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jAmo XIX. 'mt g^mi^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^sB^mÊ^ Sabbado 11...

Date post: 06-May-2019
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jAmo XIX.Sabbado 11 de Jaiieiro de 1810. I 'mt_____g^mi^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^sB^mÊ^ .. 1. 5)1 *. mjm ¦¦¦'¦-•_¦-¦ .*i _ ___™_____! ^BlíSBSÊIÊ^ÍSÊ^ÊÊS?^1^^ -;. \:'n 'fl"fl:.fl': V ¦ ,*.'.:*'*.V :"'•¦¦ ' i '.'-'¦"'¦'¦'¦¦'/¦¦' ,'' ' * '¦fl: fl fl 7 ,fl '..,']flfl ___'¦'\ "'.'''''"'' m'fl,]fl -•*;,i'í':'-' : : '*' !'¦'•; .:, ,; .,. *,*, h : ¦¦ ¦¦¦¦ ¦. *-.;.¦ ' '¦' i -¦' "; "^- ' . - ¦ .'fl^tt-í-iÇíflí-llf-'.-!^ ¦ £*-*.**S,1A51*!''*li V;-?^}-*'.**»--' , „,'¦: . ; „,"*, .*! - .(.-. V;*.*<^S;i*; C'-;i RIO DE JANEIRO. TYPOGRAPIIIA DO DIÁRIO, PROPRIETÁRIO N. I. VIANNA. -_mrpnriTMri VV K ri fl j gasi»™*»!.' rerx^**iiiirCT!'.-'-_r ,gflB_^w_i—P'J-_JauMia^ajiiiiL,ii,mi,>.'i*a*3ij'CE^ O Díaiiio do Rio publica-se nos dias que não tém'de guarda, e para ello súbscrcve-so na ty graphia da rua da Ajuda n. 79, a 12$000 anno, o 1^)000 por mez. Pala insersão dos annuncios pagar* se-ba uma «dica retribuição. ! A correspondência devo ser dirigida, franca porte, ao Editor do Diário. fo- po- por mo- dc FAB.TSDÜ TOS COR&-E3H©®. Ouno Pksto , S. João d'EI-Rei, Valença, Vassou- ras, Parahiba, Iguassu, Freguesia do Paly do Al- feres: 1,6, 11, 16, 21 , 26, e 31." S.. Paulo, Itagoaiiy, S. João do Príncipe. Rezende, Raepcndy , Campanha , Pouzo Alegre , Freguesia de Pouzo Alto, Pirahy, Arrozal , Angra dos Reis, Paraly, Mangaratiba, Freguesia deMambucaba : 2 , . 7, 12!, 17, 22, e 27. gg?i_._y^m**_3regri&-_aMívpK...r Campos dosUoütacazes, Macahé, S. João da Rarro , Arraial da barra do Rio dc S. João, Maricá, AI- déá de S. Pedro, e Cidade de Cabo Frio: 3,8, 13, 18, 23, e 2S. CantagAllo , Nova Friburga, Mogé , Santo Anlonio de , S. João de llaborahy, Freguezia de S. Rer- nabé , c Santa Anna : 2 , 12 , e 28. Nictheroy : todos os dias. SP-HA&BB 2311 m.1ÍÍÁm. -. t. ¦ a 4, ás 6 h. 27' e 88" da tarde. a 12 , ás 8 h. 8' e 16" da manhã. a 18 , ás 9 li. 41' e 28" da tarde. a 26. ás 10 h. 41' e 46" da manhã. Nascimento da lua úos 12 111. da lorde. Oceaso áos 36 m. da manhã &-*DUBS_r*CT__--aaB_ •'.INTERIOR. BAHIA. HEMOÇÃO DOS PIIESOS DA PRISÃO DE MAU PARA TERRA. Requisição do juiz-de direito chefe de policia. lllm.0 o Exm.0 Sr. Tendo-me sido presentes di- versas representações dos preso? políticos existentes na fragata * Príncipe Imperial, allegando a inconstitu- «tonalidade de suas prisões, as privações que sofrem, que são muito alem das que legalmente devem acom- panhar essa pena , o perigo da vida resultante de taes privações, o exemplo de outros presos, igual- mente importantes e chefes da rebellião, que gosao de outros eommodos , em conclusão pedindo sua remoção para as prisões dc lerra; ordenei ao carcorciro que informasse se nas ditas prisões existia a necessária segurança., o o motivo por que forão removidos: obtive em resposta que a segurança existia, o que a remoção fera ordenada com o apoio do nome de V. Ex.; em conseqüência do quo deixei de defirir ao pedido dos representantes, os quaes me apresen- tirão novos despachos de V. Ex. , declarando que «om requisição d'esle juizo ordenaria a remoção pre- tendida. A' vista do desporlio de V. Ex. espacei o requisição, e tenho sido instado com novas repre- •sentaçõos a. respeito do mesmo objecto , as quaes me tem convencido de quo não posso deixar de de- firir aos ditos representantes , porquo consilia so assim a segurança com as commodidades compatíveis . e •com a humanidade. Como porem , em rasão da qun- lidade do crime, V. Ex. possa ter diversas consi- derações do política quo influão nn tranqüilidade pu- blica, e que lhe devem ser presentes mais do que a qualquer outra autoridade subalterna , o meo defirimento é sempre dado com sujeição & esta con- «ideração, até mesmo porquo em nome de V. Ex. teve lugar a dita remoção.Portanlo , senão obstorem algumas considerações cm* contrario , requisito a V. Ex. a vinda para as cndôas publicas da relação , dos criminosos retidos na fragata Príncipe. Dáiis guarde a V. Ex, Rnbia, 14 de dezembro da 1839. lllm.0 e Exm.0 Srw presidenle da pro- vincia. Francisco Gonçalves Martins , juiz dc di- reito chefe de. policia. ( Em 30 de dezembro passado publicamos a resposta do presidente da província a este officio. ) Resposta do juiz de direito chefe de policia ao officio-do presidente. Hlm> bljxm.0 Sr. Recebi o officio de V. Ex. do {6 do correnle , * em resposta oo rriéò do 14 , em que requisitei a vinda para.as prisões de terra de tres presos politicos*, únicos que rc*tão o bordo da fragata Príncipe; sujeitando minha requisição ao juizo de V. Ex., e dando-a como não feita sc por ventura a V. Ex. fossem presentes consideroções políticas em contrario. N'essc mesmo meu officio expuz as queixas que mo tem feito os ditos presos, e sem os fazer minhas, como da redaccão do officio do V. Ex. em resposta poder-sc-hia entender, concluía di- zendo que eu entendia , á vista da informação do -carcereiro, que declarava existir segurança nas ca- dêas, dever conciliar a segurança com a humani- dade e commodidades compatíveis com a pena. Não exigi de V. Ex. a remoção de Francisco Sabino Alves, como declara o supra-mencionado officio em resposta, porque na minha deliberação, na quali- I porem somente juiz, estando prompto n respondei APPENDICE. ..¦ "***?? ¦ CATHARINA CORNER. I*. (Vide Diário de 3 , 4, 8, 9, e 10 do corrente.) O povo seguio alé as portas do palácio real de •Nicosea dois gentis homens estrangeiros vindos de Fa* magusta sem comitiva nem escolta. Um d'elles traja •elegante e fastosa veslidura que indica sua origem italiana; o oulro está embuçado no manto do bico que distingue a ordem militar dos Hospitaleiros do S. João de Jerusalém. Emquanto esperão a'audiência da rainha , os dous estrangeiros são introduzidos n'uma dis salas de palácio. ²Vou pois vel-a 1 disse o cavalleiro de Rhodes o seo companheiro. Eu não esperara esta merca in- •signe, posto não solicitasse a honra d'esta viagem -sinão para satisfazer um desejo bem triste , o de con- templàr uma mulher que tanto amei I ²Por Deus! meo charo Marco, respondeo o ip- ¦terlocuior do cavalleiro, eis-vos tornado aos bellos dias de vossa adolescência, e esta paixão que julgaes ex- tineta poderia bem avivar-se de repente e resliluir-vos os vossos vinte annos. ²Nada temais por mim, Onofrlo. Tres annos de guerras e aventuras tão diversos mudarão muilo o vosso amigo. não è o joven e brilhante pa- tricio do Broglio quem vos falia. Veneza e os pas- ¦selos em gondola, as mascaradas amorosas, as sere- natas ao luar, ai noites de jogo no Ridolto e 01 futpirot sob os balcões das bellas damas veladas, tudo iaso não vive mais para mim linõo em remota lembrança. No dia em quo, cheio de desesperação, dado de magistrado, vi rios réos sentenciados suas penas lão somente , e como estos fossem iguaes cm lodoá, sendo os motivos communs, deliberei na ge- ueralidade , sem especificar algum ; e se fiz seme- lhante requisição , foi, segundo disse no meo officio, porque V. Ex. em um seu despacho declarava a um dos presos que com requisição minha providenciaria a sua remoção. E' verdade que V. Ex. agora me diz que se tal despacho deu foi porque entendeu que a tanto me não prestaria nos presos: permilta-me V. Ex. que eu diga que me enganei com a polilica de V. Ex. , c entendi do despacho do governo que este , achando ponderosa a reclamação do preso, não quiz entrar nn jurisdição policial sem accordo do chefe da policia , que 6 privativamente encarregado de reger os pri- sões; c por isso, devendo eu não opartnr-mc, no meo emprego policial, da política da administração, prestei-me a essa selemniilado que V. Ex. exigia 110 seu despacho. N'este meu procedimento nada en- contro de conlradictorio ou extraordinário, levando minhas considerações li respeitável presença do V. Ex. para que me faça jusliça , dissipando qualquer idéa dc prevenção que a meo respeilo se possa di- visar no seo olíicio. N'cllc diz V. Ex. que existem , para serem conservados no mar, os mesmos motivos que tive para lhe requisitar _ anno passado a remo- ção de taes presos pjvra bordo de alguma embarcação de guerra : passo a dizer a V. Ex. o que oceorreu a tal respeito. Existião nns cadèas da relação muitos pre- sos politicos em janeiro d'este anno , e constou-me quo alguns d'ellcs, esquecendo o seo tlesgroçado estado , manifeslavão muita alegria, cantando o fazendo re- prcsciilaçõcs theatraes; o que, alem de perturbar u policia das prisões, se tornava escandaloso: cm con- seqüência tle taes procedimentos mondei chamar o carcereiro ; adverti o do seo dever , examinei os eau sas de semelhante condueta, o preveni sua repetição por meio de novos regulamentos que dei para o regi- men des cadías. Porem querendo tornar mais ellica- zes minhas providencias, fiz vôr aos prezos que in- fringissem as regras da ordem e policia, quo cu os removeria para as prisões do múr, o pnra esle fim di- rigi a V. Ejí. uma requisição para pôr á minha dis* posição alguma embarcação de guerra , não querendo usar cTèslò recurso senão como castigo de condueta desregrada de alguns dos presos. V. Ex. não mo res- poudeo o dito officio , c eu larguei a policia para cn- Irar nos trabalhos legislativos. A' vista d'esla minha verídica exposição, fica evidente que uma requisição minha hoje cm sentido contrario não envolveria con- tradiçção. Diz mais V. Ex. , quo não podendo eu cs tor convencido da conveniência da remoção agora condicionalmente pedida, me determinaria a cila por outros principios dc politiea: os,principios que sigo na .minha administração judicial são os da consti- luição c da lei, de quem sou unicamente executor; c não são somente agora observados por mim , para se figurar que abracei uma palilica nova; pois que é publico n'esla cidade que triuniphanle a rebellião de 7 de novembro , antes de existir uma força em apoie da lei, apparcci c incorri para sua organisação, c durante a luta não poupei trabalhos com risco de minha própria vida ; porem depois do triumpho da lei procurei sustentar o lugar dc magistrado, que é o da imparcialidade, não me tornando perseguidor, abandonei minha pátria o minha familia para ir pedir ú religião e á gloria um balsamo que cicatri- sasse minhas feridas , eu tinha dilo eterno adeos a todas essas vaidades da terra. Permanecerei liei aos votos que pronunciei: Onofrio, eu me sinto forte e sem medo aqui como sobre a brecha do Nc- groponto, onde affrontei o furor dos inimigos da christandade, vós não o ignoraes. ²Marco, tende cuidado! tomou o gentilhomem de gibão de veludo. O manto de professo ornado com a cruz. de oito pontas não preserva melhor do amor do que o alfange dos infiéis. Apesar de vossa cora- gem e audácia , lembroc-vos que o assalto de Nc- groponto vio correr vosso sangue. Lernbrao vos de juramento que sobre os degrãos do altar fizestes a Deus omnipotente, à gloriosa Virgem Maria , ao se* nhor S. João Uaptisia (mediante suo graça ) de vi- ver tem fortuna c guardar castidade assim como con- vem a todo bom religioso eatholico. ²E' inútil repetir mo Onofrio, replicou o cavai- leiro de S. João. Terminada a minha missão, lor- no a partir, c enlão ajuizareis so livo rasão do vos fallar assim. Demais, quando me supposcsseis algum pensamento culpavel, por ventura a rainha de Chy- pre se mostraria para commigo menos inclemente do que o foi Catharina Comer? Nãol em meo cora- ção como no d.lla, tudo está acabado, exlincto, dis- perso pela tormenta da vida! Vel-a-hei, não sem emoção , mas sem pesares. Ella ba de olhar para mim sem talvez me distinguir sinão por meo nome lica- do em uma dobra dc sua memória, e que lhe arran- cará quando muito uma lembrança de indiflerença. Para vossa felicidade e para descanço meo, disse Onofrio que com ar pensativo apertou a mão de seo amigo , deixão Nicosea o ilha do Chypre logo que ti ver.los resposta á missão do grão-mestre. Vossa presença o'esta cidade uão e bem olhada pelo liiy sempre pelos meus actos, tendo tido a coragem do arrastar o odiosidade dc algnns imprudentes compa- nheiros da legalidade, ainda mesmo na maior eller- vesceneia das paixões. E que oulra politiea poderia eu ter, que não fosse a mesma do V. Ex. , e do todas as autoridades , isto ú , a guarda fiel da cons- tiluição , a defesa do nosso augusto monarca, o sustentação da integridade c das leis do império ? São estes os únicos objectos que tenho em vista , desejando a trnnquillidade de minha provincia , onde vivo, o onde viverei , se o consentirem : onde existe o pouco que tenho ou possa ter, onde residen; os meus parentes o amigos*, onde finalmente vi a existência. Por tudo isto lenho sacrificado minha vida , quando outros que pretendem cnnegrcccr minha con- dueta existião no ócio ,e nos prazeres. Os tres presos que existem n bordo da fragata Príncipe potlião estar cm torra sem o menor receio, e n'isto faço justiça á minha provincia e á V. Ex. ; aquella , porque tendo sofrido os terríveis males da desorganisação civil ha tão pouco tempo , julgo-a ca- paz de munter a tranquülidadc e a ordem ; e á Y. Ex. , porque entendo que não são treis miseráveis presos, despidos de todos os recursos, os quo pode- rião ameaçar a administração do V. Ex. que ha dous annos, e depois de um tão terrível exemplo, deve certamente ter firmado os elementos da ordem em bases mais seguras. Alem d'isto, entrando no exer- ciclo do meu emprego, achei em lerra o presidente da republica de 7 dc novembro , o commandanle do exercito, os ministros do figurado eslado , e com- mandante das brigadas ; c á vista da possibilidade do estarem estes sem perigo nas prisões, como po- deria cu pensar que fi aquelles trez farião perigar a causa publica ? Tanta honra não lhes quero nem devo dar! 1! Como porem minha requisição foi su- jeito desde o principio 00 juizo prudente o escla- rec.ido de V. Ex. , eu não insisto n'ella à visla do officio cm resposta, e nem mesmo julgo dever elTec- luar à remoção do preso José Joaquim Leite, a respeilo tle quem V. Ex. diz-me ter exigido para sua remoção requisição minha , julgando a quu -lanto me não prestaria, classificando por conseguinte dc excessiva a prestação minha', mesmo a respeito do referido preso. Eu como nada móis desejo que marchar de ncor- do com V. Ex. , quo me fará justiça do que outra polilica não tenho que a da execução das leis , re- liro desde minha requisição para remoção dos trez presos abordo da fragata, principalmente sendo informado por V. Ex. de quo os motivos nllegados pelos representantes são falsos, e elles gosão de ár saluhre c comiila necessária á sua subsistência. Deus guarde o V. Ex. Bahia, 17 dc dezembro de 183!). *— lllm.0 e Exm.0 Sr. presidente da provin- cia. —• Francisco Gonçalves Martins , juiz dc di- reito chefo de policia.( Constitucional. ) 1 11 111 i-.ii.inii innu 1 111 ¦-¦¦-¦¦¦————¦¦ II MAMO DO RIO. lO DE JANEIRO; A REMOÇÃO DO SR. GONÇALVES MARTINS. Noticiando ao publico a remoção^que fizera Nascimento do sol ás 8 lt,. 20 m. e 86 scg. Oceaso ás fi h. 31) ni. e 4 se?. o governo imperial do. juiz de direito chefe da policia da Bahia, Francisco Gonçalves Mar- tins, para a comarca de Itapemerim , dis- semos que o publico assignalava a este golpe (testado ministerial, que certo alienará da administração gran.de parte da deputoção da - Bahia, causas patentes eoceultas. Todos en- xergavão no juiz dc direito removido o pro- tector exagerado e ató criminoso dos rcvol- tosos de 7 de novembro, que ainda esperão nas prisões a punição de seus crimes, o o olíicio do presidente da provincia da Bahia que aqui foi publicado, sem o oííicio do chefe de policia que a essa resposta dera ori- gem, nem o subsequente olíicio do chefo da policia contestando essa resposta,, muito se prestou para que essa opinião tomasse corpo e se firmasse. Custava-nos a crer que o governo actual desse um tal exemplo de força e energia, arriscasse-se a desavir-se com a maioria da deputaçáo bahiana, quando viamos e vemos ainda seu desleixo o inércia a respeito do empregados, como verbi grutià , Silva Ta- vares no Bio Grande do Sul, que tem dado sobejas provas de insubordinação e resisten- cia ás ordens do governo; mas nunca falta tempo ao peccador para arrepender-se, e nós felicitávamos ac paiz por esse retorno da admi- nistração aos verdadeiros princípios da política forte, única porque hoje se deve reger o império. Os officios que hoje publicamos o que forao também publicados pelo Jornal do Com- mereio nos obrigão a mudar de opinião não relativamente ao chefe da policia da Bahia, como lambem a respeito das causas que de- terminarão a sua remoção; e infelizmente para nós, qnc nunca tivemos intento de lucrar transigindo lorpemenlc com a consciência , teremos ainda de julgar o ministério ornes- mo que era antes d'essa remoção, e dc- piorar que cegos marchem com passos gi- ganlescos para seu inteiro descrédito, e para ?a perdição da nação. Pelas peças olllciaes que hojo publicamos se podo vôr claramente que o oííicio escrip- to pólo chefe da policia da Bahia não e mo- livo suflicienle nem plausível para delcrmi- nar a remoção d'esse magistrado, o serve para qualificar o acto ministerial como uma ar- bitrariedade c despotismo do ministro que re- ferendou o decreto removendo o Sr. Gon- cabes Martins para Itapemerim. Talvez que S. Ex. não desse' cauza alguma n'cssc der lo, previno-vos d'isso entro nós. A republica entra facilmente em suspeita; não vos exponhaes a seos perigosos ciúmes. ²Sei de que .excessos ella 6 capaz, respondeo Marco Vcnicr, e , posto tpje longe da esphera onde sc estende seo terror inquistorial, nüo me considero como fora de seo alcance. Vós mesmo, Onofrio, lembraes-vos d'esse dia em que fostes obalroado no meio da praça de S. Marcos por um senador mas- carado e conduzido ao palácio ducal, onde Veneza toda vos julgava bem sepultado para sempre, pobre Onofrio! Uma graça do eco vos tirou de não sei como. Não me conlastes essa historia.... ²Nunca me interrogueis ú cerca d'essa aventura, Marco , si sois meo amigo , inlerrompeo Onofrio, que ficou todo tremulo a esta simples pergunta. Uma vez por todas nunca pronuncieis diante de mim o nome dos inquisidores dee slado. Silencio 1 ha pala- vras que entreabrem abysmos. Aqui como sob as ar- cadas da Piazetta, ha bocas de mármore onde a delação cabe em silencio e mata com mais rapidez do que o veneno | Onofrio revolvia em torno de si olhos espavoridos que lançarão a perturbação na alma de Marco. A chegada do grão-senescal inlerrompeo esta singular conversação. Marco foi conduzido a audiência dt rainha. A ontrevista dc Catharina e do embaixador de Rhodes, na presença do grão-senescal do palácio , se assemelhou em tudo às oulras ceremonias d'esla cs- pecic. Foi fria c inútil, ao menos quanto aos dis- cursos que provocou. Pon-m , sob essa friesa appa- rente, sobre esse denso véo que não podião atravessar olhos vulgares, ai almas de Calhariua e de Marco se comprehenderão. -Caibarina tecoiiheceo quo a paixão do seo amante nada lm vln perdido com a ausência; Marco advinhou que a rainha tinha que pedir-lhe umi prova estrondosa de dedicação. Quando lindou a audiência a rainha de Chypre levantou-se do sua poltrona, c, dando um passo para o cavalleiro de S. João. ²Sr. embaixador, disse ella estendendo-lhe um papel, aqui tendes a resposta do que vos incumbo para a princeza Carlota de Lusignan. Marco fez uma cortesia c sahio. Assim quo se achou fora do aposento da rainha, rasgou o capa da carta que acabava dc receber. ²Para mim 1 exclamou ello ao ler seu nome èf> cripto na primeira linha por mão bem conhecida. Po- tenciai do céot é mesmo a mim que ella escreve! Cobrio do beijos aquelle papel querido, ao qual nun- ca houvera ousado aspirar a mais exagerada illusão de seu omor; e, com os olhos arrasados de dóces lagri- mas, cheio o peito de suspiros, permanecco algum tem- po interdicto, tremulo, incapaz de ler este bilheto que a profunda perturbação de sua alma fazia va- ciliar como uma chama ante seus olhos. Entretanto conseguio lúl-o ; depois, de repente , percorrendo a grandes possos as salas do palácio, arrojou-se como um insensato para a praça publica, a qual otrovea- sou ropidomenie para ir entranhar-so nas estreitos e populosas ruas de Nicosea. Entretanto que se passavão estas coisas, 09 tíw da rainha, que no caminho de Fémagusta tinhão si- do informados do desembarque e partida para Nice- sea do embaixador de Rhodes e do geutilhomem ve- nesiano que o acompanhava , tinhão tornado porá traz. Depois de haverem alguns instantes confereoclado com o Rayle, tinhão voltado apressadamento pira pala- cio, e, 10b o pretexto do um pasteio necessárioásua saúde, constrangido o rei Jacques a montar a ca- vallo o Ir com elles, rodeado de uma companhia da guarda que elles commandavão , pnra uma cata ds campo sita a pouca diittncia da capital. 0 demo-
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porte, ao Editor do Diário.

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S.. Paulo, Itagoaiiy, S. João do Príncipe. Rezende,Raepcndy , Campanha , Pouzo Alegre , Freguesia dePouzo Alto, Pirahy, Arrozal , Angra dos Reis,Paraly, Mangaratiba, Freguesia deMambucaba : 2 ,

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Campos dosUoütacazes, Macahé, S. João da Rarro ,Arraial da barra do Rio dc S. João, Maricá, AI-déá de S. Pedro, e Cidade de Cabo Frio: 3,8,13, 18, 23, e 2S.

CantagAllo , Nova Friburga, Mogé , Santo Anloniode Sá , S. João de llaborahy, Freguezia de S. Rer-nabé , c Santa Anna : 2 , 12 , e 28.

Nictheroy : todos os dias.

SP-HA&BB 2311 m.1ÍÍÁm.-. t. ¦

a 4, ás 6 h. 27' e 88" da tarde.a 12 , ás 8 h. 8' e 16" da manhã.a 18 , ás 9 li. 41' e 28" da tarde.a 26. ás 10 h. 41' e 46" da manhã.

Nascimento da lua úos 12 111. da lorde.Oceaso áos 36 m. da manhã

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HEMOÇÃO DOS PIIESOS DA PRISÃO DE MAU PARA TERRA.

Requisição do juiz-de direito chefe de policia.lllm.0 o Exm.0 Sr. — Tendo-me sido presentes di-

versas representações dos preso? políticos existentes nafragata * Príncipe Imperial, allegando a inconstitu-«tonalidade de suas prisões, as privações que sofrem,

que são muito alem das que legalmente devem acom-

panhar essa pena , o perigo da vida resultante detaes privações, o exemplo de outros presos, igual-mente importantes e chefes da rebellião, que gosao deoutros eommodos , em conclusão pedindo sua remoção

para as prisões dc lerra; ordenei ao carcorciro queinformasse se nas ditas prisões existia a necessáriasegurança., o o motivo por que forão removidos:obtive em resposta que a segurança existia, o quea remoção fera ordenada com o apoio do nome deV. Ex.; em conseqüência do quo deixei de defirirao pedido dos representantes, os quaes me apresen-tirão novos despachos de V. Ex. , declarando que«om requisição d'esle juizo ordenaria a remoção pre-tendida. A' vista do desporlio de V. Ex. espacei orequisição, e tenho sido instado com novas repre-•sentaçõos a. respeito do mesmo objecto , as quaesme tem convencido de quo não posso deixar de de-firir aos ditos representantes , porquo consilia so assima segurança com as commodidades compatíveis . e•com a humanidade. Como porem , em rasão da qun-lidade do crime, V. Ex. possa ter diversas consi-derações do política quo influão nn tranqüilidade pu-blica, e que lhe devem ser presentes mais do quea qualquer outra autoridade subalterna , o meodefirimento é sempre dado com sujeição & esta con-«ideração, até mesmo porquo em nome de V. Ex.teve lugar a dita remoção.Portanlo , senão obstoremalgumas considerações cm* contrario , requisito a V.Ex. a vinda para as cndôas publicas da relação , doscriminosos retidos na fragata Príncipe.

Dáiis guarde a V. Ex, Rnbia, 14 de dezembroda 1839. — lllm.0 e Exm.0 Srw presidenle da pro-vincia. — Francisco Gonçalves Martins , juiz dc di-reito chefe de. policia.

( Em 30 de dezembro passado publicamos a respostado presidente da província a este officio. )

Resposta do juiz de direito chefe de policia aoofficio-do presidente.

Hlm> bljxm.0 Sr. — Recebi o officio de V. Ex.do {6 do correnle , * em resposta oo rriéò do 14 ,em que requisitei a vinda para.as prisões de terrade tres presos politicos*, únicos que rc*tão o bordoda fragata Príncipe; sujeitando minha requisiçãoao juizo de V. Ex., e dando-a como não feita sc

por ventura a V. Ex. fossem presentes consideroções

políticas em contrario. N'essc mesmo meu officio expuzas queixas que mo tem feito os ditos presos, e semos fazer minhas, como da redaccão do officio do V.Ex. em resposta poder-sc-hia entender, concluía di-zendo que eu entendia , á vista da informação do-carcereiro, que declarava existir segurança nas ca-dêas, dever conciliar a segurança com a humani-dade e commodidades compatíveis com a pena.

Não exigi de V. Ex. a remoção de Francisco SabinoAlves, como declara o supra-mencionado officio em

resposta, porque na minha deliberação, na quali- I porem somente juiz, estando prompto n respondei

APPENDICE...¦ — "***?? ¦

CATHARINA CORNER.

I*.

(Vide Diário de 3 , 4, 8, 9, e 10 do corrente.)

O povo seguio alé as portas do palácio real de•Nicosea dois gentis homens estrangeiros vindos de Fa*magusta sem comitiva nem escolta. Um d'elles traja•elegante e fastosa veslidura que indica sua origemitaliana; o oulro está embuçado no manto do bicoque distingue a ordem militar dos Hospitaleiros doS. João de Jerusalém. Emquanto esperão a'audiênciada rainha , os dous estrangeiros são introduzidos n'umadis salas de palácio.

Vou pois vel-a 1 disse o cavalleiro de Rhodeso seo companheiro. Eu não esperara esta merca in-•signe, posto não solicitasse a honra d'esta viagem-sinão para satisfazer um desejo bem triste , o de con-templàr uma mulher que tanto amei I

Por Deus! meo charo Marco, respondeo o ip-¦terlocuior do cavalleiro, eis-vos tornado aos bellos diasde vossa adolescência, e esta paixão que julgaes ex-tineta poderia bem avivar-se de repente e resliluir-vosos vossos vinte annos.

Nada temais por mim, Onofrlo. Tres annosde guerras e aventuras tão diversos mudarão muiloo vosso amigo. Jà não è o joven e brilhante pa-tricio do Broglio quem vos falia. Veneza e os pas-¦selos em gondola, as mascaradas amorosas, as sere-natas ao luar, ai noites de jogo no Ridolto e 01futpirot sob os balcões das bellas damas veladas,tudo iaso não vive mais para mim linõo em remotalembrança. No dia em quo, cheio de desesperação,

dado de magistrado, vi rios réos sentenciados suaspenas lão somente , e como estos fossem iguaes cmlodoá, sendo os motivos communs, deliberei na ge-ueralidade , sem especificar algum ; e se fiz seme-lhante requisição , foi, segundo disse no meo officio,porque V. Ex. em um seu despacho declarava a umdos presos que com requisição minha providenciariaa sua remoção.

E' verdade que V. Ex. agora me diz que se taldespacho deu foi porque entendeu que a tanto menão prestaria nos presos: permilta-me V. Ex. queeu diga que me enganei com a polilica de V. Ex. ,c entendi do despacho do governo que este , achandoponderosa a reclamação do preso, não quiz entrarnn jurisdição policial sem accordo do chefe da policia ,que 6 privativamente encarregado de reger os pri-sões; c por isso, devendo eu não opartnr-mc, nomeo emprego policial, da política da administração,prestei-me a essa selemniilado que V. Ex. exigia110 seu despacho. N'este meu procedimento nada en-contro de conlradictorio ou extraordinário, levandominhas considerações li respeitável presença do V.Ex. para que me faça jusliça , dissipando qualqueridéa dc prevenção que a meo respeilo se possa di-visar no seo olíicio. N'cllc diz V. Ex. que existem ,para serem conservados no mar, os mesmos motivosque tive para lhe requisitar _ anno passado a remo-ção de taes presos pjvra bordo de alguma embarcaçãode guerra : passo a dizer a V. Ex. o que oceorreu atal respeito. Existião nns cadèas da relação muitos pre-sos politicos em janeiro d'este anno , e constou-me quoalguns d'ellcs, esquecendo o seo tlesgroçado estado ,manifeslavão muita alegria, cantando o fazendo re-prcsciilaçõcs theatraes; o que, alem de perturbar upolicia das prisões, se tornava escandaloso: cm con-seqüência tle taes procedimentos mondei chamar ocarcereiro ; adverti o do seo dever , examinei os eausas de semelhante condueta, o preveni sua repetiçãopor meio de novos regulamentos que dei para o regi-men des cadías. Porem querendo tornar mais ellica-zes minhas providencias, fiz vôr aos prezos que in-fringissem as regras da ordem e policia, quo cu osremoveria para as prisões do múr, o pnra esle fim di-rigi a V. Ejí. uma requisição para pôr á minha dis*posição alguma embarcação de guerra , não querendousar cTèslò recurso senão como castigo de conduetadesregrada de alguns dos presos. V. Ex. não mo res-poudeo o dito officio , c eu larguei a policia para cn-Irar nos trabalhos legislativos. A' vista d'esla minhaverídica exposição, fica evidente que uma requisiçãominha hoje cm sentido contrario não envolveria con-tradiçção. Diz mais V. Ex. , quo não podendo eu cstor convencido da conveniência da remoção agoracondicionalmente pedida, me determinaria a cila poroutros principios dc politiea: os,principios que sigona .minha administração judicial são os da consti-luição c da lei, de quem sou unicamente executor;c não são somente agora observados por mim , parase figurar que abracei uma palilica nova; pois queé publico n'esla cidade que triuniphanle a rebellião de7 de novembro , antes de existir uma força em apoieda lei, apparcci c incorri para sua organisação, cdurante a luta não poupei trabalhos com risco deminha própria vida ; porem depois do triumpho da leiprocurei sustentar o lugar dc magistrado, que é oda imparcialidade, não me tornando perseguidor,

abandonei minha pátria o minha familia para irpedir ú religião e á gloria um balsamo que cicatri-sasse minhas feridas , já eu tinha dilo eterno adeosa todas essas vaidades da terra. Permanecerei lieiaos votos que pronunciei: Onofrio, eu me sintoforte e sem medo aqui como sobre a brecha do Nc-groponto, onde affrontei o furor dos inimigos dachristandade, vós não o ignoraes.

Marco, tende cuidado! tomou o gentilhomemde gibão de veludo. O manto de professo ornado coma cruz. de oito pontas não preserva melhor do amordo que o alfange dos infiéis. Apesar de vossa cora-gem e audácia , lembroc-vos que o assalto de Nc-groponto vio correr vosso sangue. Lernbrao vos dejuramento que sobre os degrãos do altar fizestes aDeus omnipotente, à gloriosa Virgem Maria , ao se*nhor S. João Uaptisia (mediante suo graça ) de vi-ver tem fortuna c guardar castidade assim como con-vem a todo bom religioso eatholico.

E' inútil repetir mo Onofrio, replicou o cavai-leiro de S. João. Terminada a minha missão, lor-no a partir, c enlão ajuizareis so livo rasão do vosfallar assim. Demais, quando me supposcsseis algumpensamento culpavel, por ventura a rainha de Chy-pre se mostraria para commigo menos inclemente doque o foi Catharina Comer? Nãol em meo cora-ção como no d.lla, tudo está acabado, exlincto, dis-perso pela tormenta da vida! Vel-a-hei, não sememoção , mas sem pesares. Ella ba de olhar para mimsem talvez me distinguir sinão por meo nome lica-do em uma dobra dc sua memória, e que lhe arran-cará quando muito uma lembrança de indiflerença.

Para vossa felicidade e para descanço meo, disseOnofrio que com ar pensativo apertou a mão de seoamigo , deixão Nicosea o • ilha do Chypre logo queti ver.los resposta á missão do grão-mestre. Vossapresença o'esta cidade uão e bem olhada pelo liiy

sempre pelos meus actos, tendo tido a coragem doarrastar o odiosidade dc algnns imprudentes compa-nheiros da legalidade, ainda mesmo na maior eller-vesceneia das paixões. E que oulra politiea poderiaeu ter, que não fosse a mesma do V. Ex. , e dotodas as autoridades , isto ú , a guarda fiel da cons-tiluição , a defesa do nosso augusto monarca, osustentação da integridade c das leis do império ?São estes os únicos objectos que tenho em vista ,desejando a trnnquillidade de minha provincia , ondevivo, o onde viverei , se o consentirem : ondeexiste o pouco que tenho ou possa ter, onde residen;os meus parentes o amigos*, onde finalmente vi aexistência. Por tudo isto lenho sacrificado minha vida ,quando outros que pretendem cnnegrcccr minha con-dueta existião no ócio ,e nos prazeres.

Os tres presos que existem n bordo da fragataPríncipe potlião estar cm torra sem o menor receio,e n'isto faço justiça á minha provincia e á V. Ex. ;aquella , porque tendo sofrido os terríveis males dadesorganisação civil ha tão pouco tempo , julgo-a ca-paz de munter a tranquülidadc e a ordem ; e á Y.Ex. , porque entendo que não são treis miseráveispresos, despidos de todos os recursos, os quo pode-rião ameaçar a administração do V. Ex. que ha dousannos, e depois de um tão terrível exemplo, devecertamente ter firmado os elementos da ordem embases mais seguras. Alem d'isto, entrando no exer-ciclo do meu emprego, achei em lerra o presidenteda republica de 7 dc novembro , o commandanledo exercito, os ministros do figurado eslado , e com-mandante das brigadas ; c á vista da possibilidadedo estarem estes sem perigo nas prisões, como po-deria cu pensar que fi aquelles trez farião perigara causa publica ? Tanta honra não lhes quero nemdevo dar! 1! Como porem minha requisição foi su-jeito desde o principio 00 juizo prudente o escla-rec.ido de V. Ex. , eu não insisto n'ella à visla doofficio cm resposta, e nem mesmo julgo dever elTec-luar à remoção do preso José Joaquim Leite, arespeilo tle quem V. Ex. diz-me ter exigido parasua remoção requisição minha , julgando a quu -lantome não prestaria, classificando por conseguinte dcexcessiva a prestação minha', mesmo a respeito doreferido preso.

Eu como nada móis desejo que marchar de ncor-do com V. Ex. , quo me fará justiça do que outrapolilica não tenho que a da execução das leis , re-liro desde já minha requisição para remoção dostrez presos abordo da fragata, principalmente sendoinformado por V. Ex. de quo os motivos nllegadospelos representantes são falsos, e elles gosão de ársaluhre c comiila necessária á sua subsistência.

Deus guarde o V. Ex. Bahia, 17 dc dezembro de183!). *— lllm.0 e Exm.0 Sr. presidente da provin-cia. —• Francisco Gonçalves Martins , juiz dc di-reito chefo de policia. ( Constitucional. )

1 11 111 i-.ii.inii innu 1 111 ¦-¦¦-¦¦¦————¦¦ II

MAMO DO RIO.lO DE JANEIRO;

A REMOÇÃO DO SR. GONÇALVES MARTINS.

Noticiando ao publico a remoção^que fizera

Nascimento do sol ás 8 lt,. 20 m. e 86 scg.Oceaso ás fi h. 31) ni. e 4 se?.

o governo imperial do. juiz de direito chefeda policia da Bahia, Francisco Gonçalves Mar-tins, para a comarca de Itapemerim , dis-semos que o publico assignalava a este golpe(testado ministerial, que certo alienará daadministração gran.de parte da deputoção da -Bahia, causas patentes eoceultas. Todos en-xergavão no juiz dc direito removido o pro-tector exagerado e ató criminoso dos rcvol-tosos de 7 de novembro, que ainda esperãonas prisões a punição de seus crimes, o oolíicio do presidente da provincia da Bahiaque aqui foi publicado, sem o oííicio dochefe de policia que a essa resposta dera ori-gem, nem o subsequente olíicio do chefoda policia contestando essa resposta,, muitose prestou para que essa opinião tomasse corpoe se firmasse.

Custava-nos a crer que o governo actualdesse um tal exemplo de força e energia,arriscasse-se a desavir-se com a maioria dadeputaçáo bahiana, quando viamos e vemosainda seu desleixo o inércia a respeito doempregados, como verbi grutià , Silva Ta-vares no Bio Grande do Sul, que tem dadosobejas provas de insubordinação e resisten-cia ás ordens do governo; mas nunca faltatempo ao peccador para arrepender-se, e nósfelicitávamos ac paiz por esse retorno da admi-nistração aos verdadeiros princípios da políticaforte, única porque hoje se deve reger oimpério.

Os officios que hoje publicamos o que jáforao também publicados pelo Jornal do Com-mereio nos obrigão a mudar de opinião nãosó relativamente ao chefe da policia da Bahia,como lambem a respeito das causas que de-terminarão a sua remoção; e infelizmente paranós, qnc nunca tivemos intento de lucrartransigindo lorpemenlc com a consciência ,teremos ainda de julgar o ministério ornes-mo que era antes d'essa remoção, e dc-piorar que cegos marchem com passos gi-ganlescos para seu inteiro descrédito, e para?a perdição da nação.

Pelas peças olllciaes que hojo publicamosse podo vôr claramente que o oííicio escrip-to pólo chefe da policia da Bahia não e mo-livo suflicienle nem plausível para delcrmi-nar a remoção d'esse magistrado, o serve paraqualificar o acto ministerial como uma ar-bitrariedade c despotismo do ministro que re-ferendou o decreto removendo o Sr. Gon-cabes Martins para Itapemerim. Talvez queS. Ex. não desse' cauza alguma n'cssc der

lo, previno-vos d'isso entro nós. A republica entrafacilmente em suspeita; não vos exponhaes a seosperigosos ciúmes.

Sei de que .excessos ella 6 capaz, respondeoMarco Vcnicr, e , posto tpje longe da esphera ondesc estende seo terror inquistorial, nüo me considerocomo fora de seo alcance. Vós mesmo, Onofrio,lembraes-vos d'esse dia em que fostes obalroado nomeio da praça de S. Marcos por um senador mas-carado e conduzido ao palácio ducal, onde Venezatoda vos julgava bem sepultado para sempre, pobreOnofrio! Uma graça do eco vos tirou de lá nãosei como. Não me conlastes essa historia....

Nunca me interrogueis ú cerca d'essa aventura,Marco , si sois meo amigo , inlerrompeo Onofrio,que ficou todo tremulo a esta simples pergunta. Umavez por todas nunca pronuncieis diante de mim onome dos inquisidores dee slado. Silencio 1 ha pala-vras que entreabrem abysmos. Aqui como sob as ar-cadas da Piazetta, ha bocas de mármore onde adelação cabe em silencio e mata com mais rapidezdo que o veneno |

Onofrio revolvia em torno de si olhos espavoridosque lançarão a perturbação na alma de Marco. Achegada do grão-senescal inlerrompeo esta singularconversação. Marco foi conduzido a audiência dtrainha.

A ontrevista dc Catharina e do embaixador deRhodes, na presença do grão-senescal do palácio , seassemelhou em tudo às oulras ceremonias d'esla cs-pecic. Foi fria c inútil, ao menos quanto aos dis-cursos que provocou. Pon-m , sob essa friesa appa-rente, sobre esse denso véo que não podião atravessarolhos vulgares, ai almas de Calhariua e de Marco secomprehenderão. -Caibarina tecoiiheceo quo a paixãodo seo amante nada lm vln perdido com a ausência;Marco advinhou que a rainha tinha que pedir-lhe umi

prova estrondosa de dedicação. Quando lindou aaudiência a rainha de Chypre levantou-se do suapoltrona, c, dando um passo para o cavalleiro deS. João.

Sr. embaixador, disse ella estendendo-lhe umpapel, aqui tendes a resposta do que vos incumbopara a princeza Carlota de Lusignan.

Marco fez uma cortesia c sahio. Assim quo se achoufora do aposento da rainha, rasgou o capa da cartaque acabava dc receber.

Para mim 1 exclamou ello ao ler seu nome èf>cripto na primeira linha por mão bem conhecida. Po-tenciai do céot é mesmo a mim que ella escreve!

Cobrio do beijos aquelle papel querido, ao qual nun-ca houvera ousado aspirar a mais exagerada illusão deseu omor; e, com os olhos arrasados de dóces lagri-mas, cheio o peito de suspiros, permanecco algum tem-po interdicto, tremulo, incapaz de ler este bilhetoque a profunda perturbação de sua alma fazia va-ciliar como uma chama ante seus olhos. Entretantoconseguio lúl-o ; depois, de repente , percorrendo agrandes possos as salas do palácio, arrojou-se comoum insensato para a praça publica, a qual otrovea-sou ropidomenie para ir entranhar-so nas estreitos epopulosas ruas de Nicosea.

Entretanto que se passavão estas coisas, 09 tíwda rainha, que no caminho de Fémagusta tinhão si-do informados do desembarque e partida para Nice-sea do embaixador de Rhodes e do geutilhomem ve-nesiano que o acompanhava , tinhão tornado porá traz.Depois de haverem alguns instantes confereoclado como Rayle, tinhão voltado apressadamento pira pala-cio, e, 10b o pretexto do um pasteio necessárioásuasaúde, constrangido o rei Jacques a montar a ca-vallo o Ir com elles, rodeado de uma companhia daguarda que elles commandavão , pnra uma cata dscampo sita a pouca diittncia da capital. 0 demo-

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creto alem da celebrada utilidade publica ,que cada ministro entende como lhe con-\6m, mas o certo é quo em falta de publi-cações olliciaes como hoje estamos, devemosprocurar os motivos ou rasóes dos actos mi-nisteriaes no que dizem os amigos o dèfen-sores do ministério, e todos elles una vocêdiziáo a quem os queria ouvir que a cauzadà remoção do chefe da policia da Bahia eraa protecçâo que elle dava aos rebeldes sen-tenciados dc 7 de novembro.

Lendo os oíficios que hoje publicamos, ve-rão os leitores quc nem um motivo plausi-vel deo o chefe da policia da Bahia para serremovido, e por conseqüência devemos con-cluir quc motivos oceultos influirão para esseexforço ministerial: — quaes serão elles? —

poderíamos avental-os, mas não desejamosentrar em questões em que só poderemos dis-cutir por conjecturas, e aguardamos quc sereunão as câmaras, para quo este c outrosfactos que jazem por ora sob capa sejão pa-tentes á luz publica.

Não faremos commcntirrios a estes oíficios,elles por si se explicão claramente, e de-rnonstrão a arbitrariedade do ministério.

Lô-se no Jornal do Commercio:Consta-nos que o Sr. Pedro Labatut aca-

ba dc ser promovido ao posto de marechalde campo, c quo vae para S. Paulo to-mar o commando da divisão do brigadeiroCunha.

O Jornal do Commercio diz que é inexactaa noticia que demos de ter o Sr. Luiz Ma-nuel sido nomeado official maior da secre-taria do império. Tambem nos aceusamosda inexactidão. Não sabemos todavia si ocollega pretende negar o despacho; si as-sim ó, desejáramos que nos dicesse si estáautorisado para isso, já que o ministérionão se digna-'mandar essas noticias e des-mentidos para o Correio, orgã o official daadministração na imprensa.Ml mil imumiiinii __g°ggg___*___g___«»55! —

E D I T A E S.

Joiio dn Costa Freilas, juiz dc paz doi.° dislricto da freguesia de Nossa Senho-ra da Gloria , ele. — Fuço saber aos meos(concidadãos, quo me acho no exercicio, doreferido enrgo, e que as audiências d'eslejuiso continuão a ser nos dias dc quartade todas as semanas; pelas lo horas da ma-nha, em ca«a de miuha residência adiantedas Águas Férreas n. 8G ; onde tambemdespacharei n toda e qualquer hora do di»que se faça mister, Ii para quu chegue ànoticio'de todos mandei passar, e o/fixaro presenle, e publicar pelos jornaes. Rio,em 5 de januiro do l84o. E eu Monuel Ro-drigues dos Heis , escrivão que o escrevi.

João da Costa Freitas.—Jóíío Caetano do Oliveira Guimarães ,*

juiz de paz do .2.° dislricto da freguezia deMossa Senhora da Gloria , etc. —Fpço sa-ber nos moradores d'eslc districto que ain-da nao se appresenlarao aos respectivos inspeclores de quarteirões, c feito entrega desuns listas, para 6e procederão listamcnlogeral no corrente anno, quo o deveraõ fa-zer no prazo de 8 dias contados da publi-cnçâo d'este. Os infractores serão mullndos

„ íurado monarcha , apenas chegou à quinta onde seustyrannos havião assignado o termo de sua demasiadalonga agonia, experimentou novo ataque de sua mo*lestia e foi ceremoniosamenle levado a um leito dc.estado donde não devia mais levantar-se. O doutorvenesinno foi introduzido no quarto onde havia sidodepositada a sua viclima. Andréa Corner lhe indicou.com o dedo aquello corpo sem pulso e sem calor. Odoutor se inclinou sobre o corpo, e, com ar trium-phanle disse, erguendo a cabeça:ei.i— O rei està morto, meus Srs.

Relâmpago de alegria brilhou nos olhos de MarcoBembo e de Andréa Corner. Andréa tirou da paredeum espelho que poz diante da cara do soberano, efez ver a Bembo que nenhum bafo lhe vinha emba-"ciar a superíicie. O «medico recebeo ordem de se re-tirar e dc occultar a noticia a todo o mundo, até omomento em que os tios de Catharina julgassem a pro-posito, divulgal-a. Quando o doulor ia pondo o pé fó-rado aposento, um son ido de vozes relumbou na ex-tfremidade da galeria visinha, e este rumor so foi ca-da voz mais augmentando, tanto que ao cabo de al-guns minutos se distiuguirão as passadas de varias pessoas quese dirigião para o quarto do rei, apesar da"severa

prohibição de não deixar ninguém se approxl-mar. Marco Bembo lançou seu manto sobro o cada-ver de Jacques. Andréa esculou. Os brados: A rai-ilha! a rainha! romperão em ílm de todos os lados.Abrio «c a porta , Catharina apparecco. Seus tios seinclinarão ante ella e lhe tomarão o mão que levarãohypocritomente aos lábios. A um aceno de Andréa ,o capitão da guarda fez recuar os gentishomens e of-liciocs do palácio que cetnsigo trouxera Catharina.

— Hclla sobrinha , disse Marco Bembo ,' tentandoum sorriso, não vos esperávamos a esta bora.

i «-Sede bcmvida, proteguio Andréa, e, qualquer

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na forma do § i5 titulo y*;'«iei.Çíro s.» docódigo d epostura municipaes. E .para quecliogue ao conhecimento de lodo-.; mandeipassnr o presente edital, e publicor pelosjornaes a íim do que nao a leg jem ignorai»cia. Rio de Jeneiro 9 de janeiro de 1840.E eu Manuel Luiz Pereiro de Andrade, es-crivao que o escrevi, João Caetano dc Oli-veira Guimarães.

O doutor José Alves Carneiro, juiz depaz do 1.° districto da freguezia de Santa An-na. — Recommenda o todos os Srs. insp.*clores de quarteirões do mesmo districto quc ha-jau de exigir com o maior brevidade possivelas listas de familia de Iodos os moradores dosditos quarteirões, de quc trota o artigo 17das instrucções do 2& de abril do 1855 ,com especificada menção dos nomes de lo-dos os moradores dc cada caso, n. d'ella ,nação, idade, estado, emprego, erendimen-lo dos dilosmoroderes, a íim de servirem debase ao alistamento das guardas nacionaes, aque tem de proceder-se no corrente mez dcjaneiro em conformidade 00 diíposlo no or-ligo 16 do lei de 18 do agosto de 1851 ,devendo as ditas listas ser logo apresentadaspelos ditos Srs. inspectores com a maiorexactidfio possivel sem torem direilo de cx-cluir pessoo alguma, como so acha decla-rado pelo aviso de 5 de março de 1855. Riodc Janeiro 9 d« Janeiro do l84o. — JoséAlves Carneiro. >

O doutor Josó Alves Carneiro , juiz depoz do l.° districto da freguezia de SantaAnna. —Recommenda a todos os Srs. ins-pect-ires de quarteirões do mesmo districtoo moior cuidado, o dcsvéllo no cumpri-menlo das suas atribuições , marcadas noartigo 18 g§ ).°, s.°, e 5.° do código doprocesso criminal , especialmente sobre aprevenção dos crimes, admoestando aos comprthendidos no arligo 12 § a.0 do dito codigo , para que 60 corrijão , especialmenteos denominados ciganos, que divngao pelasruas , c praças publicas sem meio algumhonesto de vida, o só com o lim do il Iu—direm , e prejudicarem os iiicauloi, dando-me porte circunstanciada , quando s enãocorrijão, para serem processados, c punidosna forma da lei; procedendo etn tudo maisos ditos Srs. inspectores de conformidade àsinstrucções de aa de abril de 1853, coma declaração porem do que para a* prizãodoe criminosos cm flagrante delicio , dospronunciados não afiançados, e dos con-demnados a prizão, dc que trata o § 2.0do dito artigo í8 do código do processo cri-minai, devem empregar os olliciaes de jus-tiça , porque só a estes compele a prero-gativa do chamarem ss pessoa-! que julga-rem próprias poro coadjuvul-os nas ditas di-Ias diligencia sob pena do desobediência ,como se acha declarado no aviso de G domarço do 1804, ficando assim entendidosos artigos 4» 7. o i5 dos dilas' instruc-ções a este respeilo. Rio de Janeiro 9 dejaneiro de 1840. — José Alves Carneiro.

DECLARAÇÕES.

Pela pagadoria das tropas d'esla corte ,paga-se no diu ll do corrente incz , os prelsvencidos alé o mesmo dia; ao quarlel go-neral; conselho supremo militar; officiaes

que seja o molivo que vos traz, commandae a vos-sos respeitosos escravos.

Catharina olhou para elle com ar em que ao des-preso se misturavão a desconfiança e o receio.O rei ? perguntou ella; onde está o rei ?Está descançando, replicou Bembo.

Emquanto não acorda, continuou Andréa, queapresentou uma poltrona lx sua sobrinha, dignae-vostolerar a nossa companhia.

Catharina assentou-se sem responder. Ao fogo deseu olhar, ao insólito estremecimento de sua voz, hsua orgulhosa postura, seus tios comprehenderão queella conhecia seu crime, e que pela primeira vez estamulher, até então sem querer, estava decidida a fa-zer-lbes frenle. Foi Andréa o primeiro que rompeoo silencio.

Si me é licito, bella sobrinha, aventurar umapergunta qual é o motivo d'cssa cólera que pareceisquerer oceultar-nos? Ter-vos-hia acaso algum atrevi-do feito afronta ? Nós mandamos aqui durante o en-fermidade do rei vosso esposo. Dizei uma palavra ,e justiça serã immediatamente feila.

Assim o espero, Interrompeo severamente a rai-nha. Não vos enganastes, Srs., tenho uma oíTensaquc vingar. Logo foliaremos d'isso. Mas o rei 1 an-les de tudo. Conduzi-mo ao rei. Vim para vól-o. Que-ro vél-o, Srs., ouvIs, quero-o!

Andréa c Bembo não poderão reprimir um movi-mento de Impaciência e de espanto. Catharina não oshavia acostumado a semelhante linguagem.

D'aqui a poucos instantes, disse Andréa Cornerdebruçado no poltrona em que a rainha estava sen.tada , conduziremos a vossa altesa a presença do rei.Mas elle eilà muito mal. Embaldo tínhamos pensadoque este passeio, o ar puro do campo, avivcnlariãoum pouco suu forças. Sem querermos tirar*vos todaesperança tle conservai-o , cumpre que flquels ínhcii-

dos'corpos dVstn guarniçáo; corpo de en

ginheiros; hospitaes regimentacs} escola mi-litor, arquivo, e fortalezas. Secretaria doarsenal de guerra lo dc j«noiro de 1840.

José Antônio Càslrioto;O arsenal de guerra compra 4o páos dc

madeira de lei, paro reparos de nrtilheriagrossa, dela o 15 polegadas de grossura ;quem os quizer vender pôde nppresentar«s competentes propostas na secretaria domesmo. Rio, lo de janeiro de 1840.—José Antônio Castrioto.

Paga-se pela intendencia da marinhanos diü6 l5. 14, e -5 do corrente, das9 horas da manha aló ás 2 dn tarde, osvencimentos do mez de dezembro ultimo,aos Srs. officiaes dVirúida , e d'srtilheriado marinha, tento eííectivos, como reícr»mados, e avulsos, assim como aos Srs. ca-pelfies, cirurgiões, empregados civiz , o ou-tros que cobrão em recibos notadas. Rio deJaneiro lo dc janeiro de 1840. —JoaquimAntônio Caminha.

—A pessoa que dirigio uma esmola poroSanto Anlonio da Velha Barbara , na provincia da Bahia, queira comparecer na adminislraçâo do correio geral d'esta córtepara objecto de seo interesse. Correio geralda côrle em lo de janeiro de 1840. — LuizFrancisco Leal.

Pela administração do correio geral d°corte, se faz publico que em conformidadedas ordens que forâo recebidas da secreta-ria d'eslado dos negócios do império, sairápara os portos do norte no dia 16 do cor-renle o paquete de vapor Pernambucana ;o o.ilro sim „ que as malas serão entreguesao respectivo commandante, no mesmo diou uma hora da tarde, dnndo-se somentedirecçào hs correspondências que forem lan-çadas na caixa do mesmo correio , alé ás11 horas da manha. Corrsio geral dn côrle•.un lo de janeiro de 1840. —Luiz Francis-co Leal.

Do ordom do Illm.0 Sr. juiz de paz dos.° dislricto da freguezia de JNossa Senhorada Gloria, sc faz publico que os audiência»do juizo coi-itinuão nos mesmos dias quintasfeiras, o quando impedidos no subsequentedia ulil às 5 ij-i horas da tardo, na ruada Lapa n. ^Ci. R'° 9 de janeiro de \84o.— Muiuiel Luiz Pereira de Andrade, es-crivao.

Não se tendo ainda alugado as lojas dosobrado na rua.do Rozario h. i>_5, per*tenconte a irmandado do SS. Sacramento daSé , novamente sac convidadas os pessoasquo n pertenderem pnra que compareçáo noconsistorio da dila irmandade no dia i5 docorrente, ás 4 horas o meias do tardo, nacerteza de que n'esse dia serão alugados im-prlerivelmente a quem maiores vantagens of-ferecer. As chaves achao-so na mesma ruun. iao , sobrado, para quem o quizer irver, e para esclarecimentosdirijao-seao procurador na rua de S. Pedro n. lio.

Hoje sabbado , 11 Jo correute , haverásessão do Instituto Histórico e GeográficoBrasileiro, ás 5 horas da tarde. — ManuelFerreira Las,os , a.° secrelario.

ta corte, para Angola; Jeao Bapiista To.bino , genqvez, para Santo Catharina; Bis.son Dominique , francez, poro Lisboa; LuizAntônio Ferreira dn Costa, portuguez, pa„ra o Porto ; D. José Rodrigues ,

'natural do

Monle-Vidéo , para Santos; JoUo BaptistaLopes. porluguez , para Benguella. -- Fran.cisco Joaquim da Cunha.

LIVROS A' VENDA.

Folhinhas de reza para eslo anno , maiscorrectas e accrcscenladas , vendem-se narua da Quitanda em cosa do Sr. João Pe-dro da Veiga ; na rua dos Lntoeiros n. 60,em casa do Sr. Souza; e na loja do so-brado da rua da Quitanda n. 85. Preço 48o.

REPARTIÇÃO DA POLICIA.Pessoas despachadas no dia lo de janeiro.

Lcopoldino José dos Passos, nnlural d'es-m*xm^a^mmmmamsmmi*.aÊmmm.mmmmm^Êmmmmmmmammmmmanmma

do, Catharina , quc de um momento para outro pó-de Deus roubar este virtuoso principe a seu povo cao nosso amor. N'esta previsão, devemos pensar emvosso porvir. Rainha e viuva de vinte onnos, não jul-gaes que um sceptro disputado é um fardo mui pe-sado para vosso braço ? Si o ceo arrebatasse hoje vos-so esposo à terra, li manhã vericis a revolta armadaprecorrer vosso reino. O soldão do Egypto, o sultãodos turcos, revindicarião a herança que vos viria ain-da disputar a princeza Carlota de Lusignan , vossacunhada , protegida pelas esquadras de Ilhodes, pe*los genovezes e pelos exércitos do popa.—• A republica de Venesa deve vir em auxilio desua filha adoptiyo e livrol-a d'esta coroa que ella nãopôde defender; não é verdade, meus excellenles tios?eis o conselho que me dà vossa lema amisade 1

—j E' pelo conlrario a esle perigo , replicou Mar-co Bembo, que vos queremos arrancar. Si acecilaesa tutela da republica , estaes perdida sem recursos.

Catharina, que estava longe de esperar esta con-fissão, mirou seus tios e os induziu com uma olhadaa que se explicassem.

Segui nossos conselhos, Catharino, disse An-dréa, o manlcreis a coroa em nossa familia. Con-tinuarets a ser rainha, o depois de vós os herdeiros do illustre nome dc Corner.

Que é misier fazer poro isso, Srs.?Escolhei agora mesmo um de vossos lios para

yosso uovo esposo, Catharina, pois jã não existo Jac-ques de Lusignan.

Ao pronunciar estos palavras, Marco llembo tirouo manto quc cobria o cadáver do rei. Catharina soltouum grito horrível, e, erguendo-se como um pli.ni*tosma entre os dous matadores:

Conservarei meu scepto de rainha, exclamou,mas ba do ser para cora elle ferir os envenenado*rei de meu marido!

DE S. PEDRO D'ALCÂNTARA.Domingo 12 du correnle, subirá a scena

o drama em 5 actos:. O NOVO DESERTOR FRANCEZ.

Sendo a parto do capilão Valcur executa-da pelo i.° aclor João Caetano dos Santos.Findo o drama Lucci e sua cantarão ninduelo. Dará íim ao divertimento a nova far-ça ornada com muzica

A, MEDICINA, O FEITIÇO, E O PAGODE»

DE S. JANUÁRIO.Sabbado 11 do corrento, cm beneficio

de José Martins Gonzaga , subirá á scena ,depois da execução de umn escolhida syn-fonia, o drama em 5 actos:

AS DUAS INGLEZAS.Dará fim ao divertimento a muito applau*

dido f/irçi, cheia de versos joco sérios, in-titulada :

O TOLO FINGIDO.

Os bilhetes vendem-se no escriptorio dohealro.

PARTE GOMMERGIAL.CÂMBIOS. "*"

TRAÇA DO COMMERCIO, 10 BE JANEIRO.A. 3 horas da tarde.

Londres . 30 3/2 a 3o 3/4Paris ............... 312Hamburgo ". JJ80Oiro em barras . ... ....Dobrões Hespanhoes. . . . . 28$3ò'0 a 28$40O '

»«, .da Pátria » Pesos Hespanhoes . . . . ... 1^780 a 1.-J.785

» da Pátria . 156740 a 1^748.Moedas de 6.^400 velhas. \ . ISJ.0OO

novas. . . 14íJ)200» de 4$000 7#D00

Prata .'. . 81 1/2Cobre ............ .2 a 3 p. c. desc.Apólices de 6 por c. juro. ... 77 3/4 a78

» de 5 » . .Acções das barcas de vapor . .

» doi paquetes . ...... ,.» Monte do socorro . ..-'.» dos omnibus '¦'

BANCO COMMERCIAL DO RIO DE JANEIRO.SESSÃO DO DIA 10 DE JANEIRO.

Abrio-se âs 11 horas a sessão, tomando a ca-deira da presidência o Sr. Ignacio Ratton, o qualapresentou á assembléa o relatório dos trabalhos dadirecção durante o anno do 1839.

Procedeo-se à eleição da meza, e sendo 180 os vo-tanles pouco mais ou menos, sahirão eleitos:

Presidente , o Sr. Diogo Soares da Silvo de Bivar,

E arrojou-sc de um pulo para o balcão quedo-minava os jardins da quinta, e, arrancando da ca-beca seu véo branco, lançou-o 00 venlo. Um grandebrado, dado da parte de fora e seguido de um tin-nido de armas, respondeu a sua chamada. AndréaCorner o Bembo estremecerão. Aos bramidos do povoquc sc precipitava sobre as escadas do palácio, com-prehenderão que estavão perdidos. i3em mesmo tenta»rem defender-se, arremessarão-se no galeria para umaporta secreta que acharão fechada. Jásemi-mortos deterror, retrocederão paro procurarem outra sabida.Nenhum meie de fugirem. Um grupo armado , guiadopor um cavalleiro de S. João, os alcançou logo comose eiforçavõo por fugir, escalando uma janella.

Dois corpos insanguenlados rolarão pelos degrausde mármore da quinta, onde o furor do povo repar-tiu entre si os restos dc seos sumpluosos Vestidos. Arainha mostrou-se no balcão e foi saudada pelos oc-clomoções da multidão, que quiz cscollol*a alé seopalácio de Nicosea. Marco Venier, autor desta acçãoatrevida, foi preso na mesma noite pelos guardas doIlavie de Venesa, que o reclamarão como subdiloda republica.

No momento em que o Bayle fa entregai o a seos,executores, Onofrio opparcceu e entregou 00 embai-xador dc Veneza um rolo de pergaminho do qualpendia o sello formidável do Conselho dos Dez. OBavle sc inclinou anle esse signo mystcríoso de umpoder mais elevado que o seu , c ordenou elle mesmoque Marco Venicr fosse immediatamenio reslituido aliberdade.

— A' manhã, disse Onofrio no ouvido do embai-xador, cxplicorvos-hei os motivos da proscripção d'a-quelles dois homens, o juntos deliberaremos, confor*me ai ordens do conselho, a respeilo dos meies dsaisegurar quo sc effectuem os projeclos do senado.

(Continua.)

Page 3: jAmo XIX. 'mt g^mi^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^sB^mÊ^ Sabbado 11 ...memoria.bn.br/pdf/094170/per094170_1840_00008.pdf · Pouzo Alto, Pirahy, Arrozal , Angra dos Reis, Paraly, Mangaratiba,

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com 136 votos. — 1.° Secretario , o Sr. doutor JoãoManuel Pereira da Silva , com 1 í8. — 2.° Secretario,o Sr. Joaquim José dos Santos Jnnior, com 143. —Forão immediatos em volos o Sr. Ribeiro Fortes, parapresidente, e Antônio da Cunha Barbosa Guimarãespara secretario.

Possou-se .'i nomeação da commissão de exame econtas, e sahirao eleitos os Srs. doutor Pereira daSilva com 158 votos; Sanlos Júnior com 143 ; Bar-bosa Guimarães com 120 ; Eduardo Johnston com 9t> ;e Ribeiro Forbes com 72 ; sendo immediatos os Srs.Baw, Bregaro , Fernandes Pinto, Josó Anlonio Alvo-de Carvalho, José Francisco de Mesquita, e Bivar.

PREÇOS CORRENTESDOS GÊNEROS PB EXPORTAÇÃO EM 10 DB JANEIRO.

PREÇOSCÍBNBnOS B QUALIDADES. /—***

DEAgoardente de cana 48,000

caxaça... 42,000Algodão do Minas Novas.. 6,SOO

» de Minas Geraes. 6,000Anil 10,600Arroz de fóra 6,500

» da terra 5,600Ass. de Campos redondo. 2,700

A82,000 .46,000

7,0006,5009,0007,5006,0002,8002,6001,8002,8002,6001,800

PORpipa.

» batido... 2,500» mascavo. 1,700

» da terra redondo 2,700» balido 2,500» mascavo.... 1,700

» de Sanlos fino ,» redondo... > Mão há.» mascavo... -*

Café Ia qualidade superior. 3,800 3,900» Ia dita boa 3,700 3,500

Ia dita regular e inf. 3,800 3,600» 2a dita boa 3,400 3,500» 2a dita ordinária 3,200 3,300» escolha 1,800 .Chifres 4,000 9,000

5,000

198210

450

20o218

Clina 4,000Couros do Rio da Prata....

» do 11. Gr., grandes.» pequenos.

» de cavaloIpecacuanhaJacarandá em eoçueiras... 90,000 200,000Sebo... 4,400 4,600Tabaco de Mapendim 4,800 5,000

- da Piedade 2,000 2,240tapioca 9,500 10,000latagiba 240

Direitos de exportação pogavois pelo exportador: todosos generos dò paiz pagão7 por cento; o café, 11 porcento; couros do Rio Grande, 2 porcento, conforme onova lei do consulado: o as-suear paga 9 por ecuat.

»

»arr.

saco.»

arr.»»p»»

»

»»»

cemarr.

libr.»»

um.libr.dozearr.

abun.falta.saco.arr.

OBSERVAÇÕES COMMERCIAES.Assugab. —• As vendas d'esta semana andão por 20o

caixas em pequenos lotes, para consumo, e a existen-cia regula por 3,000 caixas.

Café'. — As vendas que se fizerão esta semana mon-•tã a 10,000 sacas, e a existência regula por 8,000a10,000 sacas.

Cornos. — Existem 8,000 a 9,009 de todos os pre-ços. Nada se tem clfectuado.

Jacauatü-a'. — Poucas vendas, e fica empatado.' tt:

w ^CONSULADO.EMBARCAÇÕES DESPACHADAS NO Ma 10.

• Altona; galera dinamargueza Maria Clirls-tina , de 434 tons,, consigs. Lempritch Ir-mãos e comp. carregou _í,8oo sacas de café.

Còpenhagém , berg. dinamarquez Fredcri-ka Louisa , de ao5 tons. , consigs. LempritchIrmãos e comp.: carregou 2,2jo4 socas decafé, a fechos de assucar, 1 caixa do do-co , e 1 dita de flores de penna,

.; Sincapore, barca sueca Achivc, de 385tens. , consigs. F. Le Breton e comp. : reex-porta 2,o5o barrais de ferro, 5oo conhetesde aço; 38 barriz de peixe, o lastro.

Monte-Video berg. sardo Lazzio, de l38.tons.,consigs. BuxareoRomangueraecomp.:carregou is5 barricai.de assucar , lo4 robsde fumo , 4o,ooo sigarros, 9,000 charutos,4.000 nchüs de lenhs ,, Goo barricas de fari-nha de triga, la caixas de chapéos , e 1pipa do agoardente.

Cowes berg. hamburguez Emma e Loui-sa,' do 281» tons. , consigs. Schueder ecomp. : carregou 3,100. saca^ do café!.^Pernambuco , putacho Espadarte , de 125

.tons. , props. Carvalho 0 Rocha: carregoubarricas vazias, e vários generos.

Santos, patncho Patente, de l5o tons.prop. Manuel Teixeira da Silva: carregousal , e vanos generos.•'Angola, escuna porlugueza Bcllona , deI20 tons., prop. Manuel Antônio Ferreirada Silva : carregou 200 arrobas de carnesaca, 80 sacos.de farinha, 55 ditos de ar-roz, 32 pipas de caxaça, 10 barricas deroscas, e 20 rolos de fumo.

• Ml

Embarcarão na ponte no dia 10.9,o85 socas com café , para fóra do im-

perio.4 fechos do assucar, para o Porto,aa sacos de feijão, para Angola.00 rolos de fumo; para dito.4o sacos com arroz, para dito.35 fardos com tamancos, para Monto-Vidéo,3 caixas cnm rspó, paro dilo.a ditas com doce, para dito.

4 barriz cem toicinho , para dito.i2 sacos com arroz, porá dito.,

Fardos, csixões com fazendas, ferrogens ,pipas, e barriz com vinhos, e mais íiqui-dos, gigos com loiça, barras de ferro, bar-ricas com farinha , cuixns com passas, etc.,tudo pnrn o império.

L E I L 0 E S._¦..¦¦¦¦ 1,1 ... I ¦ I I.I II ,— I. I- —— — II I II II»

Leilão por causa de mudança , de ricos ede elegantes trastes em meio uso \ bvon-ze , piano , etc. , na rua do Ouvidor n.5o , a.° andar.FREDERICO Guilherms faz leilão no dia

segunda feira 1.3 do corrente, na coso acimamencionado de todos os elegantes Irastes dcmogno e jscarnnoa , bronze , cristaes, qun-dros, espelhos , um exeellente piano inglezde vozes superiores, e muitos outros ar-tigos lá existentes.

CASA DA ESTRELLA RUA DUVIDOU.

Hoje às 11 lioras arrematar sc-ha uma gran-de diversidade de fazendas de lã, Unho,algodão , e seda, alguma quinquilheria ,bijoteria, diversos trastes novos e cm meiouso, e muitas miudezas para concluir ascontas do anno passado; o que tudo.se-.rá vendido infallivclmente a quem mais offe-recer.FERAUDY faz leilão hoje na sua cosa rua

"'Ouvidor ns. 106 e 108 , de umo grandediversidade de fazendas , constando de ai-oodao americano , morins , panos, chitas,riscadinhos , meias , lenços, e muilos objec-tos da moda etc., 2 commodos, 1 secre-laria , 1 mobilin de jacarandá , 3 mezasde costura de charíio da índia, 22 esteiras,7 venlarolas, 1 rico tapete para sala , 4appãradores , 1 rico guarda-roupa ; assimcomo uma porção de quinquilherias , e mui-tas outras miudezas.

Na mesma ocensiáo vender-se-ha uma por-çao do vidros, cristaes e perfumaria, porconta de quem pertencer. Tudo deve serarrematado a quem mais offerecer sem re-serva alguma. A's 11 horas. -'¦

N. B. Eslo leilão é o mesmo que foiannunciado para hontem , e quo nao tevelugar por qr-otivos particulares.Leilão de fazendas, trastes, bijoterias, pra-

ta, um saldo de azeite, vinho champagne ,doces , conservas , etc.JOSE BOU1S faz leilão hoje na sua casa

rua d'Ouvidor n. go , de diversaí fazendas,alguns trastes, .bijoterias de oiro, prata delei, um saldo de azeite, um dito de vinhochampagne, uma porção de doces, um»dila de conservas, ludo será vendido porliquidação de contus a quem mais oll.ro-cer. A's lo i,/_j horas.

VENDAS.

^m.Wx\w w-ül Iliilllfiff

z /.<

p|f 'MUSICA.

¦a \y j^. imp,*enga j0 musica deP. Laforge, rua da Cadeia n.89, acaba.de se imprimir as

<^peças seguintes:A minha comadre..<.,..,..].-,\í-

Modinha novo composta pelo dislineto pro-fessor Joao Mozziotti, preço 160,

Cupido tirando dos hombros a aljava.Nova e linda modinha cantada em tom

de valsa composta por Lino José Nunes,preço 160.

RAPE-ÁREA PRETA.*Meuron o comp., únicos proprietários dos

estabelecimentos de fabrica do ' rãpè arcapreta no Rio de Janeiro , Bahia , e Pernam-buco, declarao quc elles não tem outro do-

posito dos seos produetos n'esta cidade, alemdo antigo na rua Direita n. 58, e que.afabrica de Pernambuco não faz remessasnenhum ps para esta. '

,.,'.,BILHETES da presente loteria; vendem-

se no largo de Santa Rita n. iG ; tambemdá-se interesses nos mesmos bilhetes.

BILHETES da loteria do palriarcha S.José, que anda a roda quarta feira i5 docorrenle, vendem-se na roa da Quitandan. 80; e tambem sb dá sociedade nos mes-mos, O maior premio é cincoenta mil cru-sados.

NA rua dò Sacramento n. 11, loja debarbeiro, vendem-so bichas muito boas,tanlo aos centos ermo a varejo; lambemse vao applicor fóra á toda a hora; igual-menlo se chumbao dentes com massa depraia, e so limpâo.

VENDE-SE na rua do Sr. dos Passos n.78, loja, uma preta quo sabe lí-var, co-zinhar, coser alguma coisa, e fazor todoo serviço de uma casa.

VENDE SE na rua dos Pescadores d. 48,uma rico parelha do bestas baias, gaita-

dos, a escolher, bem amestradas; manças, e sem deUeito algum, deixão-se ex

perimentar, e nfllenção-se. ..VENDE-SE na rua da Valia n. 89 um

preto moço, opilado , por 160U rs.VENDE-SE: uma casa de secos e molhados,

com poucas fasendns, bem nfreguesada ,e tem commodos para pequena fjmilia, sitano dezembarque de uma das melhores pruiasd'esla cidade ; pnra melhores informaçõesdirija-sa ao largo do Rocio canto da ruado Espirito Santo n. 25, loja.

SEMENTES de nabo , nabiçn, coenlros ,alfacia , chicória , nmstarda , e salsa , tudornuito novo; vende-se na rua do Conde , ácidade nova \ n. 172.

VENDEM-SE duas e meia braças do ter-ras, na rua. do Vallongo; trata se na mesmarua n. 149-

VENDE-SE uma situação com muito co-fé , o muita mandioca , muito boas terraspnra toda plantação, é de muito interes-se , é em terra firme , u legoas distanteda cidade, para melhor informações; naruado Piolho n. 55.

NA rua de S. Pedro n. 108, vendem-sechapéos . entre-finos a iU5oo, ditos finosaU , e superfinos prova d'agoa forma dnmoda 5U rs.

VENDE-SE uma preto de 22 annos, grá-vida de 7 o 8 mezes; na rua da Cadeiasobrado n. 54-

NA rua d'Ajuda sobrado n. 5o , achao-se toucas e chapéos para senhora , da ul-lima moda, tudo por preço muito com-modo por não ser ern loja.

VENDUi-SE na rua da Quitanda n. s,85,por preço commodo , umo porção de su-mogre muito bom, chegado proximamentodo Porlo.

NA praça da Constituição n. 58, ven-de-se umu prata que lava perfeitamente, efuz todo o móis serviço caseiro , não lemvicios , vende-se por ter sido dada em pa-gamenlo dc uma divida, e se affiança abon conducla.

VENDE-SE, ou troca-se por outra ro-cem parida , uma linda vjca de raça dníndia , quo dâ bastante leito, è mansa ,e cnm uma cria dc anno da mesma qua-lidade; na rua do Gattele n. I90.

VENDE-SE na rua da Vali» n. 109, umpreto próprio pnra chácara, do que en-tende'» perfeitamente por ter sido esta a suaoccupnção, não tem vicios nenrmoleslias,serve para outro qualquer serviço , e seda-iá em conta, ¦¦-'¦ --'* mM>::>M;>'Y

VENDE-SE um preto bom marinheiroe estivador de navios; na rua dn Prainhan/18 , em'frente á rua nova de S. Bento.

NA ruo do'Costa n. 55, ha uma por-çao de uvas pnra ge vender a quem qui-zer ir comer aopé'da parreira , sendo dasbrancas c pretas de superior qualidade.- PELOS últimos'dois navios dè Londres,chegou novo sortirneuto dé pianos do ce-lebre aulor Butcher , nu deposito da ruad'Alfandegà n. 4* , defronte da igreja daMãe dos Homens '<«• V.ó>^-:'« uJhm\

VENDE-SE na rua da Valia n. 89, umpreto reforçsdo para todo serviço, porVcot)rs.; o uma preta do boa figuro , bòa lava-deira, ou para roça , • pòr 55oU 'rs.

VENDE-SE uma: commoda quasi nova ,e dá-se om conto'iia rua do Lavradio n. 20.

VENDE-SE uma mueama bòa costurei-;ra , faz camizas é'-veslidos1 dando-lhes cor-tados, engoma, é dóçeira , cozinheira, la-va muito bem yaprompta. um chá , serveuma mesa, veste e- prega uma senhora , eprópria para tomar conta do governo deama casa pór ter muibòa coridudta , dá-seem conta , o nao sê duvida trocar por umaama de leile; no" rua' do Lavradio n. 23,

NA rua de S. Jorge n. 2 , vende-se umalinda negrinha de li a 12 annos, própriapara mueama'.

VENDEM-SE cento o tantas medidas deozeite do peixe , na rui do Príncipe, em

n. 110, loji." '_¦Vallongo

COMPRAS.

. FABRICA DE VIDROS.) .Toda a pessoa que tenho vidros hrancos,

chamados de christal, para vender, queira procurar ao caixa da fabrica de vidrosde S. Roque , na rua Direita n. 9G , de Francisco José Bernardes, ou ua ruo das Vio-Ias 69, a Joaquim Mattos Costa, para ajustar.

PRECISA-SE comprar uma preta ama deleile , de nação, com cria ou sem ella ,o que. o leite seja do 6 a 8 mezes j nolargo do 8. Domingo» n..:6, .

A LU GUE 1 S.

PRECIÍSA-SE alugnroscrovos e escravas,

o piigo-so sompro adiantado: na ruu daC^"deia n. 5/,.

ALUGA-SE ufa armazém espuç.ozoe cia-ro , com grande fundo , ária , e poço ;na rua do Rosário n. 1b5 ; trala-se do«luguer no, i.° andar, ou na-rua dos Ou-rives n. 185.

ALUGA-SE uma senhora' para todo ser-viço dc porlas denlro , para casa de homemsolteiro , ou. senhora viuva; procure na ruade Santa Luzia n. 59, defronte de umavenda.

ALUGA-SE uma pnrda forra, de mais do4o annos d-3 idade, Sabendo lavar, engomar,cozinhar, e coser perfeitamente toda a qua-lidade de costura , muilo carinhosa paracrianças, e própria para tomar conta dc umacasa; na rua da Princezo tm Vallongo n. 74.

ALUGA-SE umo preta para. lodo o ser-viço; na rua de D. Manuel hi G.

ALUGA-SE uma casa com quintal emuma das melhores paragens , e prefere-se ahomem casodo, ou Sra. viuva com poucafamilia; uo largo do Carioca venda n. U.,

ALUGA-SE o 1.» andar do sobrado darua do Alecrim n. ao5 ; para tratar narua do Lavradio na casa quo foi do fnlle-cido conego Roque defronte da relhçao.

ALUGA-SR uma preta para porins den-*tro, sabendo'lavar, engomar, cozinhar »e tudo com perfeição; nu rua do Sobao, ácidade nova , n. 09.

ALUGA SE uma preta quo sabe lavar ,engomar, cozinhar, e fazer todo o serviço-do uma casa com perfeição ; na tua da Con-ceição n. Go,.

PREÇISÃÒ-SE alugor dois pretos fieis,,e possantes para carregarem taboleiro de fa-zendos tora da cidade, em companhia dopessoa branca; na rua do Príncipe , emVallongo n. Ho, loja.

ALUGA-SE uma rapariga de muita ca-pacidade, sabendo lavar , engomar, con-nhar do forno, e fogão , fazer íiambres,,o docos com toda n perfeição ; n« rua daAjuda ultimai casa pegado ao-mar n. 2.5.

ALUGA-SE a propriedade do casas da ruad'Ajuda n. G4 , que pertoncoin a viuva dofallecido senador Lúcio Soare9 Teixeira doGouvêa 1 trata-se na ruu do S José n. 59.

ALUGA-SE um sobrado com commodospara familia , na rua da Quitanda canto dade S. Josó n. 2.

ALUGA-SE uma preta que 6obe cozinharbem, lavar, o eugonwr; na rua du Valia*n. 147.

ALUGA-SE na rua do Rozario n. 118,uma preta quc cozinha, e lava.

~ãT¥a S D E L E IX E.

VENDE-SE uma preta de nnçao, commuito bom leite , sabendo coser , Invor , cn-gomar , e entende, pouco de cozinha; nolargo db Rocio n. 21 A.

VENDE-SE uma boa escrava ama de leile ,qué lava perfeitamente dc sabão e barrei-lá, cozinha o trevial, e prepria para to-do o serviço de uipa casa , e é muito ro-forçada: o uma outra de náçãp Mina, ex-cellenle quitandeira , e tambem lavo muito.eme cozinha ò trevinl ; na rua dos Ci-gano9 n. 25. •',

' ( (.'ALUGA SE uma ama com'muito e bom

leite, preta do niiçío ..raparigaI, e sadia,Invà , engoma, o cose; na rua do Piolhoh. Ioo. 1 , .

PRECISA-SE olugar uma senhora bran-ca , ou parda .clara., com miiito o bomleite; no largo da Mãe du Bispo n.'6'.

ALUGA-SE uma preta ama deleite, muitoboa para trator de crianças; na rúá du Qui-tenda n. li B.

ALUGA-SE uma preta sabendo engomarliso, lavor, e cozinh-T o ordinário, por8«52) rs. mensal pagos sempre adiantados; nolurgo do Poço, dentro da portarias das da-mas , das 8 horas em diante.

1 PRECISA-SE do uma senhora para amade loito de uma crionça de 9 moze6, quese transporia para Lisboa, o nao so duvi-da, depois d'-.li pagor-se móis a passagempara qualquer parlo onde resida: trola-seina rua do llospicio n. 55 <•

ALUGA-SE uma boa ama de leite ; na.'rua detraz da Lapa do Desterro n. 37.

NOTICIAS PARTICULARES.-, ,— —*j

Sr. Ikdaclor. — Tondo-so publicado noDespertador du 7 do moz corrente, uma*-linhas em resposta a outras do Diário à.Rio do dia 4 do mesmo me/ , esperti queo autor destas dezofroálasso o meu creditoiMiquella muito de propósito posto cmdj»-confinaço para com o publico que o faclonpo.cstá do meu procedimento havido eomo Sr. conego Manuel Alves da Silva , quan

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Page 4: jAmo XIX. 'mt g^mi^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^sB^mÊ^ Sabbado 11 ...memoria.bn.br/pdf/094170/per094170_1840_00008.pdf · Pouzo Alto, Pirahy, Arrozal , Angra dos Reis, Paraly, Mangaratiba,

•1

.1 t'._

Diário míà Rio ^deT Jaiièiro.imifeKiBiiMm;^

i VM $*".i i ¦> j MIHHJIBIMBp^'¦•*••-o

juiz d* paz do 5." districto da Sacramento;como poróm. tenha sido o silencio em do-sabono meu ,

' cabe-me tomar minha rifla-fesa,, declarando nntes* doMudo. que naotive a menor parlo no escripto quo se meapropria, o em, abono. d'csta verdade apel-lo para. seu. verdadeiro autor.^.'.;;,^ Mi [ ,

— Diz o correspondente dò Despertadorque da desinteligência que houve entre oescrivão o,i o juiz , nasceu a excepção fe}-

. ta no elogio aos trez juizes eleitos em l85() ,c concluo qué osso dosintelligencia psrto de senão querer o juiz dobrar aos caprichos doescrivão—Eis a. maior do todas as calum-«ias v desmentida por treze Srs. dignos jui-zes de paz com quem tenho servido eílec-,tivamenled'esde a 851 .! .. .Eis utn absurdo ,quo.só» pode sor avançado por aquelle mes-ino que nflo venceu a resistência de o es-crivno dobrar-se a . seus venaes caprichos.Nenhuma _c.*»inteHígencia houve entre mimo ó' Sr.; conego Manuel' Alves dn Silva ,

i mns sim entre mim e seu accessor, queó conlra q íem pezao todas as censuras do

, quo. se praticou • no juiso do paz do 5.°.dislricto do Sacramento durante os quatro.rinezes que sqrvio o Sr. conego 'Manuel'Al-

ves da Silva; n ¦¦¦-;;..'.*.., püyffiyX*^-.. Zt.l*;so de minhu honranã o pude vêr sem

-• 'promlo repugnância desompeiihar o „únha-. do do Sr, juiz ns funções de defensor do

róo -, procurador da parto e accessor dojuiz em urna mesma ¦c.uss.l". . . Arquem

. dnriá elle a sentença favorável a nâo ser.(.quelle que mais pingues documentos apre-

' . .Representei então 'aieus jus-sentasse?

tos rec(.*ios em troca, do que ."ganhei a der. safeiçãó , o gratuitamonle sc! protestou dò

perder mo pnrn sempre embora tossem! Tast> tneins usados engendrados pela niais igno*

Lil,vingança: felismenlc eu estava trsnqui-lo com minha consciência o qual nnlepo-alio a todos os meus ditrnetores ; porquonunca vendi a dependência do meu .flicio ;nüo quo mo não toca a labeo de haver re-cebido os GigUGt.o que se «chão escriptos

¦ cm letras maiúsculas na frente da cu6a h. loa-da run do S. Pedro. Appnreça um réo a

¦quem eu como escrivão poze.se em almoe-da sua favorável sentença. Eu desafio , Sr.Redactor; um só que nppareço. .....

Todavia jõ juizes se tem dobrado aos..roços caprichos, e seus honrados ottesta-

dos mc faraó conferidos , quo apresentarei; uò ipublicb , si o publico o exigir; nias eu«me não dobrei ao arbilrio do cunhado do

Sr. conego Manuel Alves da Silva», .porque. noo quiz com íoljé calcar o todos os ino-

mentos a lei e encher dc maldições os quo-.-tro primeiros mezes do nnno de 18Õ9. Fui

eu o único que preferi viver pobro uo sa-Criíicio do ser.vir sujeito ao accessor do Sr.conego Mnniíel Alves: Lêa-se o Diário doRio de 10 do correnle, o o oflicial JoãoRodrigues fará' vôr o contrario.

Fallão bem ello'os'netos d'esso accessor; elles sairáõ dos escondrijns em (jue al4gnem os suppõe esquecidos, e então o pu**blico conhecerá quo as rasôes havidas pn-ra se fazer crua guerra a um escrivão quogó quiz desempenhar com honra o seo de-ver , são as que ninda hoje exislom parase lhe milndnr intimar' a apreschtnr-so nò;juiz', estando licenciado e com passaportepra fora da província.

Exponha, Sr. Redactor, no publico ju-dteioso estu minha causa,'o ello qué pes-quiz. o que so diz do accessor. do Sr. co-«ego M-puel Alves da Silva, para fazer jus-tiça so escrivão do '5.° districto da ftoguo-siá do Socrnraentó.—¦- Jose Francisco Pin~

¦ to dc Macedo. , ' ',". -:I ' ti..

HOJE quo os homens são mnis fáceis amorder a fama alheia com o li vido denteda calumnia , movklas pela inveja, pela mo-lidicencia, pilo orgulho , o o que ó maisipelo hypocresia nfectando princípios do umatnof_l quo está muitas vezes em contradiçãocom seu modo de viver: parece bem lem-brado, Sr. Redator, que por meio do suafolha eu conspgre alguns encomios ao mc-rito e á virtude. Eu sou, Sr. Redactor,am dos moradores da freguesia de SnntaArin. d'esla corte, e quero fallar do meo-vigário o reverendo Manuel Joaquim de Mi-randa Rego : dou parabéns o mim mesmo,g os dou aos meus comparochinnos pela boaacquieção quo fez nossa freguesia. E' o re-voreodo Miranda Rogo , natural d'esla pro-vincia, filho de uma fomilin bem cunhe-cida no Rio de Janeiro , sobre tudo pelaaua piedade, e principies de religião; fezseus- estudos em collegios do uma congre-gação de missionários em Minns; aondo cilodepois exerceo lugares de muita importnn-

cia , como de reilor, e leuto em varius au-Ius; nomeadoidepois pura 'reitor e mestreem um seminário do governo-na Ilhn Gran-do, o lovuu , como mo consta, òss.i lycêoa» um alto gráo de progresso , e retirando-se da Ilha Grande dei_ou'8jiudozos os ha,-bitantes desso lugar : tem á mezes sido co-nhecido n'esta corte pelo ministério da cn-deira evangélica, sou espirito , e sua forçaó bem attestada pelas pessoas quo o leuiouvido : a trez mezes foi ch«'tmndo pelo Illm.0e reverendissimo vigário capitular para parocho de Snnta Anna : sua actividade , sendoencontrado toda a manhã e toda alardena igrejfl , para estar mnis prompto a seprestar aos serviços parochiaes, seu zelo pe,-Io culto , sulicitando esmolas p'ira ajudarâ irmandade do SS. Sacramento a fim demonter. uma carroagem para condução dovimico aos enfermos; a boa escolha quefez rde um coadjuclur , que igualmente temmerecido todas as simpatias: ultimamenteapprescntandose ao concurso de vanas igre-jas? vogas, foi entro nove oppositòres um dostrez primeiros pelos seus actos: em íim seusario, sua gravidade acompanhada de umndoçura , e pdlidez que ígrada a todos queo procurão i são litulos estes que o lem feitoentrar na estima, e respeito de sous fre-nuezos, sirva isto de um novo'insenlivò ao

'* ' ' '• • •reverendo vigário, para qüe nunc. arnpiedo louvável !dczempenho de seus deveres;porque nssim como os moradores d'eáto fre-guezia- respoilão, e admirão em seo paro-cho, quo apenas conta 5o nnnos de ida?de, como me consta, suas1 tão boas qua-lidados, decerto não sympatiseráô com ou-Ira condueta. Sou, Sr. Redactor.—• Ummorador de Sanla Anna,

A DECISÃO que acaba de proferir-so narelação da Bahia, no causa do inventarioda finada D. Terczo Delfina do Jesus, de-senganará d'umo vez ao publico o sem ra-são q,ie teve o seo testamenteiro Manuel Gon-salves Pereira Dunrle .para se oppor á mea-ção dos bens que por direito o jusliça per-tencião a seo marido .procurando sinistros,e cavilosps meios de obslar a entrega do seosbens, querendo até opppr-se á vendo d'el-les ( caso esto queixasse) como so coiige deseus monhosos annuncios em diversas épo-gus , ao'Diário do Rio, sondo o mais mo-moravel o de iõ de maio do nnno ,pro.ximo passadç /cuja decisão pnra seo íin.al jui-gomento , abaixo se transcreve de verbo ade-yerbum. —Accordão èni .relação, içtc. —Quo visios o relatados os preçehles «Sutos derevista., entre partes recorrente Manuel Goii-salves, Pereira Duarte, e recorrido PedroLuiz do. Cunha , em, vista da concessão do;supremo tribunal dp justiça, a íl.—reco-bem , e julga o provados os embargos deíl. 28 pnra o íim de ser o dito embargan-te (ora recorrido) contemplado no inven-tario, e partilhas como meeiro dos bensque deixoq sua faljecida mulher D. TerezaDelfina de Jesus, vistos os aulos em vistada ordenação livro 4*° titulo io5, que nãoproliib. ao marido ser meeiro nos bens damulher, mesmo sendo esta quinquagennria ,sinão quando esla tem filhos , ou oulros des-cendentes legítimos, que por direilo lhe pos-sao sueceder , sendo portanto certo que mes-mo n'esto caso ha comunhão de bens, eporisso deve o marido ser contemplado nametade dos bens deixados; declaração po-rem, que o cm.bargan.te. recorrido ó obri-gado a entrar para o monto os bens dei |xados com todos os bons que estava do posse por virtude da escripturo de fl. 16, que. nulla por ser contraria á disposição dilei ds õi de mnio do 1774» não podendotambem substituir á verbado testamento ap-penso , que. nomeou o recorrido herdeirodos bens, pot* ser contraria á disposição dadita ordenação livro l\.° titulu io5. Poflanto assim o julgão, o condemnao n recor-rente nas custas. Bahia, 1_ dc dezembrodo 18^9.—Telles, presidente interino.—Cornelio França.— Pinheiro. —Fui presen-te — Cerqueiru Lima, —Leal. — Caslro. —Mascarenhas. — Brito.

Agora* desejarei saber do testamenteiro sopôde, ou não pôde obstar o que o maridomeeiro venda o quo ó seo; cm virtude aoQsnstico, eempalhialivo annuncio de i3 domaio? Creio que os leg.tarios a quem Duar-te preveniu. podem com a maior brevidn-de haverem d'ello as deixas declaradas pe-Ia finada em sòo testamento , visto sc. terlançado em partilha da metade dos benspara essa satisfação, o ter cessado com es-ta decúao final o sua favorita com quoos esperançava, nodondo aliás ter 6 mui-to cumprido, assim como cumprio mui li-

geiramente os dois contos do réis à sua ali-IhadaH !i'I Jegundri ello 'diz1 !l I dando omaior a-.n./'o nejrondo Ò menor a,ou-tro. -^'Um interessado na causa:

O 'PH.OFE«SOH público dé primeiras lc-

trás da'freguesia do Santissimo Sacranierito,continua á: ònsinar na.sua mesma aula ( no,ensino mutuo) o francez por módico esli-

pendio, é não duvida admillir nquellos deseus mesmos estudantes de francez á re--cor dação, das primeiras letras, ácm a inenordifferença nas suai msnsalidadei.

OS moradores da rua d'Ajtn_la e suns tra-vessas, lembrão ao Illm.0 Sr. juiz do pazdo 2.0 districto, quo visto ser tão restriclonns suas ordens sobro limpeza das ruas, de

cio, um maço com ps seguintes, documei)-tos :. um predito possodo por João; Josó Bi-beiro dos Sanlos, a favor do fallecido Gon-ç.alo Gomes'de Mello, do réis 5:924$. 870cm metf.1; unia letra sacada "em M.pnle-Vi-déo pelo mesmo fallecido,. sobre João Áü-gusto Vidal, e acceila por este, de. l.looe tantos pesos; um recibo passadoem Buo-nos-Ayres por José de Araujo Silva,' de umaletra quo lho entregou Josó Agostinho Bar-bosa, de.1,Soo .pesos., contra ZÜmimermane comp. ; e uma ordem passada no BioGrande por Anselmo José Pereira , a favorde Josó Agosti.iho Barbosa Junior, contraFranciscoJfoaquim Bernardes, do 2:047.$o tonto ; quem estes papeis achou, pôde en-

ordenar á passoa encarregada das carroças tregal os na praça a José Agostinho Bar- I SSarrematadas pela cnmaifi , a fim de .con-duzirem o lixo, visto ,0 mesmo Illm.0 Sr.juiz de paz não ter lid- esta lembrança. -—•Um morador.

OS advogados Berna-cdo Auguslo Nascen-tes de Azambuja , e Luiz Ignacio Nnscenlesde Azambuja, mudarão a sua residência eescriptorio para a rua dns Latoeiros ii'. 87,esquina da do Rozario.

A PESSOA quo appareceo na run^ dosOurives n. 227 , casa do escrivão do juisodo pnz do i.° dislricto da freguesia de San-ta Rita , participando haver apparecido osautos de inventario do fallecido Luiz de Sou-sa Pereira Coftinho, de que é inventarian-to D. Maria Benedicto do Sousa Quintal;queira ter a bondade do declarar por estafolha a sun morada para ser procurado , òualihs nondo existem; o caso queira ser're-çouípensfldo , não se pivrá duvida.

DOS quatro meios bilheles da 4•', loteriaa beneficio dn freguezia do S. José , per-tenc.m dnis aos Illm." Srs. Francisco Luiz ,Jo.-ó Luiz, o Luiz Barboza dos Santas Ver-neb, ns. I99I , e 2Õ12; um n Innocenciodo Cnmpos, n. 5207; e um a M. E. G.Camillo, n. 221o.

0FFEREC1.-SE um mestre paüciro tanto para a côrle como para fora d'ella; nnrua de S. Pedro n. 5ao.

TRASPASSA-SE n chave da casn dose,cos dá rua da Vallo n. llõ; trata-so uarua do Sabão n. lãa.

ROGA-SE no Sr. padre J'.>ã. Soares Li-ma o Motta, de chegar á ruo do Ouvi-dor n. yG.para nogocío do seo interesso.

MANUEL Josó Cardozo, declara que asociedade que girava debaixo da firma doManuel José. Cardozo e comp., na rua doOuvidor esquina da dos Ourives n. 91, foiuuiigavclmeute dissolvida cm 5i de dezem-bro de 1859 , ficando o dito Cardoso obri-

gado a todas, ns dividas netivas e pnssivasrespectiva a dita sociedade.

O PROCURADOR da sociedade dos VinteAventureiros , comprou por conta da mes-ma um meio bilhete do n. õl5o da 4*a l°-leria das obras da freguezia de S. Josó.

PRECISA-SE de um proff-ssor do primei-ras letras , para fora da cidade 16 legoas,

que lenha boa cendueta , sã moral, que es-creva com ortografia, sniba bem contar e

grammatica portugueza , e que dê fiador ouconhecimento de sua condueta , que sejasolteiro, ou viuvo , ou mesmo casado, mas

que tenha pouoa familia , pnra ensinar a unsmeninos em uma fnzendn; para mais escla-recimenlos procuro na rua do Saco pertodo desembarque n. I29.

PRECISA-SE de um trabalhador homemcazado , para um 8Ítio em S. Gonçnlo nacidado de Nicteroy; podo procurar na ruado Saco n. I29, »o pó do embarque.

AUREMATAÇÕES.

bosa Junior, ou na riía.do Lavradio n. loi\quo será bem gratificado, na ilitplligenciade que a ninguém', podem servir, menos aòannunciante José Agostinho Barbosa. • ,*.

-.PERDEO-SE: uma pequena carteira, nodo dia 5i- do dezembro-p. p.*; quem a achas-se querendo ehtrega-la ; pôde dirigir-se árua das Violos n. .16", ondo so darão os

é alvipnras exigindo-ns.. ¦',-.¦...• níi .signaes -

ESCRAVOS FUGIDOS.

DESAPPARECEO bontení io do correntoás 9 horas da manha , >im moleque1 de nomeA.ntonio , nação Mounà , alto , .m.gr.q , rostocomprido ,.»côr retinta, e com a marca danação ; levou vestido camisa ozuí morcelina,cam mangas curtas, e-calça do ganga azul ;quem o apprehender leve-ó â Praça do Mer-cádo fabrica de charutos n. 2.

FUGIO no dia 24 docorrente , uma pretade nome Josefá , e tem uma helido no olhodireilo; quem a levar ó casn de sua senhorana rua da Quitanda n. li' B , será bemrecompensado. „;, ; r.* r*

FUGIO no dia 5o de dezembro p. p. , ummoleque de nomo Emygdio , crioulo, del3 para í4 annos , espigado , e mngro , ro-tinto , com os olhos grandes , e rosio com-pride ¦, tem um dente de cima na frentoquebrado pelo meio, quando fugio levoubastante roupa, e já foi encontrado na ruado Parlo com calço de panno asul fino,jaqueta de riscodinho asul , o chapéo dopêllo preto. Foi comprad-Vo Srn. viuva Mot-ln, moradora-no largo do Paço; quem pagarrar, e o levar a riip da Gloria n. 4a» oua rin do Rozario.n. 84, será recompensado.

Viu VIMENTO DÒ PORTO.

PELO juiso da primeira vara eivei, es-crivão Silva, so ha de arremitar om has-ta publica , no dia l4 d° corrente , porsea o ultima praça , nma morada do ca-sas térrea , por concluir , sila no morro doNhoco 11. 27 , o um muro pegado à mesma ,com duas braças de frente, por execuçãoquo move Antônio Victoriano da Rocha con-tra Leopoidina Maria Pereira , e outros.

SEGUNDA feira as 9 horas da manha ,na casa do doutor juiz municipal cm MottaCavallos defronto do Menino Dous, so haodo arrematar por já ter corrido os praçasdo estilo, a casa torrsn sita no largo doValdetaro n. 81, avaliadas em 700U rs. ,tendo um bom quintal, e um rio que. pis-sa pólos fundos, a execução corre pelo juizoda provedoriá escrivão Mello Franco.

PERDAS.

PERDEO-SE, no dia 9 do corrento, en-tro o Guarda Velha e a praça do commer-

Saidas • ?io' 'dia? lõ. * *.Faimoütu , paquete inglez Shylafh , coram. Sodd.Gênova , berg. austriaco Henriqueta, Clementina,

2311 tons. , M. Aslolfe;Esriacp , _ej$h;-.11: carçacaí_, e assucar.

Cabo da Boa Espeoança , berg. inglez; Cora¦', 343tons., Al. Alexandre Melville, equip. 11. cargacaí6- ¦.'i'V' v.';..': .-;

'.i

Rio Real por Campos, Correio da Estância , 106tons., M. Manuel José Vieira, equip. 10 : comvários gêneros. .

Capitania, sum. Imperial Brasileira, lil tons.,M. Joaquim Antônio da Graça, equip. .: carga va-rios gêneros ; passag! Anionio Josó de Miranda.

Macaiie' , sum. ¦ Èfnprehendedora . 82 tons., M.Antônio Joaquim da Andrade, equip. 7: carga va»rios gêneros: passags. Antônio José da Costa Alves.o hespanhol Francisio Pedroso., o preto forro JoséRamos d'Assumpção, e vários escravos.

Itagoauv , sum. Paquete de itagoahy,' jjtf toní.j,M. Luiz José do Nascimento, equip. C: carga va-rios gêneros. -' *

Dito , sum. Nery, 79 tons., M. Manuel -Anto»nio da Silva, equip. 8 ; .em lastro, ¦¦••¦:¦.-

Campos, patocho Brilhante, 108 tons., M.,'.Ma-nuel Gomes Rangel, eqúip. 8:, carga sal.

Dito, sum. Nova Amisade, 83 tons., 'M. JoséFrancisco Lobato , equip. 7 : em lastro; passags. Fran-cisco Anlonio Rebello, os portuguezes Manuel Morei*ra .Alves, o Matheus Alves Moreira.

Rio de S. João , sum. Bom Jesus d'Alem , 7.lous. , 31. João Alves, equip. 7 : era lastro.

Entfadas no dia lo,Lonihiks èm IJO dias, berg. inglez João Peat,

102 tons., M. H. Lcslie, equip. 8: corga fazen-'das a Steel Manton ; passag. o inglez George Nathao.

Cette cm G3 dias, berg. dinamarquez Daniel, 205tons., M. II. C Bonnes, equip. 10 :' carga .vinhoa Privai; pessag. o allemão Carlos Frederico Gusta-vo Hempell. .;uv'>i'- 1 • a^.Jil

Bauia èm 9 dias, patacho Novo Especulador, 91tons., M. João Luiz Rodrigues., equip. 10 :. cargafarinha a Manuel José de Andrade; passag. o ppr-tuguez Manuel José Bello.

Capitania em 3 dias, sum. Conceição Nova /n-veja, 77 tons., M. Manuel Affonso Martins, aquip.11: carga jacarandá ao caixa; passags. D. MarianaGabriella Gomes de. Amaral, com 5 lilhos, e 9 cs-cravos; D. Mariana Joaquina da Conceição , com umácriada, e 14 escravos; e Jacinto José Martins, com1 escravo.

Santos era 40 horas, barca de vapor Toadora.M. José Nacizo de Almeida: com vários passageiros.

Cado Fnio em 1 dia, ium. Dinamarquesa. 8-ftons., M. Antônio Joaquim de Azevedo , equip. 6.carga manlimenlos a vários; passag}. os portuguo-aes Francisco Xavier do Souza Passos, José Manualdo Barros, e um toldado de artilharia cm serviço.

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RIO DE JANEIRO. TYPOÜRAPHIA DO DIÁRIO, PROPRIETÁRIO N. L. YUNNA. RUA D'AJUDA N. 79.') i.t i


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