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Produção e nutrição do Panicum maximum BRS Zuri ...§ões...9 Produção e nutrição do Panicum...

Date post: 17-Oct-2020
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA, MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical Produção e nutrição do Panicum maximum BRS Zuri submetido a tipos de ureia FABIANA DA ROCHA C U I A B Á - MT 2016
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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

    FACULDADE DE AGRONOMIA, MEDICINA VETERINÁRIA E

    ZOOTECNIA

    Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical

    Produção e nutrição do Panicum maximum BRS Zuri

    submetido a tipos de ureia

    FABIANA DA ROCHA

    C U I A B Á - MT 2016

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

    FACULDADE DE AGRONOMIA, MEDICINA VETERINÁRIA E

    ZOOTECNIA

    Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical

    Produção e nutrição do Panicum maximum BRS Zuri

    submetido a tipos de ureia

    FABIANA DA ROCHA

    Engenheira Agrônoma

    Orientadora: Profª. Dra. WALCYLENE LACERDA MATOS PEREIRA SCARAMUZZA

    Tese apresentada à Faculdade de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso, para obtenção do título de Doutora em Agricultura Tropical.

    C U I A B Á - MT 2016

  • 2

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    “Pelos prados e campinas verdejantes eu vou,

    É o Senhor que me leva a descansar”

    (Salmo 22)

  • 5

    À minha família por me incentivar, acreditar no meu potencial e principalmente

    por entender a minha ausência em todos esses anos,

    DEDICO

  • 6

    AGRADECIMENTOS

    À Deus pela benção concedida a cada dia, por me iluminar e guiar a

    caminhos que nem eu mesma acreditava conseguir trilhar.

    Ao Programa de Pós-Graduação em Agricultura Tropical da Universidade

    Ferderal de Mato Grosso pela oportunidade de realização do Doutorado.

    À professora Dra. Walcylene Lacerda Matos Pereira Scaramuzza todo meu

    respeito e gratidão, pela oportunidade, orientação, amizade, paciência,

    compreensão, acolhimento, confiança, pelos ensinamentos transmitidos desde 2002,

    na iniciação científica, no mestrado, no doutorado, na vida e, também por despertar

    o meu interesse pela docência no ensino superior.

    Aos professores Dr. Joadil Gonçalves de Abreu, Dr. José Fernando

    Scaramuzza e Dra. Oscarlina Lúcia dos Santos Weber pelos ensinamentos

    compartilhados e dúvidas esclarecidas ao longo dos anos e pelos merecidos

    “puxões de orelha” que contribuíram significativamente para a minha formação.

    Ao professor Dr. José Lavres Júnior pelo empréstimo do SPAD, pelos

    ensinamentos e sugestões na realização desse trabalho.

    Ao pesquisador Dr. João de Deus Gomes dos Santos Júnior pela atenção e

    colaboração nas discussões desse trabalho.

    Às empresas de Rondonópolis-MT: Boa Forma Sementes por fornecer as

    sementes do Panicum maximum cv. BRS Zuri; às misturadoras de adubos, Adubos

    Araguaia, Fertipar Fertilizantes, Yara Brasil e Fertilizantes Heringer pelo

    fornecimento das ureias utilizadas no experimento.

    Ao químico José Alcântara Filgueira e ao técnico Licínio José de Oliveira da

    Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (EMPAER)

    pelo apoio e parceria na realização das análises químicas da forrageira.

    Às funcionárias do Laboratório de Nutrição Mineral de Plantas, Maria

    Minervina de Souza e Berenice Pereira Rodrigues pelo apoio, incentivo e carinho.

    Aos estagiários do Laboratório de Nutrição Mineral de Plantas, Carolina

    Roberta da Silva Corrêa, Kamila Paula Macedo, Rhayssa Canavaros de França

    Calegari e Vinicius Sarubbi pela ajuda na realização do experimento.

    À Universidade de Cuiabá, nas pessoas de Ma. Alessandra Bittencourt

    Crestani Rodrigues e Me. Clodoaldo Moreno da Paixão pela amizade, incentivo e

  • 7

    flexibilidade no meu horário de trabalho para que eu conseguisse realizar meu

    doutoramento.

    Aos meus irmãos Leandro da Silva Rocha e Paula Rocha pelo convívio,

    carinho e respeito, meu fraterno agradecimento e também por tornarem-se meus

    estagiários no decorrer do experimento.

    As minhas amigas Fabricia Nodari, Isabela Almeida, Ivanir Novais da Silva,

    Lilian Renata de Oliveira, Lineuza Moreira, Patricia de Jesus Andrade e Samantha

    Sousa Garcia que de perto ou de longe me acompanharam e torceram para que eu

    cumprisse mais essa etapa de minha vida.

    À todos que direta ou indiretamente vislumbraram comigo a realização desse

    trabalho.

    Muitíssimo obrigada!

    .

  • 8

    SUMÁRIO

    Página

    RESUMO............................................................................................................... 8

    ABSTRACT........................................................................................................... 9

    1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 10

    2 REVISÃO DE LITERATURA.............................................................................. 12

    2.1 Panicum maximum cv. BRS Zuri.................................................................. 12

    2.2 Nitrogênio (N) ................................................................................................ 13

    2.3 Nitrogênio em gramíneas forrageiras.......................................................... 14

    2.4 Ureia (CO(NH2)2) ............................................................................................ 16

    2.5 Ureia com inibidores de urease.................................................................... 17

    3 MATERIAL E MÉTODOS................................................................................... 22

    3.1 Local do experimento e espécie................................................................... 22

    3.2 Delineamento experimental.......................................................................... 22

    3.3 Instalação e monitoramento do experimento............................................. 23

    3.4 Altura, contagem de folhas e perfilhos....................................................... 24

    3.5 Leitura SPAD ................................................................................................ 25

    3.6 Colheita e separação das partes da planta................................................ 25

    3.7 Secagem, pesagem e moagem do material................................................ 25

    3.8 Produção de massa seca............................................................................. 25

    3.9 Análises químicas ........................................................................................ 26

    3.10 Análises estatísticas................................................................................... 26

    4 RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................................... 27

    4.1 Produção de massa seca da parte aérea e das raízes............................... 27

    4.2 Número de Folhas......................................................................................... 30

    4.3 Perfilhos......................................................................................................... 31

    4.4 Altura.............................................................................................................. 32

    4.5 Concentração de nitrogênio na parte aérea e nas raízes.......................... 35

    4.6 Teor de Proteína Bruta (PB).......................................................................... 38

    4.7 Concentração de nitrato e amônio............................................................... 41

    4.8 Estimativa do teor de clorofila em valor SPAD........................................... 41

    4.9 Testemunha adicional................................................................................... 41

    5 CONCLUSÕES................................................................................................... 43

    6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................. 45

  • 9

    Produção e nutrição do Panicum maximum BRS Zuri submetido à ureia com

    inibidores

    RESUMO - Objetivou-se avaliar as características nutritivas e produtivas do Panicum

    maximum cv. BRS Zuri, mediante a adubação nitrogenada com fontes e doses de

    ureias com inibidores de urease e ureia convencional quanto à produção de massa

    seca na parte aérea e sistema radicular, número de folhas e perfilhos, valor SPAD,

    concentração de nitrogênio, nitrato, amônio e teor de proteína bruta em dois

    crescimentos. O experimento foi instalado em casa de vegetação localizada na

    Faculdade de Agronomia da Universidade Federal de Mato Grosso, campus Cuiabá,

    no período de novembro de 2014 a abril de 2015. O delineamento utilizado foi em

    blocos casualizados, com quatro repetições, sendo os tratamentos dispostos em

    esquema fatorial 5x4+1, constituído por cinco doses de nitrogênio 100, 200, 300, 400

    e 500 mg dm-3 , quatro fontes comerciais de ureia granulada: Ureia (45% N); Ureia +

    NBPT1 (46% N, 0,25% NBPT); Ureia + NBPT2 (45% N, NBPT sem concentração);

    Ureia + Cu + B (45% N, 015% Cu e 0,4% B), mais a adicional testemunha, na qual

    não se aplicou adubação nitrogenada, totalizando 84 unidades experimentais. A

    adubação foi parcelada em três vezes, na análise do primeiro crescimento foram

    consideradas as doses de N resultantes da soma dos dois primeiros parcelamentos

    66,7; 133,3; 200,0; 266,7 e 333,3 mg dm-3, enquanto no segundo crescimento as

    doses de N da última parcela 33,3; 66,7; 100,0; 133,3 e 166,7 mg dm-3, todas as

    aplicações de ureias foram realizadas em cobertura. A interação de fontes e doses

    de nitrogênio influenciou a produção de massa seca no segundo crescimento e a

    altura de plantas no primeiro crescimento do capim BRS Zuri. As doses de nitrogênio

    incrementaram a produção de massa seca da parte aérea no primeiro crescimento e

    das raízes, a altura de plantas no segundo crescimento, número de folhas, perfilhos,

    concentração de nitrogênio, proteína bruta em ambos os crescimentos e, valor

    SPAD no segundo crescimento do capim BRS Zuri. As fontes de ureias com

    inibidores influenciaram a altura das plantas no segundo crescimento e valores

    SPAD no primeiro crescimento do capim BRS Zuri.

    Palavras-chave: aditivos, urease, fertilizante estabilizado.

  • 10

    Production and nutrition of Panicum maximum BRS Zuri submitted to urea

    inhibitors

    ABSTRACT - This study aimed to evaluate the nutritional and productive

    characteristics of Panicum maximum cv. BRS Zuri by nitrogen fertilization with

    sources and doses ureas with urease and conventional urea inhibitors on the dry

    matter production in the shoot and root, number of leaves and tillers, SPAD value,

    concentration of nitrogen, nitrate, ammonium and crude protein content in two

    growths. The experiment was conducted in a greenhouse located at the Faculty of

    Agronomy of the Federal University of Mato Grosso, Cuiabá campus, from November

    2014 to April 2015. The design was a randomized complete block design with four

    replications and treatments arranged in a factorial scheme 5x4 + 1 consisting of five

    nitrogen levels 100, 200, 300, 400 and 500 mg dm-3, four commercial sources of

    granulated urea: urea (45% N); Urea + NBPT1 (46% N, 0.25% NBPT); Urea +

    NBPT2 (45% N, NBPT without concentration); Urea + Cu + B (45% N, 015% Cu and

    0.4% B), plus the additional witness, which did not apply nitrogen fertilizer, totaling 84

    experimental units. Fertilization was divided into three times in the first growth

    analysis were considered the N doses resulting from the sum of the first two

    installments 66.7; 133.3; 8:00 pm; 266.7 and 333.3 mg dm-3, while growth in the

    second N rates of the last installment 33.3; 66.7; 10:00 am; 133.3 and 166.7 mg dm-

    3, all applications ureas were performed on coverage. The interaction of sources and

    doses of nitrogen influenced the dry mass production in the second growth and plant

    height in the first harvest BRS Zuri. Nitrogen rates increased the dry matter

    production of shoots in the first growth and the roots, the plant height in the second

    growth, number of leaves, tillers, nitrogen concentration, crude protein in both growth

    and SPAD value in the second growth of grass BRS Zuri. The sources ureas with

    inhibitors influenced the plant height in the second growth and SPAD values in the

    first growth of grass BRS Zuri.

    Keywords: additives, urease, stabilized fertilizer.

  • 11

    1 INTRODUÇÃO

    Com aproximadamente 212 milhões de cabeças, o Brasil tem o maior

    rebanho comercial de bovinos do mundo. Dos estados brasileiros, Mato Grosso

    lidera o ranking com cerca de 28 milhões de cabeças (ACRIMAT, 2014). A maior

    parte desses animais é criada exclusivamente a pasto, pois, esse tipo de sistema de

    produção constitui a forma mais econômica e prática de produzir e oferecer

    alimentos para os bovinos, por isso, o pasto é a base de sustentação da pecuária

    brasileira.

    De acordo com estimativas do último Censo Agropecuário Brasileiro (IBGE,

    2006), a área total de pastagens no Brasil, considerando-se as pastagens naturais e

    plantadas, degradadas e em boas condições é de 172,3 milhões de hectares. Na

    região Centro-Oeste de aproximadamente 57 milhões de hectares e em Mato

    Grosso 23 milhões de hectares.

    A baixa produtividade das pastagens é um dos maiores problemas da

    pecuária brasileira, afetando diretamente a sustentabilidade do sistema produtivo.

    Dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária ressaltam que mais

    de dois milhões de hectares de pastagem tem baixa produtividade em Mato Grosso,

    o que corresponde a cerca de 9% do total da área voltada para pecuária (ACRIMAT,

    2014). A baixa disponibilidade do nitrogênio é um dos principais efeitos da baixa

    prodituvidade, o que resulta em queda acentuada da capacidade de suporte da

    pastagem e do ganho de peso vivo dos bovinos.

    Fertilizantes nitrogenados são fundamentais para a manutenção da

    produtividade e longevidade dos pastos. A ureia, por ter elevada concentração de N

    (44 a 46%), preço de N mais baixo, alta solubilidade e fácil fabricação é a fonte mais

    utilizada na agricultura. A principal desvantagem é a possibilidade de elevadas

    perdas de N por volatilização de amônia (NH3) quando aplicada na superfície do

    solo, por causa da rápida hidrólise na presença da enzima urease.

  • 12

    As indústrias de fertilizantes têm desenvolvido tecnologias para aumentar a

    eficiência do uso de N e minimizar as perdas por volatilização, destacam-se os

    fertilizantes estabilizados, nos quais os grânulos de ureia são incorporados ou

    revestidos com inibidores da urease como o tiofosfato de N-n-butiltriamida (NBPT),

    sais de cobre (Cu) e boro (B). Entretanto, a eficiência desses inibidores é variável

    em função das condições edafoclimáticas de cada região.

    Vários são os trabalhos de pesquisa sobre o efeito da adubação nitrogenada

    nas características agronômicas de gramíneas do gênero Panicum (Colozza et al.

    (2000); Costa et al. (2006); Fabricio et al. (2010); Lavres Junior et al. (2010);

    Manarim; Monteiro (2002); Masturcello et al. (2009); Monteiro (2014)). Porém, a cv.

    BRS Zuri é uma forrageira ainda pouco estudada, pelo fato de ter sido lançada pela

    Embrapa em 2014. Estudos relacionados com a nutrição e produção desse cultivar

    são imprescindíveis para a recomendação da adubação adequada.

    Tendo em vista que existe variação na exigência nutricional dentro da mesma

    espécie forrageira conciliada com a falta de informações no que se refere às

    pesquisas em Mato Grosso com fertilizantes estabilizados, testou-se a hipótese de

    que as doses e fontes de ureias alteram a produção e nutrição do cv. BRS Zuri, por

    isso, objetivou-se avaliar as características produtivas e nutritivas do Panicum

    maximum cv. BRS Zuri, mediante o estudo de doses e fontes de ureias com

    inibidores de urease e ureia convencional aplicadas em cobertura.

  • 13

    2 REVISÃO DE LITERATURA

    2.1 Panicum maximum cv. BRS Zuri

    A cultivar BRS Zuri foi lançada no mercado no ano de 2014, o nome Zuri

    significa bom e bonito e, é resultado de seleções massais em populações derivadas

    do Panicum maximum coletados na Tanzânia, no leste da África. Os trabalhos de

    seleção foram coordenados pela Embrapa Gado de Corte em parceria com as

    Embrapas: Acre; Cerrados; Gado de Leite; Pecuária Sul e Rondônia; juntamente

    com a Universidade Federal de Dourados. Poucas são as informações disponíveis

    na literatura sobre o cv. BRS Zuri, por isso, as citações que seguem foram baseadas

    em dados da Embrapa (2015).

    O capim BRS Zuri é uma planta cespitosa de porte ereto e alto, com folhas

    verdes escuras, longas, largas e arqueadas, foi selecionada com base na

    produtividade, vigor, capacidade de suporte, desempenho animal, resistência a

    cigarrinhas das pastagens e resistência à mancha foliar causada pelo fungo

    Bipolaris maydis. Tem tolerância moderada ao encharcamento do solo, semelhante

    ao Tanzânia-1, porém se desenvolve melhor em solos bem drenados, sendo uma

    opção para diversificação de pastagens nos biomas Amazônia e Cerrado.

    Na fase implantação a saturação por bases deve estar entre 45 a 50%, na

    camada de 0 a 0,2 m de profundidade. Os teores adequados de fósforo (P) no solo

    (extrator Mehlich-1) variam de 4 a 21 mg dm-3 dependendo do teor de argila. Os

    teores de potássio (K) não devem ser inferiores a 50 mg dm-3.

    Do mesmo modo é importante a aplicação de 30 kg ha-1 de enxofre e no

    mínimo 50 kg ha-1 de nitrogênio, se os teores de matéria orgânica forem inferiores a

  • 14

    1,6%. Na fase de manutenção, a reposição de cálcio e magnésio deve ser feita

    sempre que os teores forem inferiores a 1,5 e 0,5 cmolcdm-3, respectivamente, na

    camada de 0 a 0,2 m. Os teores de P no solo devem ser mantidos em cerca de 80%

    dos teores da implantação e, os teores de K não devem ser inferiores a 50 mg dm-3.

    A adubação nitrogenada deve ser aplicada de forma parcelada e a recomendação

    anual varia de 120 a 150 kg ha-1.

    2.2 Nitrogênio (N)

    A atmosfera contém aproximadamente 78% de nitrogênio molecular (N2), mas

    esse N não está diretamente disponível às plantas, sendo necessária a quebra da

    tripla ligação (N≡N) para produzir amônia (NH3) ou nitrato (NO3-). Tais reações,

    conhecidas como fixação do nitrogênio, podem ser realizadas por processo

    industrial, natural e, por fixação biológica do nitrogênio (Taiz; Zeiger, 2009).

    No solo o N é um elemento que tem dinâmica complexa, traduzida por grande

    mobilidade e por diversas transformações em reações químicas e biológicas, sendo

    passível de perdas no sistema: por lixiviação na forma de nitrato (NO3), por

    volatilização na forma de amônia (NH3) e pelo processo de desnitrificação que gera

    perdas gasosas de N na forma de óxido nitroso (N2O) e N2 (Furtini Neto et al., 2001).

    O N é um dos nutrientes exigidos em maior quantidade pelas plantas e o que

    mais limita o crescimento, sendo absorvido por fluxo de massa na forma de NH4+

    (amônio) ou NO3- (nitrato), após absorção incorpora-se na planta na forma de

    aminoácidos (Dechen; Nachtigall, 2007).

    As principais reações bioquímicas dos vegetais envolvem a presença do N

    (Taiz; Zeiger, 2009), geralmente representa de 10 a 50 g kg-1 de massa seca dos

    tecidos vegetais, sendo componente de muitos compostos essenciais aos processos

    de crescimento vegetal, como aminoácidos e proteínas. Participa com quatro átomos

    no anel de porfirina da molécula de clorofila, interferindo diretamente na fotossíntese

    e faz parte dos ácidos nucleicos (Mengel; Kirkby, 2001). Sua deficiência resulta em

    clorose gradual das folhas mais velhas e redução do crescimento da planta (Souza;

    Fernandes, 2006).

  • 15

    2.3 Nitrogênio em gramíneas forrageiras

    O N é um elemento importante para o crescimento das gramíneas forrageiras,

    pois acelera a formação e o crescimento de novas folhas, aumenta o perfilhamento,

    melhora o vigor da rebrota e produção de massa de raízes, incrementando a

    recuperação após o corte, resultando em maior produção e capacidade de suporte

    dos pastos. A deficiência de nitrogênio pode ser evidenciada quando o capim

    apresenta coloração das folhas velhas de verde pálido a amarelado, crescimento

    vagaroso, florescimento retardado, pouco perfilhamento e sistema radicular pouco

    desenvolvido (Werner, 1986).

    Monteiro (2014), analisando a nutrição de N em lâminas de folhas recém-

    expandidas (folhas diagnósticas) do capim Mombaça e Tanzânia, compilou níveis

    críticos de 16,0 a 22,9 g kg-1. Valores SPAD da ordem de 20 a 25 indicam nítida

    deficiência de nitrogênio, enquanto valores acima de 40, em geral, sugerem

    forrageiras bem nutridas em N. Lavres Junior et al. (2010), em experimento com o

    capim Mombaça, observaram níveis críticos de N nas folhas recém-expandidas de

    22 e 17 g kg-1, respectivamente para o primeiro e segundo cortes. Com o objetivo

    de avaliar o estado nutricional do capim Aruana quanto às doses de N (14; 112; 210;

    294; 378 e 462 mg L-1) em solução nutritiva, Lavres Junior e Monteiro (2006)

    verificaram valores SPAD de 25,1 a 52,6 e níveis críticos nas folhas diagnósticas de

    28,4 e 34,1 g kg-1.

    A concentração de nitrogênio aumentou linearmente nas folhas emergentes,

    lâminas de folhas rerecém-expandidas, lâminas de folhas maduras, colmos mais

    bainhas e raízes do Panicum maximum cv. Mombaça cultivado em substrato com

    soluções nutritivas com doses de N: 0; 14; 42; 126; 210; 294; 378 e 462 mg L-1. As

    lâminas de folhas recém-expandidas foram as mais adequadas para a avaliação do

    estado nutricional em nitrogênio, com nível crítico de 16 a 16,5 g kg -1 associado ao

    valor SPAD de 41 a 45 unidades (Manarim; Monteiro, 2003).

    No experimento com doses de ureia (0, 40, 80 e 120 mg dm-3) em Panicum

    maximum cv. Massai, Martuscello et al. (2009) verificaram que as doses de N

    exerceram efeito positivo na produção de massa seca total. A parte aérea funcionou

    como principal dreno de nitrogênio, sem que houvesse influencia desse nutriente na

    produção de massa seca do sistema radicular. Patês et al. (2007), em estudo com o

    capim Tanzânia, constataram que a adubação com ureia contribuiu positivamente

  • 16

    para o aumento e desenvolvimento das taxas de aparecimento e alongamento foliar

    e do colmo, como também para o número de perfilhos, número total de folhas e

    comprimento final da folha.

    No experimento em casa de vegetação com o Panicum maximum cv. Aruana,

    Colozza et al. (2000) constataram que a adubação nitrogenada aumentou

    significativamente o número de perfilhos, a produção de massa seca das raízes e

    parte aérea, as concentrações de nitrogênio total, nitrato e os valores SPAD. Mello

    et al. (2008) verificaram em estudo a campo que o incremento da adubação

    nitrogenada proporcionou aumento na produção de massa seca do capim Mombaça,

    tanto no período das águas como no da seca, nos dois anos avaliados.

    Em pesquisa de adubação com ureia (0, 20, 40, 80 e 160 kg ha-1) no capim

    Tanzânia em casa de vegetação, Nagano et al. (2011) concluíram que a altura de

    corte a 20 cm do solo ocorreram as maiores produções de matéria seca nos três

    ciclos de cultivos. As maiores produções de matéria seca foram obtidas com doses

    intermediárias de N, diferente das plantas cortadas a 40 cm, em que as produções

    máximas de matéria seca foram alcançadas com a maior dose de N aplicada, em

    todos os ciclos de corte.

    Os autores citados anteriormente verificaram também maior perfilhamento do

    capim e as maiores respostas à adubação nitrogenada quanto à produção de

    perfilhos que ocorreram no primeiro ciclo de cultivo, independente da altura de corte.

    O teor de proteína bruta foi influenciado pelas doses de nitrogênio no primeiro ciclo e

    na altura de corte a 20 cm, alcançando teor máximo de proteína bruta (12,5%) com a

    aplicação de 80 kg ha-1 de N.

    Costa et al. (2006) constataram que a adubação nitrogenada no cultivar

    Vencedor afetou positiva e linearmente a produção de matéria seca e o tamanho

    médio de folhas. A eficiência de utilização e a recuperação aparente de N foram

    inversamente proporcionais às doses de N aplicadas. A qualidade da forragem

    produzida foi melhorada pela adubação nitrogenada, apresentando maiores teores

    de N.

    Em estudo com cinco doses de N (0, 50, 100, 150 e 200 kg ha-1),

    Fabricio et al. (2010) verificaram que as adubações nitrogenada de até 200 kg ha-1

    proporcionaram incremento na produção de massa seca e nos teores de proteína

    bruta, no Panicum maximum cv. Tobiatã. Rodrigues et al. (2004) ressaltaram que o

    teor de proteína bruta é resultado direto da concentração de nitrogênio na planta.

  • 17

    Desta forma se houver baixa disponibilidade de nitrogênio no solo, as plantas

    manifestarão menor crescimento, reduzindo o teor de proteína bruta, podendo tornar

    a forragem inapropriada para fins de nutrição animal.

    2.4 Ureia (CO(NH2)2)

    Dos fertilizantes nitrogenados utilizados na agricultura a ureia representa

    cerca de 60% do mercado de fertilizantes, havendo clara preferência da indústria

    pela fabricação de ureia, em comparação com outras fontes sólidas de nitrogênio

    (como o sulfato de amônio, nitrato de amônio, fosfato de amônio, entre outros). A

    produção de ureia a partir de amônia e gás carbônico, produzidos numa mesma

    unidade, torna o produto menos oneroso, pelo fato de possuir teor de N bem mais

    alto, comparada aos demais produtos, o que proporciona um preço mais atrativo por

    tonelada de N. Por isso, a ureia tem o mais baixo custo de transporte e estocagem

    por unidade de N contido (Kaneko et al., 2013).

    É pouco provável que a ureia venha a ser substituída por outra fonte de

    nitrogênio em curto prazo. A principal desvantagem dessa fonte nitrogenada é a

    possibilidade de elevadas perdas de N por volatilização de amônia (NH3) quando

    aplicada na superfície do solo, por causa da rápida hidrólise na presença da enzima

    urease, que é comum na natureza e está presente em animais, plantas e

    microrganismos (Cantarella, 2007; Cantarella; Montezano, 2014).

    Ureases (ureia amido-hidrolase) são enzimas que catalisam a hidrólise da

    ureia a uma taxa 1014 vezes mais rápida que a reação sem enzima, produzindo

    amônia e gás carbônico (Ribeiro et al., 2013). A reação de hidrólise consome

    prótons (H+) e provoca a elevação do pH ao redor das partículas, assim, mesmo em

    solos ácidos, a ureia está sujeita a perdas de N por volatilização de NH3. Uma forma

    de reduzir as perdas de N por volatilização seria a incorporação da ureia ao solo de

    forma mecanizada (cerca de 5 cm), pela água da chuva ou irrigação (mínimo 10 a

    20mm) (Cantarella; Montezano, 2014). Entretanto, em algumas situações a

    incorporação com implementos agrícolas não é prática recomendada, por provocar

    danos no sistema radicular, como por exemplo, em áreas de pastagens já

    estabelecidas (Monteiro, 2014).

    Dependendo do manejo adotado, essas perdas podem ser significativas,

    comprometendo rendimento das culturas. Além do manejo, outros fatores também

  • 18

    interferem nas perdas de N através da volatilização, tais como: temperatura,

    umidade, textura do solo e teor de matéria orgânica, intervindo diretamente no

    aumento ou na diminuição da atividade da enzima urease, responsável pela

    degradação da ureia (Okumura; Mariano, 2012)

    2.5 Ureia com inibidores de urease

    Os fertilizantes nitrogenados com aditivos (fertilizantes estabilizados)

    contendo inibidores de urease têm sido empregados de modo crescente na

    agricultura. A ureia com inibidor de urease retarda os picos de volatilização de NH3,

    em relação à ureia convencional. Os inibidores bloqueiam a atividade da enzima

    urease e, por consequência a hidrólise da ureia, diminuindo as perdas por

    volatilização de amônia e aumentando o aproveitamento de N pelas plantas

    (Cantarella, 2007; Chien et al., 2009; Tasca et al., 2009).

    O inibidor de urease ocupa o local de atuação da urease, inativando,

    retardando o início e reduzindo o grau de velocidade de volatilização de NH3 por

    aproximadamente 14 dias. O atraso na hidrólise reduz a concentração de NH3

    presente na superfície do solo, diminuindo o potencial de volatilização de NH3,

    favorecendo o deslocamento da ureia para horizontes mais profundos do solo

    (Contin, 2007). Trenkel (1997) ressaltou que os inibidores de urease previnem e

    diminuem, ao longo de certo período de tempo, a transformação do N-amídico em

    amônia e a hidrólise enzimática (urease) da ureia no solo, reduzindo as perdas por

    volatilização e, também, as perdas adicionais por lixiviação do nitrato, aumentando a

    eficiência da ureia.

    De acordo com Soares (2011), a enzima urease contém um ou mais grupos

    sulfidrila, que são partes ativas da molécula. A inibição provocada pelos metais é

    devido à ligação do metal nestes grupos e a formação de sulfitos insolúveis,

    consequentemente, o melhor inibidor será o que tiver maior afinidade com o grupo

    sulfidrila e formar o composto sulfito mais insolúvel (Figura 1).

  • 19

    FIGURA 1. Inibição de metais (M) pela afinidade com grupos sulfidrila (S) da enzima

    urease (E) (Shaw, 1954 citado por Soares, 2011).

    O recobrimento da ureia com cobre (Cu) e ácido bórico (H3BO3) inibe a ação

    da urease por competição ao sítio de ligação na enzima. A inibição da hidrólise da

    ureia pela urease acontece devido à ligação do Cu aos grupos sulfidrila dessa

    enzima, formando sulfitos insolúveis. O H3BO3 se encaixa simetricamente entre os

    dois átomos de níquel do sítio ativo da urease, de forma geometricamente

    semelhante ao substrato ureia (Nascimento, 2012).

    O NBPT (tiofosfato de N-n-butiltriamida) é uma substância inibidora da urease

    e, destaca-se como um dos inibidores mais promissores para a maximização do uso

    da ureia em sistemas agrícolas. O inibidor NBPT (fórmula molecular C4H14N3PS)

    retarda a hidrólise da ureia e pode contribuir para diminuir as perdas de amônia por

    volatilização, pois, ocupa o local de atuação da enzima urease e, com isto, atrasa a

    hidrólise da ureia e reduz o potencial de volatilização de NH3 na superfície do solo

    (Cantarella et al., 2008). O NBPT (Figura 2) é um composto que apresenta

    características de solubilidade e difusividade similares às da ureia e vem

    proporcionando a obtenção dos melhores resultados.

    FIGURA 2. Fórmula química do NBPT. (National Industrial Chemicals Notification

    And Assessment Scheme, 2011)

    O NBPT não é um inibidor direto da urease, deve ser convertido ao seu

    análogo de oxigênio (fosfato de N-n-butiltriamida), denominado NBPTO (fórmula

    molecular C4H11N3PO), que é o verdadeiro inibidor da urease (Figura 3). Ao impedir

  • 20

    a rápida hidrólise, o inibidor aumenta as chances de que chuvas ou irrigação

    incorporem a ureia ao solo (Watson, 2000), esse inibidor de acordo com Cantarella

    (2007) tem sido mais eficiente em retardar a hidrólise da ureia quando comparado à

    aplicação direta de seu análogo NBPTO, provavelmente pela taxa de formação de

    NBPT em NBPTO, que prolonga o efeito do inibidor, pois a degradação do NBPTO é

    mais rápida.

    CH3 (CH2)3 N P

    H

    O

    NH2

    NH2

    FIGURA 3. Fórmula química do NBPTO (fosfato de N-n-butiltriamida) (Cantarella,

    2007):

    A formulação comercial contendo de 20% a 25% de NBPT está disponível no

    mercado para ser misturada com fertilizantes nitrogenados, normalmente são

    utilizadas concentrações que variam de 500 mg a 1000 mg NBPT kg-1 ureia. No

    Brasil, a dose que vem sendo usada é de cerca de 530 mg kg-1. Há dúvidas quanto à

    estabilidade do NBPT após sua aplicação à ureia, pois, o inibidor tende a perder

    eficiência com o tempo de armazenamento (Cunha et al., 2011). Depois de aplicado

    ao solo, o NBPT tende a ser menos eficiente em altas temperaturas, por ocorrer

    maior atividade de urease, maior dissolução dos grânulos e maior evaporação da

    solução do solo, que provoca a movimentação da ureia e da NH3 em direção à

    superfície (Cantarella, 2007).

    Em estudo com arroz irrigado submetido à aplicação de ureia tratada com

    NBPT, Scivittaro et al. (2010) constataram que o uso de NBPT proporcionou maiores

    produtividade de grãos e acumulação de nitrogênio apenas quando a aplicação de N

    em cobertura antecedeu em 10 dias o início da irrigação. Cantarella et al. (2008)

    concluíram que o uso de ureia com NBPT proporcionou reduções de 15 a 78% nas

    perdas por volatilização na cultura da cana de açúcar. A adição de NBPT à ureia

    ajudou a controlar as perdas de amônia, mas o inibidor foi menos efetivo quando

    chuvas suficientes para incorporar a ureia no solo ocorreram de 10 a 15 dias, ou

    mais, após a aplicação dos fertilizantes.

  • 21

    No experimento com o milho adubado com fontes de N (ureia convencional e

    ureia tratada com NBPT) e quatro doses de N em cobertura (60, 120, 180 e 240 kg

    ha-1), Silva et al. (2011) verificaram que as fontes e doses influenciaram na

    produtividade e os teores de N da folha e dos grãos, enquanto os componentes de

    produção (tamanho e diâmetro da espiga e porcentagem de palha e sabugo) não

    foram alterados. A maior margem bruta de ganho da cultura do milho foi obtida com

    aplicação de ureia tratada com NBPT, na dosagem de 180 kg ha-1. Cunha et al.

    (2011) em estudo com a ureia convencional e ureia com NBPT em cobertura na

    cultura do feijão, constataram que a ureia com inibidor não incrementou

    significativamente a produtividade do feijoeiro.

    Stafanato et al. (2013) constataram que a adição de cobre e boro no processo

    de pastilhamento da ureia reduziu as perdas de amônia por volatilização em até

    54 %, quando comparado com a ureia granulada comercial em aplicação superficial

    num Planossolo Háplico em casa de vegetação. Rasquinho (2012), em experimento

    em casa de vegetação com ureia convencional e ureia contendo inibidor da urease

    NBPT, verificou que o uso da ureia com NBPT não foi eficiente no capim Aruana

    cultivado num solo de alta fertilidade natural. Fernandes (2011) concluíram que as

    fontes nitrogenadas Entec, nitrato de amônio, sulfato de amônio, Sulfammo e ureia,

    na dose de 100 kg ha-1 proporcionaram efeito semelhante sobre a produtividade da

    massa de matéria seca e composição bromatológica do capim Mombaça em

    pastagem no cerrado de baixa altitude.

    Na cultura do trigo, Prando et al. (2013) verificaram que o sulfato de amônio, a

    ureia com inibidor de urease (NBPT) e a ureia revestida com polímeros não diferiram

    da ureia convencional, no desempenho produtivo da cultura em sistema de

    semeadura direta. A adubação de ureia com NBPT em cobertura aumentou a

    produtividade da cultura do trigo, durante o perfilhamento, mas, seu uso não

    promoveu aumento da produtividade quando a ureia foi aplicada no sulco, durante a

    semeadura (Espindula et al, 2014).

    No experimento com quatro fontes de ureia (uma convencional e três

    revestidas por polímeros), Valderrama et al. (2014) constataram que as ureias

    revestidas não diferiram da ureia convencional para o teor de nitrogênio foliar, índice

    de clorofila foliar, altura de plantas, diâmetro do segundo internódio, altura de

    inserção da primeira espiga, componentes de produção e a produtividade de grãos

    de milho, tanto no cultivo safra como na safrinha. Resultados semelhantes foram

  • 22

    obtidos por Maestrelo et al. (2014), ao concluírem que o polímero que reveste a

    ureia não foi eficiente nas condições de Cerrado, por proporcionar resultados

    semelhantes aos da ureia convencional para as características agronômicas e a

    produtividade de grãos de milho.

    Em solos de textura argilosa, cultivados em sistema de plantio direto

    consolidado sob condição de temperaturas amenas e precipitações pluviais bem

    distribuídas, Mota et al. (2015) detectaram que o uso de fontes estabilizadas com

    polímeros inibidores da enzima urease e da nitrificação do amônio não aumentaram

    o rendimento de grãos em milho e eficiência agronômica de uso do N,

    comparativamente à ureia comum e ao nitrato de amônio, independentemente da

    dose de N aplicada em cobertura.

    Zancanaro et al. (2013), em Itiquira-MT, nas safras de 2010/2011 e

    2011/2012, compararam fontes de ureia (ureia convencional, ureia tratada com

    NBPT, ureia recoberta com polímero de liberação lenta, ureia recoberta com enxofre

    elementar e ureia recoberta com B e Cu) nas doses de 0, 60, 90 e 120 kg ha-1 e

    concluíram que o rendimento do algodoeiro foi semelhante para todas as tecnologias

    de tratamento de ureia avaliadas em ambas as safras.

  • 23

    3 MATERIAL E MÉTODOS

    3.1 Local do experimento e espécie

    O experimento foi instalado em casa de vegetação localizada na Faculdade

    de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Mato

    Grosso, campus Cuiabá, no período de novembro de 2014 a abril de 2015. A

    espécie estudada foi a forrageira Panicum maximum cv. BRS Zuri.

    3.2 Delineamento experimental

    O delineamento utilizado foi em blocos casualizados, com quatro repetições,

    sendo os tratamentos dispostos em esquema fatorial 5x4+1, constituído por cinco

    doses de nitrogênio: 100, 200, 300, 400 e 500 mg dm-3 e quatro fontes comerciais de

    ureia granulada: Ureia (45% N); Ureia + NBPT1 (46% N, 0,25% NBPT); Ureia +

    NBPT2 (45% N, NBPT sem concentração); Ureia + Cu + B (45% N, 015% Cu e 0,4%

    B), mais o tratamento adicional testemunha, no qual não se aplicou adubação

    nitrogenada, totalizando 84 unidades experimentais. Os modelos matemáticos

    considerados foram:

    Yijk = µ + Fi + Dj + B1 + (FD)ij + eijk e Yh = µ + Ta + eh

    Em que:

    Yijk e Yh = variável dependente; µ = média geral do experimento para a variável;

    Fi = efeito do i-ésimo nível do fator fontes; Dj = efeito do j-ésimo nível do fator doses;

  • 24

    B1 = efeito do 1-ésimo nível do fator bloco; (FD)ij = efeito da interação entre o i-ésimo

    nível do fator fontes e j-ésimo nível do fator doses; eijk e eh = erro experimental; Ta =

    efeito do tratamento adicional.

    3.3 Instalação e monitoramento do experimento

    O solo utilizado é classificado como Latossolo Vermelho Distrófico segundo

    a classificação de Embrapa (2013), coletado em novembro de 2014, na

    profundidade de 0 a 0,2 m numa área de pastagem abandonada localizada no

    Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, campus São

    Vicente, situado na BR 364, km 329. A amostra do solo foi colocado para secar ao ar

    durante quinze dias, após esse período, o mesmo foi peneirado em malha de 2 mm

    a fim de separar pedras, torrões e restos vegetais obtendo-se, assim, a terra fina

    seca ao ar (TFSA). As análises químicas e granulométricas (Tabela 1) foram

    realizadas segundo metodologia da Embrapa (SILVA, 2009).

    Vasos com capacidade de 6,5 dm-3 foram revestidos com sacos plásticos

    que receberam seis quilos de solo seco. Visando elevar a saturação por bases para

    50%, incorporou-se em cada vaso 2,5 g de calcário dolomítico (PRNT=100%). Após

    incorporação, em cada vaso foi adicionada 586 mL de água destilada

    (correspondente a 85% da máxima capacidade de retenção de água que foi

    determinada conforme descrito por Bonfim-Silva et al. (2011), a umidade do solo foi

    mantida a 85% durante todo o período experimental.

    Decorridos 45 dias de incubação foi efetuada a adubação com 90 mg dm-3

    de P2O5 (super fosfato simples: 20% P2O5, 18% Ca e 10% S). Após 15 dias da

    aplicação do adubo, coletou-se aleatoriamente nos vasos, porções de solo obtendo-

    se a amostra composta que foi enviada ao laboratório (Tabela 1).

    TABELA 1. Caracterização química e granulométrica do Latossolo Vermelho utilizado no experimento antes e depois da calagem

    Calagem pH P K S Ca Mg Al H SB CTC V M.O. Areia Silte Argila

    H2O CaCl2 mg/dm³ cmolc/dm³ % g/dm3 g/kg

    Antes 5,2 4,4 2,4 34,0 7,0 0,5 0,2 0,4 2,0 0,8 3,2 24,7 9,2 340,0 146,0 514,0

    Depois 5,7 5,0 5,1 36,0 21,1 1,9 0,9 0,0 3,2 2,9 6,1 47,5 21,3 333,0 152,0 515,0

  • 25

    Em cada vaso semearam-se 20 sementes da cultivar BRS Zuri (Panicum

    maximum), depois de 15 dias após a emergência foi realizado o desbaste deixando-

    se cinco plantas por vaso. No dia do desbaste foi realizada uma adubação básica

    com micronutrientes: boro (ácido bórico), cobre (cloreto de cobre), zinco (cloreto de

    zinco), molibdênio (molibdato de sódio) nas doses de 1,5; 2,5; 2,0 e 0,25 mg dm-3,

    respectivamente, seguindo recomendações de Monteiro (2014). A cada quatro dias

    os vasos foram remanejados dentro de cada bloco a fim de minimizar o efeito das

    condições ambientais.

    As doses de N foram aplicadas em cobertura e parceladas em três vezes

    iguais de 33,33; 66,67; 100,00; 133,33 e 167,67 mg dm-3. Um dia após o desbaste

    foram aplicados 10 mg dm-3 de K2O (cloreto de potássio 60% K2O) e a primeira dose

    de N, quinze dias depois a segunda dose de N. Na análise do primeiro crescimento

    foram consideradas as doses de N resultantes da soma dos dois primeiros

    parcelamentos: 66,7; 133,3; 200,0; 266,7 e 333,3 mg dm-3, enquanto no segundo

    crescimento as doses de N totais: 100; 200; 300; 400 e 500 mg dm-3, sendo que

    todas as aplicações das ureias foram realizadas em cobertura.

    O primeiro corte da forrageira foi realizado 40 dias após o desbaste, na

    ocasião foi aplicada a terceira dose de N e 10 mg dm-3 de K2O (cloreto de potássio

    60% K2O). Durante o período experimental dados diários de temperatura e umidade

    relativa do ar foram registrados por meio do termo-higrometro digital, sendo que, a

    variação de temperatura foi de 23 a 39°C e a umidade relativa de 41 a 90%.

    Foram analisadas as seguintes variáveis: massa seca da parte aérea e da

    raiz; número de perfilhos e folhas; altura da forrageira; valor SPAD; concentração de

    nitrogênio, nitrato, amônio e teor de proteína bruta nas folhas novas, lâminas de

    folhas recém-expandidas, lâminas velhas, colmo+bainhas e raízes.

    3.4 Altura e contagem de folhas e perfilhos das plantas

    A cada corte (1º e 2º crescimentos) foi medida a altura máxima da curvatura

    foliar da forrageira, com auxílio de uma trena (média de três medições por vaso).

    Contou-se também a quantidade de folhas e perfilhos em cada vaso e o colmo

    principal (planta-mãe) foi incluído na contagem.

  • 26

    3.5 Teor de clorofila por meio do valor SPAD

    A leitura do valor SPAD, para a determinação indireta do teor de clorofila, foi

    realizada no terço médio das lâminas das folhas recém-expandidas com o uso do

    clorofilômetro SPAD-502 (Soil and Plant Analysis Development) um dia antes do 1º e

    2º cortes. O valor SPAD para cada unidade experimental foi obtido por meio da

    média entre 10 leituras realizadas em cada vaso.

    3.6 Colheita e separação das partes da planta

    Foram realizados dois cortes nas plantas a 20 cm do solo, sendo o primeiro

    aos 40 dias após o desbaste e o segundo 30 dias após o primeiro. Em cada corte, a

    parte aérea da forrageira foi levada ao Laboratório de Nutrição de Plantas e foi

    separada em: a) folhas emergentes (FE): folhas não completamente expandidas,

    sem lígula visível; b) lâminas de folhas recém-expandidas (LR): lâminas das duas

    folhas mais novas completamente expandidas, com lígula visível; c) lâminas das

    demais folhas maduras totalmente expandidas (LM): lâminas das demais folhas com

    lígula visível; e d) colmos + bainhas (CB): colmos mais bainhas das folhas.

    Na ocasião do segundo corte das plantas, as raízes também foram

    coletadas, após separação do solo as raízes foram lavadas com água corrente e

    água destilada, com o objetivo de evitar perdas das raízes no momento da lavagem

    foi utilizada peneira de malha de 1 mm.

    3.7 Secagem, pesagem e moagem do material

    O material colhido e separado foi guardado em sacos de papel identificados

    e colocado para secar em estufa de circulação forçada de ar a 65°C até atingir

    massa constante, depois de seco foi pesado e moído em moinho tipo Willey.

    3.8 Produção de massa seca

    Por meio da soma da massa seca da parte aérea (LE+LR+LM+CB) foram

    obtidas as produções de massa seca da forrageira, no entanto, a massa seca das

    raízes foi obtida diretamente através da pesagem.

  • 27

    3.9 Análises químicas do material vegetal

    O material vegetal moído foi acondicionado em sacos plásticos, identificados

    e enviado ao Laboratório de Nutrição Animal da Empaer (Empresa Mato-grossense

    de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural). Para a determinação da

    concentração de N total na parte aérea e nas raízes utilizou-se a metodologia

    descrita por Sarruge e Haag (1974), amônio e nitrato de acordo com Tedesco et al.

    (1985). A porcentagem de proteína bruta (PB) foi determinada usando fator de

    correção de 6,25 (para conversão de nitrogênio em proteína bruta).

    3.10 Análises estatísticas

    Na análise estatística, os dados obtidos foram submetidos à análise de

    variância com fatorial diferenciado, considerando o tratamento testemunha adicional,

    sendo o nível de significância determinado pelo Teste F 5% de probabilidade e as

    médias das fontes comparadas pelo Teste de Agrupamento Scott-Knott 5% de

    probabilidade. O Teste de Dunnet foi aplicado quando houve significância entre a

    interação fatorial x testemunha adicional e equações de regressão foram ajustadas

    para os efeitos das doses de N, sendo utilizados os programas Assistat e Excel.

  • 28

    4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

    4.1 Produção de massa seca da parte aérea e das raízes

    No primeiro corte não foi verificada interação entre as fontes e doses, no

    entanto, verificou-se efeito isolado das doses. A produção de massa seca ajustou-se

    ao modelo quadrático de regressão (Figura 4), as doses crescentes de nitrogênio

    promoveram maiores produções, esse fato era esperado, pois, normalmente o

    aumento no suprimento de N favorece o alongamento de folhas e emissão de

    perfilhos. A máxima produção observada no primeiro corte foi de 18,5 g vaso-1 na

    dose de 253,0 mg dm-3. Resultados semelhantes foram obtidos por Colozza et al.

    (2000), no primeiro crescimento do capim Aruana com a máxima produção na dose

    de 171 mg kg-1. Nagano et al. (2011), verificaram produções máximas do capim

    Tanzânia na dose de 184 mg dm-3.

    No primeiro crescimento do capim BRS Zuri o fator fonte não foi significativo,

    fontes com inibidores resultaram em produções similares de massa seca em

    comparação com a ureia convencional, provavelmente os inibidores de urease não

    foram eficientes na diminuição das taxas de volatilização da amônia. Concordando

    com Rasquinho (2012), que não verificou diferenças na produção de massa seca do

    capim Aruana adubado com ureia convencional e ureia com NBPT e com Fernandes

    (2011), que também não constatou diferenças entre cinco fontes de nitrogênio

    utilizadas na produção de massa seca do capim Mombaça.

  • 29

    FIGURA 4. Produção de massa seca no primeiro crescimento do capim BRS Zuri em

    função das doses de N.

    Houve interação entre as fontes e doses no segundo crescimento (Figura 5),

    no desdobramento das fontes dentro de cada dose a produção de massa seca nas

    doses de 66,7 a 166,7 mg dm-3 não foi influenciada pelas fontes utilizadas, ou seja,

    não ocorreu diferenças entre as ureias com inibidores e ureia convencional, pois a

    produção de massa foram similares. Na dose de 33,3 mg dm-3 as ureias com NBPTs

    são as mais indicadas para incrementar a produção de massa seca, provavelmente

    em doses mais baixas os inibidores são mais eficientes em contralar as perdas por

    volatilização da amônia.

    FIGURA 5. Produção de massa seca (g vaso-1) do capim BRS Zuri no segundo

    crescimento. Médias seguidas pela mesma letra, minúscula na coluna dentro da mesma dose entre as fontes e

    maiúscula na coluna dentro da mesma fonte entre as doses, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott a

    5% de probabilidade.

  • 30

    Ao desdobrarem-se as doses dentro de cada fonte (Figura 5), constatou-se

    que independentemente da dose aplicada das fontes com ureias com NBPTs, não

    foram verificadas diferenças significativas na produção de massa. Maiores

    produções nas doses de 100,0 e 133,3 mg dm-3 para fonte de ureia+Cu+B, e de 66,7

    a 166,7 mg dm-3 na fonte de ureia convencional. Rasquinho (2012) não verificou

    interação entre as fontes e doses nos três crescimentos do capim Aruana diferindo

    dos resultados aqui obtidos.

    A produção de massa seca da parte aérea do capim BRS Zuri no segundo

    crescimento foi maior em relação ao primeiro, esse fato pode ser atribuído à

    necessidade de maior consumo de energia no primeiro crescimento para o

    desenvolvimento e formação do sistema radicular e da estrutura da parte aérea. No

    segundo crescimento com o sistema radicular formado a energia pode ser destinada

    para o desenvolvimento da parte aérea com consequente aumento na produção de

    massa seca. Resultados semelhantes foram observados por Colloza et al. (2000)

    com o capim Aruana; Manarim e Monteiro (2003), com o capim Mombaça; Nagano

    et al. (2011), em estudo com o capim Tanzânia.

    Para a produção de massa seca das raízes não foi observada significância

    na interação entre as fontes e doses, entretanto, verificou-se significância para as

    doses (Figura 6). A máxima produção observada foi de 10,2 g vaso-1 na dose de

    87,4 mg dm-3. Resultados similares foram observados por Colozza et al. (2000), no

    capim Aruana, no qual a produção de massa seca variou com o incremento das

    doses de N e o ponto de máxima produção foi observado na dose de 262 mg kg-1.

    Silva Filho et al. (2014) também verificaram ajuste no modelo quadrático na

    produção de massa do capim Marandu, com menor produção nas maiores doses de

    ureia aplicada ao solo.

    O nitrogênio é importante para o aumento no volume do sistema radicular

    das forrageiras e influencia a produção de massa seca. No primeiro e segundo

    crescimento (Figuras 4 e 5) verificaram-se as mais baixas produções de massa seca

    da parte aérea na menor e maior dose, semelhante à produção de massa seca das

    raízes (Figura 6).

  • 31

    FIGURA 6. Produção de massa seca das raízes do capim BRS Zuri em função das

    doses de N.

    4.2 Número de Folhas

    Verificou-se efeito isolado das doses quanto ao número de folhas no

    primeiro e segundo crescimento. Os resultados ajustaram-se ao modelo quadrático

    de regressão (Figura 7 e 8). O número de folhas por vaso variou de 29 a 44 e 39 a

    51, respectivamente, no primeiro e segundo crescimento. Assim como ocorreu com

    a produção de massa seca, maior número de folhas foi observado no segundo

    crescimento, devido ao fato que no primeiro crescimento as plantas estavam

    formando sua estrutura aérea e o sistema radicular.

    A dose de nitrogênio que proporcionou o maior número de folhas foi a de

    268,8 e 105,7 mg dm-3 , para o primeiro e segundo crescimentos. O incremento no

    fornecimento de nitrogênio favoreceu a emissão das folhas no capim BRS Zuri.

    Resultados semelhantes foram observados por Costa et al. (2006), no capim

    Vencedor, no qual o número de folhas ajustou-se ao modelo quadrático de

    regressão, sendo o máximo número de folhas observado na dose de 125,7 mg dm-3.

  • 32

    FIGURA 7. Número de folhas por vaso no primeiro crescimento do capim BRS Zuri

    em função das doses de N.

    FIGURA 8. Número de folhas por vaso no segundo crescimento do capim BRS Zuri

    em função das doses de N.

    4.3 Perfilhos

    A interação entre as fontes e doses não foi significativa, no entanto, foi

    verificado efeito isolado das doses quanto ao número de perfilhos no primeiro e

    segundo crescimento. Os resultados ajustaram-se ao modelo quadrático de

    regressão (Figura 9 e 10). O número perfilhos por vaso variou de 9 a 13 no primeiro

    crescimento e 18 a 23 no segundo crescimento. Assim como ocorreu com a

    produção de massa seca, número de folhas, maior perfilhamento foi constatado no

  • 33

    segundo crescimento, pois, as plantas já estavam com o sistema radicular formado,

    podendo direcionar energia para o perfilhamento. A dose de nitrogênio que

    proporcionou o maior perfilhamento foi a de 271,5 e 104,5 mg dm-3 , no primeiro e

    segundo crescimentos.

    FIGURA 9. Número de perfilhos por vaso no primeiro crescimento do capim BRS

    Zuri em função das doses de N.

    FIGURA 10. Número de perfilhos por vaso no segundo crescimento do capim BRS

    Zuri em função das doses de N.

    Rasquinho (2012), em estudo com o capim Aruana adubado com fontes de

    ureia e ureia com NBPT não constatou interação entre as fontes e doses nos dois

    crescimentos do capim, somente verificou significância para as doses que

  • 34

    ajustarem-se ao modelo linear de regressão. Colozza et al. (2000), em experimento

    com o mesmo capim, verificou ajustes quadráticos no modelo de regressão no

    perfilhamento nos dois crescimentos, a dose de máximo número de perfilhos foi de

    150 e 233 mg dm-1, para o primeiro e segundo crescimento.

    4.4 Altura

    No primeiro crescimento houve interação significativa entre as fontes e as

    doses para a variável altura (Figura 11). No desdobramento das fontes dentro de

    cada dose, a dose de 66,7 mg dm-3 promoveu menor altura nas plantas adubadas

    com ureia+NBPT1 e ureia. Independentemente da fonte utilizada nas doses de

    133,3 a 266,7 mg dm-3 não houve diferenças nas alturas das plantas, enquanto na

    dose de 333,3 mg dm-3 maiores valores de alturas foram observadas em plantas

    adubadas com ureia com inibidores. Na menor e maior dose nas plantas adubadas

    com ureia convencional constatou-se menores alturas.

    FIGURA 11. Altura do capim BRS Zuri no primeiro crescimento em função das fontes e doses de N.

    Médias seguidas pela mesma letra, minúscula na coluna dentro da mesma dose entre as fontes e

    maiúscula na coluna dentro da mesma fonte entre as doses, não diferem estatisticamente entre si pelo

    teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.

    Ao desdobrarem-se doses dentro de cada nível da fonte, observou-se

    (Figura 11) maior altura de plantas nas doses de 200,0 a 333,3 mg dm-3 quando

  • 35

    adubadas com ureia+NPBT. A adubação com ureia+NBPT2 e ureia+Cu+B não

    influenciou nas alturas das plantas nas doses estudas, enquanto a ureia

    convencional maiores alturas de plantas foram constatadas nas doses de 133,3 a

    266,7 mg dm-3.

    No segundo crescimento não foi observada interação significativa entre as

    fontes e doses, entretanto, a altura das plantas foi influenciada tanto pelas fontes

    quanto pelas doses de N. Nas fontes com ureia com inibidores (Figura 12) foram

    observadas maiores alturas em comparação com a ureia convencional,

    provavelmente os inibidores de urease retardaram a hidrólise da ureia, o que

    favoreceu a absorção de N pelas plantas, refletindo em maior altura.

    FIGURA 12. Altura (cm) do capim BRS Zuri no segundo crescimento em função das

    fontes. Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de

    probabilidade

    Dados semelhantes foram verificados por Kaneko (2013), na cultura do

    algodão, observou que uso da ureia com NBPT e nitrato de amônio proporcionaram

    maior altura de plantas que a ureia tradicional, discordando de Costa et al. (2001),

    que constatou plantas mais altas de feijão quando adubadas com ureia convencional

    em vista da ureia com NBPT. Na cultura do trigo, Espindula (2010), também não

    verificou diferenças na altura de plantas adubadas com ureia convencional e ureia

    com NBPT.

  • 36

    As alturas das plantas em função das doses foram ajustadas a equação de

    segundo grau (Figura 13), a máxima altura foi verificada na dose de 100,2 mg dm-3.

    Silva Filho et al. (2014), em estudo com o capim Marandu adubado com doses de

    ureias verificaram efeito quadrático na altura das plantas. Patês (2009), em estudo

    com os capins Atlas e Tanzânia, verificou efeito linear das doses de N na altura das

    plantas que variaram de 107,5 a 112,6 cm no capim Atlas e 71,5 a 95,5 cm no capim

    Tanzânia.

    FIGURA 13. Altura no segundo crescimento do capim BRS Zuri em função das

    doses de N.

    4.5 Concentração de nitrogênio na parte aérea e nas raízes

    Para a concentração de nitrogênio na parte aérea tanto no primeiro como no

    segundo crescimento, não se observou interação significativa entre as fontes e

    doses, observando-se significância apenas nas doses de nitrogênio (Figura 14 e 15).

    A concentração de nitrogênio nas lâminas de folhas recém-expandidas no

    primeiro crescimento ajustou-se ao modelo quadrático (Figura 14). A mais elevada

    concentração foi de 26,4 g kg-1 e ocorreu na dose de nitrogênio de 319,8 mg dm-3.

    Discordando de Silveira e Monteiro (2010), que verificaram no capim Tanzânia,

    ajuste linear na concentração de N.

    A concentração de N nas folhas emergentes (FE), lâminas maduras (LM) e

    colmos+bainhas (CB) ajustaram-se ao modelo linear de regressão (Figura 15), a

    dose de 333,4 mg dm-3 não foi suficiente para a determinação da máxima

  • 37

    concentração de N nessas frações. De modo geral, no primeiro crescimento, as

    concentrações de nitrogênio nas folhas emergentes (14,32 a 27,70 g kg-1) foram

    maiores que as das lâminas de folhas velhas (11,91 a 25,53 g kg-1), que, por sua

    vez, foram maiores aos dos colmos+bainhas (8,02 a 17,77 g kg-1).

    FIGURA 14. Concentração de N nas lâminas de folhas recém-expandidas no

    primeiro crescimento do capim BRS Zuri em função das doses de N.

    FIGURA 15. Concentração de N nas folhas emergentes, lâminas de folhas maduras

    e colmos+bainhas no primeiro crescimento do capim BRS Zuri em

    função das doses de N.

  • 38

    Semelhante ao que ocorreu no primeiro crescimento, a concentração de

    nitrogênio nas lâminas recém-expandidas no segundo crescimento ajustou-se ao

    modelo quadrático (Figura 16). A maior concentração foi de 27,7 g kg-1 e ocorreu na

    dose de nitrogênio de 138,6 mg dm-3.

    FIGURA 16. Concentração de N nas lâminas recém-expandidas no segundo

    crescimento do capim BRS Zuri em função das doses de N.

    A concentração de N nas FE, LM e raízes ajustaram-se ao modelo linear de

    regressão (Figura 17), a dose de 166,6 mg dm-3 não foi suficiente para a

    determinação da máxima concentração de N nessas frações. A concentração de

    nitrogênio no CB foi ajustado no modelo quadrático de regressão, a máxima

    concentração de N nessa fração foi obtida na dose de 126,3 mg dm-3. No segundo

    crescimento, as concentrações de nitrogênio nas LM (17,31 a 26,9 g kg-1) e FE

    (17,54 a 26,4 g kg-1) foram praticamente semelhantes e maiores que as dos CB

    (14,83 a 20,0 g kg-1) e raízes (8,5 a 16, 8 g kg-1).

    Manarim e Monteiro (2003), obtiveram resultados semelhantes em CB

    tiveram as menores concentrações de nitrogênio do que outros componentes da

    parte aérea da planta, quando submetidos a doses do nutriente no meio de

    crescimento. A concentração do nitrogênio nas raízes do capim Mombaça variou

    entre 8,2 e 18,6 g kg-1, concordando com os resultados aqui obtidos.

  • 39

    FIGURA 17. Concentração de N nas folhas emergentes, lâminas maduras e

    colmos+bainhas no segundo crescimento do capim BRS Zuri em

    função das doses de N.

    Cancellier (2013), na cultura do milho, verificou apenas o efeito das doses na

    concentração de N na parte aérea, com ajuste no modelo linear. Valderrama et al.

    (2014), verificaram efeito das doses com ajuste linear para o teor N nas folhas do

    milho, as fontes nitrogenadas não diferiram significativamente, demonstrando que as

    ureias com diferentes revestimentos não afetaram o estado nutricional (N) da planta.

    4.6 Teor de Proteína Bruta (PB)

    Não foi verificada significância na interação de fontes e doses para o teor de

    PB na parte aérea no primeiro e segundo crescimento, porém foi observado

    significância apenas para as doses de nitrogênio (Figura 18 a 21).

    O teor de PB ajustou-se ao modelo linear de regressão (Figura 18 e 19), de

    forma que a dose de 333,4 mg dm-3 não foi suficiente para a determinação da

    máxima porcentagem de PB. Nas lâminas de folhas recém-expandidas os teores

    variaram de 8,26 a 16,83%, enquanto nas demais frações a variação foi de 5,01 a

    17,31 %. No primeiro crescimento, o teor de proteína foi maior nas LR, seguidas

    pelas FE, FV e menor nos CB.

  • 40

    FIGURA 18. Proteína bruta nas lâminas recém-expandidas no primeiro crescimento

    do capim BRS Zuri em função das doses de N.

    FIGURA 19. Proteína bruta nas folhas emergentes, lâminas maduras e

    colmos+bainhas no primeiro crescimento do capim BRS Zuri em função

    das doses de N.

    No segundo crescimento constatou-se significância apenas para as doses

    de nitrogênio. O teor de proteína nas LR ajustou-se ao modelo quadrático de

    regressão (Figura 20), o ponto máximo de proteína foi verificado na dose de

    151,8 mg dm-3 no teor de 18,1 %.

  • 41

    FIGURA 20. Proteína bruta nas lâminas recém-expandidas no segundo crescimento

    do capim BRS Zuri em função das doses de N.

    O teor de PB ajustou-se ao modelo quadrático de regressão (Figura 21), nas

    lâminas maduras e nos colmos+bainhas, sendo o ponto máximo verificado nas

    doses de 152,5 e 131,5 mg dm-3, respectivamente. Nas folhas emergentes ajustou-

    se ao modelo linear, de forma que a dose de 166,6 mg dm-3 não foi suficiente para a

    determinação da máxima porcentagem de PB, os teores nessa fração variaram de

    10,9 a 16,5 %.

    FIGURA 21. Proteína bruta nas folhas emergentes, lâminas maduras e

    colmos+bainhas no segundo crescimento do capim BRS Zuri em

    função das doses de N.

  • 42

    Fernades (2011), em estudo com o capim Mombaça com diferentes fontes

    de nitrogênio, observou aumento do teor de PB com o incremento das doses. Freitas

    et al. (2007), trabalhando com as doses de 70, 140, 210 e 280 kg ha-1 ano-1,

    aplicados no mesmo capim, verificaram que, quanto maior a dose de N aplicada,

    maior o teor de PB. Silva et al. (2209), em estudo com doses de N (0, 100, 300 e

    500 kg ha-1) com o mesmo capim, observaram valores de proteína bruta de 8,7; 8,8;

    9,4 e 10,6% na altura residual de 20 cm, de acordo com as doses aplicadas.

    4.7 Concentração de nitrato e amônio

    Não foram verificadas diferenças significativas na concentração de nitrato e

    amônio em ambos os crescimentos do capim BRS Zuri.

    4.8 Estimativa do teor de clorofila em valor SPAD

    No primeiro crescimento do BRS Zuri não foi observada interação

    significativa entre as fontes e doses, entretanto, verificou-se significância isoladas

    nas fontes e doses de nitrogênio. Nas plantas adubadas com ureia com inibidores

    (Figura 22) foram constatados maiores valores SPAD em comparação com a ureia

    convencional. Cancellier (2013) verificou efeito apenas das doses no valor SPAD do

    milho adubado com ureias com inibidores de urease e ureia convencional.

    FIGURA 22. Valor SPAD do capim BRS Zuri no primeiro crescimento em função das

    fontes. Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott a

    5% de probabilidade.

  • 43

    As leituras dos valores SPAD nas lâminas recém-expandidas em função das

    doses de nitrogênio foram ajustadas a equação de segundo grau (Figura 23) e o

    máximo valor foi verificado na dose de 320,3 mg dm-3. O incremento das doses de N

    contribuiu para o aumento no valor SPAD, esse fato era esperado, pois, a

    concentração de N na parte área aumentou como as doses aplicadas, como o N

    está presente na molécula de clorofila, o aumento no valor SPAD é justificável.

    FIGURA 23. Valor SPAD no primeiro crescimento do capim BRS Zuri em função das

    doses de N. Médias seguidas pela mesma letra, minúscula na coluna dentro da mesma dose entre

    as fontes e maiúscula na coluna dentro da mesma fonte entre as doses, não diferem estatisticamente entre

    si pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.

    No segundo crescimento houve interação significativa entre as fontes e as

    doses nos valores SPAD (Figura 24). No desdobramento das fontes dentro de cada

    dose , nas doses de 33,3, 100 e 133,3 mg dm-3 não foi verificada diferenças entre as

    fontes, enquanto na dose de dose de 66,7 mg dm-3 maior valor SPAD foi verificado

    em plantas adubadas com ureia+NBPT1. As ureias com inibidores promoveram

    plantas com maior valor SPAD que a ureia convencional na dose de 166,7 mg dm-3.

    Ao desdobrarem-se doses dentro de cada nível da fonte, observou-se

    (Figura 24) menor valor SPAD em plantas adubadas com ureias com NPBTs na

    menor dose. Maiores valores nas doses de 100, 133,3 e 166,7 mg dm-3 nos

    tratamentos com ureia+Cu+B e, na ureia convencional nas doses de 100 a

    133 mg dm-3.

  • 44

    FIGURA 24. Valor SPAD no segundo crescimento do capim BRS Zuri em função das

    fontes e doses de N.

    4.9 Testemunha adicional

    Em todas as variáveis analisadas foram observadas significâncias entre o

    fatorial e a testemunha adicional. A média da testemunha em comparação com os

    demais tratamentos sempre foi mais baixa. O não fornecimento de nitrogênio às

    plantas acarretou em menor número de folhas, perfilhos e consequente menor

    produção de massa seca.

    No primeiro crescimento o número de folhas, perfilhos, a altura, produção de

    massa seca, concentração de nitrogênio, proteína bruta e valor SPAD foi maior do

    que no segundo corte, esse fato pode ser devido ao N do solo proveniente da

    mineralização da matéria orgânica, no segundo crescimento provavelmente a menor

    disponibilidade de N mineralizado refletiu na rebrota de plantas com menor porte,

    sem perfilhamento, menor emissão de folhas e clorose nas lâminas maduras que

    avançou para as folhas emergentes.

    A sintomatologia de deficiência do N foi nítida em ambos crescimentos,

    porém, foi mais pronunciada no segundo. Esse fato reforça a necessidade de se

    realizar a adubação nitrogenada seja no estabelecimento como na manutenção de

    áreas cultivadas com o capim BRS Zuri.

  • 45

    5 CONCLUSÕES

    A interação de fontes e doses de nitrogênio influenciou a produção de massa

    seca no segundo crescimento e a altura de plantas no primeiro crescimento do

    capim BRS Zuri.

    As doses de nitrogênio incrementaram a produção de massa seca da parte

    aérea no primeiro crescimento e das raízes, a altura de plantas no segundo

    crescimento, número de folhas, perfilhos, concentração de nitrogênio, proteína bruta

    em ambos crescimentos e, valor SPAD no segundo crescimento do capim BRS Zuri.

    As fontes de ureias com inibidores influenciaram a altura das plantas no

    segundo crescimento e valores SPAD no primeiro crescimento do capim BRS Zuri.

  • 46

    6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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  • 47

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