’litimHdcjbcjando á a u ó a tn u itx s& o peor hequc m uitas.vczcs, deípois de tanto cahif* ciTíSraciman q u e ^ d o ra te c m lugar de vosdarem ajosáo paraqucíubatJyV osdaódí m ioparaqu<? náo¡chegUGÍsj- íc-cU eí tìca.ìì rentas vcz;s adorados, & vos caídos por hum a Vez. , ’

0 2 5 Tamos appUufo^difatua, fenam redam o de odids^ nam ha tro nb a 'd ;- bom íuccoíT>, q a - naócenha dc batalha-os cchos: o íonido q^c fez a funda de David pellas rúas de Jcruíalem oc- C ifunou repetidas lan^adas í David no Palacio-de Saúl, m ais fe­liz mente atírára, ienám ioára i?anto o:tiro, que náo ha trovaó fcm rafgo da nuvem que o deu. ^

Omelìe a proipirridadcifcnam hum temporal ap opa? ouh a- vei5 de recolher as vellas, ou aveis de correr fortuna, que tanto atnea^áío naufrag iocom ^tem peñadea popa, com o com a proa na tempeftad^. ' '* '' Q ^>he a fcrt»ofura> fenam huma caveir^ bem encarnada^ mudarfv^hacQmosannos, ondefaparcceracom am orte aquella cjfteriot'figUra, & nam vos levará cmám os olhosífio,^'4^ac.ago- c i't in io v o s cativa cora<;oen$j efte naufragio de liberdades en* gatiada^, a-quevulgarm entecha-rnSatodosgentileza,he,acoura mais frágil, que ha no m undo, porque tem contra fí dous for^ofos contrario^ a que nao podefúigir, a mòrte, ¿c o tempo ; ou fe apre- fc a m'orté, ou fe dilate a vida : hunca ^ rm an ec e a fermofura^ (empr^^epareinos nD m es,com i:]áénaercrkuta fe appellidad as mplheres de m aiseftintádo parecer: hua das fermoíuras mais Celebres ñas divinas letras fo ia de Tham ar, ad eS u fan a , ¿ C a d e EJHTa, póroutronom e Eftec: E que quer dizet T ham arf que q ucrd iz írSu fan a í qnéquerdizerÉdiíTa? EdiíTaquerdízer m ur­ta ,Su faaaquctd izcrlyrid , T ham arq tíérd izerpa lm a; p o isa m a ­yor b.-llczT com tK>m?5dearvopcs, 3cflores> fí, para q iie enten­damos a poucaconfíílenciada m ayor b e lleza ; toda 1 gra^a das ñores he breve^ toda a lou^anU das áirvotes he caduca » grs^a

das ilo-

Page 13: f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina logo. na criaçam do primeiro homem. Entrega Déos a Adam o fenhorio

DaCn a. pdas flores he de poucas.horas, a lou^ania das arvores he de pou- - cosniezcs, húvciáo vefleasatvores, hura inverno as dcff>oja, a menháa abre as flotes, a tarde as m urdí a , tal a fermofura hu­mana,cuacaba como as flores, cu fe muda como as atvores, ao golpe da morte he flor, quc acaba. ao curio dos annos hcaívore,- que. le muda, náoha remedio^ ou acabar, op mudar j i aquel a que voflaccgucira chama cíkcUíStviwas, cedo íc Vfráocclipiadas oudesluzidas, aquella que voflaJiropiiimitula animada neve, ce­do íe verá dcsfeita,.ou lem alm a, aquclUquc vpfio engaño ima­gina partidaroza, Cedo rcvcfáfWüicba¿ou ilclco!oradí, aquella finalmente quenoffoaflfcíiaapplaudeC eo co n í a ma^ ctdo-fc- verá fem luz, ícm cor, íem ferj'ícm firmoíura.

Q u e he o am o r, fcnáo hum inferno com fogo fem ctern idadcj h e m u ito para ver hum deftcs fiti9 s ,q u e a íc u j t a b a lh o : conJcrta feu d iv e rt iib cn ío , co m o o in q u ic tao le n n o r , cò n n o o tiran n iijò o is í c lo s ,c o m p p ío b rc ía lta a d tíficu ldaiíc jC om ooaíT uftaodL ’ fd t 'ir , c o m o ^ 'U íiim a a ab ítín c ia , que te rn u ra s , que rend im en ios^ que ligpiní»a.s q yc trjftezaf, fu íp ira o co ra c aó , arde a von tade , peR ao eníieítírtm ?m ‘0 ,j1a e/pwa, ^a^ ícqucixa, ja adora, ja fe in d ign acen e . fiAl todo vgvcdíjijtrOí d c^ y piararOtojiBciUo, & to d o a n d a fora d é fy p ara o fQ ÍrcgO ',íh íhm ayor^ fertio q u e eñcí* Equar>£as VczcS de'fpois d e tan to tropcW e.anCias vem a experim entar o ccafiaó d c u ltim a deígca^a,[o q o c im a g in av a te rm o de fuas m ayo res vcn tu - rá s^ íÍ5 a m n o h ú ;A m o ii,.h t in v 5 ich em ., & h « S a n íá m , o a m o rd c Am oQ corn T h am ar {jafou eír> h u a la ii^á , a a m o r d cS ich en i co m D ina te ip a to u fe em hum punhal, o an -o r d e S an fa ir i c m D ali- d a , para que f iz c f le m e lb o ra figura, cu fto u lh co s c lhcs^ E que fe Veja táo ado rado tiQ m u n d o < ñ c id o lc ! . para que trazics arco , & íe ttas tiran o e n g a n a d o t , fe b ao de íe rv jr toas fcttss para f e t iro co ra^ad , & nao para d e fen d e ro s f e r id o s , Ccm r íz s 6 te fingirpó fcm pre n^inino, porque arm as ná r r á o d e h ú r r in i r o p c d e rá o fe­r ir , m a s n io p o d e m defFendcr, & q n c i r e renda rao fac ilip cn te ’a tu a s a r m a s i q u e m e fegue de h ü m in in o í que m e fie de hum

B 2 ccgc!

Page 14: f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina logo. na criaçam do primeiro homem. Entrega Déos a Adam o fenhorio

c :g )! g fa a ie CfgtK'iraminhaetii te aftimar, nws .grande fem ' ra- 2ko tua em m e ferir. • .j

Que íaó 03 goftos, fenao cilada dos peíares? náo ha favo i>efta v ida,oadcod iL hbordac¿ra naó lejapratodos íaboresdo m chna do<^urad¿hú poniacomeraó^)d(ros pays o veneno 4atUQrtalída4~;o dta.q criou Doo^a'li^z doCco,f<3snuv^s qopude(f>‘ sSc(carcccr,& quáitom aU ^P idaí, & fecuidaérioua terravla Ihe tiiiba prevenido) os cfpinhOi.q a pudeíse afear, q náo ha d ía de ale gria lem Tua iiuve, nem ñor de contentamento, scm feu eípinho.

Q je íaó o i deleites^ fcnáocu’naanfos enlodados?- onde ■ chegais fequiofo a íatlsfaz.'CVos,5c pormais ^ bcbeisniáchais os bei^o^,^ náo matais a ícde:Cóverteo Dcos a mulher de Loth naquclla efta- tua de fa ljicquer O rig in esq foíTe para fymbolo dos deleites defta vida,5c parataU ftatuanaohavia mcihor materia^ mereis huá pe^ d rad e ia ln a boca,dcixaila fazcrcagoa>idcladcpoisbebédo,&: tra gado, q íccuras náo vos£a^V9 fede vos n iocau ía? eisaquiosdelei* tes do noiTo mudo,agora de lai, rudo he beber, Se tudo he fede, voíTa experiencia o diga, f Que faó as riquezas, fenoomaré do O ceano?qparaenchct as noíTas p rayas^a ían asa ih ííis : c6 asga^ las de Eíau cntrou lacob a recebera b^cn^aó d^ leu pay Ifac: hus EfiuvAldehtnüs induiietám: & iiáopudéra entrar coas fuas galas lacob? mas era o m orgado de £fau,' ^ c o m o h ia lacob a Ic- Varlheo morgado,levoulhe tábéos veñidós,pciq náo'ha cnrique* ccr lacob, ^édefpir aEt^u: todas as abúd3cias defta vida-fa^deí^ fo jd s, fe a algús lobeja, he porq fe deípojaó outro^j^aS tívera Id- ha nro io é q fccoroar^fe naó ficarao muiros se capa c6 cobnr.

Q r (ád as amifades/enaó lizojas da herva doSolModo o d ia q arde cíTe planeta famofo, anda em perpetuo circulo beb€dolhe os sSblantes, poté em fe podo pella tarde a luz,deixa cahirfolhas,& fior parao lado ,em < )a achaóassóbrasjnáoha de ordinario am i- gc^qnao poíraUaírom arvosaeUe,com ofafcisajanclla para ver o tepoqcorrc: C ó acaz id eD av id jd izo tex to fag rad o , q fiz e ra lo - nathasoscócertosdefuaam izadc: Tepigit fcehus cU domú Vayid:

ico ^ lo n a th as íad amigos com ós olhos na caza, qu6havcráq feiaam igo

Page 15: f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina logo. na criaçam do primeiro homem. Entrega Déos a Adam o fenhorio

Da Cin^a, i ¡am igocom OS o lhoscn iD av id -por iiionasdcfgtacaidos Davi?, vemos faltar tanto OS lonathas 5 l'aó amiiadcs còiratadas eò a fortu na da cafa,fc a caia corre fortuna,qucbrouic o có tra to , & naó ha lonathas para David, f Q uchefinaln ìctc a Corte, ícnaohuá roda arrebatad.},ondc atado^ de icus dckios volrcaò os Cortcìaos m iieravclm cntc alegres? O hioda de Lì^boi^q de audos bvas? q cuidados de montar arriba,q «tnbara(;os dccahir abaixo^q predas ao valcr,qd€faresao cah irjq precipicio nos appctites,q quedas na cob ija? ^despenhosnaenvcj3,qrnidoáseípcrá^a^? q porfía aos favores, qqueixa aos infortuniOí-5 q tormétoaos deícnganos^ro- daolifongeiros, vdtaÓ am bicioío5,!obc aquelle,baixa efte'jtraba- lhaótodos,riffeon)údo, & an d aa roda, f E isaqu iom iido ,c is aqnias melhorcs predas do mfido: & q iflonos preda as vontadcs, q ifto nos enfeitice os cora^cé^í q <e dcívcle o íoberbo por tais grá íJczas,defvanccidoporta1 gloria, o anribicio'o por tais honras, o palaciano por tal privanza, o requciete por tais defpachos, o cor- tezaó por taispoftos.opreí'um ido por tal fam a,ocnvejo ío portal proíperidade, o divertido por tal fermorura, o aíFei^oado por tal am or^odelicioío por tais go ñ o s ,o la íc ivo por tais deleites, oco - bi^oio pof tais riqüezas^c todos por tais amizadcs, por tal corte, 4c por talnoudo. Nolite thefaurifarevohis thefm ros interr/i', aca­bemos ja de entender q naó faó os bens da terra para trocarmos por elles o Ceorpara nos cSprar o C eo a feü Eterno P ay cncarnou, & ú9orreo o Eterno Verbo, fea vida de Déos he op rerò juño de noíTabgavcnturan^, com o vgdériiostao barato o q val taó caro? ou avenios de dizcr córra os d iítam es da Fe, q Déos andón im - prudétena còpra, ou avernos de confcílar, qprocedem os muito fcm iuizo na venda, f Nem nos cirbarace chamar Chriño thefouros aos bens da te tra , nso Ihe chama aífi porqoe o fcjaó, i( naó porque noíTa cegueira aíT?m ocu ida: repare na diverfidadc myñcriofa de fuas palavras;quando faia nos bens da terra,na6 dis, q na6ertheíourcm os,fenaóq naó queiramos cnthcfoürar: nolite thefourifarex quádofala dos bes do Ceo,na6 diz, q queiramos en- thcfourar,fcna6 q enthcíouremos:/^(/4««y4rf: pois ícfas cafo da

vonta-

Page 16: f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina logo. na criaçam do primeiro homem. Entrega Déos a Adam o fenhorio

vontadc nos bcrtsdjtcrra^porque nao faz cafoda vontade nos bens do Cco> porque nam diz, qutrei cnthcfourar no Ceo,afiim como diz, nioqucirais cnthciourar naterra.^ porque quiz moflrac a differcnça, que vay da terra ao CeOj nao follicita a vontade pa­ra os thciouros do Cco, porque o> bens do Ceo naô dcpcndem danoíTa vontade para fcr tliciouros 5 dcíatei^oa cxprcfsamcntc a vontade para os tlicfouros da terra , porque Ofc bens da terra náo tern mais dcthefouros, do que aquillo, que nos Ihe pomos de vontade, por que nòbccgamente o querernos, por iíToIóeilcs pa- recem ihcíouro', nao queiramos nos, que logo nao íelaó thcíbu- rososbensdaterra} a nao querer nos admoefta Chrifto:& para que a razam obrigue a vontade, iní\a o conhecimento dos nadasdom undodeídeoconhccim ento da vileza de noÜb ícr: Memento homo qui t pnlvis es.

B tinpulverem reyerteris: A íegunda razao de noflaconvcr- faó a Deob funda a Igrcja na fragilidade de nuíTas v id as aviíanos deque Avemos de Ter m ortos, para que faib im os buicar a Déos com o mortals; m ashem uito pararcparar, que fe cncomcnda à m em oria c íleav iío : m m ento: a rrorte de Cáda hü de nos aín­da ha defer, o o b je to da m emoria he o que ja fo i, ‘niogueoi fe Icmbra propriamente de coufas fbturas fenaó de coufas; paífadas, pois fea noíla morte ainda ha de v ir,com o fe fazob j^ ílo da m.e- m oria? para que nosdeíenganeníios que ha de vir a noíTa morte; naô ha couía mais certa que o paflado, 6c na morte hç caô inf^ìli- v e lo futuro, que para fé conhtcer ainda quando futura, hade let por ad o de m emoria como ja paílada: memento: em todos os outros bens, & males deOe mundo ha feus acaíos:nafce hú m i­n in o ,acarocrercc ,aca^onaocrcfce iacafo fera rico, a cafo po­bre» a cafo humilde, a cafo honrado, diícorrei por tod is as cou­fa s detudo podéis dizer, a c a ío fe rá ,a c a ro n 3 0 ferá, fó na mor­te , por mais cafo5, que haja, nao ha nenhü a cafo : por ventura podéis affirmardcíTe minino, a cafo morrera, a cafo nao morre­ras d e f ieq u e nafccucoincçoua enfermar, ¿c tao de m crtr, que

íó coin

Page 17: f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina logo. na criaçam do primeiro homem. Entrega Déos a Adam o fenhorio

D a Cí/í^íi. I ^com av id a acabarao achaque,porquc-iras o scb a q u cn a m c i’

ma Vida.Ningucm na^cc tao vivo, qiic r.3o vcnha mortai 5 as manti-

Ihas deberlo íaofiaD^adas nTottallias dottimulc: andào fcn*'pre entri (y debatalhacftcs dous grandes Capitai^ns a morir, & natu- rfza ,a naturcza a produzir,& a morte a cegar, com efiàdifferen­za porcm, que he mais ¡guai a morte cm ccgat, do que a narurc¿a cm produ2Ìr:anatiHCzacomfazcros homens todos doroefroo fcr, naofaz aiodos da nieima fortuna, gera a huns ricos, a outros pobrci', a eñe fazSenhor,a aquclle letvo, a morte naó afida Com cftasdiftin^oen'^j com igual reipeito pifa OS Palacios, & áscabaí? ñ a s ,<Sc fe naó perdoaaofitiode hum vulgar, naó Ihe ^icapao Throno dehü Monarcha: Elcito Saul em Principe, deulHe Sa- mtiel por (inaide Tua boa fortuna, que voltandoacharia dous ho» mcns luntoaoiepulcbrode Rachel: HoctfhiJigmm',cumab(eris inyemes du0S virai juxtafipuUhrum Rachel: eftranho fÌDal pa* rahu Principe novamenteeleito? das mortalhasde hü defunto ha de inferir Saul as vcndai de Monarcha? para faber quem vay parftopa<;oha deencaminhac prlmeiro os palTos a hum fepul* chrof ido he mandalo ai'e^nar, ouamorrer? hen^andaloadc-> fcnganarquetambem ha de morrer quem teina : o lavradorem tempo da cegaiguaimentecortaas mais altas, & mais baixas ef- pigas,huafoucc cegadora heinfìtumentoda morte, pefolvaófe as fearas hnmanas, que altas, ou baixas, a todas ha dealcafì^ar o gol- ge; O Trono de Ichu em fua exalta^aó a Rey de Ifrael foi aíT¿n-\ rado, conforme o Caldeo, cm hum relogio, armonia toda de ro­das, & de eftrondos, que por mais cftrondos que fa^a a vìda Real* he vidaderodá,queíefoa fempre he porque nunca para, erare* logio de Sol, que tem as horas fomente pintadas, porque nem ainda no pa^o ha íeguran^a de horas verdadeiras de vida.

O ra a m im ja m e parece, que a vida mais foberana, naó so he taó frágil co tro to d as , fenaó mais caduca que nenhüa r todos os hom ens íaóm ortais, porem o mais Scnhor mais m ortal que to-

4os: abra-

Page 18: f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina logo. na criaçam do primeiro homem. Entrega Déos a Adam o fenhorio

1 4 Serm adúo^: ab ran ieocatn ínhoa cftefcQ tim cntohuaconfequencianots-vcI de Tertulliano; Confiderà elle a Chrifto no pretorio de Pilaios aclam ado R.cy pellos ibldados: /iveR ex- Se confirmado na di- gnidadc pello pceiìdcntc: ecceKcxyefier-, exclam a cftranhamcn- tc, ócprofundo; ReÀ em ptorem habem us\jl nam ha que rtcoar, ja temos Rcdemptor; que dizeis Africano grande? Ch irto cnraó h ad efe r Redemptor, quando der a vida pello> hom ens pois co­rno o iegurais Rcdeni ptor quando o vedes Rey? porque tfl’e rei­nar he profecía indubitavel de que ha de remir: naó ha Chrifto de rem ir o m undomorrendo? po islecftàcotoado , Rcdcm ptorrcm O mundo, porque naó pode faUar morto, onde ha coroa : a natu* rcza humana deu a ChhQocapac;dad^‘ para morrcr, porcm adi« gnidade afian<joulhc a motte para r m ir, a narurcza fclo m ortai, a dignidade fegurouo morto: ecce Rcx y ejìtr ; Reder^ptorem habe* fnm: fum m afortuna he (u^nmo pengo: a l jz quandoenche tOf da aroda, entao pode padecer o ccliprt’; quando os G andes trao houveflcm de acabar por humanos,houverio de acabar por Gran des: tantaantipaih iatem a grandeza com a v id i, que asm efm as adora^oens daM ageftade (am.fatais diipcC^Oini paraatuina^ q iHuftrcdcfenganonfls ruinas doinfenfiveL

A Jorarao OS Hebreos «quelle bcz*rro cfcandatoro fo’’m ado de ouro d : fuas joyas, & rentidoM oyfes de ver o metal indignamen­te adorado. h n^aonofogo , & d izo tex to quc fedeffizcra om pò^ ÍC enfi c inzi: Arripieni 'vitttlunt combufsit, ¿ r centri pù ufque «A fd y e re m \ nam (ci fé notáis a diificuldad».*: que fe de5f^^aoou­ro no fogo^ no fogoque accifola, & n am d tftfu eo s mcfaiss nota- Ve! itìcccilo por certo, & no prefenie Caio mais notavtL Duas vc- zesfQ i,ciìcm erm oouroaG fo g o , da primeira confervouie, & ia- hio.idola,da fegunda coiniumiofe, & iìco u c in z i; pois valham e D .'0 '?,rccfte0]ur0 naopodiaantes cpn ru m irfcn o fo g o ,q o eo fez agora capazde icdcflruir nelle? quem o tornou Caduco fe nam crafragtl?torftouocaducoqucm of>.sadoradO} na primeira oc* cafaàocnccou eftcìoucq ao fo ^ o c o m qiulidadcs fomc^e de mctal¿

na (c-

Page 19: f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina logo. na criaçam do primeiro homem. Entrega Déos a Adam o fenhorio

J ía C m ^ á , I tena fcgunda cn ttou co m wfpcitos dc adorado no fo g o , & fc bcm naô podia desfazcrlc po r m etal, podc po r adorado desfazetie: A h adorados d o m undo, asadora^ocnsvosdcivanccew . & n a o a d - vcrtis que ta tïibem as adoraçoens vos inatao; íeosm cta is dei pois d c adorados encoiurao icu ultim o datio, prìm ciroacha^ào fcu m ayor luftce, q iuccedcra adorados, q u cn ào O-ó me tai«.

C ontra OS outros arm afea m orte , porque faó h cm cn s, contra OS Grandes arm afe a m orte porque íaó h o m c m , & porque fam grandes, porduas partes os.com baie, pello irr, & pella dignida- de^fingularmcntc o d íü c David em húaspaU vras m uito vulgares; Ego dixiyD ij eßis *voSy ó " excel ß omnes^ Senhores do n'.undo vos ícreis V ice-D eoícs na terra, ¿cfílh osde progenitoies m uito illuftres : Fos auxem ficttt homines woriemmiy ^ ficut m u s de Primipibus cadetis: porem íabe ique haveís de morrer como ho­m ens, & acabar co m o Principes: repare que diílinguc duas m or- tfS o R ealP ropheta, m orte co m o ßcut h c n t i n e naor-tcc.ov^o^tit\Q\pzi>\ßcut'vnusdePrincipáus', logo qucm Ibr jun- tam en teh o m cm , & Principe, he m ortal duasvize?, m ortal f or hom cm , & m ortal por Principe: affi excede na m ortalidade, quS aíTi excede na grandeza, tan to ha de m orrer de Principe, com o de ho m em , por duas partes o bafea a m orte, p d la fragilidadc da na- tureza; ficut hsm inís : & pella íobcraoia do cftado \fisut ynus de principihfis,

N em p areçaq u c fis ate agora mais m ortais aos Grandes fem fundam ento, tendo razaópara o fentir affi , & a m cu uúzo he grande razaó; Déos criou a A dam im m ortal, fezfe deípoi^ A dam m ortal porque peccou, & peccou porque qn iz fer m uito fcbt ra­n o : D ÿ rd em an eiraq u cn o iT a tro rta lid a d e , íe b c m advertirm o s,tevecau fa , & te v e occafiaó 5 tcve caufa na culpa, porque n io fo ra A dam m orta l, fe naó peccara , tcv co cc ; íiaó na grandeza, porque náo peccata A dam , íe náo quizera íer m uito grande; vam os a nos agora; nos outros hom ens tem 3 m cnalida- dc caufa, porque todos oaícenaos cu lpado s, nos grandes tem a

C m crta ii '

Page 20: f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina logo. na criaçam do primeiro homem. Entrega Déos a Adam o fenhorio

ï SñfmS'cqoEuU^^decauraidc ìuntam cntcoficafiao, porque nafcem cul- pados, 5c a jíc cm grandes» pois.quem duvidaque de a lgüm o do íicám aisn iortalaqudLe,em qucam oi:C cacha caufa, & occafiáo de m ortalidade,doque aq iic lk cm que a motte acha fomente c a jía ? 3ccom parandoen^rpfyaxauíacom ao ccafilo ,mais artif- c a ia a id a a vida pella occadáo, doque pella caufa., m ais he para recearatnorce.pelloeñadoíof>crano,doqae pella natureza cul­pada: Acab, quando vinha contra eliq o de Syria, parareíguardar mçihoc a v idajdçpondoaM agçftadedciR ey eptrou dc: drsfarce na batalha: Siíata, quando rcccbco a roxa do Barac, para fugir me- iho : a m orte, dcixandqas io íigaias' dç G jnerai,^e meteo na tropa- dos apeados; de foct-cquoosSenhores, quando nos perigos que- rcm aíTcgurar a vida^ depoem o m ageñafo, & ficáo íó no hum a- * no, com oque encarece ncUes nwis.a morte pello que tesn-de d i-' v inos»doquepeU oquetcm dc hom cns.-hafca morte com nof- co ,co a io a05 com as flores; náoha homem , que paíTeando por ; hum prado, ou fah indo ahà jard im , náo tope com os olhos na- quclla flor, que fobre as outras^fe levanta* ¿c nao eftcnda logo-a máo, (Se a corte, ou porque fe fofte tao mal a foberba, que aínda cm reptcTentaçaô aborrece, ou porque íe levanta taó m al a defí- gualdadc, que aínda entre flores nao he íofcivel: a flores compara Oavid os homens:Jícutflos a ^ i , (¡cflorebit : & a morte com o táo am iga de abacer íoberbas, anda com a m ira ñas cm inencías, Se aOíi corta vidas, com o nos cortamos flores ». C o m toda efla igualdadejque a m orte guarda no golpe,com et*

te grandes defiguaidades no tem po , h e dcíigual, porque n ó o ¿ z diilinçso de peíToas, he dcfigaal -, porque nzó h z differença de idades, a h ü t i ra a vida no san n o sm ad u ro s da vtlbic«»,.^a outros nos annos verdes da m ocidade, co m o a morte*em m atar nao Ic gue a defígualdade da natureza em produzir, da m eím a m aneira na 3 guarda có os annos,o q a natúrcza obferva co o anno: n o an - < n o ha prim avera para brotaré as ñores, ¿cha outoru) para fe;Colhe<* rco i os frutos, nos anaqs o n c fx n o r e ñ o 4 t vida h e 0 m verno

d a m ot*

Page 21: f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina logo. na criaçam do primeiro homem. Entrega Déos a Adam o fenhorio

])a Ciñ á,daiMortet oTpada,& fctas-attribuìoàinotic D avid; Q k d ia ^ fu u m víbrayit^ árcmn fm m mefidi^ &im€ofAta^ÌK •y>j& wortif-.- E à6* firn cfta differenza, de arm as na m orte / porque fc arm a ¿ontni toda adiftVrcn^a d can n o s: notónos, arcusremótos te tif;

f ic m llu sex im itu r, d iflco in fignccxpo ik o r dos Pfalm os de mi^ nha R d ig ià o iagradaj a cfpada he arm a quc ferve parafo perioj a fc tta he arm a qüc ferve fa iìa i) lo rg e j n o ju ìzo de nofiàce^adVa as idades tem fcus iongcs, & ieus pcitos, a vclbice parccenos quc anda m uito p en o da iepultara, a m ocidade pello contrario , parc- ccnos quc cñá m uito longe d o tum ulo , pois quc faz am orfe? ar- m afe d e efpad»,& Icttas, ietras paraos loges da moCKiadCjírpada pacaosperto sda vclhicc: ninguem fc confie iiosannos,q paratù- dos fu arm a, fe fois vclho, eftais petto , & ha efpada; fé fois m r^ o eftareis cm bora longc, mas ha fcttas : d c fd eas pritneiras quatto v idas qu eo uve , ie co flu m o u a cftas d cfigualdades a m ortf - vi«ìa A dam , v iv ia E v à , v iv ia C a ir n ,& v iv ia A bel, os m ais airnos traó d e A d a m , OS m en o s annos e raò d e A bcl, o u v e a m orte de fazer a p rim e ira experienc ia de ieu poder, & Abel foi o a lv o de ieus tiro?, d e forte que q a a n d o a m o rte q o iz aprender a tirar v ida?, f t z o en - là jr o n a m e n b r id a d e ,& p r im e ir o q u e o s v d h ò s foobe o m un d o qu e erSo m o rta is o s m oços, feria feftì razào d e tìc tarano , m as n ao h a duvida que h e defengano a noÌTas cbnfianças.

E ja f e a m o rte c fp era raan n o s d e te rm in ad o s , para c o m c ^ a rà ty ran ia d e fc u im p e r io ,t iv e ra a Vida feus an n o * , p o rcm .'com cça eantQ Qnte tem po , o u ta tr to a to do o tem p o m ata , qne n c n b « ln f - t a n c e d e fe u f ic a à v ida : p a f lad ó o in flan te do n â fd m en to , naó h a ih ftan te a lg u m em q u cn à o p o ÌT a m o rre ro h o m em , acaba de naf- eer ncfte in flan te prefente, & pode le g o m crre r no futuro , & fe o p r im e iro it>flanrc he- do n a f a m c n to , & todos os in fì^ rtes ff n iiin -tes faòda morte, corre onafcer, & om otrcrfcreparto todo o té-■po, v ivem o s fi, m as à m erce da m o tte v iv c fr os^ n 5o fao an ro ^ da Vida OS anuos d en o f la v id a , d 'cpciltaos a t r o t t c c c t f o ic iis , & p ed c quan do quer o d e p o f i io : V ìdrofccbam aÉ ifl cKritLfa fagra-

C 2 da a na-

Page 22: f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina logo. na criaçam do primeiro homem. Entrega Déos a Adam o fenhorio

da a tia tu rezs ham ana affim ea tcn dem alguns aquiU o d c Iob> q ja n d a d iiïî^ que n e m o ouro mais f is o , ncna o v idro m a h ftio fc podia co-nparar co^n a fabcdoria divina : Non ddcqtMhitítr etmrHm^ vel yitrum ; N o ouro fc fignificâo os A ijo s , n o v id io fc /y nboiifaô os hom cns; lançai ago raos olhos a h â a icnda dc video onde ie pufcraô alguns ha m uitos an- nos, «Scoutcos h a po ticosdias,. pcrgum o quai d d lcs vos parccc que quebrara pcim dco^o que le pos ha annos, & cftà ja raô cu- bcrio dc p6 , que nâo ic v è iua claridade ou o qu e Te pos ain- dao n tcu îC ïô fe rm o fo , 3c transparente ? h e c e rto q u e tan to rifco corre h ü c jn v o o o u tro , & tad pouca fcgurança tem eftc , com o aquclle, porque faô am bos da m cfm a m affa, ta â fragit hûa, conao a ou tra , pois toda cfta m achina cfpaçoza d o m undo hc h ô a ten d a , o i hym ens faôos vidros, huns m ais chriftalinos, ou- tcoî mais efcufos, huns mais bem lavrados, outros com galan- ta ria , hiw s grandes, outcos pequeños, huns eftaô m uito altoSr ou tros m uito baixos, alguns entrará© ncfta tenda ha noventa an­n o s, outfos fetem a, outros ha quarenta, outros ha v in tc ,ou tros o n te m , 5calgnns h o ie ,en tfc tanta variedade, onde fcrà m ayor o p erig o ! q u a lic rào p tim e iro quceftale, & quebre! hcY crdadc que tanro Te pode tem er os que cntraraô ho)c co m o os que ha noventa annos emrarao, 5caq u e lh eftalarà prim eiro , a quem p tim eiro fixer tito 3 m o rte ; O h vida? O hvid ro?

M asque fcndo efla a fragilidad« da vida v ivam os com tanto defcuidodam orte,^ m asque fcndo efta a certeza da m o rte , vi* va.îios com tan to en g an o d a vida? que n io ten d o a vida dc feu h û in ftin tF ,’ gaftcmos o sd ias , os m efcs, 5c os annos co m o fc n a ô fo iâ o d a m orte?O reib lvam onos iaa lg û dia a o u v iraD eo s, q u ctad am o ro fam eiitcn os ch am a; Conyetiimini àÂmeintotft corde -vejiro ; Ôc todo othcfouco da fabcdoria divina,, para con- íeg u iraco n v e ríaó d c hûa a im a , naô ha rem ed io mais efficaz, q u ; a ïcm brança da m o tte , por iífo Chrifto deu a ludas p o t dcfcrpccado, 5c cepcobor qu aad o t u cca entre a pratica da

fiAOrte^

Page 23: f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina logo. na criaçam do primeiro homem. Entrega Déos a Adam o fenhorio

V a Cirt^a, j çm orte, & fcpultura de C h rifto , o vio fahir a concertât a ven­da : j i d fefalturám  ix it , neque htnc conifuntim efi : cfla m em oria aviva h o je a Igicja , porque nam con lcgu iraD cosa converiaô que nos pcdc>

Sc tem os fè , & erem os que nao haperdaû dcpcccados fcm arrependim cnto do peccador, ncccifariamente nos avernos dc arrepcnder algum dia, pois fe ha de icr 3%û dip, porque naô fera hoji'^ ie ha deierdcfpo is, p o rq u c râ o ie ià icg o > o u o pcccado he bcm , ou he m al, (e he bem para que vos avf is de arrepender nunca? deixaivos m orrer em peccado, fe h e in a l.* & por iffo de­term ináis arrcpendervosdcipoi^, n âo h ep o u ca cordura m ultipli­car o nu m ero das culpas, para dobrar as caufas d o arrepcndim en- to> nao he pouca coniideraçaô peccar mais para ter mais de que arrepender? que qucirais.iacrificar o m elhor dos annos ao m un­do <Sc que nao vos pejcis de refetvar as reliquias da v ida paraDeos? que intenteis com ecara viver bem naqucllcs anno«, onde m u i t« naô chcgarap ,& outros acabaô de viver? com ptais hum a quin­ta , & deiejais que Rja boa, fazcis hûa galla , ¿c procurais que n a ô ie ja m à , todas as voilas cc u fa s , ainda as de menos fubftan­cia prctendeis que ieiaô bo as, & n- ü itoboas & que fre^rança tendes de que a vida vos durara athèeÎTc tem p o ,p a tao q u a lg u ar- dais voÎTa penitencia? qucm vos eiperou atè ho ;e , n sô vcs p ro ­m ette nem o dia de am enhaâ, quantos viraô nafcer o Sol y que o naô tornaraôa ver poflo? & quantos o viro per, que o na6 torna- ra5 av e rn a íc id o ?n 3 0 p o dcra íercada qual de nos h5 dettes? an­tes que fe acabe efta h o ra , ndo poderà cada quai de aos acabat aquiav ida? & fe fuccdefle ? Ma« quero que vivais effes annos q falfam enteros prom etteis,& por onde vos confia, q u een taô vos haveis de arrepender ? fe agora vos parece tam arduo d a rd e m aô aos vic ios, que feiá depois quandocom o coftum e cflivet a natureza mais depravada, & a graça mais d iñ a n te Dunca tiñes hûa avezinha , que tendo o corpo todo liv re , Ôc folto, eña com tudo ptcza po t hüa unha ? bate as azas para voar,

de nam

Page 24: f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina logo. na criaçam do primeiro homem. Entrega Déos a Adam o fenhorio

&iiâopodc',"'arrcmeçafcaos arcs parafogir, & naôacab a, pois qbc te dcf cm avezinha crifte, náo tenso corpo Îolto*. laâo cens as azas Uvres'; porque nâovoas? porque nao toges? qucm te pren­de, quem te enlaça? hûavnha. Ahpcccadores, a culpa hepri- iaô daa lm a,fcvo sach aisago ratâo im p cd ido squan do iaô os la- ços-mcnos, com oeipcrais defembaraçatvos quando foreni mais oslaços; (e a muitos retarda ho jehûafo vnha prefa, com o con- fiaô io ltariequandoeftiver enlaçado lodo o corpo? ahi n5o ha conyeriaôdepeccador, fem vocaçaodeD eo!:, fenaôacodisa Deos quando vos cham a, quem vos aíTegurou, que vos h av iade acodirquandovoscham ardcs? Aquellas fincoVirgensloucas'do Evangelhonâo fe preveniraô quando Deos asbu icou , chairtaraô dcpoishûa, & outra vez: Domine^ Domine'. & Dcos náo ibes acodio; ne feto vos j porque naó temeréis que diga Déos que vos naôconhcce, quando vos chamardes, pois vos o nâoquercis co- «hccec , quando elle vos chama?

E ie h e dcfacerto de guardar a penitencia para o tem po fututo, reficrvala para a hora da m orte , que fera? o arrependim enioda hora da m orte mais hcarrcpend iraen to dos peccados, do que ar- a 'cpcnd im em oiopeccador; quem fearrepénd cn acid a, co m o te arnephndeem .tçm poque pode peccar,eUo b e o qaedeixa os pe­cados,que fearrependc na m orte,com o íe arrepede quando )a naó cfpera ter tem po pera offender, os peccados faó os q propriam éte o d e ix aô a e lie j& te o perdaô feguc oarfependim gro ,ondc o t pec- cados ferao o i ari:ep5didos,com o elperao os pcccadores icvos per doados,em to d o o liv ro d a s Efcrituras de D eb s, d iz ' Bernardo, nao fe le que fe fatvaííe o u tropeccadorn a h o r a d a -m orte ,-fcnâo o b o m lad raô ,& q u e cm 6^7 2, annoi nao fe faibade certo que na ho ra da m orte houveíTe m 'a isq u ch um peccadorarrcpcndido verdadciram cntd, de q u e^ íp ífcm raíwos arrependcrfeíia hora da morte? iena batería de hu :iG id^d¿ ptifefle o G.*nerai pena de m o rtc a h u m artilheiro, fe naocn^pregaíTealgua bala na m uralha íronrcira,, nía-procedería c o rtil lv9-nem fcm ju izo aquelle , que

- ' dcixando

Page 25: f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina logo. na criaçam do primeiro homem. Entrega Déos a Adam o fenhorio

Ì ) d G n \ à . 21dcíxando tanto erpa^odcparcdecm ^ticíogr^ro tiro , ' í c íalvar a v id a , foHe por a m ira na penta v ltim a da m ais levantada ter- re, ondcqualqucr cou iaque fcbrclcvc, oudciv ic , perdeogolpc, &aVcnturatudo> pojs queconfidcraiìanì hc a riOlTa,quc iendoo m uro da vida para acertar eflc liroem que nos. vay tiào menos que hum actern idadcdg glocia^ cm. h i i r a ctcrnidodc dc pena, aceitamos taó confiadamente aovltim o porto nofia convcrraói* ifto he querer zombar de Deos; & d cD co s diz Pau lo : náo íc zomba: VO finon irrùletur: ^¡acumque (£nn»a.vm t homo h^c^i é t metet: iem eacpeccadostedàa vida, & ciperar còlher frutos degra<;anamortc? Deus-nonirridetur : com prare inferno apre* 90 de tantas culpas; & nofim da vida querer a gloria?. Deus non irridetttr: dcfpcezata Deos tantos annos por fcrvir a noiTos ap-: p :titcsj& nàv ltlm a bora b iifcara Deos com o amigotZ)^«í»¿>» trndetur: 'naá(b .í$)m baaíli de D eos: qudcuwquefeminAverft homo^h^c metet'. quem íem ear oíFen^as na vida,hade rcco lher. t0rm(?nt,05 na m orte. Nem recorráis agrandeza da mifericordia divina,queeÜ'as confianzas tem hojea muitos no inftrnoihe v.er- dadc, quf^a mitericordia de Peos hc m uiío grande , Sci/em li­m ite, nem condi^aoalgum a j mais ifíb he para quem faz della motivo para fcartependcr,& náo para quem toma della occa- fiáo para peccar; antes nao vi m ayor indicio da lu íli^a Divina, doque a permiflaódq rcmelbantescrperan^asnaDivina. in iferi. cordia, & fe náo, d ifam e , com eftas ciperan^as qucr nao, dilatar a penitencia, & m ultiplicar os peccados r Pois dcixa- Vos Deos efperar em fuá mifericordia para peccar, & nao vos pa­rece que he caftigo feveriffim odefuajuñi^a, na outra vida hafc de medir a pena para a cu lpa, deixar auni entar as culpas, hc que­rer aumentar as penas, 3c nao ju lgaisquehecafligo da juñi^a di­v in a , diz lerem ias que íc parece com hu arco : tetendit arcnm f m m ; E porque fe compara mais ao arco, que a outra arma?por- q u e ,í» arcu , d izS. Hiero n. ^ m n t o longius trahitur corda, tan^ tQ CO distracfior e x ttfa ^ ttA : no arco quanto mais ao largo fe eñi-

ra a cor-

Page 26: f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina logo. na criaçam do primeiro homem. Entrega Déos a Adam o fenhorio

ritaaco rd a , t;in toco tii mais v io lrncii íe defpcdc a fetta;andai agora a retardara penitencia de confiados nam ifcrico rd ia , & n o íim vc:ci5 íefo i jufti^a; a divina ¡uñi^a he arco, dcfde o primeiro peccjdo mortal, quecoí-nettemos, fe cmbebeo nelle a letta dc noílo fupplicio, & fe a Corda fe for eftirando por vinte, por trinta pocfincoenta por fctenta, & por mais annos, com que furia fahi-’ ta no cabo a íetta^

O rafic is conhecidaa vileza dom ando i viftada baixcra de noflb íer: Memento homo q u u p u h is a i £ reconliccida a impor­tanza de noflaconvcrfam a vifta da fraí;ilidade de noíTas vidás: i?$puheremreveTtens: nao perm ittam osque cm tanto daño dc noiras almas, fe malogro o confelho d ? Chrifto, & a vocaqäo dc Déos; Déos cham anosá fuá gra<;a: C o n w im in i ád me que m ayorfe licidadcqücviver n i gratta d^Deos > Chrifto i conlc-: IhanosquedepOrihamososafFcdos datcffa. Noltte thcfaurifare

E q ii :h a natecra que nos m ereja juftamente os affe- (kos) aD.'Ospoisco n oscora^ocns, ao C eo co m as anfias, allí tendesgrandezas fem vaidade, honras íem baixo«, privanza fctn receyo, defpachos fem dependencia, poftos fem desdouro, fama fcm envela, profperidadc fem perico, fcrmofura fem cclipfe, & fem mudanza, ansocícm tormento, Se fem ruina, goftos íem pe- zar, deleites fem fed?, riquezas fem lim itar lo , am izade fem ii- zonia, Coree fem v o lt« , & gloria íem ñm, .S jum m ih i^ ¿ r yohis pr^Bdre dignetHrDtmimsOmmpotens^dfc,

Page 27: f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina logo. na criaçam do primeiro homem. Entrega Déos a Adam o fenhorio

-1■■Cl . ' t ' i i r J l n • wî- -sf-it '

P I

.idg iiyti

............... [d i 'i i . •.•'■?Ât.ii’ 'V~...............................

üiWhi *îV2i=\|<ô}

i ï^ i li î i i [ fi'. Bî ' it.- .( . i; *ii ■ ■ ■ . <■ ■

i . <v ‘4íü*íií

'•* '■ -WitÄHiff* ^ v m ¿ *?r<4í»iíi o tt--.tö»ti#titi' .tj. iLj..^ <

'iS ' r r ’ "'V .

T h l • ■ , j ' j - ' . 'ht*-

k'r i i "-li‘-ClHie ; ^ÌÉ-

Page 28: f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina logo. na criaçam do primeiro homem. Entrega Déos a Adam o fenhorio

» 'if - - '- .- '

. ' J : - - " : -

: ' "%.■ ^ '/

fl: p>f :\ e5^

‘ r>'î »til. * -Ü

Í - V! - ; ■

>v-- ■

1» i ■-■v.

: - V -

/

r Í» • ..^ ; i^

i .

' . i g "■ » >

. _i <

i i '

*#«

Page 29: f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina logo. na criaçam do primeiro homem. Entrega Déos a Adam o fenhorio
Page 30: f Mi..dadun.unav.edu/bitstream/10171/30041/1/FA.137.683_2.pdf · he que atendeo cuidadofa a providencia d.vina logo. na criaçam do primeiro homem. Entrega Déos a Adam o fenhorio

e r m o î v

V a r i o s e n .

j, T o r t \ ïg jL f i :^ ^

&{ tr■ ^

i r , • L

>*

ii

Jt' *A - ' . -

• JS.r>


Recommended